Imprensa internacional destaca Fernanda Torres como 'grande surpresa' do Globo de Ouro

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Globo de Ouro reconheceu o trabalho de Fernanda Torres, que desbancou as atrizes Pamela Anderson, Angelina Jolie, Nicole Kidman, Tilda Swinton e Kate Winslet na categoria Melhor Atriz em Filme de Drama em cerimônia realizada neste domingo, dia 5.

Por conta disso, a brasileira, que interpreta Eunice Paiva no filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, ganhou destaque na imprensa internacional, que, no geral, classificou sua vitória como uma grande surpresa.

O Los Angeles Times, por exemplo, chama a vitória de Fernanda Torres como "a maior reviravolta" do Globo de Ouro 2025. Já a revista Vanity Fair, que em novembro fez um elogioso perfil da atriz brasileira, destacou o discurso de Fernanda Torres ao receber a premiação.

A The Hollywood Reporter também destacou a surpresa da escolha. "Fernanda Torres derrotou um grupo cravejado de estrelas indicadas ao prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama", registrou a publicação.

O New York Times também classificou a premiação de Fernanda Torres como "inesperada" e analisou que a disputa pelo Oscar ficou ainda mais difícil de prever depois desta surpresa. O Oscar será entregue no dia 2 de março, mas as indicações ao prêmio já serão reveladas em 17 de janeiro.

O Washington Post ressaltou que a atriz brasileira estava em uma disputa acirrada. "Mas Fernanda Torres superou todas elas, vencendo por seu papel em Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, como uma mulher lutando contra o desaparecimento forçado de seu marido na ditadura militar brasileira", escreveu a repórter Sonia Rao, que destacou também o discurso de improviso que Fernanda Torres fez ao receber a premiação.

Em outra categoria

Ao indiciar o vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Mangue, por suspeita de lavagem de dinheiro, a Polícia Federal (PF) defendeu punição exemplar para o político.

"O Brasil não pode servir de refúgio ou destino para dinheiro fruto de crimes cometidos no exterior", diz um trecho do relatório de indiciamento.

O Estadão pediu posicionamento da Embaixada da Guiné Equatorial, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto, O espaço segue aberto.

A investigação aponta que Mangue usou empresas de fachada para comprar uma cobertura duplex no Jardim Paulista, em São Paulo, em 2007, avaliada na época em R$ 15,6 milhões.

Detalhes do inquérito foram revelados pelo repórter Fábio Serapião, do Portal Metrópoles, e confirmados pelo Estadão, que também teve acesso ao relatório da Polícia Federal.

O apartamento passou anos em reforma. Uma das exigências teria sido a construção de um espaço para boate. As obras teriam custado R$ 75 milhões, valor que a Polícia Federal classificou como "descomunal".

Na garagem do prédio, mantinha uma frota de carros de luxo - Masseratti, Mercedes, Porsche, Lamborghini e Land Rover.

Teodorin, como é conhecido, é filho do ditador Teodoro Obiang, que está no poder há 40 anos. Segundo a PF, ele leva um estilo de vida "extravagante".

A Embaixada da Guiné Equatorial alegou no processo que o imóvel tem uso diplomático e teria sido comprado para acomodar autoridades do alto escalão do governo em visitas ao Brasil.

Além da compra do apartamento, outro episódio levou ao indiciamento do vice-presidente. Em setembro de 2018, ele usou o passaporte diplomático para entrar no Brasil com US$ 1,4 milhão em dinheiro e cerca de US$ 15,4 milhões em relógios de luxo. O avião presidencial pousou no aeroporto de Viracopos, em Campinas, em viagem não oficial.

A PF suspeita que tanto o imóvel quanto os relógios tenham sido comprados com dinheiro de corrupção na Guiné Equatorial. Provas compartilhadas por autoridades de quatro países - Estados Unidos, França, Suíça e Portugal - foram usadas na investigação da Polícia Federal. Em meio ao material, havia documentos sobre a compra do imóvel em São Paulo.

A investigação, aberta em 2018, foi concluída no ano passado. Com base nas provas e no relatório de indiciamento da PF, o Ministério Público Federal denunciou Teodorin por lavagem de dinheiro. O processo tramita na 6.ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Uma brasileira de 32 anos morreu na sexta-feira, 3, ao cair da janela de um apartamento no 4º andar de um prédio na província de Breda, na Holanda. Ela estava com o namorado, um holandês de 53 anos com quem morava.

Ele disse à polícia que ela se pendurou na janela, desequilibrou-se e caiu. A família dela afirma que o relacionamento era abusivo e suspeita que ele tenha jogado a namorada pela janela. A identidade dele não foi divulgada.

