'Ainda Estou Aqui' é indicado ao London Critics' Circle Film Awards

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Ainda Estou Aqui foi indicado ao 45° London Critics' Film Awards, prêmio de crítica mais respeitado no Reino Unido. O anúncio aconteceu na manhã desta quinta-feira, 19.

O filme de Walter Salles concorre na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira, competindo com Tudo que Imaginamos Como Luz, Emilia Pérez, Kneecap e La Chimera.

Nesta semana, o filme avançou para a lista de pré-selecionados do Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional. Ainda Estou Aqui também concorre nos Prêmios Goya, conhecidos como o Oscar espanhol.

O filme concorre na categoria de Melhor Filme Internacional no Satellite Awards, onde Fernanda Torres também foi indicada a Melhor Atriz em Filme de Drama. O longa de Walter Salles também concorre ao prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira no Critics Choice Awards 2025.

No Globo de Ouro, Ainda Estou Aqui está na disputa pelo prêmio de Melhor Filme em Língua Não Inglesa, e Fernanda Torres concorre ao prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama.

Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva sobre a mãe, Eunice Paiva (1929 - 2018), o filme conta a história da mulher que criou seus cinco filhos e se tornou advogada de direitos humanos após o desaparecimento do marido e assassinato do marido, Rubens Paiva (1929 - 1971), durante a ditadura militar.

Em outra categoria

Entre as cidades do Brasil com maior proporção de migrantes, não há nenhuma capital ou grande centro urbano. Itapoá, em Santa Catarina, Santa Cruz do Xingu, em Mato Grosso, Chapadão do Céu, em Goiás, estão entre as cidades com as taxas mais altas de moradores vindos de fora, conforme dados divulgados pelo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 27.

A expansão do agronegócio ajuda a explicar o interesse pelo Sul e pelo Centro-Oeste nos últimos anos. Somado a isso, o reforço desse setor econômico tende a aumentar a oferta de emprego em outras áreas, como no funcionalismo público e no comércio local.

Também pesam a possibilidade do trabalho remoto e um movimento de troca de grandes metrópoles por cidades menores, em busca de mais qualidade de vida.

Por outro lado, algumas regiões mais saturadas, como São Paulo e Rio de Janeiro, registraram saldo migratório negativo - saiu mais gente do que entrou entre 2017 e 2022, período de comparação feito pelo Censo.

Localizado no litoral norte de Santa Catarina, na divisa com o Paraná, Itapoá tem 7,4 mil migrantes em uma população de 30,7 mil - um em cada quatro moradores veio de fora.

Importante ponto turístico do Estado, a cidade também se destaca pela presença de um terminal portuário estratégico para a infraestrutura de transporte e logística local.

Distante 994 quilômetros da capital Cuiabá, na divisa entre Mato Grosso e Pará, Santa Cruz do Xingu tem apenas 2.661 habitantes - e 590 imigrantes.

Marcada pelo agronegócio, principalmente a agricultura, e pela presença da cultura indígena, o pequeno município foi criado apenas em 1999 a partir do desmembramento de São José do Xingu.

Na porção sul de Goiás, bem perto da divisa com o Mato Grosso do Sul, Chapadão do Céu cresceu a partir do intenso fluxo migratório de produtores do Sul na segunda metade do século passado. Hoje, a cidade de 12 mil habitantes - com quase 3 mil migrantes - se destaca na produção de grãos.

Ao lado de outros municípios, abriga o Parque Nacional das Emas, conhecido por sua vasta área de Cerrado e pela sua importância como área de conservação da biodiversidade.

Dona da maior orla catarinense, com 23 km de extensão, Balneário Gaivota pertence à região turística conhecida como Caminho dos Cânions, que engloba 15 municípios no extremo sul do estado.

Além das praias e lagoas, a região é rica em ecoturismo, com trilhas, cachoeiras. O turismo impulsiona o comércio, a construção civil, serviços e a hotelaria. Da população de aproximadamente 15 mil pessoas, cerca de 3,3 mil são migrantes.

Nos últimos anos, o município tem atraído moradores de diferentes regiões, especialmente do Rio Grande do Sul e do interior catarinense.

