Patti Smith atualiza estado de saúde após desmaio em show; apresentação de hoje está mantida

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Após passar mal e cair no palco durante um show em São Paulo, a cantora Patti Smith se manifestou e atualizou seus fãs sobre seu estado de saúde. A artista, que está com 78 anos, afirmou que tudo não passou de uma "tontura pós-enxaqueca". O relato foi feito na tarde desta quinta-feira, 30, no perfil do Instagram da compositora.

"Estou aqui para avisar a todos que estou bem. Um relato exagerado está sendo espalhado pela imprensa e pelas redes sociais", afirmou Patti. "Tive um pequeno incidente, saí do palco, voltei 10 minutos depois, falei com o público, disse estar bem e cantei para eles Wing e Because the Night".

Ainda segundo a nota publicada pela cantora, ela foi examinada por um médico após o show e não houve nenhum tipo de sequela. "Por favor, não aceitem nenhuma outra versão. Com todos os problemas do mundo, esse incidente não merece tamanha atenção. Agradeço a todos pela preocupação. Acreditem em mim, eu estou bem", finalizou.

Em nota, o Teatro Cultura Artística - onde o show aconteceu - se manifestou e afirmou que a apresentação marcada para esta quinta-feira, 30, está mantida. "Patti Smith e Soundwalk Collective se apresentarão hoje às 20h conforme planejado. A cantora encontra-se bem após um pequeno incidente na performance de ontem", afirmou o comunicado postado nas redes sociais.

Entenda o caso

A cantora passou mal e caiu durante sua performance com o grupo Soundwalk Collective em São Paulo nesta quarta-feira, 29, no Teatro Cultura Artística. Cerca de 690 pessoas estavam na plateia para assistir ao show Correspondences, onde a poeta do punk declama textos à frente de projeções e efeitos sonoros.

Com cerca de 30 minutos de apresentação, a cantora norte-americana de 78 anos desabou no chão e logo foi amparada pelos colegas de espetáculo. A apresentação precisou ser interrompida. Cerca de 15 minutos após a queda, Patti voltou ao palco, disse estar doente e precisar encerrar o show. Antes de se despedir, no entanto, ela cantou a canção Wing e o hit Because The Night.

Em sua agenda no Brasil, Patti também planeja inaugurar a exposição A Amazônia, que ficará aberta ao público entre os dias 1 e 8 de fevereiro na galeria Mendes Wood DM, na Casa Iramaia, no Jardins.

A cantora é um dos nomes mais importantes da história do rock. Seu álbum de estreia, Horses (1975), é considerado um dos melhores trabalhos da música pop no século 20. Referência também no ramo literário, ela já publicou títulos como Só Garotos, O Ano do Macaco e Um Livro dos Dias.

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O som das sirenes de emergência da Defesa Civil levou dezenas de pessoas a deixarem as suas casas na noite desta quinta-feira, 30, em Guarujá, na Baixada Santista, litoral de São Paulo. Mensagens de alerta de nível extremo também foram enviadas aos celulares de moradores. A chuva forte que atingiu a cidade durante a madrugada causou vários deslizamentos, destruiu uma moradia e deixou uma criança ferida.

As sirenes foram acionadas às 22h20 por determinação da prefeitura, após alerta emitido pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Defesa Civil. A cidade registrou 108 milímetros de chuva em 24 horas. Segundo a prefeitura, 22 pessoas passaram a noite na Escola Municipal Sergio Pereira, na Barreira do João Guarda, transformada em abrigo provisório.

Uma família com oito pessoas permanecia no local nesta quinta-feira, 30. Os demais desalojados foram transferidos para o albergue de uma unidade de acolhimento.

Durante o temporal, foram registradas 11 ocorrências, sendo três deslizamentos de terra: dois no Morro da Vila Baiana e um na Barreira do João Guarda. Na Vila Baiana, uma criança foi socorrida com ferimentos leves. Uma moradia em palafitas foi arrastada pelas águas na Rua Chafariz. A moradora foi resgatada pelos vizinhos.

