Marina Helena defende em sabatina subsídio a Uber na periferia e motos em faixas de ônibus

Política
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A candidata Marina Helena (Novo) disse nesta quinta-feira, 19, em sabatina ao Estadão, que há casos em que a disponibilização de ônibus deixou de ser a melhor solução para o transporte público nas periferias de São Paulo. Ela defendeu como alternativa que a Prefeitura dê subsídio - uso de dinheiro público - a viagens de transporte por aplicativo para os passageiros em alguns locais.

"A cidade se espraiou tanto que, chegando lá na periferia, não faz sentido você colocar um ônibus. Às vezes vale mais a pena o governo subsidiar para a pessoa, por exemplo, poder pegar um Uber. Ou usar outro modal do que ter um ônibus ali, porque não tem passageiro suficiente, mas você tem que atender aquelas pessoas", disse a candidata a prefeita do Novo.

Outra proposta de Marina Helena para o transporte público é diminuir o preço da passagem de ônibus fora dos horários de pico. O objetivo é incentivar que as pessoas optem por utilizar o serviço nos horários menos movimentados, o que segundo a candidata traria "ganhos imensos" tanto na melhoria do trânsito nas horas mais intensas como na lotação dos ônibus, que em tese deixariam de circular superlotados.

"Com isso você consegue até reduzir a frota. Hoje você precisa de uma frota enorme e o subsídio é muito alto por conta dos horários de pico. Se você pegar, você paga esse valor imenso por quatro horas que as pessoas usam o transporte. Depois você tem que ter [ônibus] ali, mas eles vêm vazios. Então, com isso, você acaba diminuindo o custo como um todo. Mas isso é feito de maneira gradual. Vai precisar ser calibrado", afirmou Marina.

Ela disse ainda que sua proposta é aumentar os corredores de ônibus e de moto - conhecidos como faixa azul - na cidade. "A gente também tem a ideia de onde não for possível estabelecer os corredores de moto, que possam ser usadas as faixas de ônibus para isso", declarou.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou interesse em cooperar com os Estados Unidos na área de metais raros. "Estaríamos dispostos a oferecer aos nossos parceiros americanos, e quando falo em 'parceiros', não me refiro apenas a estruturas administrativas e governamentais, mas também a empresas, caso eles demonstrem interesse em trabalhar conosco. Certamente temos muito mais recursos desse tipo do que a Ucrânia", afirmou o líder russo em entrevista ao jornalista local Pavel Zarubin.

Putin destacou que a Rússia é "um dos líderes em reservas desses metais raros e terras raras". Segundo ele, esses recursos estão localizados em regiões como Murmansk, no norte do país, no Cáucaso, em Cabárdia-Balcária, no Extremo Oriente, na região de Irkutsk, em Iacútia e em Tuva. "Estamos prontos para atrair parceiros estrangeiros para os nossos territórios históricos, que foram reintegrados à Federação Russa. Também há reservas lá. Estamos prontos para trabalhar com nossos parceiros, incluindo os americanos, nesses locais", acrescentou.

O presidente russo também criticou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando que ele se tornou "uma figura tóxica" para as forças armadas da Ucrânia devido a ordens "estúpidas". "Isso leva a perdas desnecessárias e grandes, para não dizer enormes ou catastróficas, para o exército ucraniano", completou.

Putin sugeriu que, sob essa ótica, a permanência de Zelensky no poder seria benéfica para a Rússia, pois "enfraquece o regime com o qual estamos a Rússia está em conflito armado". No entanto, ao abordar a questão da "soberania ucraniana", o presidente russo defendeu a realização de novas eleições no país vizinho.

Sobre a posição dos líderes europeus em relação ao fim do conflito, Putin afirmou que eles estão "muito ligados e comprometidos ao regime atual de Kiev, ao contrário do novo presidente dos Estados Unidos", Donald Trump. "Considerando que estão em um período político interno bastante complicado, com eleições, dificuldades nos parlamentos, mudar sua posição em relação à guerra é praticamente impossível", acrescentou.

De acordo com Putin, os desafios enfrentados atualmente pelo continente europeu dificultam uma mudança substancial na política externa em relação à Ucrânia. "Eu não espero que nada mude aqui. Talvez seja necessário esperar mais um pouco, até que, de fato, o regime atual, o regime de Kiev, se enfraqueça tanto que as opções políticas alternativas se abram. Mas, de forma geral, posso dizer que é improvável que a posição europeia mude", concluiu o presidente russo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que gostaria que houvesse um acordo direto para o fim da guerra da Ucrânia, mas não descartou a possibilidade de haver um cessar-fogo no momento.

Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi recebido nesta segunda-feira na Casa Branca.

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que um acordo sobre os minerais ucranianos pode ajudar a garantir a soberania da Ucrânia. "Avançamos em passos significativos em nosso encontro. Conversamos sobre desejo de paz duradoura", afirmou Macron, em entrevista coletiva ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o recebeu nesta segunda-feira, 24, na Casa Branca após o republicano abrir espaço em sua agenda para o encontro.

Reiterando que compartilha do desejo de paz duradoura, Macron ressalvou que a paz não pode significar a rendição da Ucrânia. "Ninguém quer viver em um mundo em que os fortes podem violar fronteiras".

"Precisamos garantir paz para a Ucrânia e toda a região", afirmou, Macron. "Europa está comprometida com a paz duradoura. Europeus estão dispostos a fazer mais e ir mais longe", completou.