Mingau volta a ser internado após quadro convulsivo

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Rinaldo Oliveira Amaral, conhecido como o Mingau da banda Ultraje a Rigor, voltou a ser internado na semana passada.

Em outubro, ele havia recebido alta, depois de mais de um ano internado. O músico foi baleado na cabeça em setembro de 2023, quando estava em Paraty, no Rio de Janeiro.

De acordo com boletim médico enviado ao Estadão pelo Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo, Mingau foi internado no último dia 3, com quadro convulsivo. O documento diz ainda que ele evoluiu com melhoras depois do ajuste medicamentoso.

O hospital informa ainda que o músico "segue tratamento de quadro infeccioso com antibioticoterapia, clinicamente estável e sem previsão de alta".

Leia abaixo a íntegra do boletim médico

Boletim - Rinaldo Amaral (Mingau) - Hospital São Luiz Itaim - 10/12/2024

O Hospital São Luiz - unidade Itaim, da Rede D'Or, informa que o paciente Rinaldo Oliveira Amaral (Mingau) foi readmitido em 03/12, em decorrência de um quadro convulsivo, evoluindo com melhora após ajuste medicamentoso.

Segue em tratamento de quadro infeccioso com antibioticoterapia, clinicamente estável e sem previsão de alta.

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O pai do estudante de Medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, morto aos 22 anos com um tiro à queima roupa disparado por um policial militar de São Paulo em 20 de novembro, publicou neste domingo, 5, uma carta pública cobrando justiça e celeridade nas investigações sobre a morte do filho.

"Demora vergonhosa das investigações pela Polícia Civil, apesar da preocupação pública da sociedade e meios de comunicação, que resulta e promove mais crimes", escreveu Julio Cesar Acosta Navarro, em texto publicado nas redes sociais.

Marco Aurélio foi morto após dar um tapa em um retrovisor de viatura e sair correndo. Ele foi para dentro de um hotel onde estava hospedado na Vila Mariana, na zona sul da capital. Dois policiais, então, correram em direção ao jovem e, após uma luta corporal em que Marco Aurélio tenta derrubar um dos policiais, um dos agentes atira contra ele. Câmeras de segurança mostraram que o jovem estava de chinelo, sem camisa, desarmado, em local fechado e próximo o suficiente dos policiais para um rendimento ou uso de arma não letal pelos agentes.

Os policiais militares envolvidos na ocorrência foram afastados da atividade ostensiva da PM. O policial que efetuou o disparo foi indiciado por homicídio doloso.

No mês passado, Navarro, que é professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, já havia publicado uma carta pública direcionada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). À época, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ressaltou "seu compromisso com a legalidade, transparência e respeito aos direitos humanos fundamentais. A pasta não compactua com excessos ou desvios de conduta, punindo exemplarmente aqueles que infringem a lei e desobedecem aos protocolos estabelecidos pelas forças de segurança".

"Assim que cientificada do ocorrido, as polícias Civil e Militar instauraram os respectivos inquéritos para investigar os fatos e os policiais envolvidos na ocorrência foram imediatamente afastados das suas atividades. No dia seguinte, o agente responsável pelo disparo foi indiciado por homicídio doloso no inquérito policial militar (IPM), que é acompanhado pela Corregedoria da Corporação", afirmou a pasta.

Caso ocorreu na madrugada de quarta, 20, dentro de hotel na Zona Sul da capital.

LEIA NA ÍNTEGRA A CARTA DO PAI DE MARCO AURÉLIO

Carta para o cidadão escrita pelo pai do estudante de medicina Marco Aurélio, assassinado pelo Estado de São Paulo: dia 47, calendário ano zero

Prezado cidadão, trabalhador, pai de família, intelectual permita-me ouvir as minhas palavras de angústia e desespero.

Na minha luta dolorosa pela "justiça dos homens" pelo assassinato do meu filho "Maicosillo" há 47 dias, quando o mundo ruiu para mim, recebi a solidariedade e a força de muita gente compassiva, onde ressalto a figura do Sr. Claudio Oliveira, ex-ouvidor da Polícia, demitido traiçoeira e absurdamente como "prêmio" a seu corajoso trabalho; também do Sr. Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a sensibilidade e temperança de assinar o Decreto contra o uso abusivo das armas por parte da polícia; assim como dos jornalistas que no ápice de sua ética e profissionalismo mostraram a realidade e não calaram das barbáries que podem se repetir no amanhã.

