Vale a pena ler de novo: 15 livros importantes que ganham novas edições e versões de luxo

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Uma boa leva de reedições de livros chegou às livrarias brasileiras neste fim de ano. Algumas delas são fundamentais para entender o Brasil, como Rabo de foguete, de Ferreira Gullar; Tempos extremos, de Míriam Leitão; Cidade partida, de Zuenir Ventura, e o Dicionário de folclore brasileiro, de Câmara Cascudo.

Outras celebram a literatura nacional. Como é o caso da edição comemorativa de 60 anos de Isto ou aquilo, de Cecilia Meireles; os 40 anos de publicação de Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, e Cartas perto do coração, de Clarice Lispector e Fernando Sabino.

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Tem ainda livros de autores internacionais, como a biografia de Albert Camus, escrita por Olivier Todd, e O tempo entre costuras, da espanhola María Dueñas, que completou 15 anos de sua publicação. Há na lista, ainda, outros mais recentes - e que fizeram enorme sucesso nas redes sociais, entre os jovens leitores, como A canção de Aquiles, de Madeline Miller, e A hipótese do amor, de Ali Hazelwood.

A reedição de livros é um processo que vai além da simples reimpressão. É uma decisão das editoras que permite a recirculação de obras significativas, seja por seu apelo cultural, literário ou comercial. Em geral, trazendo novos textos ou aparatos. É uma estratégia de chamar a atenção do leitor para uma obra que já estava fora de circulação ou que fez enorme sucesso e precisa ser resgatada de alguma forma para as novas gerações de leitores.

O Estadão listou 15 livros que acabaram de ganhar uma nova edição. Conheça cada um deles:

Para celebrar a literatura brasileira

- Viva o povo brasileiro (Alfaguara, 680 pp, R$ 149,90), de João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), retorna em edição comemorativa de 40 anos. Lançado originalmente em 1984, o romance que conquistou o Prêmio Jabuti narra quatro séculos da história brasileira, explorando a formação da identidade nacional. A obra entrelaça vidas, mitos e lutas, revelando as nuances e contradições de uma nação em constante transformação. Esta nova edição conta com prefácio de Rodrigo Lacerda e Geraldo Carneiro, além de posfácio de Julio Pimentel Filho.

- Em alguma parte alguma (Companhia das Letras, 152 pp, R$ 94,90), publicado originalmente pela José Olympio em 2010, foi o último volume lançado em vida pelo por Ferreira Gullar (1930-2016). Eleito Livro do Ano pelo Jabuti em 2011, a obra funde passado, presente e futuro, evocando lembranças de São Luís do Maranhão e reflexões sobre a finitude.

- Cartas perto do coração (Record, 256 pp, R$ 109,90), livro que reúne a correspondência entre Clarice Lispector (1920-1977) e Fernando Sabino (1923-2004), retorna em edição especial depois de viralizar nas redes sociais. Um vídeo no TikTok no qual é lido um trecho da carta de Sabino a Clarice, escrita em 10 de junho de 1946, alcançou quase 2 milhões de visualizações e 345 mil curtidas. Organizado pelo próprio Sabino, o livro apresenta a troca de cartas entre os autores de 1946 a 1969. Esta nova edição, com capa dura e projeto gráfico de Luciana Facchini, inclui prefácio inédito de Nádia Battella Gotlib e fac-símiles de manuscritos.

- Ou isto ou aquilo (Global, 66 pp, R$ 99), de Cecília Meireles, comemora 60 anos com edição especial. O livro infantil, com ilustrações de Odilon Moraes, ganha nova capa em tecido assinada por Maurício Negro e bordas com pintura trilateral prateada. A obra, publicada originalmente em 1964, continua a encantar gerações com seus poemas lúdicos e sensíveis.

Os invasores (Instante, 208 pp, R$ 74,90), de Dinah Silveira de Queiroz, retorna às livrarias em edição comemorativa. Publicado originalmente em 1965, o romance aborda a invasão francesa ao Rio de Janeiro em 1710, liderada pelo corsário Jean-François Duclerc. A narrativa se desenvolve a partir da perspectiva de um grupo de mulheres que se reúne em um trapiche à beira-mar para se proteger dos invasores. A obra se destaca pelo tom cômico e jocoso, aproximando-se da tradição do romance picaresco, e pela reconstituição histórica do Rio setecentista.

Livros para entender o Brasil

- Rabo de foguete (José Olympio, 256 pp, R$ 69,90), também de Ferreira Gullar, é um relato pessoal sobre o exílio do autor durante a ditadura militar. A nova edição traz fotografias inéditas de sua vida fora do Brasil e imagens do passaporte de Gullar cancelado pela ditadura, além de relatórios do Serviço Nacional de Informação (SNI) sobre o paradeiro do poeta.

