Em livro, Marina falou sobre relação com Antonio Cicero: 'Segredos, conversas só nossas'

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Alerta: o texto abaixo trata de temas como suicídios e transtornos mentais. Se você está passando por problemas, veja ao final dele onde buscar ajuda.

Uma das parcerias mais fundamentais para o pop brasileiro foi a dos irmãos Marina Lima e Antonio Cicero. Fullgás, Acontecimentos, Virgem e Pra Começar foram algumas das canções que fizeram juntos e que viraram hits da música brasileira.

Cicero, que morreu nesta quarta-feira, 23, aos 79 anos, era 10 anos mais velho do que Marina. Como a cantora contou em seu livro Maneira de Ser (Língua Geral), lançado em 2012, a diferença de idade entre eles, em um primeiro momento, pesou na relação.

Marina explicou que era mais próximo de Beto, seu outro irmão, que também já morreu. "Quando eu era criança, só me referia ao Beto assim: 'meu irmão Beto disse', 'eu e meu irmão gostaríamos...'. Parecia que só havia nós dois. É que Cicero e eu éramos afastados", escreveu a cantora.

"Não tínhamos assuntos, interesses, nada em comum. Foi a música que nos aproximou. E a possibilidade de vivermos disso veio como uma solução mágica", continuou a cantora.

Quem deu o primeiro passo foi ela. Em 1976, Marina pegou um poema de Cicero chamado Alma Caiada e o musicou, sem ele saber. Nascia, assim, a parceria. A música foi entregue para a cantora Maria Bethânia gravar no disco Pássaro Proibido. No entanto, a letra foi vetada pela censura do governo militar sob a alegação de que tinha conotação política. A música seria lançada por Zizi Possi em 1979.

Marina lançou seu primeiro álbum em 1979, Simples Como Fogo, e ele já trazia novas parcerias com Cicero, como Transas de Amor e A Chave do Mundo.

No livro, a cantora relata como a relação entre ela e o irmão mudou a partir do momento que se entenderam por meio da música.

"Cicero e eu nos tornamos próximos. Com mundos, segredos, conversas só nossas. Nossos encontros para compor eram deliciosos...Vibrávamos a cada música feita, a cada achado. E, de certa forma, tínhamos essa desculpa para ficarmos ali horas, trocando, inventando e nos conhecendo", escreveu Marina.

Em depoimento ao jornal O Globo nesta quarta-feira 23, o viúvo de Antonio Cicero, o figurinista Marcelo Pies, afirmou que Marina soube da decisão do irmão pelo suicídio assistido na última terça-feira, 22. Cicero, que sofria de Alzheimer, morreu na Suíça, um dos países onde a prática é legalizada.

A reportagem do Estadão procurou Marina para saber se ela gostaria de se manifestar sobre a morte de Cicero. Sua assessoria afirmou que ela ainda está "muito emotiva" e que precisa "processar o luto".

Onde buscar ajuda

Se você está passando por sofrimento psíquico ou conhece alguém nessa situação, veja abaixo onde encontrar ajuda:

Centro de Valorização da Vida (CVV)

Se estiver precisando de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço gratuito de apoio emocional que disponibiliza atendimento 24 horas por dia. O contato pode ser feito por e-mail, pelo chat no site ou pelo telefone 188.

Canal Pode Falar

Iniciativa criada pelo Unicef para oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O contato pode ser feito pelo WhatsApp, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

SUS

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) voltadas para o atendimento de pacientes com transtornos mentais. Há unidades específicas para crianças e adolescentes. Na cidade de São Paulo, são 33 Caps Infantojuventis e é possível buscar os endereços das unidades nesta página.

Mapa da Saúde Mental

O site traz mapas com unidades de saúde e iniciativas gratuitas de atendimento psicológico presencial e online. Disponibiliza ainda materiais de orientação sobre transtornos mentais.

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o Brasil conduziu um processo totalmente disruptivo na presidência do G20 ao pautar como prioridade temas como a agenda ambiental e de clima e o enfrentamento às desigualdades sociais, incluindo o debate sobre a taxação dos super ricos. Ela enfatizou que o entendimento brasileiro sobre avanços, especialmente na agenda ambiental, veio do Plano de Transformação Ecológica (PTE), uma das principais apostas do governo.

"Nós fizemos um processo totalmente disruptivo, inovador e isso nós devemos muito a essa compreensão que veio com o Plano de Transformação Ecológica, de que meio ambiente e desenvolvimento não estão separados, de que o desafio da mudança do clima não está separado do desafio da transformação econômica e social dos nossos países", afirmou durante a coletiva de balanço da Força-Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima do G20, nesta quinta-feira, 24.

O Brasil aproveitou as reuniões do G20 para lançar a Plataforma Brasileira de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica (BIP), para ampliar os investimentos na transformação ecológica no âmbito do PTE.

