D23: David Harbour comenta relação com fãs e o que esperar de 'Thunderbolts*'

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É curioso pensar que, há dez anos, o ator David Harbour era opção para papéis coadjuvantes - e só. Hoje, o norte-americano de 49 anos provoca um verdadeiro frisson por onde passa: na vinda dele para a D23 no último sábado, 9, Harbour foi uma das principais estrelas ao subir no palco do evento dedicado a anunciar novidades da Disney.

Afinal, agora, Harbour não será lembrado apenas o Jim Hopper de Stranger Things, mas também como um dos protagonistas de Thunderbolts*, filme da Marvel que reúne um grupo de anti-heróis com atores como Florence Pugh (Todo o Tempo que Temos) e Sebastian Stan (O Aprendiz). Já Harbour volta como o Guardião Vermelho, visto em Viúva Negra.

A estreia do longa-metragem está programada para maio de 2025.

"É incrível [estar em Stranger Things e na Marvel]. Eu realmente amo as duas. Acho que são coisas muito únicas, e tenho orgulho de fazer parte de ambas", diz Harbour, em entrevista ao Estadão, sobre os novos passos da carreira. "É uma grande sorte para mim. É ótimo poder compartilhar isso e sentir o entusiasmo de vocês pelas duas franquias".

E como fica o assédio dos fãs? Harbour provocou a maior reação de euforia quando subiu ao palco da D23 - talvez próxima da chegada de Charlie Cox, de Demolidor, mas notadamente acima da reação para os atores de Capitão América: Admirável Mundo Novo. Andando na feira, deu para ouvir duas pessoas comentando animadas que viram Harbour.

"Há dias bons e ruins. É bonito quando seu trabalho toca tanto as pessoas que elas sentem no coração e te amam por isso", diz o americano. "Isso é lindo. Nunca menosprezaria isso. Mas às vezes pode ser difícil, porque uma das coisas que eu realmente gosto, e acho que todos gostamos, é a sensação de anonimato, onde você pode andar na rua e ninguém sabe quem você é. Estar no meio das pessoas, apenas existindo, sem precisar ser você mesmo. E acho que quando todos meio que te conhecem, você sempre tem que ser você mesmo. E isso, às vezes, pode ser um peso para mim. Mas é um preço que estou disposto a pagar".

O que esperar de 'Thunderbolts'?

Dentre os três filmes discutidos durante a D23, Thunderbolts* é, sem dúvidas, aquele que as pessoas menos sabem sobre - Quarteto Fantástico tem menos material à disposição, mas as pessoas conhecem bem os personagens, enquanto Capitão América: Admirável Mundo Novo é um novo começo para o personagem, mas o quarto filme da franquia.

Thunderbolts*, que tem o asterisco como uma marca estilística no título, é menos óbvio. É como um Esquadrão Suicida da Marvel, reunindo anti-heróis, mas sem nunca deixar claro exatamente qual é o caminho que essa história. Ainda mais com a direção de Jake Schreier, lembrado por trabalhos como Cidades de Papel e a série Treta, da Netflix.

Harbour, enquanto isso, manteve o mistério - e quase não topou falar sobre o título. "Não quero dar nenhum detalhe a mais. Acho que vocês deveriam ver o filme com uma mente aberta, sem expectativas, e então vão perceber que ele realmente se encaixa no universo, mas o leva para uma direção diferente, o que é divertido", explica o ator, empolgado.

No final, ele celebra o fato de Thunderbolts* ser um grupo liderado por uma mulher: a personagem Yelena Belova, interpretada pela atriz Florence Pugh, indicada ao Oscar.

"Acho que uma das coisas que mais gosto em Thunderbolts* é que a Florence é a líder do filme. E acho que ela tem uma força e uma presença. É provavelmente a melhor atriz entre nós", diz ele, sincero. "Não é diversidade por ser diversidade. Uma mulher acabou como líder desse filme porque é a mais forte entre nós. E por isso, ela merece. Não é como se estivéssemos tentando fazer um filme pela diversidade. Fico feliz em ser ator coadjuvante para uma mulher como ela. É menos sobre diversidade e mais sobre capacidade".

