Pesquisa Quaest em BH: Tramonte tem 27%, Fuad, 20%, e Engler, 16%

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Pesquisa Quaest para a prefeitura de Belo Horizonte (MG) divulgada nesta quarta-feira, 11, indica que o apresentador e deputado estadual Mauro Tramonte, do Republicanos, lidera as intenções de voto no cenário estimulado, além de vencer todas as simulações de segundo turno propostas pelo levantamento.

No primeiro turno, Tramonte tem 27% de menções e é seguido pelo atual prefeito da capital mineira, Fuad Noman (PSD), citado por 20% dos entrevistados. O deputado estadual Bruno Engler, do PL, tem 16% de menções. Noman e Engler estão em empate técnico, dentro da margem de erro do levantamento, de três pontos porcentuais.

Engler é seguido pela deputada federal Duda Salabert, do PDT, com 11% de intenções de voto. A pedetista está numericamente à frente do deputado federal Rogério Correia, do PT, com 5% de citações. Engler e Salabert estão empatados tecnicamente, dentro da margem de erro, assim como Salabert e Correia.

O senador Carlos Viana, do Podemos, registrou 4% de citações, Gabriel, do MDB, 3%, e Wanderson Rocha (PSTU), 1%. Indira Xavier (UP) e Lourdes Francisco (PCO) não pontuaram. São 7% os indecisos e 6% votam branco ou nulo ou não querem ir votar.

A Quaest realizou 1.002 entrevistas na capital mineira com eleitores de 16 anos ou mais entre os dias 8 e 10 de setembro. A margem de erro é de três pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo MG-08280/2024.

Em relação ao levantamento anterior da Quaest, divulgado em 28 de agosto, Tramonte oscilou negativamente, indo de 30% a 27%. Noman tinha 9% e cresceu 11 pontos porcentuais, indo a 20%. Engler tinha 12% e foi a 16%.

Duda Salabert tinha 12% de menções no último levantamento e oscilou para 11%. Correia também oscilou um ponto para baixo, de 6% para 5%. Carlos Viana recuou quatro pontos porcentuais, passando de 8% para 4%. Gabriel oscilou de 2% a 3% e Indira Xavier, de 1% a 0%.

Wanderson Rocha manteve o resultado de 1%, assim como Lourdes Francisco, que continuou sem pontuar. Os indecisos oscilaram de 10% a 7% e os votos brancos ou nulos, de 9% a 6%.

Pesquisa espontânea

Os dados são relativos ao cenário estimulado, quando o agente da pesquisa indica ao entrevistado quais são as opções de voto no pleito. Também há a pesquisa espontânea, na qual o entrevistado afirma, sem sugestões, sua intenção de voto.

Na modalidade, 55% dos entrevistados dizem não saber em quem votar, enquanto o líder de menções é Fuad Noman, com 13% de citações, seguido por Engler, com 11%, e Tramonte, com 10%. Na pesquisa espontânea, os três estão em empate técnico.

Duda Salabert tem 5% de menções, seguida por Correia, com 2%, Carlos Viana, com 1%, e Gabriel, com 1%. Os demais candidatos não pontuaram. São 2% os que dizem votar branco ou nulo.

Simulações de segundo turno

A Quaest também realizou cinco simulações de segundo turno para a eleição à prefeitura de Belo Horizonte. O nome de Mauro Tramonte figura em todos os cenários propostos e, em todas as simulações, o apresentador venceria o pleito.

Contra Fuad Noman, Tramonte tem 49% e o atual prefeito, 34%. Nesse cenário, são 6% os indecisos e 11% vota nulo ou branco

Ante Bruno Engler, o candidato do Republicanos tem 54% e Engler, 24%. Entre os dois, são 6% os indecisos e 16% vota branco ou nulo.

Em um segundo turno entre Tramonte e Salabert, o apresentador tem 59% de intenções de voto e a deputada federal, 22%. São 5% os indecisos e 14% vota branco ou nulo.

Em uma disputa contra Rogério Correia, Tramonte tem 62% e o petista, 17%. Trata-se da maior vantagem numérica entre as cinco simulações de segundo turno. Nesse cenário, 6% se dizem indecisos e 15% votariam nulo ou branco.

Contra Carlos Viana, o apresentador tem 58% e o senador, 15%. São 7% os indecisos e 20% votaria branco ou nulo.

Em outra categoria

O presidente Donald Trump comparecerá a uma sessão conjunta do Congresso na noite desta terça-feira, 4, para prestar contas de suas turbulentas primeiras semanas no cargo. A Casa Branca disse que o tema do discurso será a "renovação do sonho americano", e se espera que ele apresente suas conquistas desde seu retorno ao governo, além de apelar ao Congresso para fornecer mais dinheiro para financiar sua agressiva repressão à imigração.

"É uma oportunidade para o presidente Trump, como só ele pode, expor o último mês de conquistas e realizações recordes, sem precedentes", disse o conselheiro sênior Stephen Miller.

Até o momento, a Câmara e o Senado liderados pelos republicanos fizeram pouco para conter o presidente enquanto ele e seus aliados trabalham para reduzir o tamanho do governo federal e "refazer o lugar da América no mundo". Com um controle rígido sobre seu partido, Trump foi encorajado a tomar ações radicais após superar impeachments e processos criminais.

Os democratas, muitos dos quais ficaram longe da posse de Trump em janeiro, ignoraram amplamente os pedidos de boicote enquanto lutam para criar uma resposta eficaz ao presidente. Eles escolheram destacar o impacto das ações de Trump chamando funcionários federais demitidos como convidados, incluindo um veterano deficiente do Arizona, um profissional de saúde de Maryland e um funcionário florestal que trabalhou na prevenção de incêndios florestais na Califórnia. Eles também convidaram pessoas prejudicadas por cortes acentuados no orçamento federal para saúde e outros programas.

