Seis livros recém-lançados para se inspirar ao longo da semana

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O jornal O Estado de S. Paulo fez uma seleção de lançamentos literários para os leitores começarem a semana repletos de inspiração. A lista traz livros de Mia Couto, Fernanda Young, Rosa Montero e Antoine Sénanque, além de coletânea de contos de autores nacionais em ascensão e um livro com entrevistas feitas por Clarice Lispector com diversas personalidades.

Confira a lista abaixo.

'A Cegueira do Rio', Mia Couto

Ambientado na Moçambique de 1914, quando a Primeira Guerra Mundial estava prestes a eclodir, o novo livro do moçambicano aborda a resistência dos povos do país quando Alemanha e Portugal disputam o território à margem do Rio Rovuma. Companhia das Letras; R$ 74,90, 240 págs.

Árido: Histórias de Outras Vidas Secas

Coletânea de contos de Ana Paula Lisboa, Cristhiano Aguiar, Fabiane Guimarães, José Falero e Tanto Tupiassu, autores nacionais em ascensão, que usam a obra de Graciliano Ramos como partida para contar histórias das cinco regiões do Brasil. Rocco; R$ 49,90, 112 págs.

'Chatices do Amor', Fernanda Young

O livro póstumo da atriz, roteirista e escritora carioca, morta em 2019, faz um resgate dos últimos escritos deixados por ela e revela dois romances inéditos: O Piano está Aberto e O Livro, em que Fernanda fala de temas como amor e saúde mental. Record; R$ 44,50, 88 págs.

'A Louca da Casa', Rosa Montero

Nesta mistura de romance, ensaio e autobiografia, a autora discorre sobre imaginação e escrita, sobre o ofício do escritor e a visão do leitor, e a relação entre loucura, amor e literatura. Todavia; R$ 69,90; 216 págs.

'Cruz de Cinza', Antoine Sénanque

O livro acompanha a viagem de dois frades dominicanos que deixam seu mosteiro para buscar um pergaminho para o prior Guillaume escrever sua biografia. Sua missão chega aos ouvidos de um inquisidor, que quer usar o texto em benefício próprio. Record; R$ 71,08; 336 págs.

Clarice Lispector Entrevista

O livro traz 83 entrevistas feitas por Clarice Lispector com diversas personalidades. Entre os entrevistados estão dramaturgos, artistas, atletas, músicos e duas primeiras-damas. A coletânea é organizada por Claire Williams, especialista na obra da escritora. Rocco; R$ 81,13; 420 págs.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Voepass foi condenada a pagar pensão ao viúvo da comissária de bordo Débora Soper Ávila, de 28 anos, morta na queda do avião ATR-72, em agosto deste ano, em Vinhedo, no interior de São Paulo. A decisão, de caráter provisório, é da Justiça do Trabalho, que também condenou a companhia Latam a arcar com o pagamento de forma solidária. As duas empresas terão de depositar mensalmente R$ 4.089.97 na conta do viúvo. O valor corresponde a dois terços da última remuneração da funcionária.

A Voepass Linhas Aéreas disse ao Estadão que as informações sobre questões jurídicas são tratadas exclusivamente com familiares e representantes legais. Também procurada, a Latam ainda não se manifestou.

O avião da Voepass caiu no dia 9 de agosto deste ano, no Condomínio Recanto Florido, causando a morte das 62 pessoas que estavam a bordo. O voo 2283 era compartilhado com a Latam por meio do sistema conhecido como codeshare. As empresas ainda podem entrar com recurso.

De acordo com a liminar, publicada na quarta-feira, 13, pela 1.a Vara do Trabalho de Ribeirão Preto, o primeiro depósito deve ser feito em janeiro de 2025. Em caso de atraso, foi estipulada uma multa de 10% do valor. A verba é de natureza alimentar, destinada a recompor o orçamento da família, desfalcado após a morte da comissária. Na ação, o viúvo, Marcus Vinícius Ávila Sant'Anna, alegou que o salário da esposa era significativo para fazer frente às despesas domésticas.

