Tatá Werneck chora ao revelar abuso: 'Só pensava em sobreviver'

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Tatá Werneck revelou ter sido vítima de abuso sexual durante o episódio do Lady Night exibido na última segunda-feira, 4. A apresentadora chorou ao falar sobre a violência que passou e a tentativa de denunciá-la.

Tatá recebia em seu programa a atriz Débora Falabella, atualmente em cartaz com Prima Facie, peça em que vive uma advogada que é vítima de violência sexual. As duas discutiam o tema quando a apresentadora disse ter ido assistir ao espetáculo com seus pais.

"Estou emocionada porque fui assistir a essa peça com meus pais. Nunca falei disso porque tenho medo de falar sobre isso. Eles lembraram quando eu sofri uma coisa super séria, e as perguntas que me faziam eram sempre diminuindo ou descredibilizando o que eu dizia. Desculpa, gente, perdi o controle aqui", disse, com a voz embargada.

Ela continuou: "Era como se eu não estivesse falando a verdade. Eles perguntavam 'Como ele era? Como ele estava vestido? Mas você estava assim? Porque você não gritou? Por que você não chamou a polícia?'.Porque eu estava com medo, eu estava desesperada".

Tatá contou que, no momento da violência, só pensava em como sobreviver. "Eu lembro que só pensava: 'Eu preciso sobreviver'. Qualquer coisa que eu pudesse fazer para sobreviver, eu faria".

"Passaram-se alguns anos, mas ainda fico temerosa de falar", finalizou a apresentadora, antes de convocar o público a assistir à peça estrelada por Débora, exibida em São Paulo.

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A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que prevê pena específica para quem capta fotografia ou vídeo das partes íntimas de outra pessoa sem seu consentimento. É o caso, por exemplo, de homens que fotografam mulheres discretamente por baixo de suas saias no transporte público. A proposta foi aprovada na segunda-feira, 4, no Plenário da Câmara e será enviada ao Senado.

Segundo a Agência Câmara de Notícias, a pena atribuída para esse ato será a mesma daquela estabelecida para quem produz, fotografa, filma ou registra, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes: detenção de 6 meses a 1 ano e multa.

De autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), o Projeto de Lei 583/20, que foi relatado pela deputada Silvye Alves (União-GO), também determina o uso de tecnologia em celulares para acionamento de emergência do número telefônico de denúncia de violência contra a mulher.

O que é upskirting?

Silvye afirma que a legislação deve abordar novas realidades, como a captação e divulgação de imagens não autorizadas de partes íntimas de uma pessoa, prática conhecida como upskirting.

"Temos que dar a resposta necessária às novas dinâmicas sociais e tecnológicas e reforçar a importância do consentimento em todas as interações, especialmente naquelas que envolvem a captura de imagens", disse a parlamentar.

Ainda de acordo com a Agência Câmara de Notícias, no entanto, o texto aprovado faz referência à captura de 'cena sensual ou libidinosa1 em locais públicos ou privados, mesmo que as vítimas usem roupas que não possibilitem a exposição explícita de parte íntimas de seu corpo, possibilitando lacunas de interpretação sobre o que seria sensual ou libidinoso.

O autor da proposta, deputado Guimarães, aprovou as mudanças ao texto original, como a previsão de punição da prática no código penal brasileiro. "Estamos votando um projeto importante nesta luta permanente de enfrentamento da violência contra a mulher. Isso também é uma violência, coberta, que acontece em diversos espaços no País", destacou ele.

A Justiça Federal suspendeu a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que obriga médicos a usaram a plataforma "Atesta CFM", gerenciada pela própria autarquia, para a emissão de atestados.

A resolução estabelece a plataforma como o "sistema oficial e obrigatório para emissão e gerenciamento de atestados médicos" em todo o território nacional.

O juiz Bruno Anderson da Silva, da 3.ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, considerou que o Conselho Federal de Medicina extrapolou suas atribuições e invadiu a competência da União.

"O Conselho Federal de Medicina, ao menos em exame de cognição sumária, invadiu competência legislativa da União Federal, por seus Órgãos (MS, Anvisa, ANPD), ao prever o uso imperativo de plataforma criada por si, em desbordo à sua competência, repita-se, e sem a participação dos demais atores regulamentadores e certificadores", diz um trecho da decisão.

Para o magistrado, a resolução pode gerar consequências indesejáveis, como a concentração indevida do mercado de certificação digital e a fragilização do tratamento de dados pessoais de pacientes.

A decisão também chama a atenção para o risco de eliminação dos atestados e receituários físicos, sem justificativa e sem um prazo adequado para adaptação.

"A realidade de médicos e municípios brasileiros exige uma adaptação razoável e com prazos mais elevados para a completa digitalização da prática médica", argumentou o juiz Bruno Anderson da Silva.

A decisão é provisória e vale até o julgamento definitivo do processo. A liminar foi concedida a pedido do Movimento Inovação Digital (MID).

Um homem de 45 anos foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio contra a própria mãe na noite de segunda-feira, 4, em Santos, no litoral paulista. A identidade dele não foi revelada, desta forma a defesa não foi localizada.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, policiais militares foram acionados após uma idosa de 76 anos cair da janela de seu apartamento. Ela permanece internada e não há informações sobre o seu estado de saúde.

De acordo com a investigação, a ocorrência foi registrada na Rua Jurubatuba. Testemunhas relataram que a vítima e seu filho discutiram antes do ocorrido. Após a queda, ele fez menção de deixar o prédio, mas foi impedido por outros moradores.

"O homem, que é bombeiro militar, foi preso e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes", afirma a SSP. Já a idosa foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e permanece internada. O caso foi registrado como tentativa de feminicídio na Central de Polícia Judiciária de Santos (CPJ).