Padre Marcelo Rossi faz alerta e mostra antes e depois da depressão: 'Tem cura'

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O padre Marcelo Rossi postou um antes e depois impressionante em sua conta no Instagram neste domingo, 2. A postagem fixada em sua página, que soma 10 milhões de seguidores, mostra o religioso em dois momentos: quando teve depressão e chegou a pesar 60 quilos, em 2016, e outra foto atual, em que aparece robusto e sorridente.

"Depressão tem cura. Glória a Deus. Cuidado do corpo, mente e espírito é essencial", escreveu na rede social. A publicação foi feita um dia após o Padre Fábio de Melo anunciar pausa nos shows para tratar depressão.

Foram muitos os comentários solidários ao bom momento do padre Marcelo, além dos milhares de compartilhamentos da mensagem. Até a tarde de domingo, eram mais de 8 mil registros.

Um dos seus seguidores reagiu: "Com certeza não é frescura, requer compaixão, empatia daqueles que nos cercam, para que tenhamos um ambiente propício para recuperação".

Confira a publicação aqui

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Em relatório global divulgado nesta quarta-feira, 12, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirma que a tuberculose permanece entre as doenças infecciosas mais letais do mundo: no ano passado, causou cerca de 10,7 milhões de novos casos e mais de 1,2 milhão de mortes.

Segundo a OMS, 87% das novas infecções em 2024 se concentraram em 30 países, oito deles responsáveis por 67% do total global: Índia (25%), Indonésia (10%), Filipinas (6,8%), China (6,5%), Paquistão (6,3%), Nigéria (4,8%), República Democrática do Congo (3,9%) e Bangladesh (3,6%).

Transmitida pelo ar, a tuberculose se espalha principalmente em ambientes com aglomeração. A doença afeta especialmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas, como rins e sistema nervoso. Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas mais frequentes incluem tosse com secreção, cansaço excessivo e emagrecimento acentuado. Em casos graves, ela pode causar complicações como a destruição do tecido pulmonar, levando à insuficiência respiratória.

"O fato de a tuberculose matar mais de um milhão de pessoas por ano, apesar de ser prevenível e curável, é simplesmente inadmissível. A OMS está trabalhando com os países para acelerar o progresso e alcançar a meta de eliminação da doença até 2030", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, em nota.

Algumas regiões, porém, apresentam sinais de melhora. Entre 2015 e 2024, o continente africano registrou redução de 28% na incidência e de 46% nas mortes por tuberculose. Na Europa, as quedas foram de 39% e 49%, respectivamente. Nesse período, mais de 100 países conseguiram diminuir as taxas de incidência em pelo menos 20%, e 65 registraram queda de 35% ou mais nas mortes relacionadas à doença.

A recuperação global, no entanto, ainda ocorre de forma lenta. Entre 2023 e 2024, a taxa mundial de novos casos caiu apenas 2%, enquanto as mortes diminuíram 3%. A OMS alerta para desafios de financiamento e desigualdades no acesso ao diagnóstico e ao tratamento.

O relatório estima que o tratamento contra a tuberculose tenha salvado 83 milhões de vidas desde 2000. Em 2024, 8,3 milhões de pessoas foram diagnosticadas e iniciaram tratamento, o equivalente a 78% dos que adoeceram no período. No mesmo ano, 5,3 milhões de indivíduos com alto risco receberam terapia preventiva, acima dos 4,7 milhões de 2023.

A OMS também divulgou, pela primeira vez, dados sobre proteção social nos 30 países com alta carga da doença - estratégia que busca mitigar os determinantes sociais relacionados ao quadro. A cobertura varia de 3,1% em Uganda a 94% na Mongólia, e 19 países têm níveis inferiores a 50%. O levantamento decorre de compromissos assumidos em reunião de alto nível da ONU sobre tuberculose, em 2023.

