STF começa a julgar ações que podem alterar a Política Antimanicomial

Política
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O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início nesta quinta-feira, 10, ao julgamento de ações sobre a Política Antimanicomial instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As ações argumentam que o CNJ extrapolou suas atribuições ao decidir sobre o tema que altera a aplicação de normas do Código Penal.

A alteração só poderia ser feita por lei, conforme argumenta a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público. O CNJ que sua resolução é direcionada ao Poder Judiciário e visa proteger o direito à saúde de pessoas com transtorno mentais.

Entre as medidas defendidas pela decisão do CNJ estão o fim dos manicômios judiciários e a transferência de seus pacientes para os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) do Sistema Único de Saúde (SUS). As ações argumentam que os CAPS não têm capacidade atualmente de suprir toda a demanda por atendimento especializado em saúde mental e a mudança agravaria a situação.

"A desinstitucionalização de diversas pessoas em tratamento representaria um perigo não apenas para a sociedade, mas também para essas mesmas pessoas. Isso porque não haveria CAPS suficientes para atendê-las, nem há condições nos hospitais gerais para fazê-lo", argumenta a Associação Brasileira de Psiquiatria, que também não recomenda a transferência para presídios para não atrapalhar o atendimento de mais internos.

Os autores questionam se a alteração privaria as pessoas que precisam da internação de tê-la e apresenta notas de entidades médicas que afirmam que a alteração levaria a soltura de pessoas que são uma ameaça à segurança pública.

Segundo o CNJ, os tribunais terão até 29 de novembro para pedir prorrogação do prazo para implementar a resolução.

As quatro ações, todas relatadas pelo ministro Edson Fachin, foram aparentadas pelo Podemos, Associação Brasileira de Psiquiatria e Associação Nacional dos Membros do Ministério Público que questionam a inconstitucionalidade da decisão do CNJ e pelo União Brasil que alega que a corte estaria descumprindo preceitos fundamentais.

Na sessão desta quinta-feira, Fachin fará a leitura de seu relatório e as partes poderão apresentar seus argumentos, assim como a Procuradoria-Geral da República e terceiros interessados. Os votos só serão apresentados em sessão futura. Uma nova metodologia do STF institui que, em casos complexos, os votos venham no futuro para os magistrados poderem refletir com mais tempo sobre o tema.

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O chanceler alemão Olaf Scholz conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin nesta sexta-feira (15). A ligação, de iniciativa alemã, foi a primeira desde dezembro de 2022, segundo comunicado do governo russo. Na conversa, os dois líderes discutiram sobre a guerra da Ucrânia. De acordo com ambos os governos, Putin se mostrou disposto a retornar às negociações pelo fim da guerra.

Scholz pediu a Putin que retire as tropas que invadiram a Ucrânia em fevereiro de 2022. Em contrapartida, o presidente russo voltou a responsabilizar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pelo conflito e reiterou que as condições de paz são as mesmas anunciadas em junho deste ano, no discurso que proclamou no Ministério das Relações Exteriores. Na próxima semana, a guerra completa mil dias de duração.

Os dois líderes também discutiram a relação diplomática e comercial entre Alemanha e Rússia, e os conflitos no Oriente Médio.

Ainda, segundo a nota do governo russo, Putin se mostrou aberto a negociar com o país germânico. "A Rússia sempre honrou seus compromissos sob diversos tratados e contratos no setor energético e ainda estava disposta a promover cooperação mutuamente benéfica".

*Com Associated Press

A Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia do Estado de Nova York (NYSERDA, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, abriu consulta para que empresas de energia atômica demonstrem interesse em desenvolver projetos nucleares na região. Em documento oficial publicado nesta sexta-feira, a autoridade diz que o anúncio demonstra "o compromisso contínuo do Estado em permanecer na vanguarda das tecnologias emergentes".

De acordo com a NYSERDA, a consulta deve apoiar o avanço dos recursos de energia renovável e promover o desenvolvimento econômico contínuo.

A presidente e CEO da autoridade, Doreen M. Harris, disse reconhecer que "agora é o momento" de posicionar Nova York para se envolver totalmente com o setor de energia nuclear que pode impulsionar um "desenvolvimento econômico significativo".

"Entender as oportunidades potenciais nos permitirá começar a desenvolver parcerias e iniciativas estratégicas para recursos complementares que apoiarão a implantação crescente de energias renováveis à medida que trabalhamos em direção a uma rede de emissão zero do futuro", afirmou.

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que a população chinesa passou de um aumento para uma queda, à medida que a economia e a sociedade do país se desenvolveram, de acordo com a mídia estatal chinesa Xinhua. No texto, o líder chinês menciona que, por conta do cenário, é esperado uma China com menos crianças e com envelhecimento populacional.

"Devemos promover a construção de uma sociedade favorável à fertilidade. Devemos fortalecer as estatísticas populacionais, além melhorar o sistema legal para proteção populacional", disse.

Para Xi Jinping, é preciso entender "completamente" a nova situação de desenvolvimento populacional da China e analisar a eficácia da política de planejamento familiar. "Uma população enorme é a condição nacional básica de nosso país", explicou.