'Variety' aposta em três indicações para 'Ainda Estou Aqui' ao Oscar

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A revista americana Variety apostou em indicações para o Oscar 2025, que incluem o filme brasileiro Ainda Estou Aqui em três categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, para Fernanda Torres.

A aposta de Ainda Estou Aqui para Melhor Filme Internacional não é uma surpresa: o longa também entrou na categoria equivalente do Globo de Ouro (Melhor Filme de Língua Não Inglesa), mas perdeu para Emilia Pérez.

Fernanda Torres também é uma segurança. Ela ganhou o Globo de Ouro como Melhor Atriz Dramática, e desbancou Angelina Jolie, Nicole Kidman, Tilda Swinton e Kate Winslet.

Entretanto, a Variety aposta também na obra de Walter Salles para a principal categoria: a de Melhor Filme. A indicação da revista chega em sexto lugar, atrás de Emilia Pérez, e divide espaço com Anora, The Brutalist, Conclave, A Substância e Wicked, entre outras obras.

Considerado a maior premiação do cinema, o Oscar teve suas indicações atrasadas por conta dos incêndios florestais de Los Angeles (EUA). O anúncio ocorrerá na quinta-feira, 23, de forma virtual, às 5h30 da manhã no horário local (10h30 no horário de Brasília).

Confira a seguir as apostas completas da 'Variety' nas três categorias:

Melhor Filme

- Anora;

- The Brutalist;

- A Complete Unknown;

- Conclave;

- Duna: Parte Dois;

- Emilia Pérez;

- Ainda Estou Aqui;

- A Verdadeira Dor;

- A Substância;

- Wicked.

Melhor Atriz

- Cynthia Erivo (Wicked)

- Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez)

- Mikey Madison (Anora)

- Demi Moore (A Substância)

- Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui)

Melhor Filme Internacional

- Emilia Pérez, da França

- Flow, da Letônia

- Ainda Estou Aqui, do Brasil

- Kneecap, da Irlanda

- Vermiglio, da Itália

Em outra categoria

A Food and Drug Administration (FDA), agência americana semelhante à Anvisa, revogou a autorização de uso da eritrosina, também conhecida como corante vermelho número 3, em alimentos e medicamentos ingeridos. Os reguladores atenderam a uma petição de 2022, apresentada por dezenas de defensores da segurança alimentar e da saúde.

Segundo a FDA, alguns estudos mostraram que o corante artificial causou câncer em ratos de laboratório. As autoridades afirmaram que a decisão ocorre em respeito a uma lei dos EUA, a Cláusula Delaney, que exige a proibição de qualquer aditivo apontado como causador de câncer em pessoas ou animais.

Há quase 35 anos, a agência já havia vetado o uso desse corante sintético em cosméticos devido ao risco potencial de causar câncer.

O corante dá a certos alimentos e bebidas uma cor vermelho-cereja brilhante, e é encontrado em doces, bolos, cupcakes, biscoitos, sobremesas congeladas, glacês e coberturas, além de medicamentos ingeridos, como xaropes para tosse.

De acordo com o jornal americano The New York Times, ele pode estar presente também em "carnes" veganas, salsichas e shakes com sabor morango.

O corante já é proibido para uso em alimentos na Europa, Austrália e Nova Zelândia, exceto em certos tipos de cerejas, conhecidas por aqui como cereja marrasquino.

E no Brasil?

Questionada, a Anvisa informou que, no Brasil, a eritrosina pode ser usada em algumas categorias de alimentos e medicamentos. "Há estudos demonstrando a ocorrência de câncer em ratos machos expostos a altos níveis do corante, por um mecanismo hormonal específico dos ratos. Estudos realizados em humanos e outros animais não demonstraram tais efeitos", disse em nota.

De acordo com a agência brasileira, em 2018, um comitê de especialistas em aditivos alimentares da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) fez uma avaliação de segurança. "Eles concluíram que a exposição dietética não representava preocupação de saúde", afirmou. É o mesmo argumento usado pela International Association of Color Manufacturers, que representa os interesses das empresas que produzem esses aditivos e defende a eritrosina.

"As autorizações de uso de aditivos em alimentos e excipientes em medicamentos podem ser revistas a qualquer tempo, caso haja novas evidências que indiquem risco à saúde. Embora a FDA não mencione a existência de novas evidências e as evidências conhecidas não levantem preocupação de segurança para consumo humano, a Anvisa estudará as referências científicas da petição apresentada à autoridade americana, motivadora da ação, verificando a existência de justificativa para uma reavaliação", acrescentou a agência.

O que dizem os especialistas

A decisão da FDA foi comemorada por especialistas da área da saúde nos EUA. "É um ótimo primeiro passo para os EUA, mas, francamente, estamos realmente atrasados", disse ao The New York Times a pesquisadora Sheela Sathyanarayana, professora de pediatria na Universidade de Washington que estuda exposições ambientais que afetam a saúde das crianças.

Também ao Times, Thomas Galligan, principal cientista de aditivos e suplementos alimentares do Centro de Ciência no Interesse Público, ONG americana que defende os direitos dos consumidores, afirmou que a FDA tem um histórico de permitir produtos químicos mesmo depois do surgimento de evidências de danos. "Parte da razão para isso é que a agência não tem um sistema robusto para reavaliar a segurança de produtos químicos que já foram aprovados." (COM INFORMAÇÕES DA AP)

A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira, 17, um novo suspeito de ter auxiliado na fuga de um suposto olheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) que estava presente no Aeroporto de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, no dia da execução do delator Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos. O caso ocorreu em 8 de novembro do ano passado.