Fatores de risco

O relatório também chama atenção para fatores de risco que impulsionam a epidemia, como desnutrição, HIV, diabetes, tabagismo e consumo de álcool, além de questões estruturais, como pobreza e dificuldade de acesso a serviços de saúde. No Brasil, embora o País não esteja entre os que concentram mais casos segundo a OMS, foram registrados 84.308 novos diagnósticos no último ano. Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou que quase 40% das infecções no país têm origem em transmissões iniciadas no sistema prisional, o que evidencia a importância de enfrentar desigualdades estruturais.

"O que vemos nas prisões são, em sua maioria, pessoas negras e pardas, de baixa renda e escolaridade, que acabam expostas a condições que aumentam o risco de adoecimento", disse o infectologista Julio Croda, um dos responsáveis pelo estudo brasileiro, em entrevista ao Estadão no último ano.

Financiamento

Nesse ponto, o cenário é preocupante. O investimento global está estagnado desde 2020 e, em 2024, apenas US$ 5,9 bilhões foram destinados à prevenção e ao diagnóstico e tratamento, abaixo da meta anual de US$ 22 bilhões prevista para 2027. A OMS alerta que a manutenção desse subfinanciamento pode levar a até 2 milhões de mortes adicionais e 10 milhões de novos casos entre 2025 e 2035.

A pesquisa também sofre com falta de recursos. Em 2023, o financiamento para inovação em tuberculose atingiu apenas 24% da meta definida pela OMS, chegando a US$ 1,2 bilhão. A organização afirma liderar esforços para acelerar o desenvolvimento de novas vacinas.

O portão principal do espaço onde ocorre a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30) em Belém foi fechado na manhã desta sexta-feira, 14, por causa de um protesto de indígenas Mundurukus em frente à zona azul, onde ocorrem as negociações. A entrada para a conferência da ONU está sendo feita por uma entrada lateral.

Ao menos duas dezenas de carros da Polícia Militar, bombeiros e agentes da Força Nacional estão de guarda. A manifestação ocorre um dia após o secretário para o Clima das Nações Unidas, Simon Stiell, cobrar o governo brasileiro, em uma carta, por melhorias no esquema de segurança e na infraestrutura para o evento ambiental, que teve 56 mil inscritos. O Ministério da Casa Civil afirma estar tomando providências.

Na noite de terça-feira, 11, um grupo de indígenas e integrantes do Coletivo Juntos, ligados ao PSOL, tentou acessar a área restrita a credenciados e foram contidos pela segurança. Os manifestantes conseguiram ultrapassar o sistema de raio X, mas foram parados por um bloqueio antes de acessarem o local. Dois seguranças ficaram feridos e portas da entrada foram quebradas.

A jornalista Thais Borges viralizou nas redes sociais na última semana após encontrar uma reportagem assinada por ela mesma em uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no último domingo, 9. A questão de Ciências Humanas citava um trecho de um texto escrito por ela em 2021 para o jornal Correio 24 horas.

Thais relata que já tinha feito a maior parte da prova quando viu a questão 48, do caderno branco. Num primeiro momento, ela gostou do fato de a pergunta citar a Universidade Federal da Bahia. "A prova do Enem desse ano teve muita questão sobre a Bahia. Eu, enquanto baiana, me encontrei muito nas coisas que estavam ali", conta.

Em seguida, Thais checou a referência e viu o nome do jornal Correio 24 horas, onde trabalha. "E aí eu fui ver o nome do autor, o autor era eu, Borges T. Borges não é um sobrenome muito incomum, mas aí eu fui olhar o texto e falei 'meu Deus, sou eu mesma, sou eu de verdade'", diz.

Repórter há 13 anos, Thais se lembra do texto que escreveu ainda em 2021, durante a pandemia de covid-19. A reportagem tratava do medo que a população enfrentava de viver um novo apagão no Brasil após o blecaute que afetou Salvador em setembro daquele ano.