Alguns democratas, incluindo a senadora Patty Murray de Washington, se recusaram a comparecer. "A situação é que o presidente está cuspindo na cara da lei e deixando um bilionário não eleito demitir pesquisadores de câncer e destruir agências federais como a Administração da Previdência Social", disse Murray. "Em vez disso, estou me reunindo com eleitores que foram prejudicados pelas demissões imprudentes desta administração e seu congelamento ilegal e contínuo de financiamento em todo o governo."

Trump planejou usar seu discurso para abordar suas propostas para promover a paz na Ucrânia e no Oriente Médio, onde ele derrubou sem cerimônia as políticas do governo Biden em questão de apenas algumas semanas.

Na segunda-feira, Trump ordenou o congelamento da assistência militar dos EUA à Ucrânia, encerrando anos de firme apoio americano ao país para se defender da invasão da Rússia. Isso após sua explosiva reunião no Salão Oval na sexta-feira com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy e enquanto tenta pressionar o antigo aliado americano a abraçar as negociações de paz com seu invasor.

Muitos legisladores democratas planejaram usar gravatas e cachecóis azuis e amarelos em uma demonstração de apoio à Ucrânia.

O pano de fundo do discurso de Trump também será uma nova incerteza econômica desencadeada depois que o presidente abriu o dia colocando tarifas rígidas sobre as importações dos vizinhos do país e parceiros comerciais mais próximos. Um imposto de 25% sobre produtos do Canadá e do México entrou em vigor hoje - para garantir maior cooperação para combater o tráfico ilícito de fentanil - desencadeando retaliação imediata e despertando temores de uma guerra comercial mais ampla. Trump também aumentou as tarifas sobre produtos da China para 20%.

Fora de Washington, protestos públicos contra Trump e sua administração também estão se desenrolando. Grupos vagamente coordenados planejam manifestações em todos os 50 estados e no Distrito de Columbia simultaneamente ao discurso.

O objetivo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao tarifar os produtos do Canadá é prejudicar a economia canadense, e a decisão demonstra que qualquer país pode se tornar alvo de uma guerra comercial promovida pela Casa Branca, afirmou o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau nesta terça-feira, 4.

"Todo país está muito consciente de que, se o governo dos EUA está disposto a fazer isso com seus aliados mais próximos e vizinhos, todos estão vulneráveis a uma guerra comercial", disse Trudeau, referindo-se à decisão de Trump de aplicar tarifas de 25% sobre os produtos do Canadá e do México.

O primeiro-ministro canadense disse durante uma entrevista coletiva que a justificativa usada pela Casa Branca para tarifar o Canadá - a permissividade com o tráfico de fentanil na fronteira - é "completamente falsa", e que está ficando mais evidente que o objetivo final de Trump é enfraquecer a economia canadense.

"Temos que voltar ao que ele disse repetidamente, que ele quer ver um colapso total da economia do Canadá, porque isso facilitaria nos anexar. Primeiro, isso nunca vai acontecer. Mas ele pode danificar a economia e começou nesta manhã (de terça-feira). Mas descobrirá rapidamente, assim como as famílias americanas vão descobrir, que isso vai prejudicar as famílias dos dois lados da fronteira", afirmou.

"Estamos abertos a negociar, mas não podemos nos enganar sobre o que ele parece estar querendo. Eu tinha esperança de que essas tarifas fossem um plano de negociação para ter o impacto que vemos agora sem elas terem sido adotadas - como vimos nas últimas semanas, com os pedidos de clientes americanos secando para empresas canadenses, planos de expansão sendo suspensos. Mas agora que ele avançou com as tarifas, veremos o verdadeiro impacto de uma guerra comercial", acrescentou.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse que a Ucrânia está disposta a negociar um acordo de paz com a Rússia e que ele está pronto para atuar "sob a forte liderança" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração, feita na rede social X, foi publicada menos de uma semana depois de Trump ter acusado Zelenski publicamente de "brincar com a terceira guerra mundial" e de demonstrar ingratidão em relação ao apoio dado pelos Estados Unidos ao país.

"Nenhum de nós quer uma guerra sem fim. A Ucrânia está pronta para ir à mesa de negociação assim que possível para trazer uma paz duradoura mais perto. Ninguém quer a paz mais do que os ucranianos. Minha equipe e eu estamos prontos para trabalhar sob a forte liderança do presidente Donald Trump para chegar a uma paz que dure", disse Zelenski.

Na publicação, ele afirma que está disposto a "trabalhar rápido" para encerrar a guerra com a Rússia, com as etapas iniciais para este processo sendo a libertação de prisioneiros de guerra e uma trégua nos céus e nos mares "se a Rússia fizer o mesmo", com proibição de ataques a míssil, com drones de longo alcance e bombardeios sobre infraestrutura de energia ou civil.

"Depois queremos nos mover rapidamente em todos os próximos estágios e trabalhar com os Estados Unidos para chegar a um acordo final forte. Nós realmente valorizamos o quanto a América fez para ajudar a Ucrânia a manter a soberania e independência. E nos lembramos do momento em que as coisas mudaram quando o presidente Trump forneceu Javelins à Ucrânia. Estamos gratos por isso", disse Zelenski, referindo-se a um míssil antitanque.

"Nossa reunião em Washington, na Casa Branca, na sexta-feira, não foi do jeito que deveria ter sido. É lamentável que tenha ocorrido desta forma. É hora de consertar as coisas. Gostaríamos que a cooperação e a comunicação futuras fossem construtivas", disse o presidente ucraniano, acrescentando que está disposto a assinar um acordo de exploração de minerais da Ucrânia com os Estados Unidos "a qualquer momento e em qualquer formato conveniente".