Também pude assistir à reação imediata contra o Decreto Presidencial, um freio contra a violência policial que assola o Brasil, de vários governadores de estado, como os de Goiás, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais, Paraná e ainda São Paulo. Resposta insensível, irracional e troglodita manifestado em um texto argumentando as razões em contra, com um pobre embasamento que qualquer estudante de colegial redigiria melhor em um final de semana. Sobre a "nota conjunta" destes governadores, na minha trajetória de professor e orientador de trabalhos acadêmicos, nunca vi uma asneira como essa.

Com muita dor pela lembrança do sofrimento do meu filho e muita raiva pela cretinice dos mecanismos do Estado operando, revisei linha por linha o relatório da Polícia Civil sobre o assassinato cruel do meu filho Marco Aurélio pelos Policiais Militares covardes Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, ambos ainda andando soltos, recebendo seus salários e festejando as festas natalinas com uma cervejinha do lado, bem protegidos pelo Comandante da PM Cassio Araújo de Freitas e pelo Secretario da InSegurança Pública Guilherme Derrite, matador confesso orgulhosamente.

A primeira delegada da Polícia Civil, que vendo nas imagens do hotel a gravidade do crime, irresponsavelmente não considerou o crime hediondo como homicídio qualificado nem mandou prender em flagrante aos assassinos. O que levou a isso a essa delegada?... Ignorância, imperícia, medo ou maldade pura?

O boletim da Polícia Militar e sua versão demonstradamente falsa tentando desfigurar a imagem do meu filho, desde o início e sendo repetida em um esquema claramente aprendido com muito "tecnicismo" nas academias da Polícia Militar. Na maior evidência de cumplicidade e proteção aos criminosos na Polícia Civil, para retardar o processo de investigação, foram indicados sequencialmente não três ou quatro delegados em menos de 30 dias, foram oito delegados da Polícia Civil.

Um deles, o sétimo Delegado da Polícia Civil, apenas assumindo o caso e ciente da notoriedade e sofrimento de famílias, imediatamente informou no dia seguinte que entrava de férias até o final de ano; e ainda recomendou que o inquérito dos assassinos da Polícia Militar somente seja tomado após o retorno dele. Um verdadeiro circo. Sófocles e Aristófanes morreriam de inveja da criatividade das tragicomédias dos Delegados da Polícia Civil!

Demora vergonhosa das investigações pela Polícia Civil apesar da preocupação pública da sociedade e meios de comunicação, que resulta e promove mais crimes como aquele trabalhador lançado da ponte, o outro baleado com dez tiros pelas costas, os chutados na cabeça sem misericórdia, o inocente baleado por filmar com celular a violência policial de vários outros Policiais Militares.

Nossa Tarcísio, você falava sério quando desafiou ao mundo que podiam chamar "a ONU, a Liga da Justiça ou ao raio que o parta". Quem vai parar a Polícia Militar de Tarcísio e o bufão Derrite? A turma de Marvel, os Justiceiros & Vigilantes, o Papa e os Anjos ou uma Revolução à Francesa?

Que pena de essas pobres famílias que há muitos anos têm sido humilhadas, burladas e pisoteadas nos seus direitos após de sofrer as maiores violências pela Polícia Militar, e às quais a minha família se juntou com lágrimas e sangue por um desígnio que Deus quis e do qual não sei se um dia entenderei. São Paulo não vai a caminho de ser um estado policial, ele já é um estado policial. Aqui quem manda é quem porta a arma mais potente em nome do Estado.

Pelo amor de Deus, me deixem chorar em paz a saudades do meu filho... Que mundo bizarro é esse que foi construído onde o inocente pobre é morto injustamente e tratado como um criminoso e os assassinos dele pagos pelo Estado são defendidos como heróis? Que o sacrifício do meu filho mais querido, o "Maicosillo", sirva para evitar a dor e as lágrimas das famílias de outros filhos como um dia ele ainda adolescente uma vez sonhou.

