Deltan defende vice-prefeito de Curitiba após aceno de bolsonaristas a adversária no 2º turno

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) publicou nesta quarta-feira, 16, em sua rede social um vídeo defendendo o atual vice-prefeito de Curitiba e candidato à titularidade da prefeitura, Eduardo Pimentel (PSD), que disputa o segundo turno na capital paranaense com Cristina Graeml (PMB).

A ação do ex-procurador da República vem num momento em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começam a abraçar a campanha de Cristina, que se apresenta como "antissistema". O ex-presidente apoiou explicitamente a jornalista, apesar de seu partido ter indicado o vice na chapa de Pimentel.

Em um vídeo de pouco mais de quatro minutos, Deltan fez uma análise dos candidatos. Ele descreveu Pimentel como "referência em criar e gerir cidades inteligentes e preparado para enfrentar os desafios complexos da cidade".

"O Eduardo é casado, é dedicado a sua esposa e filhos, participa ativamente de estudos bíblicos e de oração. Ele estudou e viajou o mundo em busca de solução para os problemas complexos de nossa cidade, conhece Curitiba profundamente", disse o ex-procurador, acrescentando que Pimentel recebeu mentoria de "gestores empresariais e líderes religiosos".

Deltan também mencionou o vice de Pimentel, Paulo Martins (PL), lembrando que ele foi indicado por Bolsonaro para integrar a chapa e elogiando seu histórico de combate à "velha política do PT" e sua postura corajosa frente ao "autoritarismo" do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sobre Cristina, o ex-deputado reconheceu sua competência como jornalista, mas questionou sua capacidade como gestora. "Estamos falando de gerir milhares de servidores públicos, enfrentar problemas complexos e administrar um orçamento de R$ 15 bilhões", afirmou.

Ex-deputado também falou do vice de Cristina

Deltan também fez comentários sobre o vice de Cristina, Jairo Filho (PMB), que descreveu como "um grande problema" da candidata.

O advogado foi condenado em duas instâncias num processo que determina a devolução de R$ 90 mil a uma pessoa em Brasília (DF), que afirma ter fechado contrato particular de "compartilhamento e locação antecipada" de um carro com uma empresa que pertencia a Jairo, em novembro de 2021.

O contrato tinha duração de 36 meses, e o valor foi depositado em conta bancária. Porém, em março de 2022, o veículo foi bloqueado e ela teve de devolvê-lo à locadora porque o sócio de Jairo no negócio estava inadimplente.

Jairo Filho também responde a um processo por estelionato e é acusado de participação em um esquema de pirâmide financeira. Procurado pelo Estadão, o candidato a vice não havia sido encontrado para comentar até a publicação deste texto.

Deltan afirmou ter lido os esclarecimentos prestados à Justiça e disse, invocando seus "18 anos de experiência combatendo grandes esquemas criminosos", que as justificativas apresentadas não são "nada convincentes".

"Como colocar numa posição de autoridade alguém contra quem pesam fortes evidências de que enganou e se apropriou do dinheiro das pessoas ao redor?", questionou o ex-procurador, acrescentando que as condenações em segunda instância, para ele, "são suficientes".

Em outra categoria

O número de mortos em dois dias de confrontos entre as forças de segurança sírias e os apoiadores do presidente deposto Bashar Assad subiu para mais de mil, incluindo 745 civis, 125 membros das forças de segurança do governo e 148 militantes de grupos armados ligados a Assad, disse neste sábado, 8, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha. Os confrontos, que começaram na quinta-feira, marcaram uma escalada no desafio do novo governo de Damasco, três meses após insurgentes assumirem o controle do país.

A violência se intensificou na sexta-feira, quando atiradores sunitas leais ao governo iniciaram assassinatos de membros da minoria alauita, que tem sido um dos principais grupos de apoio ao regime de Assad.