A prefeitura informou que a escola continuará disponível para abrigar a população das áreas de risco. "Reforçamos que a Defesa Civil continua em alerta, com previsão de chuvas fortes a partir da tarde de hoje (quinta). Dada a situação do solo já muito encharcado, qualquer volume de chuva representa risco", disse, em rede social.

Além da Sérgio Pereira, as escolas municipais Paulo Freire, na Vila Santa Clara, e Paulo Clemente Santini, no Jardim Praiano, estão preparadas para receber os desalojados.

Mortes há cinco anos

Em março de 2020, a Baixada Santista foi atingida por fortes temporais que causaram inundações e deslizamentos, deixando 45 mortos. Destes, 34 eram moradoras do Guarujá e a maioria morreu durante um grande deslizamento de terra no Morro da Barreira do João Guarda, onde fica a escola que agora serve como abrigo para os desalojados. Segundo a prefeitura, a encosta do morro recebeu obras de contenção para reduzir os riscos de novos deslizamentos.

Aviso vermelho

Nesta quinta, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu o aviso vermelho (grande perigo) para o Litoral Norte de São Paulo. A previsão é de que, até a manhã desta sexta, 31, a chuva pode superar 100 milímetros na região. Pode chover com a mesma intensidade em todo o Vale do Paraíba, em áreas do Rio de Janeiro (Costa Verde e sul do estado) e no sul de Minas Gerais.

Já a Defesa Civil paulista emitiu o alerta para fortes chuvas em todo o Estado até domingo, 2. Estão em alto risco para alagamentos e deslizamentos todo o litoral paulista, de Ubatuba a Cananéia, além das regiões de São José dos Campos, Registro, Campinas, Sorocaba, Itapeva e a Grande São Paulo.

Em mais um exemplo da guinada conservadora da Câmara de São Paulo, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) apresentou projeto de lei para proibir a participação de crianças e adolescentes em eventos "que façam alusão ou fomentem práticas LGBTQIA+", mesmo com a presença dos pais ou responsáveis.

Para isso, ele quer proibir que vias públicas sejam interditadas e que os eventos passem a ser realizados obrigatoriamente em locais que permitam o controle da entrada do público. Na prática, as regras propostas por Nunes, se aprovadas, obrigariam a transferência da Parada do Orgulho LGBT+, tradicionalmente realizada na Avenida Paulista, para outro lugar.

"Vou sepultar a cultura woke em São Paulo. Há anos essa gente se vale de brechas legais e do politicamente correto para impor sua agenda, destruir famílias e roubar a inocência de nossos filhos. Esse tempo acabou. São Paulo é para todos, não para 'todes'", disse o vereador ao Estadão.

Procurada, organização do evento ainda não se manifestou. O espaço está aberto.

Rubinho Nunes também apresentou projetos para proibir a linguagem neutra em São Paulo - o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional no ano passado uma lei similar aprovada em Votorantim (SP) - e impedir que hospitais e clínicas da Prefeitura realizem procedimentos "relacionados a alteração de sexo, redesignação sexual, transgenitalização, tratamento ou terapia hormonal" em pessoas menores de 18 anos.

O texto propõe ainda que o Plano Municipal de Saúde siga o princípio de "plena garantia do direito à vida, desde a sua concepção", em uma tentativa de restringir o direito ao aborto na capital paulista.

Nunes reconhece que os projetos são polêmicos, mas aposta que a nova composição da Câmara, com mais vereadores de direita na comparação com a Legislatura passada, aumenta as chances dos projetos serem aprovados. O novo presidente do Legislativo, Ricardo Teixeira (União Brasil), disse em entrevista ao jornal O Globo que colocará projetos de lei em votação mesmo quando discordar das proposições.

"Eu tenho dois filhos gays, ponto. Então, já tem pauta que eu não concordo. É assim na Câmara: primeiro tem a CCJ, vai para o plenário, depois de aprovado pode virar lei. Eu voto contra, o outro vota a favor. Eu tenho falado pra todos: vou pautar tudo. Eu não quero ser rolha, não quero segurar nada", declarou ele.