Dr. Julio Cesar Acosta Navarro, PhD Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo pagou cerca de R$ 3,2 milhões em cachês para as atrações musicais que se apresentaram no Réveillon da Paulista, na virada de 2024 para 2025. Além da parte artística, o evento custou mais de R$ 15 milhões por meio de contratos de infraestrutura, mão de obra, montagem de palco, projeto cenográfico e serviços variados, totalizando mais de R$ 18 milhões.

A gestão Ricardo Nunes (MDB) divulgou uma estimativa de que o evento movimentou R$ 300 milhões e impactou na geração de 5 mil empregos. Ao todo, foram 12 horas de música.

Entre as contratações artísticas, o cachê mais alto foi o da atração principal: os cantores Bruno e Marrone, que fizeram a contagem regressiva da virada de ano. A dupla recebeu R$ 1,1 milhão.

A segunda atração de maior valor foi a cantora Gloria Groove, com cachê de R$ 600 mil. Na sequência, os mais bem pagos foram o cantor Junior Lima (conhecido também pelo período em que fez dupla com a irmã, Sandy), que ganhou R$ 450 mil, e a cantora Roberta Miranda, com R$ 300 mil.

A outra dupla sertaneja do evento foi Brenno e Matheus, conhecida pelo sucesso "Descer pra BC". Ao todo, recebeu R$ 105 mil. Já o funkeiro MC Livinho teve um cachê de R$ 277 mil.

Na parte gospel, os valores somaram R$ 400 mil. Ao todo, foram R$ 200 mil para a Renascer Praise e o cantor Thalles Roberto, cada um.

O pagamento mais baixo foi para a escola de samba Mocidade Alegre, que recebeu R$ 38 mil. As informações foram publicadas em diferentes edições do Diário Oficial.

Um levantamento da Prefeitura apontou que 55,7% do público do evento mora na capital paulista. Além disso, 14,1% residem em outras cidades da Grande São Paulo, 29,3% vieram do interior paulista e demais Estados e menos de 1% é do exterior.

Entidades de defesa dos povos indígenas repudiaram, em nota, os ataques contra membros da comunidade Avá-Guarani na região de Guaíra, no oeste do Paraná. Na última sexta-feira, 3, quatro indígenas foram baleados e hospitalizados. "Basta de covardia! Manifestamos nossa solidariedade aos Avá-Guarani e instamos o governo federal para que se posicione publicamente, garantindo os direitos e a proteção aos indígenas", afirmam as entidades.

Em texto conjunto, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), a Articulação dos Povos Indígenas do Sul do Brasil (Arpin Sul), a Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpin Sudeste) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) relatam que, desde o dia 29, a comunidade vem sofrendo vários ataques a tiros, com incêndio a moradias e lançamento de bombas.

As entidades acusam o poder público de omissão e incitação da violência. "O governo do estado do Paraná, por meio de falas preconceituosas e ofensivas de seu governador, tem incitado e alimentando o ódio e a violência contra os Avá-Guarani", dizem.

Além disso, afirmam que a Força Nacional, que foi enviada à região por meio da Portaria Nº 812, do Ministério da Justiça, para atuar e conter a violência, "age, ao que parece, como se nada estivesse ocorrendo". "Ao ser permanentemente acionada pela comunidade ou inclusive por instâncias do governo federal, relativiza as denúncias e chega sempre atrasada, depois que os indígenas já foram agredidos."

A nota diz ainda que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) tem pouco efetivo para intervir no contexto local e "quando aciona a Força Nacional, não consegue mobilizar o apoio para a comunidade". Tampouco agentes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) conseguem obter da Força Nacional "a resposta necessária face a tanta brutalidade", de acordo com as entidades.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou ter reforçado em 50% o efetivo da Força Nacional nos municípios de Guaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná, após os ataques. Em nota, a Polícia Federal (PF) disse que abriu inquérito para apurar a autoria e responsabilidade criminal dos envolvidos.