Alec Baldwin critica falta de consciência dos americanos sobre temas globais

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Durante o Festival de Cinema de Torino, que acontece no Cinema Massimo, na cidade de Turim, na Itália, o ator Alec Baldwin, 66 anos, criticou a desinformação dos americanos sobre questões importantes no cenário internacional. Segundo ele, os Estados Unidos enfrentam um "vácuo de informação" que dificulta a compreensão de temas urgentes.

"Há um buraco, um vácuo… uma lacuna de informação para os americanos. Eles estão muito desinformados sobre a realidade, sobre o que realmente está acontecendo: mudanças climáticas, Ucrânia, tudo isso. Todas as grandes questões do mundo, os americanos têm apetite para apenas um pouco de informação", declarou.

O artista explicou que o acesso à informação ainda é tratado como um "negócio", o que contribui para essa lacuna de conhecimento.

"Esse vácuo é preenchido pela indústria cinematográfica. Não apenas por produções independentes ou documentários, mas também por filmes narrativos, onde cineastas, investidores, estúdios e plataformas de streaming estão dispostos a seguir dessa forma."

Acidente em sete de Rust foi o maior desafio de sua vida

Em entrevista à Variety durante o evento, Alec Baldwin falou sobre o trágico acidente que ocorreu no set do filme Rust e classificou como o maior desafio de sua vida. As filmagens do longa foram interrompidas em outubro de 2021, quando uma arma cenográfica manuseada pelo ator disparou acidentalmente, causando a morte da fotógrafa Halyna Hitchins.

Joel Souza, diretor de Rust, também foi ferido. O astro de Hollywood foi indiciado por homicídio culposo, mas o caso foi arquivado em julho após o Ministério Público não apresentar provas essenciais para o processo.

"Isso é a coisa mais difícil que já enfrentei na minha vida. Além das próprias vítimas, o que mais me dói é o impacto disso na minha esposa. Temos lidado com muito sofrimento. Estamos tentando usar o vento a nosso favor, nos afastar dessas coisas. Porque o filme não se sustenta sozinho. Sempre será ofuscado por isso", disse à Variety.

Ele ainda revelou que não assistiu à versão final do filme, mas que espera que Rust seja lançado. "Recebi uma versão preliminar no início, antes de tudo ficar mais conturbado e difícil. Então, não assisti ao filme."

Baldwin também acrescentou que espera que os investidores do projeto recuperem seus recursos, e citou Matt Hutchins, viúvo da fotógrafa morta no incidente. "Espero que o filme seja vendido e que ele [Matt Hutchins] receba seu dinheiro. Todos fizemos um acordo com ele e queremos cumpri-lo."

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Uma pessoa morreu em um desabamento causado por fortes chuvas que atingem a região metropolitana de Salvador entre segunda-feira, 25 e quarta-feira, 27. A idade e o sexo da vítima não foram confirmadas.

"Estamos atuando também na retirada de outra vítima que está consciente neste momento. Duas pessoas, um adulto e uma criança, também foram resgatadas com vida", afirmou a assessoria de imprensa.

Conforme a Defesa Civil de Salvador (Codesal), foram registrados 111 deslizamentos de terra na capital desde a meia-noite de quarta-feira. Também foram atendidos 12 desabamentos de muro e 5 "desabamentos parciais".

A orientação da pasta é que as pessoas se mantenham em locais seguros e abrigados durante as tempestades. Em qualquer sinal de risco de desabamento, deve-se ligar 199 para receber apoio de equipe da Defesa Civil.

A prefeitura afirma que Salvador registrou mais de 219 milímetros de chuva em apenas 72 horas, o dobro da média histórica para novembro (108,2), conforme dados coletados pela Defesa Civil municipal e o Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Cemadec). A previsão é de mais chuva de moderada a forte até o fim desta quarta-feira.

"Diante deste cenário, a prefeitura tem intensificado esforços para mitigar os efeitos das chuvas, mobilizando equipes das mais diversas pastas e órgãos municipais, que estão nas ruas para adotar medidas necessárias para reduzir os impactos dos temporais para a população. Todas as ocorrências registradas pela Codesal estão sendo acompanhadas pelos mais diversos órgãos municipais", diz o município.

Segundo diretor-geral da Defesa Civil soteropolitana, Sosthenes Macêdo, alguns locais da cidade já haviam registrado mais que o triplo da média histórica para o mês no início da manhã desta quarta-feira.