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O Estado de São Paulo contabiliza 32 casos confirmados de febre amarela em 2025. Desde janeiro, 20 pacientes morreram em decorrência da doença, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O número de mortes é o maior desde 2018, quando foram registrados 524 casos e 171 óbitos. Em todo o ano de 2024, foram dois casos e um óbito.

Dos 32 registros deste ano, 28 são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no município em que a pessoa reside, não durante viagens a locais com circulação da doença. Dois casos são importados - ambos foram contraídos em Minas Gerais, segundo a SES - e dois estão em investigação.

De acordo com a secretaria, 24 casos foram notificados na região de Campinas, com infecções na cidade e em Amparo, Socorro, Tuiuti, Joanópolis, Valinhos, Pedra Bela, Piracaia, Vargem, Bragança Paulista, Pedreira, São Pedro, Nazaré Paulista e Águas de Lindóia. Além disso, há registros em Brotas, São Pedro e Caçapava.

Em todo o País, o Ministério da Saúde contabiliza 66 casos confirmados e 28 mortes pela doença desde meados do ano passado (o monitoramento é realizado de julho de um ano a junho do ano seguinte, considerando a sazonalidade da doença entre dezembro e maio). Outros 199 casos suspeitos seguem em investigação.

Como ocorre a transmissão?

Há dois diferentes ciclos de transmissão da febre amarela, o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, os macacos são os principais hospedeiros e os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Nesse ciclo, os seres humanos participam como hospedeiros acidentais ao frequentarem áreas de mata.

Já no ciclo urbano, os seres humanos são únicos hospedeiros com importância epidemiológica e a transmissão ocorre por meio de mosquitos Aedes aegypti infectados com o vírus.

A febre amarela pode ser transmitida por macacos?

Não. Apesar de os macacos serem hospedeiros do vírus no ciclo silvestre, a doença é transmitida apenas por mosquitos infectados.

Quais são os sintomas da doença?

Moacyr Silva, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, ressalta que a febre amarela é uma doença com alta mortalidade. "Cerca de 60 a 70% dos pacientes podem evoluir para óbito", diz.

Ele também destaca que a febre amarela tem sintomas parecidos com várias doenças infecciosas, não possuindo um sinal característico. "Os sintomas incluem dor no corpo, febre e mal-estar. Em casos mais tardios e graves, podem ocorrer sangramentos espontâneos", diz. "Caso a pessoa tenha uma febre e um mal-estar contínuos, é importante procurar uma unidade básica de saúde para avaliar o quadro clínico".

Importância da vacinação

A vacinação é a forma mais eficaz de combate à doença. "A conscientização da população sobre a importância da imunização de rotina é uma medida essencial para prevenir casos graves e proteger a saúde", diz a secretaria estadual.

Atualmente, o calendário vacinal prevê uma dose do imunizante aos 9 meses de idade e outra aos 4 anos. Em pessoas com mais de 5 anos não vacinadas previamente, utiliza-se o esquema de dose única. O imunizante é oferecido gratuitamente em postos de saúde de todo o País.

Três homens, de 18, 20 e 27 anos, morreram na tarde da terça-feira, 18, após confronto contra policiais militares no bairro do Taboão, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Um quarto indivíduo, de 22 anos, que estava com as vítimas, foi atingido pelos disparos e socorrido até uma unidade hospitalar, onde se encontra internado. A identidade dos envolvidos não foi informada.

A Polícia Civil investiga as mortes, segundo a Secretaria da Segurança de São Paulo (SSP). Conforme a pasta, os policiais militares faziam patrulhamento pela região quando "suspeitaram de um veículo", que fugiu depois de perceber a presença dos militares. A SSP relata que, ao se aproximarem do carro suspeito, houve troca de tiros e os quatro ocupantes foram atingidos. A reportagem questionou a Polícia Militar, e aguarda retorno.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte dos três homens. O suspeito de 22 anos segue internado em uma unidade hospitalar da cidade.

