Boulos diz em sabatina que vai incorporar proposta de Pablo Marçal para jovens

Política
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O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) disse que vai incluir em seu plano de governo uma proposta para jovens do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), derrotado no primeiro turno da eleição. O movimento visa atrair os eleitores que votaram no influenciador, que terminou o primeiro turno com 28,14% dos votos.

"Andando nas periferias, ouvi de muitos jovens o pedido para que déssemos destaque ao esporte", explicou o deputado federal. "O esporte, além de ser saúde e um caminho de vida, salva muitos jovens na periferia, assim como a cultura. Já ouvi muitas histórias de jovens que estavam indo para um caminho errado, e com o esporte reconstruíram suas vidas."

O candidato disse que pretende incluir uma proposta do influenciador de relacionar o esporte às escolas municipais, mesmo não detalhando como faria isso. A declaração foi dada durante o debate, transformado em sabatina por conta da ausência de Ricardo Nunes (MDB) da Rádio CBN, e reiterada em coletiva de imprensa no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.

Boulos parte por volta das 11h30 para Brasília com o objetivo de encontrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), na tarde desta quinta. "Vou fazer gravações com o presidente para o nosso programa de televisão que retoma agora na sexta-feira e reforçar essa parceria nossa", disse o candidato.

O psolista disse que também pretende estabelecer um diálogo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), embora tenha atacado o republicano na noite de quarta (9) em plenária, afirmando que ele não será eleito presidente em 2026.

"Vou apresentar as propostas que precisam de parceria com o governo federal", continuou o psolista. "Já tive a garantia que eles vão nos ajudar em várias áreas, tanto em propostas do primeiro turno, como o Poupatempo da Saúde, quanto as que vamos incorporar no segundo turno."

O deputado retorna hoje mesmo para a capital por volta das 21h.

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A empresa estatal russa de gás natural Gazprom vai cortar o fornecimento para a companhia austríaca de gás OMV na manhã de sábado, 16, disse o chanceler austríaco, Karl Nehammer, nesta sexta-feira, 15. Ele acrescentou que o armazenamento de gás do país está cheio e que há alternativas de abastecimento ao gás russo.

O corte ocorre após a OMV anunciar que deixará de pagar pelo gás da Gazprom para sua operação na Áustria com o propósito de receber 230 milhões de euros como indenização decidida em um processo de arbitragem, em razão de um corte anterior no fornecimento de gás da Gazprom para a subsidiária da OMV na Alemanha.

Nehammer garantiu que a Áustria tem um fornecimento alternativo seguro de combustível e que "ninguém vai congelar", referindo-se ao frio do inverno que se aproxima no Hemisfério Norte. "O abastecimento está seguro", declarou. "Nossas instalações de armazenamento de gás estão cheias e temos capacidade suficiente para obter gás de outras regiões", acrescentou.

A Associated Press não havia conseguido contatar representantes da OMV e da Gazprom para comentar o assunto até a publicação desta nota.

A administração da presidente mexicana Claudia Sheinbaum pretende reduzir o déficit fiscal no próximo ano por meio de uma combinação de cortes de gastos e um aumento nas receitas fiscais, de acordo com a proposta orçamentária apresentada nesta sexta-feira, 15, ao Congresso.

A redução do déficit é vista pelos economistas como uma das primeiras e mais urgentes tarefas da nova presidente, que assumiu o cargo em 1 de outubro. O antecessor e apoiador de Sheinbaum, Andrés Manuel López Obrador, aumentou o déficit no seu último ano de mandato, em parte para completar uma série de projetos importantes de infraestrutura antes de deixar o cargo.

A proposta de orçamento para 2025 prevê que as necessidades de financiamento do setor público - uma medida ampla do déficit fiscal - diminuam para 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 5,9% este ano. A dívida do setor público deverá se manter estável em 51,4% do PIB em 2025.

O total de despesas do orçamento propostas de 9,226 bilhões de pesos (US$ 453 bilhões) diminuiu 1,9% em relação a 2024, prevendo-se que os custos mais elevados de financiamento da dívida compensem parcialmente a redução de outras despesas, incluindo investimento. As receitas fiscais deverão aumentar 3% em relação a este ano, apoiadas pelo crescimento econômico e por medidas para reduzir a evasão fiscal.

"No geral, um orçamento difícil, mas não impossível de executar", disse Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, em nota. O ajuste depende fortemente de cortes nas despesas e "as receitas também podem decepcionar, dado que o crescimento real do PIB está provavelmente superestimado em pelo menos 1,5%, mas a administração pode eventualmente beneficiar de um peso mais depreciado e de preços mais elevados do petróleo", acrescentou.

A proposta orçamentária estima um crescimento econômico no próximo ano entre 2% e 3%, "apoiado por um mercado de trabalho sólido, um consumo privado robusto e elevados níveis de investimento público e privado", afirmou o Ministério das Finanças.

O chanceler alemão Olaf Scholz conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin nesta sexta-feira (15). A ligação, de iniciativa alemã, foi a primeira desde dezembro de 2022, segundo comunicado do governo russo. Na conversa, os dois líderes discutiram sobre a guerra da Ucrânia. De acordo com ambos os governos, Putin se mostrou disposto a retornar às negociações pelo fim da guerra.

Scholz pediu a Putin que retire as tropas que invadiram a Ucrânia em fevereiro de 2022. Em contrapartida, o presidente russo voltou a responsabilizar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pelo conflito e reiterou que as condições de paz são as mesmas anunciadas em junho deste ano, no discurso que proclamou no Ministério das Relações Exteriores. Na próxima semana, a guerra completa mil dias de duração.

Os dois líderes também discutiram a relação diplomática e comercial entre Alemanha e Rússia, e os conflitos no Oriente Médio.

Ainda, segundo a nota do governo russo, Putin se mostrou aberto a negociar com o país germânico. "A Rússia sempre honrou seus compromissos sob diversos tratados e contratos no setor energético e ainda estava disposta a promover cooperação mutuamente benéfica".

*Com Associated Press