ABL: confira a lista completa de inscritos para a vaga de Antonio Cicero

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O jornalista, escritor e roteirista Tom Farias e o escritor e diplomata Edgar Telles Ribeiro disputam a vaga que pertencia a Antonio Cicero na Academia Brasileira de Letras (ABL). O poeta, letrista e crítico literário, que morreu em 23 de outubro, ocupava a Cadeira nº 27 do Quadro os Membros Efetivos.

A eleição para a vaga será realizada no dia 11 de dezembro. Confira a seguir a lista completa de inscritos, de acordo com as informações divulgadas pela ABL.

Uelinton Farias Alves (Tom Farias)

Jornalista, escritor, pesquisador, roteirista e crítico literário, Tom Farias tem 64 anos. Iniciou sua carreira no jornalismo aos 14. Atualmente é colunista da Folha de S.Paulo, tendo passagem por outros jornais e revistas, além de periódicos estrangeiros. Como escritor, publicou 18 livros, com destaque para as afro-biografias de Jose do Patrocinio, Cruz e Souza e Carolina Maria de Jesus. Também escreveu os romances A Bolha e Toda Fúria. Foi finalista do Jabuti em 2009 e 2019. É embaixador do Instituto Adus, em prol dos refugiados africanos em São Paulo. É membro da Academia Carioca de Letras.

Edgard Telles Ribeiro

Escritor, embaixador aposentado, cineasta e professor, Edgar Telles Ribeiro, de 79 anos, nasceu no Chile e foi radicado no Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira como crítico de cinema, escrevendo para suplementos literários. Entre 1978 e 1982 foi professor de cinema na Universidade de Brasília (UnB). É autor de 15 livros, entre romances e contos. Jogo de Armar, o mais recente, é finalista do Prêmio Jabuti 2024. Outras obras publicadas são Olho de Rei, O Punho e a Renda, O Impostor e A Mulher Transparente. Como diplomata, serviu nos Estados Unidos, Equador, Guatemala, Nova Zelândia, Malásia e Tailândia (embaixador nos três últimos). No Brasil, trabalhou na área cultural do Ministério das Relações exteriores, cujo departamento chefiou entre 2002 e 2005.

João Calazans Filho

Escritor, romancista, contista, poeta e cronista, nasceu em um pequeno vilarejo chamado Jacareci, na Bahia. Tem mais de 50 livros publicados, e suas obras regionais foram levadas ao mundo, publicadas em dez línguas em mais de 160 países. Dúvidas & Desejos marcou sua estreia como escritor. Outros livros são O Beco, A Salamandra, Rio Sol, Cortina de Fumaça, e o infanto-juvenil O Pé de Cacau Encantado, indicado ao Jabuti. Seus romances exploram temas contemporâneos como intolerância, corrupção, violência, boemia e política, refletindo a complexidade das relações sociais.

Chislene de Carvalho

Professora e escritora paulista, usa o pseudônimo Sarah Bittencourt. Tem obras na área do Direito, participou das antologia de poesia, contos e crônicas Minuto de Tudo, Palavra do Cotidiano e Reencontros. Também escreve títulos infanto-juvenis, como Os três porquinhos deficientes e A menina curiosa.

Jose Efigênio Eloi Moura

Escritor e radialista paraibano, tem 15 livros publicados, entre eles Eita Gota!, Ciço de Luzia, Sertão de Bodocongó, Carolino e a trilogia Pedro Jeremias - buscando contar histórias, preservar e celebrar a essência do Nordeste, sua linguagem e visão de mundo.

Carlos Cardoso

Engenheiro e poeta carioca, de 50 anos, é expoente da geração revelada na poesia brasileira no final da década de 1990. Conquistou o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte pelo livro Melancolia, e também recebeu o prêmio UNESCO, dentre outros. Em 2023, recebeu dois prêmios italianos. Publicou ainda Sol Descalço e Coragem, que está sendo adaptado em peça de teatro.

