Caso Luigi Mangione vai virar documentário produzido por diretor vencedor do Oscar

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O caso Luigi Mangione poderá virar um documentário pelas mãos de Alex Gibney, vencedor do Oscar em 2008 por Taxi to the Dark Side. A notícia saiu na Vanity Fair, que explicou que o filme quer explorar como os assassinos são criados, e o que essa matança diz sobre a sociedade contemporânea e seus valores.

Luigi Mangione é suspeito de matar Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, em uma calçada de Manhattan. Cinco dias depois do assassinato, Mangione foi preso em um McDonalds na Pensilvânia.

O episódio de violência explícita dividiu os Estados Unidos, já que parte da população celebrou publicamente a sua morte, elevando Mangione a uma espécie de herói.

O documentário quer justamente evidenciar a frustração dos americanos com a indústria da saúde. A produção do documentário está a cargo da Anonymous Content e a Jigsaw Prods., de Gibney.

Em outra categoria

Ao menos seis cidades relataram estragos em razão da tempestade subtropical Biguá, que se formou na costa do Rio Grande do Sul no último fim de semana. Conforme balanço da Defesa Civil gaúcha, duas pessoas também ficaram feridas. Ambos apresentam quadro estável.

O fenômeno trouxe consigo ventos intensos com rajadas de até 84 km/h, além de fortes chuvas que afetaram principalmente as regiões sul e metade leste do Estado.

"O impacto foi significativo em diversas localidades, onde a força do vento causou a queda de árvores, danos à infraestrutura como o desabamento da cobertura de uma quadra de esportes, 230 mil pontos com interrupções no fornecimento de energia elétrica e alagamentos pontuais em áreas urbanas", afirmou ainda o órgão estadual.

Foram relatados destelhamento de casas, queda de árvores e também alagamentos, segundo informações da Defesa Civil. Não há novo alerta vigente para os próximos dias.

Veja a lista de cidades afetadas:

- Triunfo: queda de árvores;

- Encantado: queda de árvores;

- Pelotas: queda de árvores;

- Capão do Leão: residências com danos no telhado e queda de árvores;

- Arroio Grande: residências com danos no telhado e alagamentos em algumas residências na Vila Santa Isabel;

- Butiá: queda de telhado de uma quadra de futebol. Dois feridos, ambos estáveis.

Uma operação realizada nesta terça-feira, 17, pela Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo prendeu ao menos três policiais civis e um delegado por suspeita de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Veja abaixo o que se sabe sobre a ação.

A ação é resultado do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC e consequência da delação do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator assassinado no Aeroporto de Guarulhos.

Segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, o objetivo é desarticular a organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção passiva e ativa). Os policiais são suspeitos de envolvimento com o PCC e foram citados pelo delator.

Quem foi preso?

Um delegado e três policiais civis foram presos. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba.

O Estadão apurou que entre os presos está o delegado Fábio Baena, além dos investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Marcelo Ruggieri e Marcelo Bombom. O policial Rogério de Almeida Felício, também alvo, está foragido. Além deles, a operação ainda prendeu quatro pessoas apontadas como os principais responsáveis pela lavagem de dinheiro da facção.

Quem é o delegado Fábio Baena?

Fábio Baena e o investigador Eduardo Lopes Monteiro atuaram no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. Eles foram responsáveis por investigar Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do PCC executado no Aeroporto de Guarulhos. Ambos são citados na delação dele ao MP-SP.

Qual a relação dos suspeitos com o delator do PCC morto?

Áudio revelado pelo Estadão pouco após a execução traz a conversa entre o delator e dois homens identificados como agentes do DHPP, que seriam justamente Baena e Lopes Monteiro. A gravação teria sido feita por Gritzbach enquanto ele era investigado pelo assassinato do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, e seu segurança Antonio Corona Neto, o Sem Sangue.

No meio do áudio, uma pessoa identificada como Baena promete ajudar o delator do PCC: "Na audiência, eu já falei, se precisar de mim, a gente vai conversar com o advogado. Eu te ajudo lá, fica tranquilo." Para a defesa do acusado, o áudio era um indício de que os policiais sabiam que estavam acusando Gritzbach injustamente, a fim de proteger os verdadeiros culpados pela execução.

