Ex-BBB Gabriel Santana diz ter sido alvo de operação policial por engano

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O ator Gabriel Santana, ex-participante do BBB 23, contou ter sido alvo de uma operação policial por engano. Gabriel contou, de forma bem-humorada, sobre o ocorrido em um vídeo publicado no Instagram no início da semana. O ator afirmou ter sido abordado por dois policiais em sua casa na semana anterior à postagem do relato.

"Imagina você ser acordar e ser recebido com duas armas apontadas para a sua cabeça?", iniciou Gabriel. Segundo ele, os policiais estavam em busca de um suposto casal de traficantes que teria vivido no apartamento em que mora atualmente.

No dia, o ator disse ter acordado às 6h da manhã por conta de compromissos marcados. Ele, então, foi surpreendido com batidas em sua porta. "Eu falei: 'Como assim tem alguém batendo na minha porta? Tem que ser alguém do prédio, um síndico, um funcionário... Porque não passou pela portaria, não me interfonaram'", relatou.

Ao abrir a porta, ele se deparou com dois homens armados. "No desespero, fui para trás. Muito dramático, cena de filme. Me joguei na parede e falei: 'Calma, gente, pelo amor de Deus'", disse. Conforme o ator, os policiais tinham um mandado de busca e apreensão para entrar no apartamento.

Gabriel foi questionado se já havia tido passagem pela polícia e se reconhecia o casal de traficantes, o que ele negou. "Depois que eles viram que estava 'de boa', eles começaram a perguntar da minha vida pessoal. Perguntaram a minha profissão e eu falei dos projetos que eu vou lançar agora em 2025, perguntaram o valor do meu apartamento, como era a minha vizinhança", contou.

O ator, por fim, brincou sobre ter atendido a porta vestindo apenas uma cueca. "Essa é a moral da história de hoje: sempre atenda a sua porta vestido", disse.

Assista ao vídeo com o depoimento de Gabriel clicando aqui.

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A Secretaria Municipal de Saúde do Guarujá, no litoral de São Paulo, informou neste sábado, 4, que o tempo de espera nas unidades de atendimento voltou "praticamente ao normal" e que a onda de infecções gastrointestinais "parece já ter deixado a cidade".

Nos últimos dias, moradores e turistas apresentaram sintomas de virose e enfrentaram dificuldade para conseguir atendimento e remédios nos hospitais e farmácias da cidade.

"Fomos para o Guarujá em sete pessoas. Todas ficaram mal", contou a engenheira civil Carolina Simões, de 28 anos.

No dia 1º, a fila de espera na unidade de pronto atendimento (UPA) Enseada chegava a 4 horas e, na unidade da rodoviária, a 2 horas e 40 minutos.

Neste sábado, o tempo foi de 1 hora e 20 minutos e de 40 minutos, respectivamente, segundo a prefeitura.

"O reforço da estrutura, com mais médicos, enfermeiros e estações para aplicação de soro, deu resultado. Hoje, as salas de emergência e soroterapia dos prontos-socorros estão vazias, não há mais filas e as Unidades de Saúde da Família apresentam fluxo de pessoas dentro da normalidade", disse em nota o coordenador da Vigilância Sanitária do Guarujá, Marco Chacon.

Na sexta, 3, a prefeitura informou ter acionado a Sabesp sobre o risco de possíveis vazamentos de esgoto.

A gestão municipal também aguarda os resultados das análises de amostras enviadas ao Instituto Adolfo Lutz.

"Queremos descobrir a origem da virose, que começou ainda antes do Natal, e só os laudos trarão essa resposta. A onda de infecção agora migrou para as cidades vizinhas, o que é muito comum em casos de viroses causadas, provavelmente, por norovírus, transmitidos por água contaminada", acrescentou Chacon.

Como mostrou o Estadão, o governo de São Paulo ainda não tem a dimensão do surto de virose no litoral e se há uma fonte de contaminação em comum entre os municípios - a Praia Grande, por exemplo, também observa o aumento de casos com o mesmo perfil.

