TRE-SP manda Marçal retirar vídeos ofensivos a Nunes e a Datena de rede social

Política
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A Justiça Eleitoral concedeu liminarmente um pedido de Ricardo Nunes (MDB) e outro de José Luiz Datena (PSDB) para que Pablo Marçal (PRTB) retire do ar vídeos com ofensas aos adversários na campanha deste ano. No mérito, os casos ainda serão julgados (direito de resposta) e Marçal ainda poderá mover recurso junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP). Um terceiro pedido foi sentenciado nesta segunda-feira, 16, e determinou direito de resposta a Nunes contra Marçal por citar, sem provas, que pesquisas favorecem o candidato do MDB.

Nesta terça-feira, 17, a juíza Cláudia Barrichello determinou que Marçal apague um vídeo de suas redes sociais em que chama Datena de "estuprador". O trecho é um corte do debate da TV Cultura, realizado no domingo, 15, que ficou marcado pela cadeirada de Datena em Marçal. Procurado, o ex-coach ainda não se manifestou.

"A colocação do requerente é extremamente agressiva e tem o objetivo único de difamar e macular a imagem do candidato José Luiz Datena. Ainda que tenha havido uma investigação criminal para apurar um suposto crime de assédio sexual em tese praticado pelo autor, é certo que não houve condenação e não se pode admitir que o requerente seja chamado de 'estuprador'", disse a juíza em trecho da decisão liminar.

Ainda nesta terça, o magistrado Murillo d'Ávila Vianna Cotrim determinou que Marçal exclua o vídeo em que cita suposta agressão de Nunes contra a mulher. Em entrevista coletiva após deixar o Hospital Sírio-libanês, na segunda-feira, 16, Marçal afirmou que Nunes deveria explicar se a violência foi de "mão fechada ou aberta".

"Da análise do trecho do vídeo objeto desta representação, veiculado voluntariamente nas redes sociais do requerido em 16 de setembro, constata-se que tem conteúdo injurioso à pessoa do autor, ao reiterar a utilização da expressão 'canalha', bem assim alegação descontextualizada, ao imputar ao autor a conduta de agressão física ('com a mão fechada ou aberta'), que não consta nos documentos oficiais que tratam do caso a que se referiu o candidato réu em sua manifestação", afirmou o juiz.

Vianna Cotrim afirmou ainda que a publicação nas redes de Marçal é uma entrevista coletiva com duração de 10 minutos. Para que não se configure censura, o magistrado disse que não há problema em nova publicação, desde que não tenha as "falas ofensivas e descontextualizadas".

Na segunda-feira, Vianna Cotrim deu a sentença em uma ação de Nunes contra Marçal por afirmar que pesquisas eleitorais favorecem o candidato à reeleição. "Os erros nas pesquisas e divergência de dados podem ser retratados e criticados pelos candidatos e terceiros. O que é vedado pela legislação é fornecer informação descontextualizada, sem respaldo, com expressa afirmação de manipulação e alteração de dados e, ainda, ofensas, como no caso, em que há expressa menção a 'falcatruas', 'conluio' e 'manipulação para favorecer o autor e enganar o eleitor'", citou o magistrado.

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Ministros do governo de Israel aprovaram planos para intensificar as operações militares na Faixa de Gaza, disse uma autoridade israelense nesta segunda-feira, 5, sob condição de anonimato.

De acordo com a fonte, os planos envolvem a reivindicação de mais áreas no enclave palestino, onde metade do território já está sob controle israelense.

A aprovação ocorreu um dia depois de o país anunciar a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva para as operações em Gaza, que teriam como objetivo aumentar a pressão sobre o Hamas pela negociação de um cessar-fogo. Fonte: Associated Press.

O presidente Donald Trump disse que está instruindo o seu governo a reabrir e expandir Alcatraz, a notória antiga prisão em uma ilha da Califórnia. A prisão foi fechada em 1963. A Ilha de Alcatraz atualmente é operada como um ponto turístico.

"Estou instruindo o Departamento de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e a Segurança Interna, a reabrir uma Alcatraz substancialmente ampliada e reconstruída, para abrigar os criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos", escreveu Trump em mensagem no site Truth Social na noite deste domingo.

Ainda segundo ele, a reabertura de Alcatraz servirá como um "símbolo de Lei, Ordem e Justiça". A ordem foi emitida em um momento em que Trump vem entrando em conflito com os tribunais ao tentar enviar membros de gangues acusados para uma prisão notória em El Salvador, sem o devido processo legal. Trump também falou sobre o desejo de enviar cidadãos americanos para lá e para outras prisões estrangeiras.

O nacionalista de extrema direita George Simion garantiu uma vitória decisiva neste domingo, 4, no primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia, segundo dados eleitorais quase completos. A eleição ocorreu meses após uma votação anulada ter mergulhado o país-membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em sua pior crise política em décadas.

Simion, o líder de 38 anos da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou de longe todos os outros candidatos nas pesquisas, com 40% dos votos, mostram dados eleitorais oficiais, após a apuração de 97% dos votos na votação.

Bem atrás, em segundo lugar, ficou o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,67%, e em terceiro, o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,62% - uma diferença que deve aumentar à medida que os últimos votos das cidades maiores forem apurados.

Onze candidatos disputaram a presidência e um segundo turno será realizado em 18 de maio entre os dois candidatos mais votados. Até o fechamento das urnas, cerca de 9,57 milhões de pessoas - ou 53,2% dos eleitores elegíveis - haviam votado, de acordo com o Escritório Central Eleitoral, com 973.000 votos depositados em seções eleitorais instaladas em outros países.

Eleição foi anulada em 2024

A eleição na Romênia teve de ser repetida hoje depois que o cenário político do país foi abalado no ano passado, quando um tribunal superior anulou a eleição anterior, na qual o candidato de extrema direita Calin Georgescu liderou o primeiro turno, após alegações de violações eleitorais e interferência russa, que Moscou negou.

Georgescu, que compareceu ao lado de Simion em uma seção eleitoral em Bucareste, chamou a nova votação de "uma fraude orquestrada por aqueles que fizeram da mentira a única política de Estado", mas disse que estava lá para "reconhecer o poder da democracia, o poder do voto que assusta o sistema, que aterroriza o sistema".