À época em que a reportagem foi publicada, os advogados do delegado Fábio Baena e do investigador Eduardo Monteiro alegaram que as declarações do delator "foram objeto de ampla investigação conduzida pela Corregedoria da Polícia Civil e, arquivada, à pedido do próprio Ministério Público, o que veio a ser ratificado e confirmado em recurso apreciado pela Procuradoria Geral de Justiça."

Os suspeitos devem responder por quais crimes?

Os investigados, de acordo com suas condutas, podem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão.

O que dizem as defesas dos envolvidos?

À frente da defesa de Baena e Lopes Monteiro, o escritório Bialski Advogados Associados afirmou, em nota, que a prisão dos dois se constitui em "arbitrariedade flagrante". "Ambos compareceram espontaneamente para serem ouvidos e jamais causaram qualquer embaraço às repetidas investigações", disse. A reportagem tenta contato com a defesa dos outros citados.

O que foi apreendido?

Nos endereços dos alvos, a PF apreendeu diversos armamentos, malas de dinheiro e joias.

O filho mais velho da médica da Marinha do Brasil Gisele Mendes de Souza, morta após ser baleada dentro de um hospital naval na zona norte do Rio de Janeiro na semana passada, defendeu uma mudança nas políticas de segurança pública no Brasil. Na avaliação do jovem, o País deve diminuir medidas de confronto e investir em ações de educação e assistência social para reduzir a influência do tráfico de drogas em favelas.

Em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, Carlos Eduardo Mello, conhecido como Cadu, repudiou a violência no Rio de Janeiro e pediu que governantes foquem em soluções de longo prazo e que visam a paz.

"Política pública não pode ser só confronto, a gente tem que pensar como acabar essa guerra. A guerra existe há anos, qual a ideia para a gente buscar a paz? Porque se a segurança pública for só guerra, não é segurança, tá morrendo bandido, tá morrendo policial, tá morrendo mãe, tá morrendo criança", disse Cadu. "Gostaríamos de ver uma perspectiva, que não vemos, de que essas coisas parem de acontecer. Não dá para ser só isso pelo resto da existência."

Gisele foi atingida por um tiro na cabeça na manhã de terça-feira, 10, chegou a ser socorrida pelos médicos que estavam no local e passou por uma cirurgia, mas não resistiu. Na ocasião, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Lins realizavam uma operação e entraram em confronto com supostos criminosos da Comunidade do Gambá.

"Eu não estou falando de abraçar a árvore, do fundo do meu coração, estou falando de abraçar minha mãe no fim do dia, de todo mundo abraçar o filho no fim do dia. Estou falando de pragmatismo. Como é que a gente busca a paz, de verdade? Do jeito que está há 40 anos, não está dando certo", afirmou Cadu no programa.

Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar informou que a UPP Lins realizava uma operação nas comunidades do Complexo do Lins quando, na Comunidade do Gambá, os policiais foram atacados por criminosos. "Posteriormente o comando da unidade recebeu informações sobre uma vítima ferida dentro do Hospital Marcílio Dias. O policiamento segue reforçado no local", disse. Não foi identificado, até o momento, a quem pertencia a arma de fogo que realizou o disparo.

"Ninguém está seguro na cidade do Rio. Eu fiz 30 anos este ano e eu não me lembro de algum momento eu não viver em uma lógica de guerra na cidade, sabe? De ter bandidos armados, em confronto com a polícia, e a gente não vê, de verdade, uma outra proposta para além do confronto", completou Cadu.

O filho mais novo da médica, Daniel Mello, preferiu não participar da entrevista ao programa de televisão por estar muito abalado pela morte da mãe. Nas redes sociais, ele lamentou a morte da médica. "De coração partido, com fé que Deus sabe de tudo. Vá em paz, mãe, que seus guias sabem de tudo", escreveu. O jovem, estudante de arquitetura, comemorava seu aniversário de 22 anos no dia em que a mãe faleceu.