Taiany Caroline Martins Matos, de 32 anos, nasceu em Brasília, era pedagoga e desde 2019 morava na Bélgica. Segundo a família relatou em redes sociais, a brasileira falava vários idiomas, gostava muito de viajar e se mudou para a Europa em busca de uma vida melhor. Inicialmente trabalhou em uma pizzaria, e há três meses conheceu esse holandês. Foi então morar com ele no país europeu e deixou de trabalhar, segundo a família porque ele não permitia.

Em novembro, Taiany fez aniversário e ganhou de presente uma viagem ao Brasil. Chegou em 14 de novembro e, no período em que permaneceu com a família, foi bastante vigiada pelo namorado, que não permitia que ela saísse de casa, relatam familiares. Embora os parentes tenham tentado convencer a pedagoga a permanecer no Brasil, ela alegou que gostava do namorado e que pretendiam se casar. Em 27 de dezembro Taiany se despediu da família e voltou para a Holanda.

A brasileira e o namorado passaram o réveillon em Paris e, ao voltar para a Holanda no dia 2, ela saiu com amigas - contra a vontade do namorado, segundo as amigas contaram aos familiares de Taiany. Ele teria ligado diversas vezes para a namorada durante a noite e madrugada. Para tranquilizar a brasileira, suas amigas a acompanharam até o apartamento em que ela morava com o holandês e ficaram até as 10 horas da sexta-feira.

Depois disso, já sozinha com o companheiro, a brasileira chegou a telefonar para as amigas e dizer que estava com medo, mas o que aconteceu no apartamento é um mistério.

Vizinhos do imóvel afirmam ter ouvido alguém gritar "não faça isso, não faça isso" e disseram que "parecia que alguém estava sendo atacado", segundo relatos publicados pelo jornal BN DeStem.

A família de Taiany afirma que a polícia holandesa registrou o caso e, numa investigação de apenas um dia, concluiu que a queda não foi criminosa, admitindo a versão do namorado da brasileira. O Estadão tenta contato com as autoridades holandesas para saber se esse foi o encaminhamento dado à investigação.

A família lançou uma vaquinha para conseguir o translado do corpo de Taiany, que vai custar cerca de 7 mil euros (pouco mais de R$ 44 mil, em valores desta terça-feira).

A reportagem consultou o Ministério das Relações Exteriores sobre a morte da brasileira, mas a pasta não havia se manifestado até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

O prefeito de Osasco, Gerson Pessoa (Podemos), afirmou nesta terça-feira, 7, em entrevista à Rede Globo, que está "sem entender ainda o que de fato aconteceu" no caso em que o guarda civil municipal Henrique Marival de Souza, de 46 anos, matou a tiros o secretário-adunto de Segurança e Controle Urbano de Osasco, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos.

Os disparos foram efetuados no início da noite desta segunda-feira, 6, após reunião dentro da sede da Prefeitura de Osasco - o prefeito não estava por lá no momento. Souza se entregou à polícia após o ocorrido e, nesta terça, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça paulista.

"A gente está muito triste com tudo o que aconteceu", disse Pessoa. "Dentro do possível, (estamos) prestando toda a solidariedade, todo o apoio aos familiares, apoiando toda a polícia na investigação e internamente aqui, abrimos uma sindicância para apurar também os fatos. Dentro do possível, estamos tentando voltar à normalidade para que possamos seguir os nossos trabalhos."

O prefeito também prestou homenagens ao secretário. "Era um servidor com quase 30 anos de casa, então imagina só com o tanto de trabalho que ele contribuiu, não só para a cidade, mas aqui para a prefeitura como um todo", disse Pessoa. A prefeitura de Osasco decretou luto oficial de três dias após o assassinato de Adilson Custódio Moreira.

Como mostrou o Estadão ainda nesta segunda, informações preliminares indicaram que o guarda Henrique Marival Souza se revoltou com uma mudança de funções decidida pela sua chefia e anunciada por Moreira. Além da sindicância aberta pela prefeitura, o caso também é investigado pela Polícia Civil.

Essa hipótese foi reforçada nesta terça-feira pelo comandante da Guarda Civil Municipal de Osasco, Erivan Gomes. "Houve um descontentamento da parte dele por sair de uma função burocrática administrativa, que ele estava em uma escala de segunda a sexta, das 8h às 17h, e passaria a executar uma escala de 12 por 36 - trabalhar 12 horas e descansar 36", disse.

O velório do secretário adjunto da prefeitura de Osasco começou às 8 horas da manhã desta terça, restrito a amigos e parentes, na sede da gestão municipal. Às 10h, foi aberta ao público. O enterro de Adilson Custódio Moreira, de 53 anos, está previsto para as 17 horas no Cemitério Bela Vista.