"A plataforma tem um lastro: o Plano Clima, o Plano de Transformação Ecológica e outros poderão entrar. Nós já estamos fazendo esses adendos, como, por exemplo, o plano agricultura de baixo carbono, porque é um grande espaço de investimento para a agricultura sustentável, além de infraestrutura resiliente, além dos programas voltados na área de segurança energética, de transição energética", disse. A ministra também destacou que o País tem boas parcerias, como o mecanismo para financiar floresta protegida, o Tropical Forest Finance Facility (TFFF).

A secretária nacional de mudanças do clima, Ana Toni, disse que a plataforma já abarca entre sete e oito projetos, que somam US$ 10,8 bilhões, em áreas de reflorestamento, fertilizantes verdes e minerais críticos, por exemplo. A ferramenta ajudará a encontrar financiadores para essas ações. A embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças do G20, destacou que a ferramenta poderá desburocratizar o acesso entre projetos e instituições, incluindo organizações multilaterais.

Os secretários estaduais de educação vão pedir à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que mude a data ou o horário dos jogos das finais da Copa do Brasil para não atrapalhar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As duas partidas, entre Flamengo e Atlético-MG, estão marcadas para a tarde dos dias 3 e 10 novembro, justamente quando ocorrem as provas. O Enem terá a participação de 4,3 milhões de estudantes este ano.

A preocupação maior é com a possibilidade de um alto número de faltas e também com eventuais dificuldades para deslocamento dos alunos. "Reconhecemos a relevância tanto do Enem, quanto da final entre Flamengo e Atlético-MG, um dos maiores momentos do calendário esportivo nacional", diz a nota do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), divulgada nesta quinta-feira, 24. O ofício será enviado à CBF.

"Nos preocupa a ausência de estudantes na aplicação da prova, e em especial, o prejuízo maior aos estudantes de Belo Horizonte e Rio de Janeiro devido as aglomerações em decorrência dos jogos interferirem no deslocamento dos estudantes aos locais das provas", diz o vice-presidente do Consed e secretário do Mato Grosso do Sul, Helio Daher.

O Ministério da Educação (MEC) endossa o pedido dos secretários. "O Enem está organizado em todo o País para atender mais de 4 milhões de participantes. É uma gigantesca logística. A CBF pode ajustar o calendário", afirmou ao Estadão o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC que realiza a prova, Manuel Palácios.

O fato de o Flamengo ter a maior torcida do Brasil preocupada secretários de todos os Estados. A nota diz ainda que o estudante pode "preferir terminar mais cedo a prova para ir ao jogo ou até mesmo optar por não participar do Enem". "Eles podem perder o foco ou se ausentar na prova", completa Daher.

A CBF realizou nesta quinta-feira o sorteio sobre o local dos jogos e a primeira parte da decisão será no Rio. O segundo jogo, dia 10, será em Belo Horizonte. A previsão é as partidas ocorram às 16 horas, em ambos os domingos.

O Enem terá os portões abertos às 12 horas. A prova vai até cerca de 19 horas. A prova é maior vestibular do País e seleciona alunos para todas as universidades federais, além de outras instituições públicas e particulares.

No Rio de Janeiro, são quase 300 mil jovens que se inscreveram para o Enem, segundo dados do Ministério da Educação (Minas). Em Minas, foram cerca de 400 mil. O Estado com mais participantes é São Paulo, com 645 mil alunos.

Três pessoas morreram durante uma operação policial no Complexo de Israel, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, 24, segundo a Polícia Militar. Uma pessoa foi presa e duas granadas foram apreendidas.

O confronto ocorreu na Avenida Brasil, uma das principais vias da cidade, que chegou a ficar bloqueada por duas horas.

Houve pânico entre a população que estava no local nesta manhã. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram pessoas deitadas no chão tentando se proteger durante o tiroteio.

A Prefeitura de Duque de Caxias, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, disse que três vítimas baleadas em ocorrência policial na manhã desta quinta-feira deram entrada no Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo.

O trânsito também ficou bastante congestionado na região. A Avenida Brasil, posteriormente, foi liberada e o policiamento reforçado.

Por volta das 9 horas, o município do Rio entrou no estágio 2, emitido pelo Centro de Operações em casos de ocorrências de alto impacto, em função da troca de tiros que interditou a avenida, afetando significativamente o corredor Transbrasil.

Escolas e postos de saúde fechados

A Secretaria Municipal de Educação disse que ao todo, 16 escolas ficaram fechadas por conta da operação, sendo três delas nas comunidades Cinco Bocas e Pica-Pau, cinco em Vigário Geral e Parada de Lucas e oito na Cidade Alta.

Conforme a prefeitura do Rio, os centros municipais de saúde (CMS) Iraci Lopes e José Breves dos Santos, as clínicas da família Heitor dos Prazeres e Joãosinho Trinta acionaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, suspenderam o funcionamento na manhã desta quinta-feira.

Já as clínicas da família Eidimir Thiago de Souza e Nilda Campos de Lima mantêm o atendimento à população.

Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas.

Em 2024, até o momento, os episódios de instabilidade e violência em diversas regiões da cidade do Rio de Janeiro ocasionaram 901 registros de fechamento temporário de unidades de saúde.