Thalita Rebouças será curadora na Bienal do Livro 2025

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Thalita Rebouças, autora de livros infantojuvenis, será curadora de programação da Bienal do Livro 2025. A próxima edição do evento acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho.

A notícia foi anunciada nas redes sociais da escritora e do evento. "De autora iniciante, vendendo livros em um caixote nos corredores da Bienal, a fenômeno da literatura infantojuvenil, Thalita é a primeira curadora anunciada para a edição de 2025", diz a legenda.

O marco também comemora os 25 anos de carreira de Thalita. Ela conta com mais de 25 livros publicados e mais de 2,3 milhões de exemplares vendidos. As obras da autora foram traduzidas para mais de 20 idiomas.

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Uma das mais importantes revistas científicas do mundo, a americana Science elegeu como o maior avanço científico de 2024 o desenvolvimento do lenacapavir - remédio injetável capaz de prevenir em praticamente 100% a infecção pelo HIV. O vírus da aids continua a infectar mais de 1 milhão de pessoas por ano no mundo.

Embora a nova droga não seja uma vacina - ela não 'ensina' o sistema imunológico a impedir a entrada do vírus no organismo -, na prática, funciona como um imunizante, ao deter a replicação do HIV.

A medicação ainda precisa ser aprovada pelas agências sanitárias (caso da Anvisa, no Brasil, e do FDA, nos Estados Unidos) e só deve estar disponível a partir de 2026. Mas já crescem as discussões sobre quem terá acesso ao produto.

Cada dose oferece proteção por 6 meses. Testes clínicos em mulheres e adolescentes na África revelaram proteção de 100%, enquanto testes com pessoas de diferentes gêneros em vários continentes apresentaram proteção de 99,9%.

'RESPOSTA MAIS PRÓXIMA'

"No último congresso internacional de HIV e aids, ficou explícito para todos os gestores do mundo que o lenacapavir é a resposta mais próxima à vacina contra o HIV e à eliminação da transmissão do vírus e da síndrome no mundo", disse o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, na 45ª reunião do conselho executivo do Unitaid em Johannesburgo, África do Sul.

A Unitaid é uma organização internacional que promove projetos para ampliar o acesso a medicamentos a preços reduzidos. "Contudo, o alto custo do medicamento é um desafio, particularmente para países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos. Por isso, fomos enfáticos durante a reunião da necessidade da criação de uma aliança global para acesso ao remédio."

A farmacêutica Gilead, responsável pela inovação, fez acordo de licenciamento com seis laboratórios, para garantir a produção de uma versão genérica de baixo custo, que será distribuída aos 120 países mais pobres. Mas nações consideradas de renda média - como o Brasil e boa parte da América Latina, onde parte dos estudos sobre o novo fármaco foram feitos - ficaram de fora dessa lista.

Com isso, há um temor de que os programas de saúde pública desses países não terão condições financeiras de custear o tratamento. Pesquisadores estimam que duas doses anuais do medicamento (que ofereceriam proteção por um ano) custem, por pessoa, entre US$ 25.395 e 44.918 (cerca de R$ 153 mil e 271 mil, na cotação atual).

O lenacapavir age na cápsula de proteína que envolve o material genético do vírus. Ao tornar esse invólucro extremamente rígido, a droga bloqueia estágios cruciais na replicação do HIV.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As divergências entre a juíza e os promotores de Justiça da investigação sobre suposta lavagem de dinheiro do jogo ilegal por meio de casas de apostas, em Pernambuco, ganharam um novo capítulo nesta sexta-feira, 13, depois que a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) optou por arquivar a parte da apuração que atingiu o cantor Gusttavo Lima e a paraibana Vaidebet.

Em uma nova decisão, nesta sexta, a juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, afirmou que os promotores têm sido inertes por não terem apresentado uma denúncia formal contra os investigados e determinou que a PGJ examine o caso e "tome providências necessárias diante da inércia processual observada".

A decisão foi tomada no início desta tarde, no processo que tem entre os alvos o empresário Darwin Henrique da Silva Filho e a casa de apostas dele, a pernambucana Esportes da Sorte. A juíza cobra providências contra o que considera "arquivamento implícito" causado pelo "silêncio" e pela "inércia" dos promotores.

Em virtude da dimensão e da complexidade do caso, atuam nele os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Pernambuco (MP-PE).