Eduardo Luiz Baccarin Costa

Escritor, poeta, produtor cultural e professor de língua portuguesa e literatura há mais de 30 anos, o paranaense é Doutor pela Universidade Estadual de Londrina. É titular da cadeira de literatura no Conselho de Política Cultural de Londrina e ocupa a cadeira 39 da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina. Desde 2023, desenvolve o projeto "Casulo Criativo", com alunos da rede pública e da periferia de Londrina e região, para a formação de novos leitores. Tem 16 livros publicados, entre romances, coletâneas de poemas e textos de dramaturgia.

Sonia Netto Salomão

Escritora e professora aposentada carioca, é Doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi docente associada. Seguiu como acadêmica na Itália e fundou a primeira cátedra da língua no país. Coordenou a Cátedra Antonio Vieira, patrocinada pelo Instituto Camões de Lisboa, de 2004 a 2023. É sócia da Academia Romana de Filologia e Sócia Honorária e ex-presidente da Associação Italiana de Estudos portugueses e brasileiros. Recebeu a medalha Rio Branco no grau comendadora, pelos serviços culturais prestados à língua portuguesa e à cultura brasileira. Publicou 26 volumes e cerca de 200 artigos em revistas e livros. Ganhou o Jabuti de Teoria e Crítica Literária em 2017.

Martinho Ramalho de Melo

Poeta, jornalista, servidor público federal e ex-professor paraibano. Tem formações na área de Letras e História, Direito e Engenharia Agrônoma. É mestre em filosofia política pela UFPB, tem vários prêmios em concursos de poesia, conto e crônica, e artigos científicos publicados. É membro do Conselho Editorial da revista Terra da FAEAB, membro da Academia Paraibana de Poesia e sócio-fundador do Clube Literário Brasília.

J. M. Monteirás

Advogado, jurista, professor de Direito, palestrante, articulista, romancista, poeta e compositor, natural da Bahia. Sua mais recente obra literária é Dellarquim, de 2022. Como compositor, destacam-se Sinais (Pirapora), Pássaro Sem Asas e Clara Morena.

Alda de Miranda

Publicitária, empresária, escritora e palestrante paulista. É autora da série infantil Tem Planta Que Virou Bicho. Também lançou Um Reino Sem Dengue e Maria Curiosa de Poesia. Recebeu o Colar do Centenário do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo por sua contribuição à literatura infantil. Atualmente, se dedica à poesia e às crônicas poéticas através do perfil POETE-SE.

Ruy da Penha Lobo

Escritor e poeta goiano, tem dois livros publicados: Jubiacaba e Os Contos Que Eu Conto. Escreve contos e crônicas para o jornal Diário da Manhã.

Lucas Pereira da Silva

Paulista nascido em Caconde, é professor, pedagogo, pesquisador e desenvolve projetos na área educacional e cultural de sua cidade. Também realizou trabalhos no teatro, juntamente com o NUPEAC- Núcleo de Pesquisa e Ação Comunitária e participações nas oficinas de recriação teatral. Escreveu Mistério da Lua e fundou a editora FERRU, publicando títulos como Um Sábio Vale Mais e Quê é?, direcionados ao público infantil e infanto-juvenil.

Antonio Porfirio de Matos Neto

Escritor, filósofo e economista sergipano, é presidente do Museu do Cangaço, no Povoado Alagadiço, e membro ativo de instituições culturais, como a Academia Sergipana de Letras, a Academia de Letras de Aracaju e a Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço. É membro efetivo do Conselho Deliberativo do Centro Internacional Celso Furtado (Cicef) e Conselheiro do Conselho Regional de Economia de Sergipe (Corecon-SE). Como escritor, publicou obras como História de Frei Paulo, Lampião e Zé Baiano no Povoado Alagadiço e Esboço Histórico do Rio São Francisco e seus Aspectos Ambientais.

Remilson Soares Candeia

Advogado, doutor em Direito e professor em instituições de ensino da área jurídica no Distrito Federal, também tem formação em Letras. Exerceu o cargo efetivo de Auditor Federal de Controle Externo no Tribunal de Contas da União (TCU). Publicou sete livros, todos na área do Direito.