"O solo já está bastante encharcado. Já houve deslizamento de terra, nós já acionamos sirenes, já abrimos abrigos para recepcionar famílias nas áreas de risco e pedimos que a população fique atenta. Qualquer cenário que seja diferente do seu normal, se afaste, acione o 199 e aguarde a nossa chegada com engenheiros, arquitetos, geólogos para realizar a vistoria", afirma Macedo.

A Codesal passou a atuar no nível de alerta máximo na noite de desta terça-feira, 26, acionando as sirenes do Sistema de Alerta e Alarme nos bairros Baixa do Cacau, Bom Juá, Voluntários da Pátria, Vila Picasso e Calabetão, onde há risco de deslizamento de terra. "Foi solicitado que os moradores deixassem as suas casas e se dirigissem aos locais de acolhimento previamente estabelecidos em simulados de evacuação", afirma a gestão de Salvador.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, informou que a agência recebeu, no dia 21 deste mês, o plano de ação apresentado pela Enel SP no processo de fiscalização sobre o apagão que atingiu São Paulo em outubro.

Agora, afirmou, o plano está sob análise da relatora, diretora Agnes Costa. "Cabe à diretora apreciar o plano de ação e decidir se submete a rejeição ou aprovação à diretoria", disse Sandoval a jornalistas.

Se a posição final foi pela rejeição do plano, a Aneel encaminhará a orientação de caducidade do contrato para o Ministério de Minas e Energia (MME). "Ou, em caso contrário, se recepciona o plano de recuperação e acompanha a execução", explicou Sandoval.

O diretor disse que não há atrasos no processo. "Estamos seguindo estritamente o cronograma e etapas, sem ultrapassar nenhuma dessas etapas, porque elas são definidas em lei."

A Justiça de São Paulo condenou os agentes fiscais de Renda Eduardo Takeo Komaki e José Roberto Fernandes, da Receita estadual, em um processo aberto a partir das investigações da Operação Zinabre, desdobramento da máfia do ICMS. Eles foram sentenciados a 16 anos de reclusão cada.

Ficou definido que o regime inicial de prisão é o fechado. O cumprimento da pena não é automático. Como a decisão é da primeira instância, eles podem recorrer em liberdade. O Estadão busca contato com as defesas.

Os fiscais foram denunciados pelos crimes de extorsão tributária, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A denúncia foi oferecida em 2018 pelo Ministério Público de São Paulo. Eles chegaram a ser presos preventivamente no inquérito.

Os advogados Daniel Sahagoff e Fábio Augusto Riberi Lobo, o economista Eduardo Pires Valdívia e o doleiro Francisco Maurício da Silva também foram condenados.

Veja as penas impostas aos réus:

- Eduardo Takeo Komaki: 16 anos de reclusão;

- José Roberto Fernandes: 16 anos de reclusão;

- Daniel Sahagoff: 15 anos de reclusão;

- Fábio Augusto Riberi Lobo: 7 anos de reclusão;

- Eduardo Pires Valdívia: 6 anos de reclusão;

- Francisco Maurício da Silva: 7 anos de reclusão.

O Ministério Público de São Paulo afirma na denúncia que os agentes extorquiram uma empresa de esmaltados com o pretexto de fiscalizar o recolhimento do ICMS, que incide na importação do cobre.

Segundo a denúncia, eles exigiram, em 2008, pagamento de R$ 5 milhões a título de propina. Em 2010, a exigência teria subido para R$ 15 milhões. A investigação apontou que o dinheiro foi entregue em espécie em um flat em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.

O MP afirma que houve, ainda, uma terceira tentativa de extorsão, em 2011, mas a empresa, para escapar dos fiscais, deixou de industrializar seus produtos no Estado de São Paulo, transferindo a produção para Santa Catarina.

A Justiça de São Paulo também decretou a perda de bens e valores apreendidos dos acusados, por serem "fruto dos ilícitos penais cometidos", segundo a sentença.

O Ministério Público pediu, além da pena de prisão, a condenação ao pagamento de uma multa por dano moral coletivo, o que foi negado pela Justiça de São Paulo.

"Deixo de condenar os réus à indenização por dano moral coletivo, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, eis que não houve pedido indicando valor na exordial acusatória ou nas alegações finais, não estabelecido, assim, o devido processo legal e contraditório especificamente com relação a eventuais valores à título de indenização, os quais deverão ser especificados no Juízo Cível, observando, ainda, a existência de instrumentos adequados para tal fim, a exemplo das tutelas coletivas com fulcro nas leis de improbidade, ação civil pública e lei anticorrupção", diz a sentença.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

Até a publicação deste texto, o Estadão buscou contato com as defesas, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).