'Ainda Estou Aqui' se torna a 5ª maior bilheteria da história do cinema brasileiro

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De acordo com dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema), o filme Ainda Estou Aqui se tornou a quinta maior bilheteira da história do cinema nacional.

Desde sua estreia em novembro de 2024, o longa já arrecadou R$ 85,41 milhões e continua atraindo interesse devido às três indicações ao Oscar 2025 recebidas pela produção de Walter Salles. O filme acumula, até fechamento desta reportagem, 3.868.458 de público.

O ranking atual dos filmes brasileiros com maior bilheteira no Brasil é liderado por Minha Mãe É Uma Peça 3 (2020), que arrecadou R$ 169,8 milhões. Em segundo lugar está Minha Mãe É Uma Peça 2 (2016), com R$ 124,6 milhões. Completando o pódio, está Nada a Perder (2018), a cinebiografia do bispo Edir Macedo, que arrecadou R$ 120,2 milhões. Em seguida, em quarto lugar, vem Os Dez Mandamentos - O Filme (2016), com R$ 116,8 milhões.

Completam o Top 10 os filmes O Auto da Compadecida 2 (2024), Os Farofeiros (2018), Minha Irmã e Eu (2023), Turma da Mônica - Laços (2019) e Fala Sério, Mãe (2018).

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A Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), está em busca das vítimas de roubos de alianças em São Paulo.

Durante a Operação Ouro Reverso, realizada na semana passada, no centro da capital paulista, diversas joias foram apreendidas. Os itens estão disponíveis no departamento para reconhecimento.

Segundo a polícia, o processo é essencial para comprovar a origem ilícita dos objetos e dar andamento às investigações.

"Quando a vítima vem à delegacia e faz o reconhecimento do material, ela descarta a hipótese de que aquelas alianças podem ter sido usadas apenas como moeda de troca. Com a comprovação do roubo, conseguimos provar que nas lojas onde eram feitas a venda do ouro era praticado o crime de receptação qualificada", afirma o delegado Fernando David.

Caso identifique nas imagens a aliança roubada, a vítima pode comparecer à sede do Deic para reconhecimento da joia. Clique aqui para ver todas as imagens divulgadas.

- O endereço é Avenida Zaki Narchi, 152 - Carandiru, zona norte da capital.

Segundo David, na delegacia será solicitado detalhes que comprovem o bem material, como uma foto, documento ou o boletim de ocorrência do roubo. "Após o reconhecimento, o material passará por perícia e será devolvido ao proprietário."

A ação realizada na quarta-feira passada, 7, e coordenada pela 3ª Delegacia de Investigações sobre Fraudes Financeiras e Econômicas, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), resultou na recuperação de 16 alianças em lojas no centro de São Paulo, além da apreensão de aproximadamente R$ 2,7 milhões em ouro e joias e R$ 157 mil em dinheiro.

Envolvimento da 'Mainha do crime'

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, durante a operação, também foi preso o principal negociador de ouro e joias furtadas e roubadas da organização criminosa que era liderada pela Suedna Barbosa Carneiro, de 41 anos, conhecida como a 'Mainha do Crime', detida em fevereiro deste ano.

Ela é apontada como financiadora de crimes de roubo como o que vitimou o ciclista Victor Medrado, que pedalava em frente ao Parque do Povo.

Já o indivíduo, segundo as investigações, atuava como "flecha da organização criminosa, recebendo as joias provenientes do crime e vendendo de maneira rápida para lojas do centro da cidade", afirmou a secretaria.

O suspeito, de 37 anos, foi localizado em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Em sua posse estavam R$ 80 mil. Como o nome não foi divulgado, a defesa dele não foi localizada.

Durante a operação, também foram executados mandados de busca e apreensão em estabelecimentos, resultando na cassação do CNPJ de três lojas clandestinas usadas para derreter materiais preciosos, conforme a SSP. "Além do detido, mais dez pessoas e 11 empresas são investigadas no esquema ilícito."

A Polícia Militar prendeu na tarde desta segunda-feira, 12, uma quarta pessoa suspeita de participar da morte da professora de Matemática Fernanda Reinecke Bonin, encontrada morta com sinais de estrangulamento no dia 28 de abril nos arredores do Autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo.

Jane Maria da Silva, de 38 anos, é apontada pela polícia como a mulher que aparece ao lado de João Paulo Bourquin, outro suspeito já preso, abandonando o carro da vítima, uma Hyundai Tucson, logo após o crime. A defesa dela não foi localizada.

Além de Jane e de Bourquin, já foram presos outros dois suspeitos: a veterinária Fernanda Fazio, de 45 anos, ex-mulher da vítima, e Rosemberg Joaquim de Santana, de 54 anos, tido como uma espécie de "faz tudo" da veterinária.