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Um homem foi vítima de uma tentativa de roubo no Guarujá no início da tarde de sábado, 2. Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado, um dos suspeitos tentou atirar contra a vítima, mas a arma falhou no momento da ação. Um cachorro, que aparece em imagens, também ajudou a espantar os criminosos. Não há informações de feridos.

A Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio da Delegacia do Guarujá, segue investigando a ocorrência registrada na Alameda das Palmas. Conforme informações preliminares, dois homens em uma motocicleta teriam tentado disparar contra um pedestre na calçada, mas a arma falhou.

"Investigadores estiveram no local, mas não foram encontrados vestígios balísticos, e os comerciantes da região optaram por não registrar boletim de ocorrência", disse a SSP. Com base em análise técnica e cruzamento de dados, foi identificado um possível suspeito. "As diligências seguem em andamento para o esclarecimento dos fatos", acrescenta a pasta.

A Polícia Civil de São Paulo espera o laudo da perícia para determinar a causa do óbito de uma mulher de 30 anos encontrada morta, na sexta-feira, 1°, dentro de uma piscina do motel Astúrias, em Pinheiros, na capital paulista. O homem que levou a vítima até a suíte foi ouvido pela polícia e liberado. O caso é investigado como morte suspeita.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), os exames periciais foram solicitados e estão sendo elaborados. Assim que forem finalizados, serão analisados pela autoridade policial. "Demais diligências seguem em andamento com o objetivo de esclarecer os fatos", diz.

O homem que estava com a mulher no motel não teve o nome divulgado. Procurada, a direção do Astúrias não deu retorno. Por telefone, a atendente diz que não está autorizada a passar o contato dos gestores.

A reportagem apurou que os funcionários que estavam em serviço no período em que a vítima permaneceu na suíte estão sendo chamados para prestar depoimentos. A investigação quer esclarecer se houve contato com a mulher no momento em que o homem deixava o motel sozinho, conforme a informação preliminar dada à polícia. Nos motéis, é norma não permitir a saída de um hóspede sem a companhia ou a anuência do acompanhante.

Os responsáveis pelo motel disseram à polícia que a vítima chegou ao local acompanhada de um homem na noite de quinta-feira, 31, em um carro Mercedes Benz. O homem deixou o motel algumas horas depois, desacompanhado. Com base na política de permitir a saída de um dos hóspedes apenas com a concordância do outro, um funcionário teria entrado em contato com a mulher nesse momento. Ela teria dado o aval.

Passado o período de permanência, como a mulher não saiu, nem fez contato, os funcionários tentaram falar com ela pelo interfone várias vezes para confirmar a prorrogação da estadia. Ela não atendeu e eles decidiram entrar na suíte com a chave reserva, encontrando o corpo na piscina.

A polícia foi acionada. Segundo a informação dos funcionários, o homem retornou no dia seguinte acompanhado de outra mulher. Ele foi abordado pela polícia e levado para prestar esclarecimentos no 14° DP. Com base no conteúdo dos depoimentos, o homem pode ser convocado a prestar novos esclarecimentos.

O motel fica localizado na Avenida Doutora Ruth Cardoso, próximo à Ponte Eusébio Matoso. O estabelecimento funciona no local há mais de duas décadas. Segundo o site, nas suítes com piscinas, o pernoite custa R$ 421 na 'Mansões' e R$ 680 na 'Presidencial'. No nome tem a ver com a região de Astúrias, na Espanha.

A mulher de 35 anos que foi espancada com 60 socos no elevador pelo ex-jogador de basquete Igor Cabral, no sábado, 26, falou à TV Record que a agressão foi uma tentativa de acabar com sua vida e disse querer que ele soubesse "que não deu certo, que eu estou viva". Cabral foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio. Ele alega que teve um "surto claustrofóbico", mas não apresentou laudos. Ele está preso de maneira preventiva e a defesa diz que Cabral está à disposição das autoridades.

