Compadre Washington é acusado de transfobia ao não aceitar nome social de fã

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O cantor Compadre Washington está sendo acusado de transfobia após se recusar a usar o nome social de uma fã durante um show em Belém no começo deste mês. No vídeo, que viralizou nas redes sociais nesta semana, o líder do É o Tchan chamou uma fã para o palco durante uma apresentação.

A jovem, uma mulher trans, afirmou que seu nome era "Ketlen", mas Washington não se deu por satisfeito e questionou qual era o nome de batismo da fã. "Amiga, fala a verdade para a tia, você foi batizada com que nome?", perguntou o cantor, imitando uma voz feminina durante a interação.

A mulher respondeu novamente seu nome social, mas Washington continuou questionando. "Mentira sua, mamãe não batizou você assim! Eu sou batizada como Washington de dia, e de noite sou Michele, tá? Então fala a verdade, qual seu nome original?" Após a insistência do cantor, Ketlen revelou seu nome morto.

A interação repercutiu nas redes sociais e foi bastante criticada. Para muitos internautas, o cantor foi transfóbico ao obrigar Ketlen a revelar o nome que ela foi registrada ao nascer.

A TransEmpregos, projeto voltado para a empregabilidade de profissionais transgêneros, publicou uma nota criticando o comportamento de Compadre Washington. "Esse tipo de atitude não é apenas desrespeitosa, mas reflete uma realidade cruel enfrentada diariamente por pessoas trans", escreveu no Instagram.

"O nome social e´ um direito e uma questão de dignidade. Ele representa a identidade real das pessoas trans e deve ser respeitado em todos os espaços. Negar esse direito ou ridicularizá-lo publicamente não é brincadeira, é violência", finalizou.

Compadre Washington se manifesta

Após a repercussão negativa do vídeo, Compadre Washington se manifestou em seu perfil do Instagram. Na manhã desta quinta-feira, 20, o líder do É o Tchan postou um Story onde pediu desculpas pelo ocorrido.

"Pessoal, vocês que me conhecem sabem que eu sou um cara bem animado, bem um cara bem para frente, bem feliz. Mas, eu vim falar uma coisa bastante séria. Quero me desculpar com todos vocês", afirmou o cantor.

"Fiz um show no Pará, fiz uma brincadeira e passei do tom. No mundo em que vivemos hoje, essas brincadeiras não existem mais. O mundo evoluiu. Eu vim pedir desculpas à Ketlen e a todas as pessoas que se sentiram incomodadas. Desculpa", finalizou.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que a Lei Maria de Penha se aplica a casais homoafetivos formados por homens e a mulheres travestis e transexuais.

Sancionada em 2006, a Lei Maria da Penha prevê medidas de combate à violência doméstica. Originalmente, a legislação foi criada pensando na proteção das mulheres vítimas de agressões no ambiente familiar.

O STF definiu que "todos os tipos de entidades familiares" devem ser protegidos pela lei.

No caso das travestis e transexuais, a interpretação dos ministros é a de que a legislação vale para todas as mulheres com identidade social feminina, ou seja, tanto para o sexo feminino quanto para o gênero feminino.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, argumentou no voto que "a conformação física externa é apenas uma mas não a única das características definidoras do gênero".

"Entendo que, independentemente da orientação sexual da mulher, a proteção especial da lei vale tanto para as mulheres vítimas de violência doméstica quanto para lésbicas, travestis e transexuais com identidade social feminina que mantêm relação de afeto em ambiente familiar", escreveu o ministro.

No caso dos casais homoafetivos formados por homens, o STF entendeu que, muitas vezes, há nessas relações uma dinâmica de subordinação que reproduz violências de relações heterossexuais. Os ministros aplicaram o conceito de "ideia sociológica de gênero", que tem a ver com a diferenciação social entre os papéis dos homens e das mulheres.

"Considerando que a Lei Maria da Penha foi editada para proteger a mulher contra violência doméstica, a partir da compreensão de subordinação cultural da mulher na sociedade, é possível estender a incidência da norma aos casais homoafetivos do sexo masculino, se estiverem presentes fatores contextuais que insiram o homem vítima da violência na posição de subalternidade dentro da relação", votou Moraes.

O Supremo Tribunal Federal concluiu que há omissão do Congresso Nacional em legislar sobre o tema, o que na avaliação dos ministros pode gerar uma lacuna na proteção e punição contra a violência doméstica. A decisão atendeu a um pedido da Associação Brasileira de Famílias HomoTransAfetivas (ABRAFH). O julgamento ocorreu no plenário virtual.

Uma mulher foi feita refém em uma agência bancária na manhã deste sábado, 22, na Avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro.

Agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) negociaram a rendição do criminoso e a libertação da vítima.

A informação sobre a refém foi publicada pela Polícia Militar do Rio no X às 8h45. Pouco depois, às 9h29, eles informaram que o "tomador de refém foi atingido e socorrido para o Hospital Miguel Couto, na Gávea". A área foi isolada e a perícia acionada.

O Papa Francisco, internado há oito dias devido a uma pneumonia bilateral, não fará a tradicional oração do Angelus no domingo, 23, pela segunda semana consecutiva, informou o Vaticano neste sábado, 22.

O pontífice argentino, de 88 anos, enviará um texto que será publicado, mas não será lido por ele, assim como ocorreu no domingo passado, declarou o porta-voz Matteo Bruni.

O Vatican News, o serviço oficial de comunicação da Santa Sé, informou neste sábado que o Papa Francisco teve uma noite tranquila enquanto continua em tratamento para a pneumonia bilateral no Hospital Gemelli, em Roma.

Na sexta-feira, 21, a equipe médica informou que o pontífice tem apresentado melhora clínica e feito até piadas, mas ainda não está fora de perigo.

"Se a pergunta é 'ele está fora de perigo?': não. Se depois vocês nos perguntam se neste momento ele está em perigo de vida, a resposta, de qualquer forma, é não. Agora ele passou 20 minutos, foi do seu quarto até a capela para rezar. Porém, a situação realisticamente é esta: ele é o Papa, mas também é um homem", afirmou o médico Sergio Alfieri.

Questionado por um jornalista qual é a maior preocupação, os médicos alertaram que existe o risco de que os germes das vias respiratórias entrem em sua corrente sanguínea, causando sepse.