Um quinto suspeito, Ivo Rezende dos Santos, ainda é procurado. A defesa dos citados também não foi encontrada.

Para a polícia, Fernanda Fazio, seria a mandante do crime. Ela foi encontrada na última sexta-feira, 9, no escritório de seu advogado. De acordo com os investigadores, ela não tinha intenção de se entregar. Em depoimento, a veterinária negou envolvimento na morte da ex.

As investigações ainda apuram as motivações do crime. Uma das hipóteses mais fortes é que o ato foi praticado por ciúmes e pela não aceitação, por parte de Fernanda Fazio, do fim do relacionamento com a professora.

A polícia ainda não sabe exatamente quem praticou o crime, mas diz que há indícios de que os três homens investigados tenham participado da execução. Trocas de mensagens entre alguns deles teriam sido interceptadas.

João Paulo Bourquin, um dos investigados, alega que foi só contratado pelos executores para dar sumiço no veículo da professora, e nega participação direta na morte de Fernanda Bonin, embora a polícia tenha encontrado cadarços na casa do suspeito.

Quando o corpo da professora foi encontrado, em um terreno ermo no bairro Vila da Paz, zona sul da capital paulista, além de sinais de estrangulamento, havia um cadarço ao redor do pescoço da vítima. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Relembre o caso

Confrome a Polícia Civil, na noite do dia 27 de abril, Fernanda Bonin, de 42 anos, foi atraída pela ex-companheira até a Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ela teria saído de casa porque Fazio alegou que seu carro teve pane na caixa de câmbio e que precisava de ajuda.

Ao chegar no local, foi abordada por criminosos, morta e levada a um terreno próximo ao autódromo. Fernanda Bonin só foi encontrada no dia seguinte, com sinais de estrangulamento e um cadarço enrolado em volta do pescoço.

Seus pertences, um carro e celular, foram abandonados e localizados dias depois do crime na Rua Ricardo Moretti, também perto de Interlagos. No veículo, foi encontrada uma faca possivelmente usada para ameaçar a vítima.

Enquanto a professora era abordada pelos criminosos, Fernanda Fazio se deslocou até a casa de Bonin para levar os dois filhos das duas. Elas estavam separadas há cerca de um ano e as crianças ficavam na casa da vítima.

Em depoimento à polícia, Fazio disse que o carro teria voltado a funcionar e que foi até o apartamento da ex-esposa para levar as crianças. Para os investigadores, ela disse que somente no dia seguinte acionou a polícia, após a escola informar a ausência de Bonin. (Colaborou Caio Possati)

Quatro pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira, 13, em São Paulo, suspeitas de integrar uma organização criminosa envolvida na produção e distribuição de entorpecentes à base de nitazeno, droga considerada mais potente que fentanil e heroína e com alto potencial de causar overdose.

É a primeira vez que uma operação tem como alvo esse composto químico que foi identificado recentemente no País.

A operação foi deflagrada com base na investigação realizada após a primeira apreensão dessa substância no Brasil, em dezembro do ano passado. Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão, todos em endereços localizados na cidade de São Paulo.

Os investigados, que não tiveram os nomes divulgados, terão as condutas individualizadas e podem responder pelos crimes de tráfico transnacional de drogas e organização criminosa. A reportagem não conseguiu contato com a defesa deles.

Laboratório na Grande SP

A apreensão que deu origem à operação atual aconteceu no dia 12 de dezembro, quando a PF localizou um laboratório clandestino de drogas em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. O local era utilizado para fazer drogas sintéticas, conhecidas como drogas K.

Ao analisar o material apreendido, os agentes identificaram o uso de nitazeno, substância química de alto poder psicotrópico, importada ilegalmente. Foi a primeira apreensão da substância no país, segundo a PF.

Inclusão na lista de entorpecentes da Anvisa

Em janeiro deste ano, o Departamento de Polícia Federal usou o formulário de notificação de novas substâncias psicoativas para pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a inclusão do nitazeno (N-desetil etonitazeno) na lista de substâncias entorpecentes proscritas.

O pedido foi acatado. A medida tem repercussão no direito penal, pois a substância passa a ser considerada droga entorpecente, de uso proibido.

Em março, ao votar favorável à inclusão, o diretor da Anvisa e relator do pedido, Daniel Meirelles Fernandes Pereira, afirmou que as substâncias denominadas "nitazenos" possuem potencial analgésico, porém, podem causar depressão respiratória com alto risco de abuso e toxicidade, e, por isso, sem uso terapêutico.

Em seu voto, ele acrescenta que os nitazenos podem proporcionar aos usuários efeitos semelhantes ao de opioides, como a morfina e o fentanil, mas algumas substâncias da classe são muito mais potentes.

"Isso significa que doses substancialmente menores são necessárias para atingir os efeitos desejados pelos usuários o que aumenta o risco de overdose acidental", escreveu.