'Ainda Estou Aqui': brasileiros fazem abaixo-assinado para dar Oscar a Fernanda Torres

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Os brasileiros se empenham ativamente na campanha para que Ainda Estou Aqui e Fernanda Torres saiam vitoriosos no Oscar. Após a indicação da artista à categoria de Melhor Atriz nesta quinta, 23, fãs passaram a promover um abaixo-assinado para que Fernanda receba o prêmio.

Sob o título "Deem o Oscar de Melhor Atriz para Fernanda Torres", a meta da campanha é chegar a um milhão de assinaturas. O abaixo-assinado foi criado em novembro, quando uma foto da atriz viralizou ao ser publicada no Instagram da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, mas ganhou um novo impulso após as indicações.

Apenas neste sábado, 25, 3.679 pessoas assinaram. Ao todo, o abaixo-assinado conta com 12.056 assinaturas. Confira a campanha em https://www.change.org/p/deem-o-oscar-de-melhor-atriz-para-fernanda-torres.

Como justificativa para criação do abaixo-assinado, os fãs afirmaram que "a entrega de Fernanda Torres ao papel de Eunice Paiva transcende barreiras culturais. Sua performance emocionante e impecável neste longa já tocou milhões de espectadores, batendo recordes de bilheteria, e merece ser reconhecida mundialmente".

Os criadores também falam em "reparação histórica" por Fernanda Montenegro. "[Ela] deveria ter ganhado o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação como Dora em Central do Brasil em 1998", diz a campanha.

Apesar do esforço dos brasileiros, os prêmios do Oscar não são escolhidos por votação popular, mas pelos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. A premiação ocorre no dia 2 de março. Veja como funciona a votação do Oscar aqui.

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Um motociclista de 27 anos foi encontrado morto neste domingo, 26, em Guarulhos, na Grande São Paulo, depois de ter sido arrastado por uma enxurrada e caído em um córrego na Avenida Panambi, no bairro Cidade Industrial Satélite de Cumbica, durante as chuvas do último sábado, 25, que atingiram a cidade.

Segundo informações da Prefeitura de Guarulhos, o caso aconteceu à noite, por volta das 20h15. "Havia alagamento na via e a vítima, sem possibilidade de determinar o limite da avenida, caiu no córrego e foi arrastada pela correnteza", informou a administração.

Os Bombeiros iniciaram as buscas da vítima no período da noite, mas tiveram que interromper as ações por volta de 0h10. As tentativas de localizar o motociclista foram retomadas na manhã deste domingo, como bote de salvamento e apoio da Defesa Civil da cidade.

O corpo foi localizado por volta das 10h. Conforme a Prefeitura, não informações ainda sobre a identidade da vítima e os parentes ainda não tinham sido localizados até a tarde deste domingo.

A ocorrência foi registrada como morte suspeita pelo 4°DP de Guarulhos. A Polícia Civil pediu a perícia no local e vai investigar o caso, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

A morte do motociclista é a 16ª em decorrência das chuvas no Estado de São Paulo desde o início da Operação Chuvas, que acontece entre 1° de dezembro e 31 de março, conforme balanço da Defesa Civil. Durante a mesma operação do ano passado, foram 18 mortes por conta dos temporais.

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontam que Guarulhos registrou um acumulado de 53 mm de chuva no último sábado. Foi o terceiro maior volume de precipitação do Estado no dia, atrás apenas da cidade de Ribeirão Preto (81 mm) e Mogi Das Cruzes (54 mm).

No último sábado, 25, o artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, de 73 anos, também foi encontrado sem vida dentro da própria casa, na Rua Belmiro Braga, em Pinheiros, bairro da zona oeste de São Paulo. Informações da Secretaria de Segurança Pública indicam que a residência foi invadida por uma enxurrada provocada pelos temporais da última sexta.

A entrada da água, segundo a pasta, teria sido facilitada após um carro, arrastado pela enxurrada, se chocar e quebrar o portão da casa de Tamanini. Um amigo do artista revelou ao Estadão que a vítima tinha acabado de instalar uma porta antienchente porque sofria de forma recorrente com as inundações neste período de fortes temporais.