- Cidade partida (Companhia das Letras, 296 pp, R$ 109,90), de Zuenir Ventura, chega à sua edição de 30 anos. O livro, que retrata a violência no Rio de Janeiro dos anos 1990, é fruto de dez meses de convivência do autor na favela de Vigário Geral. Esta edição especial conta com prefácio de Mauro Ventura, filho do escritor, e relembra o Prêmio Jabuti de Melhor Reportagem conquistado em 1995.

- Dicionário de folclore brasileiro (Global, 424 pp, R$ 199), de Câmara Cascudo, ganha nova edição em celebração ao seu 70º aniversário de publicação. A obra de referência mantém seus milhares de verbetes sobre superstições, mitos e lendas brasileiras, agora com ortografia atualizada. Esta edição especial inclui textos de Laurentino Gomes e Carlos Drummond de Andrade, além de um caderno de imagens coloridas.

- Tempos extremos (Intrínseca, 304 pp, R$ 79,90), romance de estreia de Miriam Leitão, ganha edição de 10 anos. Finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, o livro explora os mistérios de uma antiga fazenda mineira, entrelaçando conflitos familiares e políticos em diferentes períodos da história brasileira. A narrativa aborda temas como escravidão e regime militar, mantendo a postura crítica característica da autora em sua carreira jornalística.

- Dona Vitória Joana da Paz (Planeta, 224 pp, R$ 69,90), de Fábio Gusmão, é uma reedição do livro originalmente publicado em 2006. A obra conta a história verídica de uma senhora de 80 anos que filmou a movimentação do tráfico e a negligência policial em seu bairro no Rio de Janeiro. Esta nova edição inclui imagens exclusivas das últimas semanas de gravações, transcrições de áudio e atualizações sobre a vida de Dona Vitória. O livro está sendo adaptado para o cinema, com estreia prevista para março de 2025, tendo Fernanda Montenegro como protagonista.

Da literatura internacional

- O tempo entre costuras (Planeta, 480 pp, R$ 139,90), de María Dueñas, ganha nova edição de luxo, com outra capa e lombada dourada, para comemorar os 15 anos de sua publicação. O romance histórico, que mescla espionagem e superação, narra a história de Sira Quiroga, uma costureira madrilenha envolvida em intrigas durante a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial. Traduzido para mais de 35 idiomas, o livro tornou-se um fenômeno literário internacional, com adaptação em uma série com direção de Iñaki Mercero, Norberto López Amado e Iñaki Peñafiel. Leia entrevista com a autora

- Albert Camus: uma vida (Record, 882 pp, R$ 169,90), biografia de Albert Camus escrita por Olivier Todd e traduzida por Mônica Stahel, ganha nova edição. Baseada em correspondências pessoais, gravações inéditas e entrevistas, a obra oferece um retrato detalhado do escritor francês, explorando tanto sua vida pública quanto privada. A edição atualizada inclui rico encarte de imagens com digitalizações de cartas do autor.

- O filho de mil homens (Biblioteca Azul, 224 pp, R$ 69,90), o quinto romance de Valter Hugo Mãe, publicado originalmente em 2011, volta às livrarias em versão especial, com nova capa e pintura trilateral. A obra, que será adaptada para o cinema pela Netflix, com Rodrigo Santoro no papel principal, traz prefácio do escritor e bibliófilo argentino Alberto Manguel. O livro narra a história de Crisóstomo, um pescador solitário de 40 anos que decide mudar seu destino ao encontrar Camilo, um jovem órfão, e Isaura, uma mulher rejeitada por sua comunidade. Com uma narrativa sensível e personagens peculiares, Valter Hugo Mãe constrói uma reflexão sobre solidão, família e amor incondicional.

Os sucessos do TikTok que já ganharam reedição

- A canção de Aquiles (Planeta Minotauro, 336 pp, R$ 76,90), de Madeline Miller, traduzido por Gilson César Cardoso de Sousa, é uma releitura do clássico Ilíada de Homero. Eleito um dos 100 melhores livros do século pelo The New York Times, o romance explora o poder do amor e a força do destino, entrelaçando as grandes batalhas entre deuses e reis com os segredos do coração humano.

- A hipótese do amor (Arqueiro, 368 pp, R$ 89,90), de Ali Hazelwood, traduzido por Thaís Britto, ganha uma edição de colecionador com capítulo extra. Best-seller do TikTok, o romance narra a história de Olive Smith, uma doutoranda em Biologia em Stanford, que se envolve em um falso namoro com o professor Adam Carlsen. A trama combina elementos de comédia romântica com o ambiente acadêmico, explorando temas como amor, ciência e superação de preconceitos. Com mais de 500 mil exemplares vendidos no Brasil, o livro se destaca por seus diálogos afiados e pela abordagem inteligente e bem-humorada das relações amorosas no meio científico.