Além da pauta de costumes, um grupo de parlamentares tem pressionado a Prefeitura por uma política cultural mais conservadora na capital. Os vereadores, que se intitulam "antiwoke" apresentarão uma lista de reivindicações na próxima semana ao secretário de Cultura, Totó Parente.

A Justiça de São Paulo determinou que a Prefeitura da capital pare de fazer a retirada de árvores de um bosque na Rua Sebastião Cortês, em Perdizes, na zona oeste. No local está sendo construído um condomínio de alto padrão, cujas obras o judiciário também pediu para serem suspensas. A decisão, em caráter liminar, foi publicada em 22 de janeiro e atende a um pedido da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente.

O órgão ajuizou uma ação civil pública alegando que a administração municipal tem removido árvores centenárias na área do bosque desde o último dia 16 de janeiro para abrir espaço para um empreendimento imobiliário, que não apresenta Alvará de Execução afixado em local visível.

Procurada, a Prefeitura afirmou que a autorização para o empreendimento foi amparada por estudos técnicos e na legislação vigente. "O documento autorizou a supressão de 94 árvores, mediante o plantio de 349 mudas de espécies nativas para compensação ambiental." Ainda de acordo com a gestão municipal, após decisão da Justiça, o Termo foi suspenso, e a Procuradoria Geral do Município estuda as medidas cabíveis.

Em nota, a construtora Namour, responsável pela obra, afirmou que o projeto contempla compensação ambiental integral e reparadora, "seja pelas 90 mudas de árvores previstas para o plantio interno (superior ao corte e remoção), seja pela conversão de 349 mudas de espécie nativa em depósito pecuniário junto ao FEMA, em total cumprimento ao compromisso firmado junto às autoridades competentes."

O condomínio será construído dentro de uma área de 2.280,88 m² e terá 55 unidades residenciais divididas em três torres - duas de nove pavimentos, com apartamentos do 1° ao 8° andar, e cobertura; outra de 10 pavimentos, também com moradias nos oito primeiros andares, e um duplex no 9° andar.

O Ministério Público argumenta que o local onde o empreendimento está sendo construído é coberto, em grande parte, por Vegetação de Preservação Permanente (VPP), com alguns trechos sendo Área de Preservação Permanente (APP). E afirma também que o terreno possui declives com mais de 17 graus, o que impede o parcelamento do solo de acordo com lei federal.

A Promotoria destaca ainda que o imóvel, localizado às margens do Córrego Sumaré, se encontra em área inundável, e que o terreno é classificado geomorfologicamente como cabeceira de drenagem, de acordo com a Carta Geotécnica do Município de São Paulo.

"As cabeceiras de drenagem constituem-se em áreas bastante frágeis. São áreas de concentração de águas pluviais caracterizadas por relevo mais íngreme que o entorno em forma de um semicírculo como um anfiteatro, com alto potencial erosivo e instável. Por estas características, exigem cuidados especiais na sua ocupação, principalmente quando da realização de cortes e aterros", diz a promotora Cristina Godoy de Araújo Freitas.

A liminar da Justiça também suspende o alvará concedido pelo município à incorporadora responsável, assim como o Termo de Compromisso Ambiental firmado para a intervenção no local. A Justiça determina que o município tem a obrigação de reavaliar a autorização levando em conta as discrepâncias apontadas em parecer técnico do Centro de Apoio à Execução (CAEx), órgão do Ministério Público de São Paulo.

Protestos de moradores e coletivos

O caso vem gerando protestos por parte de moradores e coletivos que defendem a preservação do bosque desde o último dia 16, quando as árvores começaram a ser cortadas. Grupos como o Amora e o Coletivo União Perdizes afirmam que a área verde é importante porque abriga árvores centenárias e de alto valor histórica, serve de habitação para fauna e sustenta a terra do desnível que caracteriza o terreno.

"Na contramão das políticas públicas que preservam as áreas verdes para combater os efeitos da mudança climática, é revoltante que empreendimentos imobiliários suprimam esta densa vegetação, ainda mais com o aval da prefeitura", disse o coletivo Amora, em protesto nas redes sociais.