'We Are The World': Quincy Jones reuniu time de estrelas em gravação histórica

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O lendário produtor Quincy Jones, que morreu no domingo, 3, aos 91 anos, é lembrado por lançar a carreira solo de Michael Jackson e pelo trabalho com outros ícones da música como Frank Sinatra, Aretha Franklin e Céline Dion. Outro grande marco de sua carreira foi a gravação histórica do hit We Are The World, em 1985, quando Jones ficou responsável por comandar um time de estrelas pop para arrecadar fundos para a África.

Na noite de 28 de janeiro de 1985, em um estúdio em Los Angeles, mais de 40 astros americanos se reuniram para tirar a faixa do papel.

Com a participação de nomes como Lionel Richie, Stevie Wonder, Paul Simon, Tina Turner, Billy Joel, Michael Jackson, Diana Ross, Willie Nelson, Al Jarreau, Bruce Springsteen, Cyndi Lauper, Bob Dylan e Ray Charles, dentre outros, a canção se tornaria um hino da música pop, lembrada até hoje.

We Are The World foi o resultado da campanha USA For Africa, cujo objetivo era arrecadar fundos para o combate à fome no continente africano. A ideia partiu do ator e músico Harry Belafonte, que também era ativista.

Lionel Richie e Michael Jackson foram os compositores da faixa, e coube a Jones a direção musical do grande encontro - além de atuar como arranjador, havia a complexa tarefa de domar a vaidade de todos os talentos envolvidos. Ele antecipou com sagacidade que não seria nada fácil, e chegou a advertir, em uma plaquinha colocada na entrada do estúdio: "Deixem seus egos do lado de fora".

Conciliar as agendas dos astros era praticamente impossível. A gravação, portanto, foi limitada a uma única madrugada, depois do American Music Awards.

O gravação virou até documentário, lançado pela Netflix neste ano. A Noite que Mudou o Pop reconstrói o encontro dos grandes astros, e relembra episódios como a rixa entre Michael Jackson e Prince, o incômodo de um introvertido Bob Dylan, as piadas que quebraram o gelo e marcaram o momento, e até um cantor que ficou bêbado na ocasião.

Prince foi o grande nome que recusou participar do projeto. O músico ligou para Lionel Richie e disse que só toparia se, naquela noite, pudesse tocar guitarra em outra sala, separado de todos. O motivo era a rivalidade entre ele e Michael Jackson. Richie, que prezava pela força coletiva de sua composição, negou.

Décadas mais tarde, foi revelado que Cyndi Lauper quase ficou de fora do hit. Em uma entrevista concedida em 2018, Quincy afirmou que a artista foi a figura mais difícil de lidar naquela noite. Ela não gostou da música e fez questão de dizer isso; já o produtor deixou claro que ela poderia ir embora se não quisesse estar ali.

We Are The World foi lançada em março de 1985, e se tornou uma das músicas mais vendidas da história, arrecadando mais de 80 milhões de dólares na época - o equivalente a cerca de 200 milhões de dólares hoje. Todo o valor foi destinado para a fundação USA for Africa, que coordenou as doações, sendo a Etiópia o país mais contemplado.

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Um incêndio de grandes proporções atingiu uma edificação comercial na Rodovia Fernão Dias, na região do Jaçanã, zona norte de São Paulo, no sentido de Mairiporã. Até o momento, não há registro de feridos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, trata-se de um depósito de madeira e produtos químicos. A ocorrência segue em andamento. Uma grande nuvem de fumaça tomou conta do céu e pode ser vista de vários locais, incluindo Guarulhos, na Grande São Paulo, que fica próximo ao bairro do Jaçanã.

A Prefeitura de Guarulhos confirmou que a ocorrência é em São Paulo, e não Guarulhos, segundo informações do Corpo de Bombeiros. "De qualquer forma, por ser limite dos dois municípios, uma equipe da Defesa Civil de Guarulhos foi acionada para prestar apoio no local", disse.

As operações de voos no Aeroporto Internacional de São Paulo não foram afetadas pelo incêndio, de acordo com a GRU Airport. Pousos e decolagens seguem normalmente.