No processo, há um pedido de indenização por danos morais para o viúvo, o pai, a mãe, e o irmão da vítima no valor de R$ 4,3 milhões. Esse pedido ainda não foi julgado. Os advogados Thalles Messias de Andrade e Leonardo Orsini de Castro Amarante, que representam a família da comissária na ação trabalhista, basearam o pedido de indenização nas condições de risco envolvidas no trabalho da comissária de bordo.

Débora era gaúcha de Porto Alegre e trabalhava na Voepass desde março de 2023. Formada em recursos humanos, de 2018 a 2019 ela trabalhou em outra companhia aérea. Segundo familiares, ela morreu fazendo o que mais gostava e vivendo o sonho dela, que era voar. Momentos antes da queda, ela conseguiu enviar uma mensagem para o marido com os dizeres: "Não esquece que eu te amo", conforme foi divulgado na época pelo irmão da comissária, Luigi Soper.

Relembre o caso

O avião da Voepass levava 58 passageiros e quatro tripulantes quando rodopiou no ar e caiu de bico, no quintal de uma casa do condomínio Recanto Florido, em Vinhedo, no final da manhã de 9 de agosto. Não houve sobreviventes. O acidente é o mais grave da aviação brasileira desde a tragédia com o avião da TAM, em 2007, no Aeroporto de Congonhas, que deixou 199 mortos.

O voo seguia de Cascavel, no Paraná, para o Aeroporto de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Um relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), apontou como possível causa o acúmulo de gelo em partes da aeronave. Conforme o Cenipa, o avião estava com a documentação em dia e a tripulação apta para voar. O relatório final sobre as causas do acidente ainda não foi divulgado.

O aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, vai permanecer fechado para voos segunda e terça-feira, dias 18 e 19 de novembro, quando acontecerá no Museu de Arte Moderna (MAM), a 550 metros dali, a reunião de cúpula do G20, que vai reunir presidentes dos países que têm as maiores economias do mundo. Serão 55 delegações, de 40 países e 15 organismos internacionais, e entre os confirmados estão os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.

Por segurança, devido à proximidade com o local do evento, o aeroporto não terá movimento de voos - as áreas comercial e administrativa e os banheiros ficarão abertos, mas sem partidas nem chegadas de aviões. O Santos Dumont tem cerca de 130 voos diários, e passam diariamente pelo aeroporto aproximadamente 30 mil pessoas.

Voos anteriormente marcados para o Santos Dumont serão transferidos para o aeroporto do Galeão. Somente da companhia aérea Latam serão 11 mil passageiros afetados com a mudança.

Além dos dias 18 e 19, o fechamento também vai interferir no movimento do aeroporto nos dias 17 e 20, domingo e quarta-feira, respectivamente, segundo as empresas aéreas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina em resolução que, em caso de atraso por mais de quatro horas ou cancelamento do voo, as companhias aéreas ofereçam acomodação ou reembolso ao passageiro.

Azul

Em nota, a companhia informou que vai "transferir integralmente suas operações do aeroporto Santos Dumont para o Aeroporto Internacional Tom Jobim nos dias 18 e 19 de novembro" e que "parte das operações dos dias 17 e 20 também será impactada". Todos os clientes que tiveram seus voos transferidos serão avisados previamente da mudança, afirma a empresa, que recomenda aos clientes ficarem atentos às notificações enviadas por e-mail e aplicativo da empresa.

Gol

Informou, também por meio de nota, que os voos previstos para o Santos Dumont na segunda e na terça-feira foram transferidos para o Galeão. "Clientes com bilhetes adquiridos nestas datas para voos de/para o Santos Dumont tiveram suas passagens remarcadas para saída ou chegada no aeroporto do Galeão, recebendo a comunicação via e-mail e SMS, de acordo com os dados informados no ato da compra. Clientes que não concordarem com a mudança podem solicitar reembolso integral ou realizar a autogestão de seus bilhetes nos canais digitais da Gol", informa a empresa.

