Fernando Grostein fala sobre curta para a Nasa, cinema, saúde mental e Luciano Huck

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Há cinco anos vivendo em Los Angeles, o cineasta Fernando Grostein, irmão de Luciano Huck, está a mil. Ele teve o trecho de um curta-metragem enviado dentro de um foguete da NASA para o espaço, está com filme na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e faz show em São Paulo para marcar o lançamento de um EP.

"Recentemente, trabalhamos com a NASA em um curta-metragem que foi enviado em um foguete satélite para Marte, batendo recordes de transmissão a laser", conta o artista de 43 anos. "Homenageamos a Bahia com imagens da dançarina baiana Moara Sacchi e o maestro Jaques Morelenbaum. Temos lutado para representar nosso País da melhor forma possível", completa.

Trata-se da missão Psyche, que fez um teste inovador de comunicação óptica no espaço profundo com o intuito de estudar o aumento da transmissão de dados em uma velocidade 100 vezes maior do que os métodos atuais de frequência de rádio. Confira o filme que explora os temas de conexão aqui.

Grostein admite que, apesar das conquistas, sente saudade da família e destaca a relação especial que tem com seu irmão, Luciano Huck: "Para mim, ele é como um pai. Perdi meu pai aos 10 anos. Ele era Mário de Andrade, um grande jornalista, que faleceu nos braços de um amigo, Juca Kfouri, que admiro. Sem querer, Luciano assumiu esse papel em minha vida, e sou imensamente grato a ele".

O cineasta tem a produtora Cosmic Dog, fundada junto com o parceiro Fernando Siqueira. Eles resolveram deixar o Brasil após Grostein falar sobre homossexualidade no YouTube e ao gravar o filme Quebrando o Mito, sobre masculinidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ele conta que sofreu ataques na internet. "Recebi ameaças de agressão e de morte, o que tornou nossa situação insustentável. Sentindo que isso afetava nosso bem-estar, decidimos ir pra Califórnia, onde recebi bolsas de estudo em Stanford e Harvard."

Na Mostra de Cinema de São Paulo

O casal está no Brasil para apresentar o projeto Necklace, que inclui três frentes.

Uma delas é o filme Entrelaços, que será exibido na programação Mostra Brasil, da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com sessões nesta quarta, 23 (Espaço Augusta), e na segunda, 28 (Reserva Cultural).

No filme, eles abordam a crise de saúde mental no mundo, desencadeada pelo uso excessivo de redes sociais e pela desigualdade econômica.

Siqueira, de 26 anos, que é membro associado da companhia de teatro Actor's Gang, fundada por Tim Robbins, diz que, para o filme, criou máscaras surrealistas para representar sonhos e discutir esses transtornos, buscando quebrar estigmas.

Para Grostein, é preciso discutir livremente essas condições e abraçar a diversidade humana sem preconceitos. "É muito difícil não ter um trauma ou uma questão de saúde mental. O projeto parte da premissa de que você pode andar na rua sem saber quem está passando por depressão, autismo ou esquizofrenia. Acreditamos que esses termos estão sendo usados como xingamentos, embora façam parte da condição humana."

Entrelaços é, em suas palavras, "um filme diferente e aconchegante" - sobre um assunto que permeia sua obra. "Desde adolescente, o trauma tem sido uma constante em minha carreira como documentarista", diz o cineasta que dirigiu o documentário Quebrando o Tabu, que reuniu depoimentos de figuras como Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton sobre a guerra às drogas, além de outro chamado Encarcerados, baseado no livro de Drauzio Varella, que examina o sistema penitenciário.

Neste projeto específico, Siqueira conta que eles foram influenciados por autores como Gabor Maté e Bessel van der Kolk e tiveram o apoio de consultores de saúde.

As outras duas frentes são o EP FernandoS, que conta com quatro canções, e os shows nos dias 24 e 28 na casa Bona Musical, onde Siqueira canta e toca violão, enquanto Grostein se encarrega do teclado.

Serviço

Entrelaços - Mostra de Cinema de São Paulo

Quando e onde: 23/10 às 21:45 - Espaço Augusta Sala 1;

28/10 às 13:00 - Reserva Cultural - Sala 1

Quanto: R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia)

Show Necklace - Bona Casa

Quando: 24 (esgotado) e 28 de outubro

Onde: R. Dr. Paulo Vieira, 101 - Sumaré - SP

Quanto: R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia)

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Pouco antes da queda do caça da Força Aérea Brasileira (FAB) próximo à Base Aérea de Parnamirim, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, o piloto direcionou a aeronave, um F-5M, para uma área inabitada, acionou o sistema de ejeção e conseguiu abandonar o avião em segurança. O acidente ocorreu no início da tarde desta terça-feira, 22.

O sistema de ejeção é simples e rápido, de acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão. "O objetivo é criar energia suficiente para o piloto se afastar cerca de 60 metros da aeronave, distância segura para que ele não seja atingido pela cauda, por exemplo", diz o professor Valmar Gama, diretor de programas e tecnologia da Associação Brasileira de Segurança de Voo (Abravoo).

Essa energia pode ser criada de duas formas:

- No sistema explosivo, o piloto aciona um compartilhamento localizado embaixo do banco que explode e empurra o assento para cima - a cadeira é fixa em um trilho vertical.

