Boulos diz que fará ato em frente à Prefeitura de SP se Nunes não comparecer a debates

Política
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O candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) afirmou nesta quarta-feira, 9, que seu adversário, Ricardo Nunes (MDB), tenta evitar o confronto direto no segundo turno. Segundo Boulos, se algum debate eleitoral for cancelado por ausência de Nunes, ele pretende organizar uma manifestação em frente à Prefeitura da capital.

"Se algum debate for desmarcado porque o nosso adversário não comparecer, eu vou convocar toda a militância na frente da Prefeitura", disse Boulos. Ele acrescentou que Nunes busca fazer um segundo turno "frio" e sem debate, mas afirmou que vai mobilizar seus apoiadores para garantir que o debate aconteça nas ruas e nas praças da cidade.

A declaração foi feita durante evento de campanha no bairro da Liberdade, região central. Boulos reuniu milhares de militantes e dezenas de parlamentares para discutir estratégias para conquistar votos no segundo turno. No encontro, autoridades enfatizaram a importância da mobilização nas ruas e nas redes, destacando a necessidade de dialogar com os eleitores de Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar na disputa.

O primeiro debate do segundo turno está previsto para esta quinta-feira, 10, organizado por um pool de veículos de comunicação (O Globo, Valor e rádio CBN). No entanto, Nunes ainda não confirmou sua presença e não incluiu o evento em sua agenda. Embora Boulos tenha ameaçado realizar uma manifestação caso o prefeito não compareça, ele viajará para Brasília após o debate.

Membros de sua campanha afirmam que ele se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, estão previstas gravações com o mandatário para a propaganda eleitoral no rádio e na TV.

O evento também foi marcado por duras críticas a Jair Bolsonaro (PL), com Boulos afirmando que o ex-presidente "não vai colocar as garras na cidade", em referência a uma possível vitória de Nunes. A campanha de Boulos tem apostado na polarização, reforçando a ligação entre Nunes e Bolsonaro, que indicou o coronel Ricardo Mello Araújo (PL) como vice na chapa do emedebista.

Em seu discurso, Boulos reiterou as críticas ao atual prefeito Nunes, dizendo que o mercado financeiro, a especulação imobiliária e a máquina municipal estão ao lado do atual prefeito, enquanto ele tem o apoio do povo.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também foi alvo. Boulos acusou Tarcísio de usar a eleição em São Paulo para se projetar para a corrida presidencial de 2026, e declarou: "Tarcísio não vai ser presidente em 2026, porque vamos reeleger Lula".

Boulos, assim como outras lideranças presentes, pediu que a militância intensifique a mobilização nas regiões periféricas nos próximos dias. Durante o evento, foram distribuídos materiais de campanha, como adesivos e folhetos, além de orientações sobre como dialogar com os eleitores, reforçando a importância do corpo a corpo para reverter votos nessas áreas.

O candidato mencionou também que pretende alcançar a maioria dos votos em áreas como São Miguel Paulista e Cidade Ademar, na zona leste, onde Pablo Marçal teve destaque, além de Grajaú e Parelheiros, na zona sul, que deram vitória a Nunes no primeiro turno.

A ex-prefeita Marta Suplicy, vice na chapa de Boulos, fez críticas a Pablo Marçal, referindo-se de maneira irônica a uma de suas propostas. "São Paulo não precisa de alguém que quer fazer teleféricos", disse, em alusão ao ex-coach.

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O presidente Donald Trump disse que está instruindo o seu governo a reabrir e expandir Alcatraz, a notória antiga prisão em uma ilha da Califórnia. A prisão foi fechada em 1963. A Ilha de Alcatraz atualmente é operada como um ponto turístico.

"Estou instruindo o Departamento de Prisões, juntamente com o Departamento de Justiça, o FBI e a Segurança Interna, a reabrir uma Alcatraz substancialmente ampliada e reconstruída, para abrigar os criminosos mais cruéis e violentos dos Estados Unidos", escreveu Trump em mensagem no site Truth Social na noite deste domingo.

Ainda segundo ele, a reabertura de Alcatraz servirá como um "símbolo de Lei, Ordem e Justiça". A ordem foi emitida em um momento em que Trump vem entrando em conflito com os tribunais ao tentar enviar membros de gangues acusados para uma prisão notória em El Salvador, sem o devido processo legal. Trump também falou sobre o desejo de enviar cidadãos americanos para lá e para outras prisões estrangeiras.

O nacionalista de extrema direita George Simion garantiu uma vitória decisiva neste domingo, 4, no primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia, segundo dados eleitorais quase completos. A eleição ocorreu meses após uma votação anulada ter mergulhado o país-membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em sua pior crise política em décadas.

Simion, o líder de 38 anos da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou de longe todos os outros candidatos nas pesquisas, com 40% dos votos, mostram dados eleitorais oficiais, após a apuração de 97% dos votos na votação.

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A eleição na Romênia teve de ser repetida hoje depois que o cenário político do país foi abalado no ano passado, quando um tribunal superior anulou a eleição anterior, na qual o candidato de extrema direita Calin Georgescu liderou o primeiro turno, após alegações de violações eleitorais e interferência russa, que Moscou negou.

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"Feliz 4 de Maio a todos, incluindo os Lunáticos da Esquerda Radical que lutam arduamente para trazer Lordes Sith, Assassinos, Traficantes, Prisioneiros Perigosos e membros famosos da gangue MS-13 de volta à nossa Galáxia. Vocês não são a Rebelião - vocês são o Império. Que o 4 de Maio esteja com vocês.", apontou a mensagem do perfil oficial da Casa Branca na rede social X.

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