O estudante de Direito Marcos Soares Brito, de 23 anos, foi encontrado no Tatuapé, zona leste da capital. Ele foi preso temporariamente por tráfico de drogas e levado à sede do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Em seguida, ficou à disposição da Justiça. A reportagem entrou em contato com a defesa dele, mas ainda não obteve retorno.

Nesta sexta-feira, 16, foi detida também a modelo Jackeline Moreira, de 28 anos. Localizada em Itaquera, também na zona leste de São Paulo, ela também foi presa temporariamente por tráfico de drogas, com base em informações coletadas em quebra de sigilo telemático, segundo a investigação da Polícia Civil. O Estadão não conseguiu localizar a defesa de Jackeline.

Conforme a Polícia Civil, Marcos e Jackeline são suspeitos de auxiliar na fuga de Kauê Amaral Coelho, de 29 anos, apontado como olheiro do PCC no dia da morte de Gritzbach. "Eles também serviam como traficantes do Kauê", disse a delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP. Segundo ela, essas informações foram levantadas com base em quebra de sigilo telemático e de materiais coletados na casa de Kauê.

Como mostrou o Estadão anteriormente, gravações obtidas pela Polícia Civil mostram Coelho uma hora antes do pouso do avião em que estava Gritzbach. Pouco antes dos disparos, conforme a investigação, as imagens mostram ele apontando para o delator. Gritzbach foi morto na área de desembarque do terminal 2 do aeroporto com dez tiros de fuzil.

Nesta sexta, um homem suspeito de ser um dos atiradores, um policial militar da ativa, de 40 anos, foi preso em operação da Corregedoria da PM. Outros 14 agentes também foram presos na operação, incluindo dois tenentes. Eles integrariam um esquema de escolta para Gritzbach.

Kauê Amaral Coelho segue foragido. A suspeita da polícia é de que ele tenha fugido para o Rio de Janeiro antes de operação realizada ainda em novembro do ano ano passado, deflagrada após a Justiça decretar a prisão temporária do suposto olheiro, mas agora as investigações indicam que ele não está mais por lá. A Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) oferece recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações sobre ele.

Marcos já havia sido preso anteriormente, mas foi solto no dia seguinte

Marcos Soares Brito, detido nesta sexta, chegou a ser preso em dezembro do ano passado ao lado de seu tio, Allan Pereira Soares, de 44 anos, sob a acusação de porte ilegal de armas. Já na época, havia a hipótese de que o estudante poderia ter ajudado na logística do crime. Os dois, no entanto, foram soltos menos de 24 horas depois.

Segundo informações do boletim de ocorrência, somente com Marcos, teriam sido encontradas 110 munições de fuzis de calibre 7,62 mm e 5,56. Elas estariam na motocicleta do acusado e em um carro, que seria de propriedade de Allan, encontrado na zona leste.

Ao Estadão, o advogado Guilherme Vaz, que representa Marcos e Allan, afirmou na época que "durante a audiência ficou comprovado que tinha algo estranho na história da PM". Um dos pontos questionados por ele é que, após ser abordado em casa, Allan ligou para Marcos ir até lá.

"Como alguém vai ao encontro da polícia carregado de munições na moto?", questionou. A defesa afirmou na ocasião que ambos os clientes negam ser os donos das munições ou ter qualquer relação com o caso da execução de Gritzbach.

A decisão pela liberação dos dois se deu após audiência de custódia realizada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que indicou suposta irregularidade na prisão. Em documento obtido pelo Estadão, a juíza Juliana Pirelli da Guia afirmou que o flagrante se mostrou "irregular e ilegal".

Na época, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública, comentou o caso. "Não vamos baixar a guarda, vamos continuar trabalhando", disse. Ele ressaltou que, ao todo, foram apreendidos sete celulares durante a incursão. Interlocutores da polícia afirmaram que a expectativa era obter informações decisivas a partir dos aparelhos.

A matéria divulgada anteriormente foi divulgada com uma incorreção na idade e na data de aniversário da menina Betina Feldman, sobrevivente da queda de um helicóptero em Caieiras. Ela completou 12 anos de idade nesta sexta-feira, 17 - a matéria havia informado incorretamente que ela completaria 12 anos somente no sábado, 18. A informação tinha sido divulgada pela prefeitura de Americana e foi corrigida posteriormente com base nos dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Segue a matéria com o texto e o título corrigidos.

Betina Feldman, de 12 anos, sobreviveu a queda de um helicóptero em Caieiras, na Grande São Paulo, na noite desta quinta-feira, 16. Ela e o piloto da aeronave, Edenilson de Oliveira Costa, foram resgatados com vida na manhã desta sexta-feira, 17, após equipes de resgate localizarem o local do acidente. Betina faz aniversário nesta sexta.

A aeronave decolou do Jaguaré, na zona oeste da capital paulista, e tinha como destino o município de Americana, na região de Campinas, no interior do Estado.

Também no voo estavam os pais da criança, André Feldman e Juliana Elisa Maria Feldman.

O pai da menina era um empresário conhecido em Americana, no interior de São Paulo, sócio de uma empresa de apostas virtual.

Betina passou a noite na mata junto com o piloto até serem encontrados e resgatados. O piloto e a menina foram resgatados conscientes e encaminhados para atendimento no Hospital das Clínicas, na capital paulista.

Posteriormente, o casal foi encontrado sem vida próximo aos destroços do helicóptero.