No sábado, 25, o Governo de São Paulo fez um novo alerta para fortes temporais na capital e na Grande São Paulo por conta da chegada de uma nova frente fria na região. A previsão é de temporais com raios e fortes rajadas de vento. Por conta da possibilidade de um evento climático extremos, foi instalado um gabinete de crise que funcionará a partir da próxima segunda, 27, até terça-feira, 28.

O artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, de 73 anos, morador de Pinheiros, bairro da zona oeste de São Paulo, foi encontrado morto neste sábado, 25, após sua casa ser invadida por uma enxurrada provocada pelos fortes temporais que caíram sobre a capital na última sexta-feira, 25. A vítima residia na Rua Belmiro Braga, próximo ao Beco do Batman, tradicional ponto turístico paulistano que também foi bastante atingido pela tempestade - a terceira maior já registrada na cidade em 64 anos.

No entanto, ter a residência invadida pela água não era uma novidade na vida de Tamamini Netto. O amigo e dono da galeria que o representou durante quase toda sua carreira, Jacques Ardies, disse à reportagem que Rodolpho tinha acabado de instalar um portão de aço antienchente para tentar conter os problemas de inundação, comuns no endereço onde morava.

"A gente sempre ligava para ele para saber se estava tudo bem, se tinha perdido ou danificado alguma coisa", diz Ardies, dono da galeria Jacques Ardies, ao Estadão. "Ele morava em um sobrado, na parte de cima. Então, não costumava ser afetado. Mas, os vizinhos me contaram que ele foi checar algo no portão que tinha sido instalado. Foi quando bateu o carro e a água entrou na casa dele. Se ele tivesse ficado na parte de dentro, isso não teria acontecido", lamentou o amigo.

Nascido em 1951, em São Paulo, o artista plástico Rodolpho Tamanini Netto viveu toda a sua vida na capital paulista, com uma dedicação exclusiva às artes a partir dos 17 anos. Tinha um relacionamento estreito com a cidade, e usava dos principais endereços paulistanos como inspiração para seus quadros.

Na galeria de Tamanini há representações do Aeroporto de Congonhas, da Estação da Luz, do Vale do Anhangabaú, do Museu do Ipiranga e do Parque do Ibirapuera. Até mesmo um nascer do sol visto do Pico do Jaraguá, o ponto mais alto paulistano, foi tema de suas pinturas.

Entretanto, questões que o atingiam diretamente também viraram assunto para seus quadros. Um exemplo são as próprias consequências das chuvas, que foi retratada em uma obra de 2008, chamada "A Enchente". Na tela, Rodolpho Tamanini mostra a água que cai da chuva ganhando espaço na cidade e avançando sobre veículos e pessoas.

"O Rodolpho tinha uma conexão muito forte com a cidade, era uma pessoa bastante engajada e informada sobre os problemas de São Paulo. E pintava muito a realidade que vivia também", diz Jacques Ardies.

Legado como artista urbano

Tamanini era visto como um artista observador e extremamente criativo, com uma estética de pintura inconfundível. "Só de bater o olho no quadro, nós já sabíamos que era assinado por ele", diz o amigo, ao Estadão. "Ele vai ser sempre lembrado como um artista urbano, e terá um legado sensacional. Ele pintou se mostrando, mostrando sua visão sobre a cidade, sempre muito poético e alegórico", acrescenta Ardies.

Em site dedicado a Tamanini Netto, o artista é destacado por produções que privilegiam os céus gigantes, que acabam por proporcionar um contraste com os humanos da obras, muitas vezes representados em tamanhos pequenos e, em alguns casos, até imperceptíveis. Uma estética escolhida para dar maior "serenidade das suas paisagens", descreve o texto da página.

O pintor paulistano também tinha uma predileção por temas associados ao mar, vida litorânea, elementos da natureza e a periferia das cidades. "Ele gostava de representar a favela de uma forma alegre, com as pessoas sorrindo", lembra Ardies.

Rodolpho Manini Netto começou no ofício de artista no final dos anos 1960, antes mesmo de completar 18 anos, e realizou suas primeiras exposições entre 1970 e 1971.

Antes, no entanto, vendia seus quadros na Praça da República. Lá, foi descoberto pelo galerista Hélio Grimber, que passou a representá-lo e expor suas produções na galeria No Sobrado. Por conta do fechamento do espaço, Rodolpho Tamamini Netto passou a ser representado pela galeria de Jacques Ardies, em 1979, entidade da qual não se desvinculou mais.