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Um casal que passeava com um bebê foi alvo de um assalto em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, na tarde do último sábado, 2. O criminoso, disfarçado de entregador de aplicativo, aborda as vítimas na Rua Joaquim Antunes.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) diz que os roubos na região tiveram uma queda de 13,3% no primeiro semestre deste ano ante mesmo período do ano passado.

Imagens de monitoramento, obtidas pela TV Globo, mostram o assaltante rendendo e encurralando o homem, que carrega a criança em uma bolsa de estilo canguru, contra o portão de um dos prédios.

A mulher que acompanha o homem parece tirar alguns objetos da mochila para entregar ao criminoso. O suspeito recolhe alguns pertences das vítimas e foge do local.

Outro assalto foi registrado no mesmo endereço dois dias depois. Na última segunda, 4, um criminoso também disfarçado de motoboy, com capacete e mochila de entrega, aborda um homem que estava na frente de um prédio, com algumas malas.

O assaltante saca uma arma. A vítima acaba entregando um objeto, que parece ser um celular. As malas não foram levadas. O crime também foi registrado por câmeras de circuito da Rua Joaquim Antunes.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) diz que não localizou as ocorrências citadas, mas informa que os roubos na circunscrição do 14° Distrito Policial (Pinheiros) caíram 13,3% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2024.

"Esse tipo de crime alcançou, no semestre, o menor número dos últimos 25 anos, tanto no Estado quanto na capital. Ainda no período, 472 pessoas foram presas ou apreendidas na região", destaca a pasta, em nota.

Conforme dados do Radar da Criminalidade, ferramenta desenvolvida pelo Estadão, o número de crimes nas proximidades da Joaquim Antunes caiu 23,9% na comparação de junho deste ano com o mesmo período do ano passado.

O Radar reúne as ocorrências de furto e roubo de celulares, além de furto e roubo de veículos, dentro de um raio de 500 metros das ruas da capital.

Conforme a ferramenta, foram registrados 35 crimes nas proximidades da via em junho deste ano. A principal incidência foi a de roubo de celular, com 19 casos.

Conforme mostrou o Estadão, a região de Pinheiros chegou a liderar as estatísticas de roubo na capital no início do ano. Em fevereiro, foram registradas 331 ocorrências para este tipo de crime - cerca de 11 por dia.

Jovem vítima de assalto morreu na mesma rua no começo do ano

Em janeiro deste ano, o jovem Vitor Rocha e Silva, de 23 anos, morreu depois de sofrer um latrocínio na Rua Joaquim Antunes. A vítima era de Uberlândia, Minas Gerais, e estava em São Paulo a passeio.

O caso aconteceu no dia 24, no início da tarde. Ele estava acompanhado do namorado Felipe Lobato, de 25, quando ambos foram abordados por dois assaltantes, também disfarçados de entregadores.

Um dos assaltantes abordou o casal e anunciou o assalto, pedindo os celulares e as senhas dos dois. Os aparelhos foram entregues, mas as vítimas disseram que não se lembravam das senhas e passaram a ser agredidas.

Vitor e Felipe acabaram entrando em luta corporal com os criminosos. O homem que agredia Silva atirou e um dos disparos atingiu o rapaz do lado direito do tórax. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas não sobreviveu. A ocorrência foi registrada no 14.° Distrito Policial, em Pinheiros.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu nesta quarta-feira, 6, 40 kg de ouro escondidos dentro de uma caminhonete, em Altamira, no Pará. A carga foi avaliada em R$ 20 milhões, e é considerada a segunda maior da história das rodovias federais.

A apreensão aconteceu na BR-230 (Transamazônica). O minério estava sendo transportado em uma caminhonete com quatro ocupantes - dois adultos, que foram encaminhados à Polícia Federal, além de um adolescente e uma criança. Os menores foram levados para as autoridades competentes, informou a PRF, em nota.

A apreensão acontece dois dias depois da corporação confiscar 103 quilos de ouro, também escondidos em uma caminhonete, em uma rodovia em Boa Vista, em Roraima. O valor desta carga apreendida foi avaliada em R$ 62 milhões.

Na somatória das duas apreensões, realizadas em menos de 48 horas, foram mais de 140 quilos do mineral avaliados em mais de R$ 80 milhões.

"Os dois estados onde ocorreram as apreensões fazem parte da Amazônia Legal e sofrem com a degradação do garimpo ilegal, principalmente em territórios indígenas", informou a PRF, em nota.

O motorista, identificado como Bruno Mendes de Jesus, foi detido e encaminhado junto com o material apreendido. No momento da abordagem, sua esposa também estava a bordo da caminhonete.

O ouro apreendido em Boa Vista foi localizado em locais ocultos da caminhonete, como fundos falsos de consoles e painel. O advogado de Bruno afirmou que o suspeito tem relações com a atividade de mineração, mas afirma que o minério não pertencia a ele. "Ele só era o motorista".

