Quem é Maurício Kubrusly, jornalista que tem demência e que marcou época no 'Fantástico'

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O jornalista Maurício Kubrusly foi homenageado neste domingo, 1º, com uma reportagem no programa Fantástico. O ex-repórter é um dos grandes nomes do jornalismo cultural brasileiro, mas sofre com uma condição degenerativa que afeta sua memória. Em 2019, Kubrusly foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT) e se afastou do jornalismo para cuidar da sua saúde. Hoje, 79 anos, aos ele vive no sul da Bahia com sua mulher, Beatriz Goulart, mas não se lembra de sua vida pregressa.

O dominical da Globo retratou a atual situação do repórter, que ganha um documentário sobre sua vida na próxima quarta-feira, 4, no Globoplay. Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí (leia a crítica aqui) é dirigido por Evelyn Kuriki e Caio Cavechini e relembra a trajetória do repórter ao longo de décadas de profissão, traçando paralelos com a delicada situação em que ele se encontra.

Na reportagem, Kubrusly foi descrito como o jornalista responsável por ter "mudado a forma de cobrir cultura no Brasil". O repórter acumulou passagens por veículos como Jornal do Brasil, Jornal da Tarde, Folha de S. Paulo e Rádio Excelsior. O primeiro grande sucesso de sua carreira veio com a criação da revista Somtrês, publicação mensal que se debruçava sobre o universo musical e aparelhos sonoros. A Somtrês foi publicada durante a década de 1970 e 1980 e ganhou um status importante na cena brasileira de música.

Foi na TV Globo, no entanto, que ele encontrou o seu espaço. Kubrusly participou de coberturas importantes como de Copas do Mundo, de Jogos Olímpicos e de cerimônias do Oscar, mas chegou ao ápice de sua carreira no Fantástico. Além de matérias sobre cultura e comportamento, o jornalista se destacou com o quadro Me Leva Brasil. Nele, Kubrusly contava histórias inusitadas e curiosas de pessoas ao redor do País. A atração ganhou o público ao mostrar a diversidade brasileira e se tornou um quadro essencial do Fantástico ao longo dos anos 2000. O sucesso foi tamanho que Me Leva Brasil chegou a virar livro em 2005.

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Moradores de Belo Horizonte ficaram em pânico nesse domingo, 1º, após o recebimento de um alerta extremo da Defesa Civil no aparelho celular. Trata-se de uma ferramenta que entrará em operação nos Estados do Sul e Sudeste a partir de quarta-feira, 4, mas que teve a demonstração realizada no último fim de semana.

Embora o teste do novo sistema tenha sido comunicado com antecedência, a população alega que foi pega de surpresa. Muitos comentaram nas redes sociais e o assunto acabou viralizando. "Do nada, uma sirene no meu celular com uma manifestação da Defesa Civil", disse um internauta.

Para mostrar o funcionamento do novo sistema de envio de alertas da Defesa Civil Nacional, o Defesa Civil Alerta, um alerta de demonstração foi enviado às 15 horas desse domingo para a cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A emissão foi feita do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), em Brasília.

"O alerta foi disparado pela Defesa Civil Nacional em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ministério das Comunicações (MCom) e operadoras", disse o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

O Defesa Civil Alerta utiliza a rede de telefonia celular para emitir alertas gratuitos, com mensagem de texto e aviso sonoro, suspendendo qualquer conteúdo em uso na tela do aparelho, incluindo os que estão no modo silencioso. "Os alertas são disparados para a população em área de risco e com cobertura de rede 4G ou 5G, sem necessidade de cadastro prévio do usuário", disse a pasta. O alerta será enviado apenas em casos de desastres extremos ou severos, que envolvam risco iminente à população. Os alertas devem emitidos sempre regionalmente, a depender das condições meteorológicas de cada local.

Em agosto deste ano, o Defesa Civil Alerta foi testado em 11 cidades brasileiras durante 30 dias. Em pesquisa realizada nos municípios, 87% das pessoas que responderam ao questionário sobre a novidade avaliaram a ferramenta de forma positiva. Ela entrará em operação nos Estados do Sul e Sudeste a partir de quarta-feira.

A rodoviária de Porto Alegre ficou alagada após temporais que atingem o Rio Grande do Sul entre domingo, 1º, e segunda-feira, 2. A Defesa Civil municipal já alertava neste fim de semana para a previsão de "chuvas fortes, rajadas de vento significativas, e risco de alagamentos em áreas urbanas, elevação nos níveis de arroios e córregos, além de possíveis transtornos como quedas de árvores e interrupção no fornecimento de energia elétrica".

Internautas publicaram no X (ex-Twitter) fotos da rodoviária alagada e relataram sentir medo de ficar no Estado, recordando a catástrofe climática que atingiu o RS em maio deste ano. A Defesa Civil de Porto Alegre afirma que está monitorando o impacto da chuva na região e com equipes nas ruas atendendo às ocorrências. Em casos de emergência, a população deve entrar em contato pelo telefone 199. A forte chuva também provocou a queda de árvores e no fornecimento de energia elétrica em algumas regiões da cidade.

Em maio deste ano, ao menos 169 pessoas morreram no Rio Grande do Sul em decorrência da chuva. Centenas de casas foram destruídas e Porto Alegre ficou debaixo d'água com a subida do Guaíba. O governo do Estado do Rio Grande do Sul anunciou um pacote para reconstrução do que ficou destruído após os temporais e medidas preventivas para esta próxima temporada de chuvas, que se inicia agora.

No sábado, 30, a Defesa Civil Estadual testou pela primeira vez um sistema de alertas via sinal de telefonia. A ferramenta foi criada em uma parceria do governo gaúcho com a Defesa Civil Nacional e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a população não precisa se cadastrar para receber os alertas. Eles serão recebidos mesmo que o telefone esteja configurado para o modo silencioso ou sem créditos. O objetivo é evitar mais mortes em tempestades.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja, de "perigo", para tempestade em sete Estados nesta segunda-feira, 2. Todo o território de São Paulo e Mato Grosso do Sul, o sul dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, e o norte do Paraná devem sofrer com fortes chuvas até quarta-feira, 4.

De acordo com o instituto, a previsão é de chuva entre 30 e 60 milímetros por hora ou 50 a 100 milímetros dia, com ventos intensos, de 60 a 100 km/h, e queda de granizo. "Risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos", afirma o aviso.

Como mostrou o Estadão, a capital paulista deve começar a enfrentar fortes chuvas e ventos já na tarde desta segunda-feira. O motivo é uma frente fria que avança do Sul do País em direção ao Sudeste. A temperatura também deve cair: previsão de mínima de 18ºC e máxima de 22ºC no fim da noite de terça-feira e de 17ºC e 20º em toda a quarta.

"Essa condição meteorológica aumenta o risco para quedas de árvores, formação de alagamentos intransitáveis, bem como deslizamentos de terra, desabamentos e transbordamentos de rios e córregos da região", afirma o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE).

Na semana passada, a capital paulista já enfrentou transtornos por conta da chuva da quinta-feira, 28. Mais de 100 mil imóveis ficaram sem luz e o aeroporto de Congonhas teve 115 voos cancelados.

Veja as instruções do Inmet:

Em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas, e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;

Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.

Em caso de emergência, a população deve acionar a Defesa Civil (telefone 199) e/ou o Corpo de Bombeiros (telefone 193).