Revista 'Variety' aposta em Fernanda Torres como indicada ao Oscar de Melhor Atriz

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro esquentou a corrida para o Oscar e aumentou as apostas na atriz com a imprensa internacional. A revista americana Variety realizou uma previsão na quinta-feira, 9, de quem fará parte da categoria Melhor Atriz no maior prêmio do cinema, e colocou a protagonista de Ainda Estou Aqui, longa de Walter Salles, como uma das indicadas.

Para o veículo, o Globo de Ouro deu "dicas cruciais" sobre as performances da temporada: "Na categoria de drama, com celebridades como Angelina Jolie (Maria) e Nicole Kidman (Babygirl) que tinham predileção para ganhar, a atriz brasileira Fernanda Torres surpreendeu ao levar o prêmio pelo drama de língua não-inglesa Ainda Estou Aqui".

E completou: "A vitória deu a Torres um impulso crucial em uma categoria que é notoriamente difícil para artistas internacionais em segurar a atenção do Oscar."

Para a revista, Pamela Anderson, pela vitória no SAG Awards com The last Showgirl, e Demi Moore, com o Globo de Ouro em A Substância, também fazem parte da acirrada disputa, além de Cynthia Erivo para o musical The Wicked.

Os indicados para o Oscar serão anunciados no dia 19, após adiamento por conta dos incêndios florestais em Los Angeles.

Confira todas as apostas para a categoria de Melhor Atriz, segundo a Variety:

- Demi Moore - A Substância

- Cynthia Erivo - The Wicked

- Mikey Madison - Anora

- Karla Sofía Gascón - Emília Perez

- Fernanda Torres - Ainda Estou Aqui

Em outra categoria

Um estudante de 19 anos morreu após ser assaltado na madrugada deste domingo, 12, na Rodovia Oswaldo Ortiz Monteiro, altura do município de Canas, no interior de São Paulo. Ele fazia romaria ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

É ao menos o segundo caso registrado no último final de semana. No sábado, 11, um soldado da PM que também participava de romaria foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) na Rodovia Presidente Dutra, em Lorena.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o estudante e um amigo seguiam pela via a pé quando foram abordados por dois indivíduos que anunciaram o assalto.

Gustavo Henrique Pereira dos Santos teria reagido e foi baleado. O óbito constatado no local. Os autores fugiram levando o telefone da outra vítima, de 18 anos.

O caso foi registrado como latrocínio pela Delegacia de Guaratinguetá. As diligências seguem para identificar e prender os suspeitos.

Gustavo era aluno da Faculdade de Ciências Humanas do Estado de São Paulo (FACIC), em Cruzeiro. A Instituição lamentou a morte do rapaz em postagem nas redes sociais.

"Com profundo pesar, a FACIC comunica o falecimento do aluno Gustavo Henrique dos Santos Pereira. Expressamos nossas sinceras condolências aos familiares e amigos, desejando força e conforto neste momento difícil."

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (13) que o Círculo de Ministros de Finanças da COP30 vai apresentar cinco prioridades para ampliar o financiamento aos países em desenvolvimento. Ele participa de um encontro preparatório para a COP, o chamado "Pré-COP", na capital federal.

As cinco prioridades são: aumentar o financiamento concessional e os fundos climáticos; reformar os bancos multilaterais de desenvolvimento; fortalecer as capacidades domésticas e as plataformas de país, ampliando a atratividade de capital sustentável; promover inovação financeira e mobilizar o setor privado; e aprimorar os marcos regulatórios do financiamento climático.

Junto ao relatório, o círculo também vem trabalhando em iniciativas estratégicas para a agenda da COP30, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), a Coalizão Aberta para Integração dos Mercados de Carbono, e a Supertaxonomia para garantir a compatibilidade entre taxonomias nacionais para investimentos sustentáveis.

"Essas iniciativas traduzem, de forma prática, o que o Círculo tem defendido: cooperação, inovação e escala para transformar ambição em resultados concretos", disse Haddad.

O relatório final será apresentado esta semana em Washington, nos Estados Unidos, durante os encontros anuais do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI). Tanto o texto, como a Agenda de Ação da COP serão debatidos em São Paulo, no começo de novembro, e formalmente apresentados na COP, em Belém (PA).

Haddad reforçou que ainda serão apresentadas contribuições, do Ministério da Fazenda, à construção do "Mapa do Caminho de Baku a Belém para US$ 1,3 trilhão". Esse documento indicará quais os caminhos para a garantia do financiamento de US$ 1,3 trilhão anuais, até 2035, aos países em desenvolvimento. Os valores são, por exemplo, para a implementação de ações de redução de emissão de gases de efeito estufa.

No ano passado, na COP em Baku (Azerbaijão), foi estabelecido que os países desenvolvidos devem "assumir a liderança" no fornecimento de, pelo menos, US$ 300 bilhões anuais até 2035, muito aquém do que é considerado necessário. O Brasil vai apresentar, junto com o Azerbaijão, um "mapa do caminho" para alcançar a meta de US$ 1,3 trilhão.