Testemunhas relatam que homens alauitas foram mortos a tiros e casas saqueadas e incendiadas. Em algumas áreas, corpos de vítimas foram deixados nas ruas ou em telhados, enquanto residentes eram impedidos de removê-los pelos atiradores.

A violência foi interrompida na manhã deste sábado, mas o número de mortos continua subindo, com fontes locais relatando que até 600 pessoas já foram enterradas, enquanto outras vítimas foram encontradas em valas comuns. A violência gerou grandes deslocamentos, com muitos alauitas buscando refúgio nas montanhas e em outras áreas mais seguras.

A agência de notícias estatal da Síria citou um funcionário não identificado do Ministério da Defesa, dizendo que as forças do governo haviam retomado o controle de grande parte das áreas ocupadas pelos apoiadores de Assad. A agência acrescentou que as autoridades fecharam todas as estradas que levavam à região costeira "para evitar violações e restaurar gradualmente a estabilidade".

O governo sírio afirmou que as forças leais a Assad estavam respondendo a ataques de remanescentes do regime anterior, enquanto as autoridades sírias tentavam restaurar a ordem e recapturar áreas de controle.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa sírio afirmou que as forças do governo haviam retomado grande parte dos territórios e estavam tentando restaurar a estabilidade, fechando as estradas que levam à região costeira afetada pelos conflitos. Fonte: Associated Press

O trânsito em volta do Palácio de Westminster, em Londres, ficou parado neste sábado, 8, enquanto os serviços de emergência tentavam chegar a um homem que subiu à torre do Big Ben segurando uma bandeira da Palestina. As fotos mostram o homem descalço, em uma espécie de protesto, de pé num parapeito, após subir vários metros da Torre Elizabeth, que abriga o Big Ben.

As autoridades disseram que as visitas às Casas do Parlamento foram canceladas devido ao ocorrido.

A ponte de Westminster e uma rua próxima foram fechadas durante grande parte do dia de sábado e vários veículos dos serviços de emergência estiveram no local enquanto a multidão assistia. A polícia também bloqueou todos os acessos de pedestres à Praça do Parlamento.

A Polícia Metropolitana disse anteriormente que os agentes receberam informações sobre o homem por volta das 7 horas da manhã do horário local e estavam "trabalhando para levar o incidente a uma conclusão segura", juntamente com os bombeiros e os serviços de ambulância.

Os negociadores subiram várias vezes numa plataforma de escada dos bombeiros para falar com o homem e convencê-lo a descer, mas o manifestante permaneceu no alto da torre no final do dia de sábado.

Um pequeno grupo de apoiadores gritou "Palestina Livre" por detrás de um cordão policial nas proximidades. /Associated Press

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

Israel anunciou que enviará uma delegação ao Catar na segunda-feira, 10, "em um esforço para avançar nas negociações" sobre o cessar-fogo em Gaza. Já o Hamas relatou "sinais positivos" nas conversas com mediadores egípcios e do Catar sobre o início das negociações para a segunda fase do cessar-fogo, que foi adiada.

A declaração do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não forneceu detalhes, mas disse que o país "aceitou o convite dos mediadores apoiados pelos Estados Unidos".

O porta-voz do Hamas, Abdel-Latif al-Qanoua, também não divulgou detalhes.

As negociações sobre a segunda fase deveriam ter começado há um mês.

Não houve comentário imediato da Casa Branca, que na quarta-feira confirmou as negociações diretas dos Estados Unidos com o Hamas.

Na última semana, Israel pressionou o Hamas para liberar metade dos reféns restantes em troca de uma extensão da primeira fase, que terminou no último fim de semana, e uma promessa de negociar um cessar-fogo duradouro.

Acredita-se que o Hamas tenha 24 reféns vivos e os corpos de outros 34.

Com o fim da primeira fase, Israel cortou todos os suprimentos para Gaza e seus mais de 2 milhões de habitantes, enquanto pressionava o Hamas para aceitar o acordo.

O grupo militante afirmou que a medida também afetaria os reféns restantes. Fonte: Associates Press