Um acidente em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, deixou quatro jovem mortos na noite deste domingo, 9. Segundo o boletim de ocorrência, o carro colidiu na barreira de concreto e despencou de uma altura de 10 metros de uma alça de acesso do Rodoanel.

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. Henrique Antonini Marioto, 25 anos, auxiliar de informática;

. Vitória Sampaio, 22 anos, biomédica;

. Júlia Gasparino Pereira da Silva, 22, terapeuta ocupacional;

. Eduarda Aiko Shintaku Iwai, 21 anos, esteticista.

A Polícia Militar foi acionada e encontrou a única sobrevivente em estado de choque. Aos policias, Giovanna Ribeiro da Rocha disse que o grupo voltava da Praia Grande. O carro era conduzido pelo namorado da jovem, Henrique Antonini Mariotto, e tinha como passageiras Vitória Giovanna Sampaio, Eduarda Aiko Shintaku Iwai e Julia Gasparino Pereira da Silva.

Segundo Giovanna, Henrique perdeu o controle do veículo, bateu na barreira de concreto e caiu na rodovia. Após o acidente, ela e Julia conseguiram sair do carro. No entanto, depois que desceu do veículo, correu para longe e não viu o que aconteceu com Julia.

Dentro do veículo os policiais localizaram os corpos de Henrique, Vitória e Eduarda. Henrique e Vitória já estavam mortos. Eduarda Aiko foi socorrida com vida para o hospital de urgências, e faleceu na unidade de saúde.

O corpo de Julia Gasparino Pereira da Silva foi localizado na faixa de rolamento da via, também em óbito. Ela foi atropelada após o acidente. À polícia, a condutora do outro veículo envolvido disse que trafegava pelo Rodoanel quando viu o veículo acidentado e um corpo estirado no meio da pista. Ela declarou que não teve tempo de desviar e acabou passando com o veículo por cima do corpo que, segundo ela, já estava sem vida.

Após a perícia, os veículos foram removidos para a base da polícia militar, localizada no KM 68 do Rodoanel, permanecendo à disposição dos proprietários.

No discurso de abertura da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um desagravo à cidade de Belém, e falou sobre as dificuldades de realizar a conferência no coração da Amazônia. Ele também criticou os gastos com guerras e voltou a citar a necessidade de um mapa para o fim do uso do petróleo, tema que ele já havia mencionada na semana passada, na cúpula de líderes que antecedeu a conferência.

"Fazer a COP aqui é um desafio tão grande quanto a gente acabar com a poluição do planeta Terra. Teria sido mais fácil ter feito a COP em uma cidade acabada, que não tivesse problema, e resolvemos aceitar o desafio", disse.

O presidente afirmou ainda que as obras feitas para a COP-30 serão legado para a população da cidade. Disse que a Amazônia não é uma "entidade abstrata" e que as pessoas têm problemas reais, que o governo luta para superar. "Desafios que o Brasil luta para superar, com a mesma determinação com que contornou a adversidades logísticas inerentes a uma organização de uma conferência desse porte."

O presidente voltou a abordar tópicos que já tinham sido defendidos por ele durante a Cúpula de Líderes. Lula mandou recados aos países que estão em guerra e pediu mais investimentos no clima.

"Parabéns delegados e delegadas. Parabéns por darem a todos nós essa lição de civilidade, de grandeza humana, provando que se os homens que fazem guerra estivessem aqui nessa COP, iam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para acabar com o problema climático do que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra, como fizeram ano passado", disse.

Lula criticou ainda líderes que adotam uma postura de desacreditar o aquecimento global. "É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas", disse.

O presidente citou tragédias climáticas recentes para falar sobre a necessidade de avançar na ações para responder a esses eventos. Lula mencionou o tornado que atingiu o Paraná e deixou 6 mortos. "A mudança do clima já não é uma ameaça do futuro, é uma tragédia do presente. O furacão Melissa que fustigou o Caribe, e o tornado que atingiu o estado do Paraná no sul do Brasil, deixaram vítimas fatais e um rastro de destruição".