O vice-presidente Geraldo Alckmin cobrou "comprometimento" internacional com ações para combater a mudança do clima, no último grande encontro prévio à COP30, que ocorre em novembro em Belém do Pará.

O vice-presidente abriu nesta segunda-feira, 13, a reunião ministerial pré-COP com negociadores de 67 delegações estrangeiras. Alckmin ocupa interinamente a presidência devido à viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Roma.

"Estamos comprometidos e esperamos o comprometimento da comunidade internacional", disse Alckmin.

Preocupação com compromissos

A reunião ocorre no momento em que o Brasil, como país anfitrião da COP30, manifesta decepção e pressiona publicamente os países a apresentarem suas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

As metas de redução de emissões de gases do efeito estufa são um compromisso assumido no âmbito do Acordo de Paris. Na semana passada, durante entrevista coletiva, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, admitiu "frustração" com o ritmo da entrega das NDCS.

"A apresentação pelos governos de NDCs alinhadas ao objetivo de até 1,5°C do Acordo em Paris é sinal decisivo de seu compromisso com o combate à mudança do clima e o reforço do multilateralismo", afirmou Alckmin.

Até o momento, grandes emissores, como a União Europeia, ainda não divulgaram seus compromissos, o que tem preocupado a presidência brasileira. Outro ator importante, a China, anunciou sua NDC durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York, mas ainda não detalhou o documento.

A COP30 ocorre após 10 anos da assinatura do Acordo de Paris, quando os países-membros vão rever seus compromissos para responder à mudança do clima. Dos 196 países da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), apenas 62 apresentaram as novas NDCs até agora.

Até o dia 23 de outubro, o órgão da ONU pretende apresentar o relatório síntese que mostra se as novas metas estabelecidas voluntariamente serão ou não suficientes para atender ao objetivo de manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5º.

A presidência da COP30 tem realizado uma série de consultas aos países para acelerar a apresentação das metas. A expectativa é chegar à COP-30 com pelo menos 100 NDCs apresentadas.

As reuniões da pré-COP serão importantes para intensificar o movimento de apresentação das metas. Além disso, há expectativa de que a presidência brasileira consiga pacificar temas com potencial de causar problema durante a COP30, como a cobrança feita por países em desenvolvimento por mais financiamento climático.

'Calcanhar de Aquiles'

Durante a abertura, o Secretário Executivo da ONU para Mudança do Clima, Simon Stiell, cobrou urgência e foco nas reuniões em Brasília. Ele relatou que já esteve no lugar de negociador e entende as pressões e as posições que precisam defender, mas os instou a ir além delas. Stiell ressaltou que as prioridades de todos precisam ser unificadas. "O caminho até Belém é curto, mas o potencial é vasto. Vamos fazer cada hora valer", disse.

"Devemos responder aonde nossos últimos e mais recentes compromissos nos levaram e descobrir como podemos preencher as lacunas de ambição e implementação. Implementar a ação adicional e áreas de suporte estabelecidas nos resultados do GST acordados em Dubai e na COP28 será um método chave para fazer isso", afirmou Stiell. "As NDCs são nosso calcanhar de Aquiles e agora devemos implementar plenamente a ação climática nas áreas nas quais mais conquistas podem ser feitas."

O secretário executivo da convenção-quadro afirmou ainda que os negociadores devem garantir que sejam alcançados os objetivos de financiamento acordados no ano passado, já que as presidências da COP29 e da COP30 entregarão um roteiro sugestivo sobre como atingir a meta de US$ 1,3 bilhão anuais e indicou o envolvimento necessário das instituições financeiras internacionais.

O valor estabelecido em Baku no ano passado - US$ 300 bilhões - foi considerado frustrante por diversos países. Por isso, a presidência brasileira reconhece a necessidade de novas discussões em assunto central, embora o tema não fosse previamente acordado como parte do programa da COP-30.

Ele disse que neste a necessidade de chegar a um acordo sobre os indicadores de adaptação, para rastrear o progresso na resiliência dos países.

Já o presidente da COP29, o azeri Mukhtar Babayev, ressaltou também a relevância dos indicadores de adaptação dos países e que "o financiamento à adaptação não é caridade, mas justiça climática".

Prioridades

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que coordena o Círculo de Ministros de Finanças, afirmou que o grupo vai entregar um relatório com cinco prioridades para ampliar o financiamento aos países em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas.

- Aumentar os fluxos de financiamento concessional e os fundos climáticos;

- Reformar os bancos multilaterais de desenvolvimento, tornando-os mais ágeis, integrados e aptos a catalisar capital privado;

- Fortalecer as capacidades domésticas e as plataformas de país, ampliando a coordenação institucional e a atratividade de investimentos sustentáveis;

- Promover inovação financeira e mobilizar o setor privado, com instrumentos que reduzam riscos e multipliquem o impacto dos recursos disponíveis;

- Aprimorar os marcos regulatórios do financiamento climático, garantindo integridade, interoperabilidade e transparência - e fortalecendo a confiança no sistema.