O Sudeste vê mais moradores saírem do que entrarem pela primeira vez desde 1991, quando o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou esse tipo de medição. O balanço negativo foi de 121 mil pessoas entre 2017 e 2022, conforme os dados divulgados nesta sexta-feira, 27.

O Sul, por sua vez, registrou a maior diferença positiva entre novos residentes e moradores que deixaram a região (362 mil). Esse aumento no chamado saldo migratório é impulsionado por Santa Catarina, que teve o maior balanço positivo do País, superando São Paulo.

Em três décadas, o território paulista também registrou esse movimento inédito: mais gente saiu do que entrou pela primeira vez.

Depois do Sul, o segundo maior saldo migratório é do Centro-Oeste. Já o Nordeste, historicamente terra natal de grandes contingentes de trabalhadores em busca de novas oportunidades, tem queda no ritmo de emigração.

O avanço do agronegócio ajuda a explicar o interesse pelo Sul e pelo Centro-Oeste. Além disso, o reforço desse setor econômico tende a aumentar a oferta de emprego em outras áreas, como no funcionalismo público e no comércio local.

Também pesam a possibilidade do trabalho remoto e um movimento de troca de grandes centros urbanos por cidades menores, em busca de mais qualidade de vida. Nas metrópoles, como São Paulo, a insegurança pública e as falhas na mobilidade estão entre as principais queixas.

O Censo revela essas mudanças na origem dos migrantes. Para os empregos na agroindústria e na construção civil em Santa Catarina, por exemplo, os nordestinos eram o principal público vindo de fora.

Agora o Censo revela fluxo forte vindo do Pará, que já responde por quase 9% dos novos moradores. Entre as cidades de mais apelo, estão Joinville e Itajaí.

Em muitos casos ganha força um movimento de retorno de nordestinos. "Os migrantes do Sudeste para o Nordeste são fluxos metrópole-interior. Pessoas que saem das metrópoles do Sudeste e vão para o interior, cidades não metropolitanas. Isso está relacionado ao crescimento econômico no Nordeste", diz Luís Magalhães, coordenador adjunto do Observatório das Migrações da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Em Florianópolis e arredores, o misto de belas praias, segurança e entretenimento também atrai nômades digitais e idosos, o que dá à região o apelido de "Flórida brasileira", Estado para onde muitos americanos vão depois da aposentadoria.

Já no Centro-Oeste, a atração é puxada por Goiás (saldo migratório de 186 mil) e por Mato Grosso (saldo de quase 104 mil).

A unidade da federação que destoa das demais na região é o Distrito Federal, com mudança expressiva para Goiás - metade das pessoas que emigraram de Brasília no período do Censo, teve o Estado vizinho como destino.

É possível que isso leve á criação de uma região metropolitana próxima ao Distrito Federal, com preços mais baixos de aluguel e menor concentração urbana.

O êxodo do Sudeste é puxado pelo Rio de Janeiro, que teve saldo migratório negativo de 165 mil. Nos últimos anos, a população do Estado tem sido impactada por sucessivos episódios de violência urbana e crises na indústria do petróleo, da qual a economia fluminense é bastante dependente.

Um vazamento de óleo no Rio Ribeira de Iguape fez cidades do Vale do Ribeira, na divisa entre São Paulo e Paraná, emitirem comunicados aos moradores da região sobre os riscos de contato e consumo da água devido ao acidente ambiental.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape (CBH-RB) informou ter recebido denúncia formal da prefeitura de Adrianópolis, no Paraná, e da prefeitura de Itaóca, em São Paulo, sobre um vazamento de substância oleosa ainda não identificada. A substância teria saído do município de Adrianópolis e escoado até alcançar o leito do Rio Ribeira do Iguape, gerando risco ambiental significativo.

O CBH-RB, então, encaminhou a denúncia às autoridades competentes nos âmbitos federal e estadual. O Rio Ribeira abastece e sustenta diversas cidades do Vale do Ribeira.

A Prefeitura de Eldorado, em comunicado divulgado nas redes sociais, informou sobre o acidente ambiental e pediu à população que evite qualquer contato com a água do rio.

A Prefeitura de Iporanga alertou que, em caso de manchas ou alterações, a Defesa Civil ou a Secretaria do Meio Ambiente deveriam ser comunicadas.