Morre fundador do Sebo do Messias, um dos maiores e mais tradicionais sebos de SP

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Morreu na manhã desta quinta-feira, 19, Messias Antonio Coelho, fundador do Sebo do Messias, tradicional ponto de compra e venda de livros usados no centro de São Paulo. Messias faria 84 anos no próximo dia 2 de janeiro e morreu de insuficiência cardíaca.

A morte foi confirmada por Cleber Aquino, funcionário do Sebo do Messias há mais de 22 anos. O sepultamento será nesta sexta-feira, 20, às 13h, no Cemitério Congonhas (Rua Min. Álvaro de Sousa Lima, 101 - Jardim Marajoara São Paulo/SP).

Mineiro, Messias chegou em São Paulo em 1964, aos 23 anos. Começou a vida na capital paulista como ajudante de garçom. Foi o sogro quem o incentivou a vender livros. Primeiro de porta em porta. Quando um dos seus clientes morreu, ele viu a oportunidade de comprar a sua biblioteca com 5 mil itens. Nascia aí o Sebo do Messias, fundado em 1969.

Hoje, a loja tem mais de 3 milhões de itens, incluindo raridades e os livros que estavam no estoque da Saraiva, que teve a sua falência decretada em 2023. As duas filhas do livreiro seguirão tocando o negócio.

Apesar da morte do seu fundador, o Sebo do Messias está de portas abertas nesta sexta-feira. "Estou com a porta aberta a pedido dele, que para mim, foi como um segundo pai. O conforto é que vivemos bem, somos todos muito unidos... e sempre seremos. O nome dele perpetuará por décadas, e isso iremos garantir", disse Cleber Aquino, emocionado.

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A cidade de São Paulo entrou em estado de atenção no início da tarde desta sexta-feira, 10, conforme o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura. As chuvas vieram acompanhadas por forte ventania. O trânsito também ficou congestionado por razão do temporal.

Conforme o órgão municipal, as áreas de instabilidade se formaram por causa da aproximação de uma frente fria. "Há potencial para precipitação de moderada a forte intensidade, que virão acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e queda eventual de granizo. Este cenário aumenta o potencial para a formação de alagamentos, quedas de árvores e transbordamento de rios e córregos da capital e região metropolitana de São Paulo", afirma o CGE.

As precipitações devem ser mais intensas também no sábado, 21, assim como na quarta-feira, 25, dia de Natal. Com isso, as temperaturas também devem ficar mais amenas.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo também disse que um temporal provocou quedas de várias árvores em Várzea Paulista, na tarde desta sexta-feira. O caso mais grave foi na Avenida das Lélias, no Jardim Bahia, onde uma árvore caiu sobre fiação energizada. A Defesa Civil interditou a via e acionou equipes da companhia CPFL para a realização de serviço de manutenção no local.

Trânsito na cidade de SP

As chuvas também trouxeram impactos no trânsito da capital paulista. No início da tarde, havia 162 quilômetros de congestionamento na zona oeste. São 145 quilômetros de lentidão na zona leste, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Na zona sul, são 129 quilômetros de congestionamento.

Conforme o monitoramento, os menores índices de lentidão estão no centro e na zona norte, com 49 e 100 quilômetros de lentidão respectivamente.

Medidas simples podem amenizar os efeitos dos alagamentos:

- Evite transitar em ruas alagadas;

- Se a chuva causou inundações, não se aventure a enfrentar correntezas;

- Fique em lugar seguro. Se precisar, peça ajuda;

- Mantenha-se longe da rede elétrica e não pare debaixo de árvores. Abrigue-se em casas e prédios;

- Planeje suas viagens, para que haja menor possibilidade de enfrentar engarrafamentos causados por ruas bloqueadas;

- Em caso de dúvida sobre vias bloqueadas, ligue para a central de atendimento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) através do número 156 ou entre no site da CET para saber como está o trânsito nas principais vias.

O governo de São Paulo afastou o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Fábio Pinheiro Lopes, após o policial ter sido citado na delação do empresário Antônio Vinicius Gritzbach, envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em depoimento em setembro, Gritzbach, assassinado no começo de novembro, disse que repassou dinheiro ao seu advogado para subornar o delegado e outras autoridades.

Pinheiro Lopes, conhecido como Fábio Caipira, chamou o afastamento de "injustiça". Ele estava à frente do Deic quando Gritzbach era investigado pelo assassinato de Anselmo Santa Fausta, vulgo Cara Preta, um dos líderes do PCC. O delegado afirma que a investigação sobre Gritzbach foi feita "na mais estrita legalidade" e diz que ele "jamais obteve qualquer vantagem".

A medida, conforme a Secretaria da Segurança Púbica, foi tomada para "garantir a isenção das investigações". Além de Lopes, foi afastado o delegado Murilo Fonseca Roque, hoje em atuação em São Bernardo do Campo, região metropolitana. Segundo depoimento de Gritzbach, Roque também seria um dos destinatários de propina paga pelo delator quando era titular do 24º Distrito Policial (Ponte Rasa), no começo de 2022. A defesa do policial não foi localizada.