No veículo abordado, foram apreendidas três armas de fogos e munição. A perícia foi acionada e o caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial pelo 7º DP de Guarulhos, que atua para esclarecer os fatos.

Registros nas redes sociais mostram que, após a ocorrência, uma manifestação foi realizada na Rua Jamil João Zarif, via localizada no mesmo bairro do Taboão, em represália a ação da PM. Um ônibus chegou a ser incendiado.

De acordo com a SSP-SP, a Polícia Civil investiga o incêndio e afirma que, conforme registrado no boletim de ocorrência, cerca de 20 indivíduos encapuzados, sendo um deles armado, abordaram o motorista do coletivo e obrigaram o homem a descer. Os suspeitos atearam fogo no ônibus e fugiram na sequência. Não há registro de feridos.

A perícia foi acionada e o caso foi registrado como incêndio também no 7º DP da cidade. A SSP não confirmou que o incêndio tinha relação com as mortes.

Um músico de 40 anos teve a prisão decretada depois de fugir com a filha de 8 anos por ter perdido a guarda da menina. O caso ocorreu em Blumenau, interior de Santa Catarina. O desaparecimento da criança é investigado desde que a polícia foi comunicada pela mãe, no dia 6 de março. Segundo a Polícia Civil, ele teria planejado sequestrar a própria filha durante três meses.

Anderson Rafael Hasse foi visto pela última vez com a menina Bianca em Ilhota, no Vale do Itajaí, no dia 1° de março. Ele levava bagagem, inclusive instrumentos musicais, e ambos foram deixados no local por um carro de aplicativo.

Ao motorista, ele comentou que iria para Blumenau com um amigo e seguiria para outra cidade, no oeste catarinense, onde trabalharia com a banda no carnaval. Desde então, o músico e a filha não foram mais vistos.

Policiais envolvidos na investigação avaliam a possibilidade de Anderson ter fugido para a Argentina ou Paraguai. A Justiça decretou a prisão temporária (30 dias) do músico por sequestro, cárcere privado e desobediência - a ordem judicial determinava que ele entregasse a filha para a mãe.

Segundo a polícia, ele planejou a fuga com a criança durante três meses. Para isso, vendeu alguns bens, como instrumentos musicais, e tomou um empréstimo bancário, arrecadando cerca de R$ 60 mil. Hasse é baixista, mas tem experiência também com outros instrumentos musicais. Ele se apresentava com bandas em cidades catarinenses do Vale do Itajaí.

A investigação não descarta que Anderson tenha recebido ajuda de outras pessoas para a fuga, o que ainda é investigado. Testemunhas disseram que, após perder a guarda da filha, Hasse teria comentado que não iria entregar a criança. A guarda era compartilhada e ele tinha direito a estar com a filha a cada 15 dias.

Ele pegou a menina no dia 28 de fevereiro e deveria entregá-la à mãe no dia 5 de março. Foi combinado que ele deixaria a criança na escola. Quando a mãe foi buscá-la, não a encontrou. Ela tentou contato com ele e, sem retorno, registrou um boletim de ocorrência.

A guarda foi transferida para a mãe em um processo em que a justiça entendeu que ele teria manipulado a filha para ficar com ele em detrimento da mãe, o que é entendido como alienação parental. O pai chegou a entrar com recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, mas não teve sucesso.

Procurado, o advogado de Hasse disse que vai se manifestar oportunamente. Nas redes sociais, ele posta imagens e fala sobre a relação com a filha. "A melhor companhia do mundo. Te amo muito, minha princesinha aventureira." A postagem é de setembro do ano passado. Em maio de 2024, ele escreveu: "Meus dias são felizes ao seu lado. E não há nada que eu ame mais no mundo do que ser o seu Pai, te amar, cuidar, ensinar e proteger você como o meu maior tesouro."