Segundo relato da vítima, ele ficou com ciúmes, jogou o celular dela na piscina e subiu para o apartamento para pegar os seus pertences. Ela subiu atrás, em outro elevador. Quando os dois se encontraram no mesmo andar, a discussão continuou. Com medo de ser agredida, ela permaneceu no elevador porque não há câmeras no corredor. "Ele disse 'então você vai morrer' e começou a me bater", relata. Durante a discussão, o agressor avançou sobre a vítima e a socou no rosto por mais de 60 vezes.

"Eu resisti, ele falhou no plano dele", declarou a mulher. Ela teve quatro ossos da face quebrados, não conseguindo mais mastigar, e precisou passar por uma cirurgia de reconstrução facial na sexta-feira, 1º. Segundo o cirurgião bucomaxilofacial e responsável pela operação, a quantidade de agressões sofridas pela vítima gerou fraturas pequenas que dificultaram o processo cirúrgico, considerado complexo.

A vítima contou à emissora que, no momento da agressão, seu rosto estava muito ensanguentado - o que dificultou a visão, mas relata ter se esforçado permanecer consciente. "Ele só me batia. Se eu apagasse, acho que eu teria morrido", afirmou. Em um relacionamento com Cabral há quase dois anos, ela define a relação como tóxica e abusiva e o descreve como muito ciumento. "Ele era muito controlador, mas ele justificava isso como uma forma de amor", contou. A mulher sabia do histórico de agressão do então namorado com outros homens, mas disse: "Nunca pensei que comigo seria assim".

Sete meses antes do episódio no elevador, ela já havia sofrido outra agressão. "Durante uma discussão nossa, ele me empurrou e eu caí. Quando isso aconteceu, puxei a camisa dele para não cair, nisso tirou uns três pontinhos da camisa dele. E ele disse que tinha sido agredido e chamou a polícia", relatou a vítima. Na ocasião, ela conta que os policiais perguntaram se ela queria registrar denúncia pela Lei Maria da Penha, mas ela decidiu não registrar o boletim de ocorrência. "Pensei que tinha sido impulso dele", disse. Cabral também já tinha quebrado outros dois celulares de Juliana por ciúmes.

"A culpa não foi minha e a culpa nunca será da vítima. nenhuma mulher é culpada por ter sido agredida. Eu não tenho responsabilidade do ato dele. A responsabilidade do que ele fez é única e exclusivamente dele e ele tem que pagar por isso", conclui a mulher.

A prisão

Também à TV Record, uma moradora do condomínio afirma que, após o crime, Igor estava calmo e pediu para que chamasse a polícia, o que já havia sido feito pelo porteiro do condomínio. "Na hora, ele estava bem tranquilo, botou as mãos para ser algemado, dizendo que estava errado, que perdeu a cabeça. Muito frio o cara. Não consegui algemar ele com as mãos para trás, porque não dava, de tão forte que ele era", afirmou o policial responsável pela prisão de Cabral à emissora.

Segundo a delegada Victória Lisboa, que colheu o depoimento de Cabral e foi entrevistada pela TV Record, o agressor não demonstrou arrependimento, apenas "deboche": "Ele sabia que o que ele tinha feito era errado, mas arrependimento, não". Cabral foi transferido para uma unidade prisional do Sistema Penal do Rio Grande do Norte. Ele está preso preventivamente e saiu do Centro de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim, espécie de porta de entrada do sistema penitenciário, para a Cadeia Pública Dinorá Sinas, em Ceará-Mirim, na Grande Natal.

A defesa do agressor havia pedido à Justiça o isolamento do detento no presídio alegando risco à "vida e a integridade física" do acusado, alegando ameaças de uma facção criminosa local e pediu "isolamento para preservar sua vida e integridade física" por causa da grande repercussão do caso. Cabral denunciou ter sido agredido por policiais na penitenciária. A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) do Rio Grande do Norte afirmou que vai investigar a denúncia.