Caso Diddy: Preso, Sean Combs é acusado de 'esforços incansáveis' para contatar testemunhas

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O rapper e produtor americano Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, está sendo acusado de tentar contatar potenciais testemunhas, no que os promotores do governo americano chamaram de "esforços incansáveis".

O magnata da música foi preso em 16 de setembro, acusado de tráfico sexual e extorsão, dentre outros crimes. Combs se declarou inocente em todas as alegações e aguarda julgamento, marcado para 5 de maio de 2025, no Centro de Detenção Metropolitano (MDC) no Brooklyn, em Nova York. A liberdade mediante fiança foi negada. Desde então, dezenas de novas acusações têm surgido, e pesam cada vez mais contra o astro.

Segundo informações do The New Tork Times, em documentos judiciais apresentados na sexta-feira, 15, os promotores acusaram Combs de tentativa contínua de obstrução do caso federal. O rapper estaria fugindo do monitoramento do governo a partir de ligações telefônicas com três pessoas, para entrar em contato com associados, supostamente parte da "empresa criminosa" de Diddy.

Além disso, ele estaria fazendo ligações não autorizadas, a partir da compra dos privilégios telefônicos de pelo menos oito detentos. Os promotores as consideram evidências do desrespeito pelas regras da prisão.

O governo argumenta, ainda, que Diddy tem usado a comunicação com a família para planejar uma estratégia de "relações públicas", em busca de influenciar a percepção do caso. Eles citam o envolvimento do astro na publicação de um vídeo no Instagram, no qual seus filhos comemoravam seu aniversário. "O réu demonstrou uma habilidade incomum para fazer com que outros façam a sua vontade - empregados, membros da família e detentos do MDC", diz o documento.

Os promotores destacam, de acordo com o The New Tork Times, uma testemunha chamada Kalenna Harper, artista que foi parte do grupo musical Diddy-Dirty Money junto de Diddy e da cantora Dawn Richard.

Dawn entrou com ação judicial pouco antes da prisão de Combs, acusando-o de assédio e ameaças. O processo foi arquivado. O governo argumenta que Kalenna teria sido pressionada a publicar uma declaração em suas redes sociais se opondo às alegações de Dawn. A defesa diz que o post foi feito por vontade própria.

O argumento é sustentado pela informação de que foram encontradas novas evidências sobre a comunicação entre Diddy e Kalenna. Em uma busca recente no MDC, parte dos esforços para resolver as queixas sobre as péssimas condições da prisão, investigadores do Federal Bureau of Prisons (agência federal subordinada ao Departamento de Justiça americano) teriam encontrado anotações na cela de Combs com indicativos de um pagamento realizado a Kalenna após o post nas redes sociais.

Os advogados do rapper contestaram a varredura da prisão. Eles afirmam, conforme o The New Tork Times, que Combs foi retirado da cela enquanto oficiais "reviravam" suas notas e apreendiam suas canetas, impedindo que ele tome notas obre as novidades do caso. Eles também contestam a impossibilidade de conseguir um notebook seguro para o cliente, para a preparação para o julgamento.

No centro de detenção, Combs está em uma unidade de habitação especial, onde personalidades famosas costumam ficar. A defesa do rapper segue tentando liberdade mediante fiança de 50 milhões de dólares, que já foi negada algumas vezes. Uma nova audiência deve ser realizada na próxima semana.

Além da fiança, também propuseram o monitoramento de Diddy, 24 horas por dia, em sua mansão em Miami, por uma equipe de segurança privada. Ele ficaria sem acesso a telefone ou internet, e obedeceria as instruções sobre quem pode ou não contatar.

Os promotores, porém, rebatem que Diddy ainda é uma ameaça para suas vítimas e testemunhas, além de citar "problemas [de controle] de raiva e abuso de substâncias" do rapper.

O juiz que negou fiança em setembro se recusou de participar novamente do caso, por ter trabalhado com um novo advogado contratado pela equipe de Combs. O novo juiz do caso é a esperança da defesa.