- No sistema balístico, a cadeira é ejetada por foguetes laterais que fazem sua sustentação.

Atualmente, as aeronaves usam uma combinação dos dois sistemas - explosivo e balístico - para garantir a segurança da ejeção, explica Gama. "A ejeção funciona, inclusive, com o avião parado e ao nível do solo", explica.

Existe outro dispositivo que facilita a "fuga" do piloto. A cadeira possui duas hastes (ou chifres) no encosto que são capazes de quebrar a redoma de proteção da aeronave - se ela não se abrir automaticamente.

Fora da aeronave, quando ainda está no ar, o piloto é protegido por um sistema com três paraquedas. O primeiro é acionado automaticamente. "Já fora da aeronave é acionado o paraquedas e o piloto é também separado do assento", diz o especialista Roberto Peterka.

O piloto do F-5M foi resgatado por uma equipe de salvamento da própria FAB. O avião caiu em uma área de mata próxima a condomínios residenciais de Parnamirim.

O militar foi levado ao Hospital da Base Aérea de Natal para exames complementares. Antes da queda, a aeronave foi gravada por populares pegando fogo na parte traseira. Outros aviões foram vistos em treinamento na região.

O acidente será investigado pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (Cenipa) com o objetivo de identificar os possíveis fatores que contribuíram para o acidente e evitar que novas ocorrências semelhantes ocorram.

Um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu perto da Base Aérea de Parnamirim, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, no início da tarde desta terça-feira, 22.

O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado pela FAB para conter as chamas na vegetação provocadas pelo querosene da aeronave, uma F-5M. Antes da queda, o piloto conseguiu desviar a aeronave para uma região desabitada e realizar o procedimento de ejeção. Ele foi resgatado e socorrido pela Brigada de Salvamento em bom estado de saúde. O militar foi levado ao Hospital da Base Aérea de Natal para exames complementares.

O avião caiu em uma área de mata próxima a condomínios residenciais da cidade de Parnamirim. Antes da queda, a aeronave foi gravada por populares pegando fogo na parte traseira. Outros aviões foram vistos em treinamento na região.

Está previsto para o período de 3 e 15 de novembro o Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex). O objetivo é promover um treinamento conjunto em cenários de conflito e a troca de experiências entre os países participantes. Trata-se do maior treinamento de guerra da América Latina, com a participação também da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro. A edição de 2024 vai reunir 16 países, entre eles: Brasil, África do Sul, Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Equador, França, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, Suécia e Uruguai. Estarão envolvidos mais de 2 mil militares e cerca de 50 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.

Ainda não há confirmação se a aeronave fazia parte dessa operação.

O acidente será investigado pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (Cenipa) com o objetivo de identificar os possíveis fatores que contribuíram para o acidente e evitar que novas ocorrências semelhantes ocorram.

Um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu nesta terça-feira, 22, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, próximo à Base Aérea de Natal (BANT). O local serve para treinamento e operações da Aeronáutica.

O avião caiu em uma área de mata próxima a condomínios residenciais da cidade de Parnamirim. O piloto conseguiu desviar a aeronave para uma região desabitada e realizar o procedimento de ejeção. Ele foi resgatado e socorrido pela Brigada de Salvamento em bom estado de saúde.

A Base Aérea de Natal fica em local estratégico do Rio Grande do Norte e receberá de 3 a 15 de novembro o Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex). O evento é um exercício multinacional e operacional organizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) desde 2002, que visa o treinamento conjunto em cenários de conflito, além de promover a troca de experiências entre os países participantes.

A edição do próximo mês reunirá 16 países, mais de 2.000 militares e cerca de 100 aeronaves, entre brasileiras e estrangeiras.

É o maior treinamento multinacional de guerra da América Latina, liderado pela Força Aérea Brasileira, com a participação do Exército e da Marinha do Brasil. Estão previstas mais de 1.500 horas de voo, com vários tipos de missões, incluindo ataque ao solo, superioridade aérea, escolta e reabastecimento em voo.

Participarão do Exercício: Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Paraguai, Peru, Portugal, África do Sul, Suécia, Uruguai e Estados Unidos.

O acidente

O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado nesta terça-feira pela FAB para conter as chamas na vegetação provocadas pelo querosene da aeronave, uma F-5M. Antes da queda, o piloto conseguiu desviar a aeronave para uma região desabitada e realizar o procedimento de ejeção. O militar foi levado ao Hospital da Base Aérea de Natal para exames complementares.

O avião caiu em uma área de mata próxima a condomínios residenciais da cidade de Parnamirim. A aeronave foi gravada por populares pegando fogo na parte traseira. Outros aviões foram vistos em treinamento na região.

O acidente será investigado pelo Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aéreos (Cenipa) com o objetivo de identificar os possíveis fatores que contribuíram para o acidente e evitar que novas ocorrências semelhantes ocorram.

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou em entrevista à CNN Brasil que o piloto do caça F-5M foi "hábil" ao levar a aeronave para um campo aberto e ter se ejetado. "Conseguiu, mesmo com fogo já no avião, desviar da área que tinha casas e caiu numa área sem residência. O piloto conseguiu se ejetar e, graças a Deus, não tivemos vítima", afirmou o ministro.