"Este juízo determinou, em diversas ocasiões, precisamente quatro vezes, em uma investigação que se arrasta por mais de um ano e que após a sua deflagração já alcança mais três meses, que fossem tomadas as providências cabíveis para dar andamento à investigação, e consequentemente à persecução penal, especialmente no que tange à formalização de atos processuais necessários à continuidade da ação", escreveu a juíza.

"No entanto, o Gaeco, por sua vez, manteve-se inativo e silencioso, não cumprindo as ordens que foram impostas, uma vez que não ofereceu denúncia, não requereu o arquivamento e não requereu diligências", completou.

Entretanto, ao determinar o arquivamento da investigação contra Gusttavo Lima e Vaidebet por não ter detectado "lastro probatório mínimo para deflagração de ação penal", a PGJ já se manifestou sobre a parte referente à Esportes da Sorte.

Neste caso da bet pernambucana, a Procuradoria destacou "a necessidade de vinda definitiva aos autos de todas as diligências requisitadas, com o relatório resultante das quebras de sigilos bancário e fiscal indispensáveis à formação da opinio delicti [formação de opinião para oferecer denúncia]".

Na segunda-feira, os promotores do Gaeco também afirmaram que aguardam relatórios fiscais e bancários que devem ser enviados pela Polícia Civil, titular da investigação. Só a partir da análise desse material que uma denúncia criminal por crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa poderá ser oferecida ou não.

Na semana passada, os promotores também haviam tomado uma medida contra a juíza do caso. Eles apresentaram ao Tribunal de Justiça de Pernambuco um pedido de correição parcial contra decisão dela e de abertura de procedimento disciplinar. Esse dispositivo é usado nos casos de "abusos" ou "erros". O requerimento, no entanto, foi negado.

O idoso de 76 anos que morreu no naufrágio de um catamarã, nesta sexta-feira, 13, em Maragogi, no litoral de Alagoas, era um empresário do setor de transportes. Silvio Bispo Romão fundou, em 1988, uma empresa de transportes em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Ele fazia parte do quadro diretivo do Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg), que representa os transportadores de veículos automotivos. A empresa proprietária do catamarã informou que ainda atende as vítimas e que se manifestará oportunamente.

O empresário tinha ligações também com a Cooperativa de Consumo dos Cegonheiros (Cooperceg), sediada em São Bernardo. Em nota, o Sinaceg lamentou o falecimento e prestou homenagem ao seu diretor, Silvio Bispo Romão, "grande companheiro de profissão e estrada". Silvio foi um dos pioneiros nesse tipo de transporte na região do Grande ABC. Sua empresa foi fundada quando a região concentrava montadoras de veículos.

Silvio havia viajado para o Nordeste acompanhado da esposa, outros familiares e amigos. O grupo estava hospedado em um resort de luxo, em Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco. Silvio, a esposa e uma parte do grupo decidiram ir para Maragogi, que fica a cerca de 80 quilômetros, no Estado vizinho, em busca das famosas piscinas naturais com águas transparentes e muitos peixes que fazem a fama do chamado 'Caribe brasileiro".

O naufrágio aconteceu na região da Praia de Barra Grande, a cerca de 3 km da costa. Quando o catamarã Ocean II, que levava 47 passageiros e três tripulantes, começou a adernar, muitos pularam na água. O barco virou e todos acabaram arremessados para o mar.

A esposa do aposentado foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros com a ajuda de embarcações que estavam na região. O piloto de uma moto aquática tentou ajudar Silvio, mas ele afundou. Os bombeiros, que usaram até um helicóptero no socorro, o recolheram das águas, mas o idoso já estava morto quando chegou à unidade de saúde.

O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e a previsão é de que seja transladado para o sepultamento em São Paulo. Outras nove pessoas, inclusive uma mulher grávida e um bebê de cinco meses, receberam atendimento em unidades de saúde, mas todas já foram liberadas, segundo a secretaria municipal de saúde.

A prefeitura de Maragogi informou que está dando todo suporte possível aos familiares das vítimas. O município abriu uma sindicância para apurar as circunstâncias do naufrágio. A Polícia Civil abriu inquérito e começou a ouvir a tripulação, o dono do barco e testemunhas.

A Marinha do Brasil informou que abrirá um inquérito administrativo para investigar as causas do naufrágio. Conforme a Marinha, a embarcação Ocean II transportava 47 pessoas e três tripulantes. Os náufragos foram resgatados por lanchas que estavam próximas do local.