A morte do reconhecido arquiteto Carlos Alberto Cerqueira Lemos, aos 100 anos, foi confirmada nesta quarta-feira, 6. Com trajetória marcante na academia, prática profissional e gestão pública, ficou conhecido especialmente como o "homem de confiança" de Oscar Niemeyer em São Paulo, como coautor de projetos icônicos, como dos Edifícios Copan e Eiffel, no centro, e da Oca, do Parque do Ibirapuera.

Nascido em São Paulo, em 1925, Lemos é uma referência intelectual sobre história da arquitetura brasileira e de São Paulo, autor de diversos livros, alguns clássicos do tema. Dentre eles, estão Dicionário da Arquitetura Brasileira, Como nasceram as cidades brasileiras, O que é patrimônio histórico e Casa Paulista.

Com frequência, é lembrado pela trajetória prolífica e como um pesquisador meticuloso e observador. O sepultamento é previsto para a tarde de quinta-feira, 6, no Cemitério Gethsemâni, na Vila Sônia.

Também é reconhecido pela trajetória acadêmica de quase seis décadas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), que lhe concedeu o título de professor emérito em 2022. Foi referência na formação de diferentes gerações de arquitetos e urbanistas, os quais não raro mencionam lições do antigo mestre.

Formou-se na primeira turma de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 1950, e, quatro anos depois, já começou a lecionar na USP. Como arquiteto e urbanista, é autor de dezenas de projetos, principalmente residenciais, na capital e no interior de São Paulo, incluindo o prédio do Bradesco localizado junto ao Copan.

Além disso, foi artista plástico, com obras expostas em diferentes mostras desde os anos 1940. Dentre elas, destaca-se uma exposição de 50 anos de carreira realizada na Pinacoteca, em 1995. Também participou da criação de museus importantes de São Paulo, como o Museu de Arte Sacra e o Museu da Casa Brasileira.

'Um dos maiores arquitetos brasileiros': as homenagens a Lemos

Organizações variadas prestaram homenagens a Carlos Lemos nas redes sociais. A FAU/USP lembrou a dedicação ao ensino. "Professor titular aposentado de nossa faculdade, Carlos Lemos dedicou-se por quase 60 anos à história da arquitetura brasileira e à preservação do patrimônio cultural", destacou.

Já a seccional paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/SP) chamou Lemos de "um dos maiores arquitetos brasileiros". "Formador de gerações inteiras de profissionais. Com seu conhecimento e erudição vastos e generosos, construiu no Brasil todo um campo", disse.

"Abriu espaço para pesquisas na área de arquitetura e urbanismo e para a produção editorial, contribuiu para a construção de nossas instituições de patrimônio cultural e deixou uma obra escrita marcada pela reflexão crítica e a abordagem técnica, sempre em diálogo com um público amplo", apontou. "Sua atuação plural, no ensino, no poder público e no escritório de projetos é uma das nossas mais importantes referências. Seu legado permanece como um presente."

Nas redes sociais, o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), da Prefeitura de São Paulo, salientou a contribuição intelectual do arquiteto para o "reconhecimento do patrimônio cultural e para a história da arquitetura e do urbanismo brasileiros". "Dedicou sua trajetória à valorização da arquitetura brasileira, à preservação e difusão da nossa memória urbana, e à formação qualificada de profissionais e pesquisadores."

Além disso, ressaltou que Lemos coordenou, nos anos 1970, em conjunto com o arquiteto Benedito Lima de Toledo, os primeiros inventários para a identificação e proteção de bens arquitetônicos paulistanos. "Sua vasta obra bibliográfica segue como referência fundamental para pesquisadores, e seu conhecimento e rigor intelectual prosseguirão na atuação dos inúmeros profissionais que formou e nas instituições em que colaborou, como o DPH."

A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) também lamentou a morte do arquiteto. "Sua contribuição ultrapassou o projeto arquitetônico: foi também um importante agente na construção de instituições dedicadas ao patrimônio cultural. Além disso, abriu caminhos para a pesquisa acadêmica e para a produção editorial na área", destacou.

Lemos sobre a parceria com Niemeyer

Nos anos 1950, foi diretor do escritório de Niemeyer em São Paulo. Ao Estadão, contou como funcionava a parceria: o modernista fazia os croquis, enquanto o então jovem arquiteto paulistano fazia o projeto de execução, com base nos cálculos de concreto. Relatou também que se encontrava com o antigo parceiro quando visitava o Rio.

Em 2019, também ao Estadão, falou sobre o projeto diferenciado do Copan. "Foi uma exceção na sua época, década de 1950, devido tanto ao seu programa de necessidades, quanto ao seu tamanho e a sua forma de 's', que resultou da sinuosidade das divisas posteriores do terreno", descreveu.