A delação de Gritzbach cita também o deputado estadual Delegado Olim (PP). Ele teria participado, ao lado de Lopes Pinheiro e Roque, de um reunião com o advogado do empresário, segundo o depoimento. O defensor, Ramsés Gonçalves, teria cobrado R$ 5 milhões do delator, sendo R$ 800 mil para honorários e o restante (R$ 4,2 milhões) supostamente para pagar propina. Olim nega as acusações e diz que nunca manteve contato próximo ou imediato com o delator.

"Me encontrei com esse advogado apenas uma vez, por poucos minutos, em 29 de abril de 2022", afirmou Pinheiro Lopes em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 2, na região central de São Paulo. "Ele chegou à minha sala perguntando sobre o caso (de Gritzbach) e eu o encaminhei ao delegado responsável", disse. "Não recebo advogado de bandido."

Lopes disse que ainda não foi informado formalmente sobre o seu afastamento do cargo e recebeu a notícia pela imprensa. O diretor está de férias e apenas teria sido convocado para uma conversa no seu retorno, em janeiro. "Também não sei mais se quero ficar na linha de frente", disse. "Não vale à pena: ver meus filhos chorando por uma injustiça como essa."

Em nota enviada mais cedo à reportagem, o delegado afirmou que, durante as investigações sobre o homicídio de Cara Preta, Gritzbach foi indiciado, foi pedida a decretação de sua prisão e o bloqueio de seus bens, entre eles imóveis, um helicóptero e dois barcos.

"O passaporte dele continua apreendido no Deic até hoje. Além disso, os dois apartamentos que esse criminoso alegou terem sido usados para pagar propina estão em nome do próprio advogado Ramsés e da filha dele. A declaração dele (Gritzbach) é, portanto, cabalmente desmentida pelos fatos", afirmou.

Na delação, Gritzbach contou que o advogado Ramsés Gonçalves passou a representá-lo no começo de 2022. Na época, segundo o depoimento, o advogado disse que teria feito reunião com o deputado Olim e com os delegados Murilo Roque e Fábio Lopes. O advogado teria cobrado R$ 5 milhões do delator: R$ 800 mil para honorários e o restante (R$ 4,2 milhões) supostamente para pagar propina.

O delator afirmou que, como forma de pagamentos, ele teria dado dois apartamentos e "diversos cheques". Ainda teria entregue uma quantia em espécie (valor não especificado) e feito transferência de R$ 300 mil. Não fica claro se todo o valor foi pago.

"Ou Gritzbach deliberadamente faltou com a verdade para obter vantagens em seu acordo de delação premiada, ou foi enganado pelo advogado Ramsés, o qual aliás possui diversos registros por crime de estelionato", disse Pinheiro Lopes.

Já o advogado Ramsés Gonçalves refutou as acusações. "Nunca contribuí direta ou indiretamente para corromper agentes públicos, tampouco usei de influência para tal", afirmou, por meio de nota. Também disse "não ter tratado em momento algum sobre a investigação do Sr. Vinicius com os agentes públicos mencionados na denúncia".

Ainda conforme o defensor, Gritzbach "procurou fazer mau uso de instituto sério da contribuição premiada para desviar o foco das investigações que pairavam sobre si, bem como para se promover financeiramente, já que com ela teve todos seus bens desbloqueados e passou a ter uma vida normal, mesmo confesso da prática dos mais diversos crimes".

Delegada solicita desligamento da Corregedoria

Além do afastamento de Pinheiro Lopes e de Roque, a delegada Rosemeire Monteiro de Francisco Ibanez solicitou o desligamento da Corregedoria da Polícia Civil e se colocou à disposição da instituição para seguir em outro setor. A mudança que deve ser efetivada na próxima semana, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

Como mostrou o Estadão, ela é tia de Eduardo Lopes Monteiro, um dos três investigadores presos nesta semana pela Operação Tacitus, incursão feita pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo. A ação foi resultado do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC e consequência da delação de Gritzbach.

Entre os presos, além de Monteiro, estão o delegado Fábio Baena e os investigadores Marcelo Ruggieri e Marcelo Bombom. O policial Rogério de Almeida Felício, também alvo, está foragido. Além deles, a operação ainda prendeu quatro pessoas apontadas como os principais responsáveis pela lavagem de dinheiro da facção.

Os dois temporais que atingiram a Região Metropolitana de São Paulo na tarde desta sexta-feira, 20, deixaram pelo menos 260,6 mil consumidores da Enel SP sem energia elétrica. O montante equivale a 3,14% da base de clientes da empresa em sua área de concessão no Estado.

A maior parte dos consumidores sem energia está na capital paulista, com 183,9 mil interrupções.

Osasco tem 35,5 mil, Carapicuíba 2,4 mil, Cotia 7,1 mil e Barueri 7,4 mil.

Outras cidades bastante afetadas foram: Itapecerica da Serra, com 9,6 mil imóveis sem luz; Jandira, com 4,8 mil e Cajamar com 2,1 mil interrupções.

A informação consta no site da empresa, com atualização até às 16h59.