Recomendações

A prefeitura do Guarujá reforçou que, mesmo com a melhora no cenário, é preciso redobrar alguns cuidados básicos:

- lavar sempre as mãos;

- evitar alimentos crus ou lavá-los muito bem;

- evitar produtos de origem duvidosa ou expostos ao sol;

- certificar-se da procedência do gelo e da água consumidos nas praias;

- e evitar aglomerações e locais fechados.

Para aqueles que se contaminaram, são recomendados repouso e hidratação.

Se os sintomas persistirem por mais de 12 horas, a orientação é procurar atendimento médico.

A rede de saúde pública de Florianópolis registrou um aumento no número de pacientes com virose. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os registros das últimas semanas estão acima da série histórica, que considera uma média dos casos confirmados no mesmo período nos últimos cinco anos.

De acordo com Ana Paula Corrêa, chefe da divisão de doenças de transmissão hídrica e alimentar da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), o aumento pode ser considerado um surto, que ocorre quando duas ou mais pessoas apresentam, em determinado período de tempo, sinais e sintomas similares.

A Dive e a secretaria ainda não sabem precisar os motivos para o aumento no número de casos, mas afirmam que o fenômeno já era esperado por conta do calor intenso e do fluxo de turistas.

Para se ter ideia, a população na capital catarinense é de cerca de 576 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a expectativa da prefeitura é de que a cidade receba mais de 2 milhões de pessoas até março.

Oscar Bruna-Romero, professor e pesquisador especialista em imunologia e microbiologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), afirma que esses surtos, detectados especialmente após o Réveillon, são frequentemente atribuídos a vírus transmitidos pela via oral-fecal.

Chamadas popularmente de viroses, as infecções que acometem o trato gastrointestinal também podem ser causadas por bactérias e, mais raramente, por protozoários.

Nos últimos anos, a principal causa dos surtos de verão foi o norovírus, diz Bruna-Romero. Tanto esse vírus quanto outros agentes causadores de viroses podem ser transmitidos pelo contato ou ingestão de pequenas quantidades de água de rio ou do mar contaminada com fezes humanas.

"Em algumas ocasiões, até gelo feito com água contaminada pode ser uma fonte de transmissão", afirma o pesquisador.

Sintomas

Entre os sintomas descritos por Corrêa estão dores abdominais, vômito, diarreia e, em alguns casos, febre.

O tratamento consiste na busca pelo alívio dos sintomas, repouso e principalmente hidratação, já que se perde muito líquido com os vômitos e a diarreia.

A secretaria de Saúde afirma que os casos são considerados de baixo risco e dificilmente evoluem para quadros mais graves, com necessidade de internação.

Cuidados

Para evitar a contaminação, a Dive recomenda atenção ao consumo de água, bebidas e alimentos de procedência desconhecida, além da higienização constante das mãos.

Outro ponto de atenção é a qualidade da água do mar ou dos rios, que deve ser própria para banho.

Os banhistas podem consultar quais praias estão adequadas no painel do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). A página é atualizada semanalmente e traz um panorama do litoral catarinense.

No último relatório, publicado na sexta-feira, 3, dos 238 pontos de coleta, 87 (36,5%) apresentavam água imprópria para mergulhos.

Ao menos quatro indígenas do povo avá-guarani ficaram feridos após serem baleados na noite da sexta-feira, 3, durante um ataque a uma área que é alvo de disputa de terras e fica localizada entre Terra Roxa e Guaíra, zona oeste do Paraná. Uma criança estaria entre os alvejados.

As vítimas foram atendidas pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e encaminhadas para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos feridos.

Em nota, o ministério afirmou que agentes da Força Nacional deslocaram-se, ainda na noite desta sexta-feira, para apoiar a situação e que há equipes de prontidão para reforçar o patrulhamento e proteger a comunidade.

O caso é investigado pela Polícia Federal, que afirmou que os disparos foram realizados por volta das 21 horas. O alvo foi uma comunidade indígena instalada nas proximidades do bairro Eletrosul, em Guaíra. "Forças de segurança pública federais, estaduais e municipais estiveram no local a fim de evitar a ocorrência de novos episódios de violência", disse.

