Boulos melhora entre eleitores de Marçal, mas Nunes é preferido de 77% nesse grupo

Política
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Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 17, mostrou que, embora atrás do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na corrida eleitoral em São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL) oscilou positivamente na busca por eleitores de Pablo Marçal (PRTB). O psolista ganhou 4 pontos porcentuais entre os paulistanos que votaram no ex-coach, atingindo 8% de intenções de voto nesse grupo. Apesar disso, a grande maioria dos eleitores do candidato do PRTB ainda prefere Ricardo Nunes, que oscilou de 84% para 77% no grupo.

O atual prefeito lidera a disputa para o segundo turno com 51% das intenções de voto, ante 33% do psolista. O resultado alcançado por Marçal no primeiro turno é visado pelos adversários, já que significa uma parcela relevante de eleitores. O ex-coach ficou em terceiro lugar no pleito com 28,14% - 1,7 milhões de voto.

Integrantes da campanha de Boulos acreditam que a adesão a Marçal foi motivada mais por um voto de protesto de eleitores descontentes com a política tradicional, representada por figuras como Nunes, do que por razões ideológicas.

Diante disso, Boulos tem elevado o tom contra Nunes e feito acenos aos eleitores de Marçal que, adeptos ao discurso de renovação política, poderiam optar pelo psolista frente ao atual prefeito. As estratégias parecem ter contribuído também para a queda na rejeição de Boulos entre os que votaram no candidato do PRTB, que chegou a 86%. No último levantamento, o deputado federal era rejeitado por 92% dos paulistanos que escolheram Marçal no primeiro turno. Já a rejeição a Nunes entre os eleitores do ex-coach cresceu de 9% para 12%.

No debate promovido pela Band, Boulos adotou uma postura mais combativa, intensificando ataques contra o atual prefeito. Apesar do tema central do embate ter sido o apagão que deixou mais de dois milhões de pessoas sem energia na região metropolitana de São Paulo, o psolista encontrou espaço para criticar a gestão do prefeito como um todo e ainda insistir em perguntar se o atual prefeito abriria suas contas bancárias para a população.

Boulos também tem utilizado seu tempo de televisão para tentar associar o emedebista ao crime organizado, citando a relação familiar de um servidor de carreira da Prefeitura de São Paulo com o chefe da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Após o prefeito cancelar de última hora sua participação no debate da RedeTV!, UOL e Folha de S. Paulo, Boulos, que foi sabatinado, aproveitou para tecer críticas ao emedebista e ao seu entorno, chamando-o de "covarde" e de "fantoche" do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Na avaliação de integrantes da campanha, a postura de Boulos se deu após a equipe avaliar que os comportamentos combativos de Marçal foi o que capturou a atenção dos eleitores paulistanos.

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O Exército da Ucrânia disse nesta quinta-feira, 21, que a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental durante a madrugada contra a cidade de Dnipro, no centro do país. Autoridades ocidentais não confirmaram a informação e um oficial de um país do Ocidente afirmou à emissora norte-americana ABC News que o ataque foi feito com um míssil balístico convencional. O Kremlin ainda não se manifestou sobre o tema.

Caso Kiev consiga provar que Moscou de fato lançou um míssil balístico intercontinental, este feito seria inédito na guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 após a invasão do Exército russo.

Em comunicado divulgado no aplicativo de mensagens Telegram, a Força Aérea da Ucrânia apontou que o míssil balístico intercontinental teria sido lançado da região russa de Astrakhan, que faz fronteira com o Mar Cáspio, junto com outros oito mísseis.

Duas pessoas ficaram feridas como resultado do ataque. Uma instalação industrial e um centro de reabilitação para pessoas com deficiência foram danificados, segundo autoridades locais.

Doutrina nuclear

O uso de mísseis balísticos intercontinentais é bem mais grave do que outros tipos de armamento por conta das ogivas nucleares que estes mísseis transportam.

O lançamento destas armas seria um lembrete da capacidade nuclear da Rússia e uma sinalização de uma possível escalada ainda maior na guerra.

Na terça-feira, 19, A Ucrânia disparou seis mísseis ATACMS fabricados nos EUA contra a região russa de Bryansk.

O lançamento ocorreu dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter permitido o uso de mísseis de longo alcance fabricados nos EUA em ataques dentro do território russo.

Também no dia 19 de novembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou uma revisão da doutrina nuclear russa que amplia as circunstâncias nas quais Moscou pode lançar um ataque atômico contra a Ucrânia e a Otan.

O líder russo declarou que um ataque com armas convencionais à Rússia por qualquer nação que seja apoiada por uma potência nuclear será considerado um ataque conjunto ao seu país.

De acordo com as mudanças, um grande ataque à Rússia com mísseis convencionais, drones ou aeronaves poderia atender aos critérios para uma resposta nuclear, assim como um ataque à Belarus ou qualquer ameaça crítica à soberania da Rússia. COM AP

A Câmara dos Deputados do México aprovou na quarta-feira, 20, a polêmica reforma constitucional que contempla a abolição de sete organizações autônomas, que nas últimas duas décadas garantiram o direito à informação, forneceram dados sobre pobreza e educação e preveniram a corrupção em vários setores.

O projeto de lei foi aprovado pela Câmara com 347 votos a favor e 128 contra, e voltará a ser debatido na quinta-feira em outra sessão, na qual serão discutidas as ressalvas feitas por parlamentares pró-governo e opositores à decisão. No entanto, espera-se que seja aprovado sem dificuldades, uma vez que o partido governista Morena tem o controle do Congresso. A reforma seguirá então para o Senado para aprovação final.

A reforma faz parte de um pacote de leis promovido pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador sete meses antes de deixar o governo. Se aprovada, a mudança levará ao desaparecimento do: Instituto Nacional de Transparência, Acesso à Informação e Proteção de Dados Pessoais (INAI); Conselho Nacional de Avaliação da Política de Desenvolvimento Social (Coneval); Comissão Federal de Concorrência Econômica (Cofece); Instituto Federal de Telecomunicações (IFT); Comissão Nacional de Melhoria Contínua da Educação (Mejoredu); o Comissão Reguladora de Energia (CRE); e Comissão Nacional de Hidrocarbonetos (CNH).

Embora as funções desempenhadas por estas entidades sejam transferidas para outros órgãos oficiais, a reforma tem gerado preocupação entre especialistas, ativistas e relatores especiais da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles alertam que o desaparecimento das sete organizações - que operam independentemente dos poderes públicos - enfraquecerá a democracia e limitará as ações de combate à corrupção, de monitoramento da concorrência e de elaboração de políticas públicas. Fonte: Associated Press

O Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão, nesta quinta-feira, 21, contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e integrantes da cúpula do Hamas, acusando-os de crimes de guerra e crimes contra a humanidade devido à guerra em Gaza e aos ataques de outubro de 2023 que desencadearam a ofensiva de Israel na Palestina.

A decisão transforma Netanyahu e os outros em suspeitos procurados internacionalmente e é provável que os isole ainda mais e complique os esforços para negociar um cessar-fogo para pôr fim ao conflito de 13 meses. Mas as suas implicações práticas podem ser limitadas, uma vez que Israel e o seu principal aliado, os Estados Unidos, não são membros do tribunal e vários integrantes do Hamas foram posteriormente mortos no conflito.

Netanyahu e outros líderes israelenses condenaram o pedido de mandados do procurador-chefe do TPI, Karim Khan, como vergonhoso e antissemita.

O presidente dos EUA, Joe Biden, também criticou o promotor e expressou apoio ao direito de Israel de se defender contra o Hamas. O Hamas também rechaçou o pedido. Fonte: Associated Press.