Carla Perez anuncia despedida do bloco infantil Algodão Doce no carnaval de Salvador

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Carla Perez anunciou nesta terça-feira, 18, que fará sua despedida do bloco infantil Algodão Doce no carnaval de 2026, em Salvador. O anúncio foi feito pela dançarina, em seu perfil no Instagram. Em contato com o Estadão, a assessoria de Carla informou que o bloco vai seguir, mas com outros artistas.

Inicialmente, a despedida estava prevista para acontecer já neste carnaval, mas, ao ouvir a opinião de fãs e pessoas próximas, Carla decidiu adiar o adeus. "Minha filha, por exemplo, foi segura ao me dizer: 'Eu, como fã da Carla Perez e seguindo ela há anos, ficaria muito chateada se não fosse informada com antecedência que seria seu último carnaval, para eu me programar e ir'", explicou a artista.

Legado no carnaval de Salvador

Neste ano, Carla Perez comemora 30 anos de carreira, sendo 25 deles à frente do trio que se tornou referência no carnaval infantil de Salvador. O bloco desfilará nos dias 1 e 2 de fevereiro, no circuito Osmar (Campo Grande).

O Algodão Doce foi criado no início dos anos 2000 e se consolidou como um dos principais blocos infantis do carnaval baiano. Em 2018, abandonou as cordas e passou a integrar a programação oficial dos trios independentes da prefeitura de Salvador, tornando-se gratuito para os foliões.

Carla destacou que sua motivação sempre foi a inclusão de crianças no carnaval, especialmente aquelas de instituições filantrópicas ou sem condições financeiras de participar da festa. "Meu desejo era incluir crianças que não podiam estar dentro de um bloco, então sempre reservei espaço no carro de apoio para os pequenos que não podiam seguir o desfile no chão", relembrou.

Passando o bastão

Com a decisão de encerrar sua participação no carnaval de Salvador, Carla Perez reconhece o impacto do bloco e a conexão construída ao longo dos anos. "Fui escolhida por milhares de crianças que se tornaram adultos e, através deles, seus filhos, sobrinhos e netos me conhecem. É uma história linda. Mas chega uma hora que é necessário passar o bastão para uma nova geração que está aí", declarou a artista.

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Poucos dias após a morte da turista brasileira Juliana Marins, que escorregou em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, outro visitante se acidentou no local. Na última sexta-feira, 27, um alpinista malaio foi resgatado em segurança após escorregar em um trecho rochoso e úmido a 200 metros da ponte que liga ao Lago Segara Anak.

De acordo com o portal indonésio Jakarta Globe, o homem, identificado apenas pelas iniciais "NAH", estava consciente e foi levado ao centro de saúde comunitário de Senaru para exames. Lá, os profissionais constataram apenas escoriações leves na cabeça.

O caso reacende preocupações referentes à segurança dos turistas que visitam a região. No dia 21 de junho, a publicitária Juliana Marins escorregou durante a trilha e caiu em um desfiladeiro no Monte Rinjani. Após quatro dias de tentativas frustradas de resgate, foi encontrada morta pela equipe de buscas. A família vê negligência e excesso de demora das autoridades indonésias em providenciar ajuda à jovem.

As informações do governo local desde o início do caso foram marcadas por acusações de erros e fake news. As autoridades chegaram a afirmar para a família que Juliana tinha recebido alimentos e água - o que nunca ocorreu. Os socorristas só alcançaram o local onde ela estava quatro dias depois do acidente.

O Monte Rinjani é um destino popular na Ilha de Lombok, na Indonésia, e atrai milhares de turistas todos os anos. Com seus 3.726 metros de altitude, a trilha já registrou pelo menos 180 acidentes e oito mortes em cinco anos, de acordo com levantamento feito pela Globonews.

A prefeitura de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, vai dar o nome da jovem Juliana Marins, 26 anos, que era moradora da cidade, ao Mirante e à Praia do Sossego, em Camboinhas. Segundo a prefeitura, a mudança do nome é uma homenagem à sua memória e ao amor que ela tinha pelo local.

Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, na Indonésia, no sábado, 21, quando caiu na cratera do vulcão. Quando as equipes de socorro chegaram até ela, constataram que já havia morrido.

O prefeito Rodrigo Neves (PDT) recebeu nesta quinta-feira, 26, a família e amigos da jovem. A irmã de Juliana, Mariana Marins, agradeceu o gesto simbólico da homenagem. "A Praia do Sossego era um dos lugares preferidos da minha irmã. Foi ela quem me apresentou àquele paraíso e vivemos momentos especiais ali, junto com amigas", declarou Mariana.

Traslado

A prefeitura de Niterói decretou luto oficial de três dias e anunciou que custeará o translado do corpo de Juliana de volta ao Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também determinou ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o traslado do corpo até o Brasil.

Decreto publicado nesta sexta-feira, 27, no Diário Oficial da União permite o custeio, pelo governo federal, do traslado de corpos de brasileiros falecidos no exterior, o que antes era vetado pelas normas federais. (Com Agência Brasil)

O parque onde fica o Monte Rinjani, na Indonésia, reabriu a trilha de escalada que dá acesso ao local neste sábado, 28. Nessa unidade de conservação, na Ilha de Lombok, a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morreu após se acidentar durante caminhada próxima a um vulcão, um passeio bastante buscado pelos turistas.

A administração do parque informa sobre a reabertura da trilha após a operação de resgate, sem citar o nome da turista morte. Também pede "segurança em primeiro lugar" e o uso dos trajetos oficiais, mas não diz se foram aperfeiçoados os protocolos de segurança do local.

Nos comentários da publicação no Instagram que anunciou a retomada das atividades, a gestão do parque é cobrada sobre quais foram as providências tomadas para reduzir os riscos da caminhada, considerada muito perigosa.

As autoridades locais foram acusadas de negligência durante todo o período em que Juliana ficou desaparecida - ela se acidentou no sábado, 21, e seu corpo só foi encontrado na terça-feira, 24. Houve críticas sobre a demora no reforço das equipes de busca e no uso de equipamentos, como drones e helicópteros, para localizar a jovem.

Imagens de drones capturadas por outros turistas mostram que Juliana não morreu imediatamente após cair da trilha. O médico legista responsável pela autópsia da brasileira diz que ela morreu cerca de 20 minutos após o trauma causado pela queda, mas não especificou em que momento isso ocorreu - ela caiu mais de uma vez enquanto esperava o resgate.