Nas décadas seguintes, conseguiu trilhar uma carreira dedicada exclusivamente às artes, realizando mais de 30 exposições individuais e dezenas de exposições coletivas, muitas delas em territórios internacionais, como a França, Estados Unidos, Suíça, Alemanha e Holanda.

No Brasil, levou seus trabalhos para diferentes Estado, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, além, também, de chegar à Brasília, no Distrito Federal, todas em exposições feitas para apresentar os seus quadros apenas.

Em reconhecimento pelo talento que tinha, Tamanini Netto recebeu prêmios ao longo da sua trajetória.

Entre as honrarias, destacam-se as medalhas de ouro conquistadas no I Salão Nacional de Arte Popular de Embu, em 1978, e no XXI Salão de Arte de São Bernardo do Campo, em 1979. E levou também as medalhas de bronze no XVIII Salão de Arte de São Bernardo do Campo, em 1975, e no I Salão de Artes Plásticas de Bauru, em 1982.

"Ele teve uma carreira de sucesso, com muito prestígio. Pessoas colecionavam seus quadros", diz o Jacques Ardies, cuja maior admiração que nutria pelo amigo era a criatividade e o jeito único que encontrava para expressar o que via da cidade.

Por problemas de saúde, Rodolpho já não pintava há cerca cinco anos. Ele morava sozinho, na mesma casa em que viveu com os pais durante a vida e onde foi encontrado na manhã deste sábado. Ele não era casado e também não tinha filhos.

Uma chuva acompanhada de raios se espalha pelas zonas sul, leste e central da cidade de São Paulo neste domingo, 26. A capital entrou em estado de atenção para alagamentos por volta das 13 horas deste domingo, 26. A precipitação também é forte em municípios da região metropolitana, como São Bernardo do Campo. Nessa sexta-feira, 24, uma tempestade histórica deixou um morto, alagou ruas e inundou um trecho do metrô.

As chuvas se deslocam de oeste para leste, e se formaram ao sul da Grande São Paulo, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura da capital. Segundo as imagens do radar meteorológico, as precipitações ocorrem na forma de pancadas com até forte intensidade com raios e rajadas de vento principalmente na zona sul, e devem se espalhar pela região leste paulistana. Além das zonas sul, leste e sudeste, a Defesa Civil estende o estado de atenção para a Marginal Pinheiros.

Segundo a concessionária Aena, responsável pelo Aeroporto de Congonhas, não há registro de voos cancelados por causa da chuva. Na capital, também não há registro de número acima da média de imóveis sem energia elétrica, segundo balanço da Enel, responsável pela distribuição de energia.

O temporal, portanto, deve cair em regiões diferentes daquelas que foram castigadas pela tempestade histórica de sexta-feira, 24, que afetou principalmente as regiões norte e oeste. A tempestade, na véspera do aniversário da cidade, inundou ruas, arrastou carros e alagou a Estação Jardim São Paulo, da Linha 1-Azul do Metrô, que ainda opera apenas parcialmente por causa dos transtornos causados pela força das águas.

O artista plástico Rodolpho Tamanini Netto, de 73 anos, morreu após a enxurrada invadir sua casa em Pinheiros, na zona oeste. Ele, que morava sozinho em rua próxima ao Beco do Batman, havia acabado de instalar uma porta antienchente em sua residência. Parte do teto do Shopping Center Norte, na Vila Guilherme, desabou, mas não houve vítimas.

Vai chover nos próximos dias?

A previsão meteorológica indica que o forte calor registrado dos últimos dias vai diminuir a partir deste domingo, 26, com a ocorrência de chuvas típicas de verão até o fim do mês.

A segunda-feira, 27, deve começar com uma madrugada de céu nublado e há previsão de pancadas de chuva de moderada a forte intensidade à tarde. À noite, a precipitação diminui.

Na terça-feira, 28, a madrugada vai começar com céu nublado, pode haver pancadas rápidas de chuva no fim da manhã, mas com baixo potencial para a formação de alagamentos. Entre o meio e o fim da tarde com a chegada da brisa marítima, ocorrem pancadas de chuva de moderada a forte intensidade, mas que diminuem no início da noite.