Foram as periferias de SP que nos levaram ao segundo turno, diz Boulos

Política
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O candidato Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que foram as periferias da cidade de São Paulo que o colocaram no segundo turno na disputa pela Prefeitura e reforçou que agora a disputa é entre "nós" contra "eles". "A enorme maioria do povo de São Paulo votou pela mudança. Agora, quero falar com quem não mora na periferia, para botar a mão na consciência", disse o psolista.

Com 99,52% das urnas apuradas, o deputado federal obteve 29,06% dos votos válidos em disputa acirrada. O atual prefeito que tenta a reeleição, Ricardo Nunes (MDB), obteve 29,49%. Os dois disputarão o segundo turno no dia 27 de outubro.

O deputado federal aproveitou para relembrar o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro ao emedebista. "É um candidato que no primeiro turno se colocou contra a vacina, um candidato que acredita que o 8 de janeiro foi apenas um encontro de senhoras, e não uma tentava de golpe", declarou.

"Nós temos o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin", continuou Boulos. Há pouco, a candidata Tabata Amaral (PSB) declarou apoio ao psolista no segundo turno. Ela era apoiada por Alckmin. "Do outro lado, nós temos alguém com trajetória muito suspeita. Alguém que tem histórico de relação com o crime organizado, com o tráfico de drogas."

O deputado ainda relembrou o boletim de ocorrência por agressão à esposa de Nunes. "Vamos garantir que metade das secretarias sejam de mulheres", reiterou a promessa de campanha.

Boulos não citou o candidato Pablo Marçal (PRTB). Mais cedo ao votar, o psolista disse que a resposta ao laudo médico falso que o associava ao uso de cocaína seria dada nas urnas. O ex-coach obteve 28,14% dos votos e não passou para o segundo turno.

No comitê do candidato, estavam a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), a ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara (PSOL), a candidata a vice-prefeita na chapa do psolista, Marta Suplicy (PT), e os deputados federais Orlando Silva (PCdoB) e Rui Falcão (PT). O ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha (PT) esteve mais cedo, mas já partiu para Brasília.

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Os habitantes de Cingapura irão às urnas neste sábado, 3, em uma eleição geral que deve manter no poder o Partido de Ação Popular (PAP), que governa a cidade-estado há décadas, e que é observada de perto como um termômetro da confiança pública na liderança do primeiro-ministro, Lawrence Wong, que assumiu o cargo no ano passado. Ele espera obter um mandato mais forte.

"Se o PAP tiver um mandato enfraquecido, é certo que haverá quem tente nos pressionar. Será mais difícil defender os interesses de Cingapura. Mas, com um mandato claro de vocês, minha equipe e eu poderemos representar o país com confiança", disse Wong nesta semana.

Esta é a primeira eleição sob a liderança de Wong desde que ele sucedeu Lee Hsien Loong, que deixou o cargo no ano passado após duas décadas no comando da cidade-Estado.

Conhecido por seu governo limpo e eficaz, o PAP é visto como símbolo de estabilidade e prosperidade. Embora uma vitória esteja praticamente garantida, o apoio ao partido tem diminuído devido ao descontentamento com o controle estatal e o alto custo de vida. A crescente desigualdade de renda, a dificuldade de acesso a moradias, a superlotação causada pela imigração e as restrições à liberdade de expressão também desgastaram a popularidade do partido.

A oposição admite que não pode derrotar o PAP, mas pede aos eleitores uma representação mais forte no Parlamento.

O Escritório Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência nacional alemão, informou nesta sexta-feira, 2, que classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), o segundo mais votado nas eleições nacionais de fevereiro, como uma organização "extremista de direita", o que coloca suas atividades sob uma vigilância mais ampla e rigorosa.

Segundo a agência, o partido é como uma ameaça à ordem democrática do país e "desrespeita a dignidade humana" - em particular pelo que chamou de "agitação contínua" contra refugiados e migrantes. A decisão da Alemanha, porém, corre o risco de alimentar as alegações de perseguição política do partido.

Os líderes do partido, Alice Weidel e Tino Chrupalla, classificaram a medida como "um duro golpe para a democracia alemã" e disseram que a classificação teve motivação política, o que o governo nega. "A AfD continuará a se defender legalmente contra essas difamações que colocam a democracia em risco", afirmaram Weidel e Chrupalla.

A agência reguladora de privacidade de dados da Irlanda multou o TikTok em cerca de US$ 600 milhões por não garantir que os dados de usuários enviados à China estejam protegidos de vigilância estatal, um golpe nos esforços da empresa para convencer os países ocidentais de que seu uso é seguro.

A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados (CPI) divulgou nesta sexta-feira, 2, que o TikTok não conseguiu demonstrar que quaisquer dados de usuários enviados à China estão protegidos do acesso governamental sob as leis chinesas que abrangem questões como espionagem e segurança cibernética.

O órgão regulador irlandês, que lidera a aplicação da lei de privacidade da União Europeia (UE) para o TikTok, ordenou que o aplicativo de vídeos pare de transferir dados de usuários para a China dentro de seis meses se não puder garantir o mesmo nível de proteção que na UE.

O órgão regulador afirmou também que o TikTok admitiu no mês passado ter armazenado dados limitados de usuários europeus na China, apesar de ter negado anteriormente. O TikTok informou à agência que, desde então, excluiu esses dados. A CPI informou nesta sexta-feira que está discutindo com seus pares da UE se deve tomar novas medidas contra a empresa sobre o assunto.