Aprovada por Conselho, demolição do anexo do Espaço Augusta de Cinema é suspensa pela Justiça

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A Justiça de São Paulo suspendeu a demolição do anexo do Espaço Augusta de Cinema, que havia sido aprovada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), no começo de dezembro. O cinema fica localizado na Rua Augusta, no centro da capital paulista, e foi vendido em 2022 para a incorporadora Vila 11, que o transformará em um prédio comercial.

Procurada, a incorporadora não se manifestou. A Prefeitura de São Paulo disse que foi notificada da decisão e tomará as medidas cabíveis.

"A Prefeitura de São Paulo reconhece a importância histórica e cultural do Anexo do Espaço Augusta de Cinema e ressalta que a autorização concedida para o local ocorreu após rigorosa análise técnica do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), que garante a preservação da fachada do espaço."

No dia 2 de dezembro, o Conpresp deu à empresa o aval para a demolição das salas 4 e 5 do Anexo do espaço sob algumas condições sendo, uma delas, apresentar e obter aprovação de um novo projeto para o cinema que funcionará no local, conforme explicado pela Secretaria Municipal de Cultura, na época.

No entanto, essa decisão do Conpresp foi anulada pelo juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara de Fazenda Pública, em ação movida pelo Ministério Público. O magistrado afirmou que o projeto aprovado pelo Conpresp atende às funções de um cinema de rua e apresenta valor arquitetônico, "porém necessita de adaptações para garantir que sejam preservados os usos enquadrados como Zepec-APC, assim como a acessibilidade universal em seus espaços".

A venda do tradicional espaço cultural paulistano provocou protestos de cinéfilos e frequentadores do cinema, que não queriam o fim das atividades. O Ministério Público paulista abriu um inquérito para barrar a demolição, sob o argumento de, no caso de fechamento do local, haveria o risco ao patrimônio histórico e cultural à cidade.

Em março de 2023, o espaço passou a ser reconhecido como Zonal Especial de Preservação Cultural - Área de Proteção Cultural (Zepec-APC), o que obrigou a construtora a incluir as salas de cinema como fachada ativa no projeto do empreendimento.

"Considerando que a imediata demolição dos espaços pode causar dano de incerta e difícil reparação, presentes requisitos legais e com o intuito de preservar o patrimônio cultural e imaterial da Cidade de São Paulo, defiro a tutela de urgência para determinar a suspensão imediata da autorização de demolição das salas 4 e 5 do cinema localizado na Rua Augusta, no 1470, 1474 e 1478, deferida na 811a reunião do CONPRESP, realizada no dia 02 de dezembro de 2024", escreveu Oliveira. A decisão foi assinada no dia 10 de dezembro.

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No decorrer desta quarta-feira, a expectativa é de muitas nuvens, aberturas de sol e tempo abafado. "Entre o início e o fim da tarde, a combinação de calor e entrada da brisa marítima forma áreas de instabilidade que provocam chuva em forma de pancadas inicialmente isoladas com intensidade moderada a forte e acompanhadas de descargas elétricas", afirma o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo.

Há potencial para rajadas de vento, formação de alagamentos, quedas de árvores, além de possibilidade de queda de granizo.

Na quinta-feira, 9, o cenário se repete com muitas nuvens e poucas aberturas de sol pela manhã.

"À tarde as pancadas de chuva acontecem com até forte intensidade e potencial para rajadas de vento e formação de alagamentos", acrescenta o CGE.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo reforça que o tempo deve ficar abafado durante o dia no interior paulista e as temperaturas mais agradáveis na faixa leste paulista.

À noite, a chuva fica mais concentrada no litoral paulista, deixando os acumulados um pouco mais significativos.

Cerca de 52 mil imóveis da capital e Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) continuam sem energia elétrica na manhã desta quarta-feira, 8. De acordo com a Enel Distribuição São Paulo, o fornecimento, no entanto, foi restabelecido para 92% dos 650 mil clientes impactados pelo forte temporal registrado na terça-feira, 7.

"A empresa reforçou antecipadamente suas equipes em campo e os técnicos seguem trabalhando de forma ininterrupta para normalizar o fornecimento de energia", disse a companhia.

Durante as chuvas, a ventania de até 80km/h arremessou telhas sobre duas linhas de transmissão da companhia.

"Além disso, a empresa registrou outras ocorrências graves em diversos pontos, incluindo a queda de galhos, árvores e postes, o que causou a destruição de trechos inteiros da rede elétrica", afirma a Enel.

Segundo o Corpo de Bombeiros, foram abertos 187 chamados para quedas de árvores na capital paulista e região metropolitana.

Também foram feitas seis notificações para desabamentos e dois pedidos de auxílio para enchentes.

Não há informações de vítimas.

A Enel SP atualizou para 250 mil o número de clientes sem energia elétrica em sua área de concessão, após o temporal que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde desta terça, 7. No início da tarde, a concessionária chegou a registrar 650 mil clientes impactados pelo evento climático.

Segundo a Enel, a normalização de parte desses consumidores ocorreu em meia hora, e até as 19h pelo menos 400 mil unidades consumidoras tiveram o serviço normalizado.

A empresa informou, ainda, que a chuva que causou danos à rede elétrica teve ventos de até 80 quilômetros por hora (km/h). As regiões mais afetadas pelo evento foram as zonas sul e leste da capital paulista, e parte da região do ABC.