A Polícia Federal informou ainda que "iniciou investigações para apurar a autoria e responsabilidade criminal dos envolvidos".

Na manhã deste sábado, 4, peritos criminais federais realizaram perícia no local do conflito. Ninguém foi preso até o momento.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), em nota publicada junto a outras entidades, afirmaram que os avá-guarani vêm sofrendo ataques na região de Guaíra pelo menos desde o dia 29 de dezembro. "Neste período, todas as noites, homens armados invadiram a comunidade Yvy Okaju (antigo Y'Hovy), na Terra Indígena (TI) Tekoha Guasu Guavirá, queimaram barracos, dispararam com pistolas, espingardas e rifles e lançaram bombas contra os indígenas, que estão aguardando pela conclusão da demarcação de suas terras", disseram.

Ao menos seis indígenas já teriam sido feridos por disparos de armas de fogo ao longo desses últimos sete dias, incluindo uma criança de 4 anos, afirmou a nota. As entidades também disseram que tem havido queima de casas dos avá-guarani e da vegetação da região. Segundo o pronunciamento, os ataques têm sido cometidos por homens encapuzados.

Em meio a essa situação, o MJSP determinou o aumento de 50% no efetivo da Força Nacional de Segurança Pública na área. "O reforço está em deslocamento e estará totalmente operacional ainda neste sábado", afirmou.

As investigações para identificar os autores dos disparos efetuados nesta sexta são conduzidas pela Polícia Federal, enquanto o policiamento ostensivo é realizado em conjunto pela Polícia Militar do Paraná e a Força Nacional de Segurança Pública.

"Diante do risco de novos ataques, equipes de prontidão e sobreaviso foram acionadas para intensificar o patrulhamento na área, reforçando a segurança e auxiliando na relocação de moradores para áreas mais protegidas dentro da aldeia", disse o ministério.

Equipes da Guarda Municipal e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) também estiveram na unidade de pronto atendimento para apoiar as ações de proteção e monitoramento.

"O MJSP reafirma seu compromisso com a mediação pacífica e a prevenção de conflitos. As ações adotadas já restabeleceram a ordem, e medidas preventivas estão em curso para evitar a escalada de tensões", disse a pasta. "O MJSP segue empenhado na proteção das comunidades indígenas e na garantia de seus direitos, respeitando suas culturas e promovendo a observância dos direitos humanos. Todas as ações estão sendo conduzidas com máxima prioridade para evitar a repetição de episódios de violência", acrescentou.

Ministério dos Povos Indígenas condena ataques

O Ministério dos Povos Indígenas condenou os atos de violência contra o povo avá-guarani. "O MPI acompanha a situação junto aos indígenas por meio do seu Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas e está em diálogo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para a investigação imediata dos grupos armados que atuam na região", disse, em nota.

A pasta afirmou que os avá-guarani são impactados pela invasão de não indígenas em seu território desde a década de 1930, além de serem "gravemente afetados" pela construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, nos anos 1980.

Disse ainda que, diante disso, eles "têm realizado retomadas de terras desde o fim dos anos 1990". "Atualmente, duas áreas ocupadas pelos avá-guarani estão em processo de regularização: a Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira e a Terra Indígena Ocoy-Jacutinga, esta última em fase de estudos", afirmou a pasta. "A Terra Indígena Tekoha Guasu Guavira teve seu Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação (RCID) publicado em 2018. Contudo, sob gestão do governo anterior, uma portaria da presidência da Funai de 2020 o suspendeu, mas esse ato administrativo foi revogado em 2023 pela atual presidenta do órgão, Joenia Wapichana, de modo que o RCID segue válido", disse.

E acrescentou: "O MPI enfatiza que a instabilidade gerada pela lei do marco temporal (lei 14.701/23), além de outras tentativas de se avançar com a pauta, como a PEC 48, tem como consequência não só a incerteza jurídica sobre as definições territoriais que afetam os povos indígenas, mas abre ocasião para atos de violência que têm os indígenas como as principais vítimas."