Em caso de dúvida, o cliente da Gol pode entrar em contato com a Central de Relacionamento pelo telefone 0300 115 2121. Para compras com milhas, o Cliente deve procurar diretamente a Smiles pelo telefone 0300 115 7001 (Smiles ou Prata), ou 0300 115 7007 (Ouro Diamante). Clientes que adquiriram bilhetes por agências de viagem devem procurar diretamente seus representantes, informou a Gol.

Latam

Informou também ter transferido toda a operação de suas três rotas deste aeroporto (de/para Brasília, Congonhas e Guarulhos) para o aeroporto do Galeão, nos dias 18 e 19 de novembro, além de alguns voos na noite do dia 17 e na manhã do dia 20. Os passageiros afetados podem verificar os novos itinerários dos seus voos diretamente no site da Latam, na aba Minhas Viagens, segundo a empresa.

A Latam informou que, caso queira, o passageiro poderá solicitar o reembolso ou alteração da sua viagem sem custos. Para compras realizadas por meio de agências de viagens ou canais de vendas corporativos, recomenda-se que o cliente entre em contato diretamente com o canal original, para solicitar reembolso ou alteração.

A concessionária RioGaleão, que administra o aeroporto para onde serão transferidos os voos, prevê que, entre os dias 14 e 20 de novembro, o aeroporto do Galeão tenha movimento de 326 mil passageiros, o que representa aumento de 68% em comparação com o mesmo período de 2023. Serão 2 mil voos, crescimento de 87% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em nota, a empresa informou que, para atender à movimentação, reformou o espaço para recepção de delegações, reforçou as equipes de limpeza e manutenção e solicitou frota extra de táxis e carros de aplicativos, para o período do evento.

Também em nota, o Ministério dos Portos e Aeroportos informou que "atendendo solicitação da Prefeitura do Rio de Janeiro ao Ministério da Defesa, e diante da necessidade de garantir segurança à realização da Cúpula do G20 na capital fluminense, o Ministério e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informam que as operações aéreas do Santos Dumont serão interrompidas nos dias 18 e 19 de novembro, sendo permitidas apenas as operações aéreas relacionadas ao evento, devidamente autorizadas pela autoridade competente. A suspensão temporária dos voos foi necessária diante das restrições de mobilidade nas proximidades do Museu de Arte Moderna, onde será realizada a Cúpula do G20".

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira, 15, ter mobilizado mais R$ 7,3 milhões em doações para fortalecer a iniciativa Viva Pequena África, de fomento a projetos de preservação e valorização da memória e herança africanas. Os três novos doadores são a Ford Foundation, a Open Society Foundations e o Instituto Ibirapitanga.

"A Pequena África é o pré-sal do movimento negro, é a riqueza das culturas", disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante o G20 Social, no Rio de Janeiro. "Aquilo tem que ser valorizado como porta de entrada do que é a nossa história, do Brasil, e não apagado como foi por décadas."

Segundo o banco de fomento, a Ford Foundation e a Open Society Foundations doarão US$ 500 mil cada, o correspondente a cerca de R$ 2,9 milhões, cada. Já o Instituto Ibirapitanga aportará R$ 1,5 milhão à iniciativa executada pelo Consórcio Viva Pequena África, formado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), pela PretaHub e pela Diaspora.Black.

"Não é pouca coisa ter o BNDES nessa luta. E quero o BNDES junto em outras lutas daqui pra frente", disse o diretor da Fundação Ford no Brasil, Atila Roque.

O plano de ação da iniciativa, coordenado pelo BNDES, foi motivado pelo reconhecimento do Sítio Arqueológico Cais do Valongo como Patrimônio Cultural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), lembrou o banco de fomento. O projeto já tem o apoio não reembolsável de R$ 10 milhões em recursos do Fundo Cultural do BNDES.

"Ao todo, está previsto um investimento total de R$ 20 milhões em projetos e ações de capacitação e articulação das instituições de memória africana do território da Pequena África, para fortalecer as instituições culturais ali presentes e, com isso, fomentar o turismo cultural e a comercialização de produtos de afroempreendedores, conectando o território aos principais circuitos turísticos nacionais e internacionais", informou o banco de fomento.