Em outra categoria

Dois homens foram baleados na região da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, na tarde deste sábado, 18. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, os baleados seriam a vítima de um roubo e um criminoso.

Imagens de uma câmera de segurança mostram que a vítima foi abordada por um assaltante por volta das 14h10 na Rua Carlos de Souza Nazaré. O homem foi agarrado pelo criminoso e, em seguida, caiu no chão.

O outro baleado seria um dos criminosos que participaram de um roubo. Ele foi atingido em uma viela da Rua Barão de Duprat por um policial militar de folga, que interveio ao ver o crime. Com o assaltante, foram encontrados vários aparelhos eletrônicos e uma pistola calibre .635 com numeração suprimida. A Polícia Civil investiga o crime.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou condolências aos familiares e amigos das vítimas do acidente de ônibus que ocorreu na noite de ontem, 17, entre os municípios de Paranatama e Saloá, em Pernambuco.

"Com muita tristeza, tomei conhecimento do grave acidente envolvendo um ônibus de turismo na BR-423, no agreste de Pernambuco, que tirou a vida de ao menos 17 pessoas e deixou outras feridas. Às famílias e amigos das vítimas, expresso minhas mais sinceras condolências e solidariedade neste momento de tanta dor", escreveu Lula, na rede social "X" (antigo Twitter).

Na noite de ontem, 17, um ônibus tombou na BR-423, na Serra dos Ventos, no Agreste de Pernambuco. Foram confirmadas até o momento 17 mortes no local. O total de feridos ainda não foi informado. Eles foram socorridos para diversas unidades de saúde.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista do ônibus perdeu o controle do veículo, acessou a contramão e atingiu rochas às margens da rodovia. Em seguida, voltou para o sentido correto, colidiu em um barranco de areia e tombou. As causas do acidente estão sendo apuradas.

Estudantes do Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) relataram o uso de gás lacrimogêneo e spray de pimenta pela Polícia Militar (PM) durante a desconcentração da "Peruada", tradicional festa político-carnavalesca da faculdade, na noite de ontem, 17.

O caso foi divulgado em um vídeo no Instagram do Centro Acadêmico. "Fomos atacados com gás lacrimogêneo e spray de pimenta pela PM sem qualquer justificativa. Esse foi mais um ato que revela o quanto a Polícia Militar está despreparada para cuidar de cada um dos cidadãos de São Paulo", afirma a estudante Júlia Wong, presidente do Centro Acadêmico, no vídeo.

Em nota, a PM afirmou que a circulação dos alunos pelas vias da região central da cidade estava prevista para terminar às 18h. No entanto, após esse horário, os participantes continuaram interditando o cruzamento da Rua Riachuelo com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio até as 18h30.

À reportagem, Wong afirmou que a atuação da PM foi "extremamente sufocante" e ocorreu sem justificativa. "Não aconteceu nenhuma intercorrência na Peruada que justificasse tamanha truculência. Nós atendemos todos os pedidos que a PM fez para adiantarmos o trajeto ou para atrasarmos. Em nenhum momento anterior havia tido um desentendimento", disse.

A jovem disse ter cobrado explicações da PM sobre o ocorrido, sem conseguir respostas. Segundo ela, a ação da Polícia Militar durou entre 20 e 30 minutos, e alguns estudantes passaram mal. "Tivemos que acionar os socorristas para ajudar na situação. A minha gestão e os produtores da festa também precisaram retirar as pessoas do local", afirmou.

Durante a "Peruada", Wong afirmou que os estudantes fizeram críticas a políticos como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas não citaram a Polícia Militar. No vídeo divulgado pelo Centro Acadêmico, os alunos aparecem entoando palavras como "Fora Nunes" e "Fora Tarcísio".

Embora o prefeito seja mencionado pelos estudantes, a Polícia Militar é de responsabilidade do governo do Estado. Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes foram procurados, mas não se manifestaram até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para posicionamento.