TRE-SP manda retirar novos vídeos de Boulos contra Nunes

Política
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Conteúdos de campanha do candidato do PSOL à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos (PSOL), voltaram a ser alvo da Justiça Eleitoral neste início de segundo turno da disputa. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou ontem, por meio de decisões liminares, que a candidatura de Boulos retire três vídeos do ar por ataques contra o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB).

No primeiro vídeo, há uma cena teatral em que amigos secretos foram agraciados com favorecimentos ilegais por Nunes, que recebe em troca "presentes" pelos benefícios. O juiz Murillo d'Avila Vianna Cotrim disse que "a forma como realizada a veiculação contém insinuação apta a caracterizar ofensa e ataque pessoal". Ele concedeu direito de resposta a Nunes na rede social do candidato do PSOL.

Em outra publicação, Boulos acusa Nunes de ter praticado crime de corrupção e improbidade administrativa. A juíza Claudia Barrichello - que anteontem já mandara tirar do ar um vídeo em que o deputado dizia que o prefeito tem que "responder por boletim de ocorrência contra mulher" - defendeu que as propagandas impugnadas têm "como objetivo macular a sua (de Nunes) imagem e honra".

Outro alvo de liminar da Justiça Eleitoral é um vídeo sobre operações da Polícia Civil para combater atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema de transporte público. "Como o PCC se infiltrou no bilionário sistema de ônibus de SP" e "Milícia da cracolândia 'manobra' usuários para cobrar propina de comércio" aparecem no material. Há citação ainda de que Nunes trouxe o crime organizado para São Paulo. O juiz Rodrigo Marzola Colombini determinou a exclusão da publicação.

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O plano proposto pelo Egito como alternativa à solução desejada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para Gaza visa reconstruir a região até 2030 mantendo a população local e a um custo de US$ 53 bilhões.

O documento de 112 páginas descreve um plano faseado, sendo a primeira etapa o início da remoção de munições não detonadas e a limpeza de mais de 50 milhões de toneladas de escombros deixados pelos bombardeios e ofensivas militares de Israel. Líderes do Oriente Médio estão reunidos no Cairo (Egito) para estabelecer o contraponto a Trump, que planeja a despovoação de Gaza para transformá-la em destino de praia.

Segundo o plano egípcio, centenas de milhares de unidades habitacionais temporárias seriam instaladas em Gaza e a população poderia viver enquanto a reconstrução acontece. Os escombros seriam reciclados e parte deles seria usada como preenchimento para criar terras expandidas na costa mediterrânea de Gaza.

Nos anos seguintes, o plano prevê a remodelação completa da faixa, construindo moradias e áreas urbanas "sustentáveis, verdes e caminháveis", com energia renovável. A ideia é renovar terras agrícolas, criar zonas industriais e, também, áreas amplas de parques.

Infraestrutura

O plano também prevê a abertura de um aeroporto, um porto de pesca, e um porto comercial.

De fato, o acordo de paz de Oslo, da década de 1990, já exigia a abertura de um aeroporto e um porto comercial em Gaza. Esses projetos murcharam quando o processo de paz entrou em colapso.

A cúpula organizada pelo presidente egípcio, Abdel-Fattah El-Sissi, teria incluído líderes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, cujo apoio é essencial para qualquer plano pós-guerra. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, chefe da autoridade apoiada pelo Ocidente e oponente do Hamas, participou.

Comando

O Hamas cederia o poder a uma administração interina de políticos independentes até que uma Autoridade Palestina reformada pudesse assumir o controle.

De sua parte, Israel descartou qualquer atuação da Autoridade Palestina em Gaza e, junto com os Estados Unidos, exigiu o desarmamento do Hamas. O Hamas, que não aceita a existência de Israel, disse que está disposto a ceder o poder em Gaza a outros palestinos, mas não desistirá de suas armas até que haja um Estado Palestino. Fonte: Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.