Depois de ler um trecho do próprio texto citado na prova, Thais conta que sentiu vontade de rir e conversar com outras pessoas da sala, mas se conteve, já que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) proíbe qualquer interação entre os candidatos durante a prova.

"Eu fiquei muito nervosa quando eu vi. Eu realmente tremi. Imagina o susto, eu tinha ido para a prova sem esperar nada e, de repente, eu me li lá. Eu precisei respirar um pouco, eu fiquei muito nervosa e, ao mesmo tempo, feliz. Eu queria dar risada, queria falar, comentar com alguém. Eu lembro que eu olhei para o lado, tinha uma menina, mas depois pensei: 'não, espera aí, a fiscal está ali, eu não posso fazer muita coisa'. Eu perdi uns quatro minutos nisso, para me acalmar", afirma.

Depois de se acalmar, Thais seguiu para outras questões e deixou a pergunta por último. "Eu fiquei com muito medo de errar na hora, então respirei um pouco e fiz toda a prova de Humanidades. Só depois eu voltei e falei: 'deixa eu ler esse negócio direito'".

A repórter afirma que marcou a resposta e já tinha certeza de que tinha acertado. A alternativa correta da questão 48 na prova branca era a B, segundo o gabarito oficial divulgado pelo Inep. Thais comenta que, nas redes sociais, as pessoas passaram a comparar o caso dela com o do cantor Caetano Veloso, que teve uma canção citada no Enem de 2023, mas, ao tentar resolver a questão, errou a resposta. A questão, no entanto, abriu margem para várias discussões.

"A minha questão foi de Humanidades. Tem um ponto ali de conteúdo que a gente não pode fugir. A banca está exigindo conteúdo. É diferente de você exigir somente a interpretação. Por mais que esteja escrito 'de acordo com o texto', ele está diretamente ligado a um conteúdo de geografia. Então, não tem como contestar", afirma. "O Caetano pode errar porque ele é Caetano. Eu estava ali realmente para o conteúdo", brinca.

Apesar de ter terminado a prova por volta das 17h30, Thais esperou até às 18h30 para deixar a sala, horário em que é autorizado levar o caderno de questões para casa. "Eu risco a prova toda. Nessa questão, eu nem quis riscar", conta a jornalista, que pensa em emoldurar a questão para guardar de recordação. "Eu quero que seja um momento especial, tanto da minha vida quanto jornalista, como da minha vida como estudante e pessoa que está tentando o Enem", diz.

Segundo a jornalista, como fazia vestibulares regionais, ela sempre sonhou em ter um texto citado em uma prova, mas não imaginava que pudesse ser no Enem. "Vendo as questões, sempre tinha trechos de reportagens e eu pensava que seria massa se um dia eu me encontrasse numa questão dessa. Mas acho que a cereja do bolo foi ter sido no Enem, que é uma prova muito inteligente".

A repórter contou que sempre gostou de fazer o Enem e estava inscrita em 2009, ano em que ele foi cancelado após o furo de reportagem do Estadão, quando os jornalistas Renata Cafardo e Sérgio Pompeu denunciaram o vazamento do exame - o que mudou os procedimentos de segurança para a aplicação da prova.

Mesmo gostando, ela confessa que não iria fazer a prova este ano. "Estou num período sabático, não estava querendo fazer essa prova, só fui porque eu tinha me inscrito. No domingo, eu ficava pensando: 'meu Deus, eu saí nesse sol, vou perder seis horas do meu domingo, que eu podia estar em casa, lendo?' Eu acho que, obviamente, era um sinal para eu ter ido", declara.

Thais compartilhou um vídeo em seu perfil no TikTok, onde acumula 48 mil seguidores. A publicação bateu 150 mil visualizações, mas a repórter se surpreendeu mais com a repercussão jornalística do caso. Ela afirmou que está ansiosa para o próximo domingo, 16, quando acontece o segundo dia de provas do Enem, com questões de Matemática e Ciências da Natureza. "Espero que ninguém me reconheça. Eu sou muito tímida", brinca.