Versátil, Gene Hackman era considerado um dos maiores nomes de Hollywood

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O ator Gene Hackman, de 95 anos, encontrado morto ao lado da mulher nesta quarta-feira, 26, em sua casa no Novo México, nos Estados Unidos, era considerado um dos maiores nomes de Hollywood.

Vencedor de dois prêmios Oscar - Melhor Ator em 1971 por Operação França e Melhor Ator Coadjuvante em 1992 por Os imperdoáveis -, o ator também foi conhecido por seus papéis em Mississippi em Chamas, Bonnie e Clyde e A Conversação.

Em 1978, interpretou a primeira versão de Lex Luthor nos cinemas. Ao lado de Christopher Reeve e Margot Kidder, marcou toda uma geração como os icônicos personagens de Superman. Também foi colaborador frequente dos cineastas Francis Ford Coppola e Clint Eastwood.

Ao longo de seis décadas, foi uma das figuras mais versáteis de Hollywood. Apesar de ser amado pela indústria cinematográfica, Hackman não fazia a menor questão de se portar como uma celebridade. Recluso, o ator evitava aparições públicas e era vocal em seu desdém sobre o show business.

Ao todo, fez cerca de 80 filmes em sua carreira. Além das duas vitórias no Oscar, foi indicado em mais três ocasiões - 1967, 1970 e 1988. Também venceu quatro Globos de Ouro, três prêmios Bafta e um Urso de Ouro de Melhor Ator no Festival de Berlim.

Em 2004, estrelou em seu último filme - Uma eleição muito atrapalhada. Como era de praxe, no entanto, o anúncio de sua aposentadoria só veio quatro anos depois, em 2008.

"Não dei uma entrevista coletiva para anunciar minha aposentadoria, mas sim, não vou mais atuar. Nos últimos anos, me disseram para não dizer isso, caso surgisse algum papel realmente maravilhoso, mas eu realmente não quero mais fazer isso", afirmou à agência de notícias Reuters.

Hackman também escreveu três romances com o arqueólogo submarino Daniel Lenihan: Wake of the Perdido Star, de 1999, Justice for None, de 2004, e Escape From Andersonville, de 2008. Seu trabalho de 2011, Payback at Morning Peak, e de 2013, Pursuit, foram suas últimas publicações.

Desde então, o ator fazia poucas aparições na mídia norte-americana. Ao lado da mulher, a pianista Betsy Arakawa, vivia em uma casa no Novo México. Na manhã desta quinta-feira, 27, o casal foi encontrado morto em sua residência. Hackman deixa os filhos, Christopher, Elizabeth e Leslie.

Não há suspeita de crime, mas as autoridades não divulgaram detalhes sobre as circunstâncias das mortes e disseram que uma investigação está em andamento.

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Um incêndio de grandes proporções atingiu uma edificação comercial na Rodovia Fernão Dias, na região do Jaçanã, zona norte de São Paulo, no sentido de Mairiporã. Até o momento, não há registro de feridos.

Segundo o Corpo de Bombeiros, trata-se de um depósito de madeira e produtos químicos. A ocorrência segue em andamento. Uma grande nuvem de fumaça tomou conta do céu e pode ser vista de vários locais, incluindo Guarulhos, na Grande São Paulo, que fica próximo ao bairro do Jaçanã.

A Prefeitura de Guarulhos confirmou que a ocorrência é em São Paulo, e não Guarulhos, segundo informações do Corpo de Bombeiros. "De qualquer forma, por ser limite dos dois municípios, uma equipe da Defesa Civil de Guarulhos foi acionada para prestar apoio no local", disse.

As operações de voos no Aeroporto Internacional de São Paulo não foram afetadas pelo incêndio, de acordo com a GRU Airport. Pousos e decolagens seguem normalmente.

Um acidente em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, deixou quatro jovem mortos na noite deste domingo, 9. Segundo o boletim de ocorrência, o carro colidiu na barreira de concreto e despencou de uma altura de 10 metros de uma alça de acesso do Rodoanel.

As vítimas são:

. Henrique Antonini Marioto, 25 anos, auxiliar de informática;

. Vitória Sampaio, 22 anos, biomédica;

. Júlia Gasparino Pereira da Silva, 22, terapeuta ocupacional;

. Eduarda Aiko Shintaku Iwai, 21 anos, esteticista.

A Polícia Militar foi acionada e encontrou a única sobrevivente em estado de choque. Aos policias, Giovanna Ribeiro da Rocha disse que o grupo voltava da Praia Grande. O carro era conduzido pelo namorado da jovem, Henrique Antonini Mariotto, e tinha como passageiras Vitória Giovanna Sampaio, Eduarda Aiko Shintaku Iwai e Julia Gasparino Pereira da Silva.

Segundo Giovanna, Henrique perdeu o controle do veículo, bateu na barreira de concreto e caiu na rodovia. Após o acidente, ela e Julia conseguiram sair do carro. No entanto, depois que desceu do veículo, correu para longe e não viu o que aconteceu com Julia.

Dentro do veículo os policiais localizaram os corpos de Henrique, Vitória e Eduarda. Henrique e Vitória já estavam mortos. Eduarda Aiko foi socorrida com vida para o hospital de urgências, e faleceu na unidade de saúde.

O corpo de Julia Gasparino Pereira da Silva foi localizado na faixa de rolamento da via, também em óbito. Ela foi atropelada após o acidente. À polícia, a condutora do outro veículo envolvido disse que trafegava pelo Rodoanel quando viu o veículo acidentado e um corpo estirado no meio da pista. Ela declarou que não teve tempo de desviar e acabou passando com o veículo por cima do corpo que, segundo ela, já estava sem vida.

Após a perícia, os veículos foram removidos para a base da polícia militar, localizada no KM 68 do Rodoanel, permanecendo à disposição dos proprietários.

No discurso de abertura da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um desagravo à cidade de Belém, e falou sobre as dificuldades de realizar a conferência no coração da Amazônia. Ele também criticou os gastos com guerras e voltou a citar a necessidade de um mapa para o fim do uso do petróleo, tema que ele já havia mencionada na semana passada, na cúpula de líderes que antecedeu a conferência.

"Fazer a COP aqui é um desafio tão grande quanto a gente acabar com a poluição do planeta Terra. Teria sido mais fácil ter feito a COP em uma cidade acabada, que não tivesse problema, e resolvemos aceitar o desafio", disse.

O presidente afirmou ainda que as obras feitas para a COP-30 serão legado para a população da cidade. Disse que a Amazônia não é uma "entidade abstrata" e que as pessoas têm problemas reais, que o governo luta para superar. "Desafios que o Brasil luta para superar, com a mesma determinação com que contornou a adversidades logísticas inerentes a uma organização de uma conferência desse porte."

O presidente voltou a abordar tópicos que já tinham sido defendidos por ele durante a Cúpula de Líderes. Lula mandou recados aos países que estão em guerra e pediu mais investimentos no clima.

"Parabéns delegados e delegadas. Parabéns por darem a todos nós essa lição de civilidade, de grandeza humana, provando que se os homens que fazem guerra estivessem aqui nessa COP, iam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para acabar com o problema climático do que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra, como fizeram ano passado", disse.

Lula criticou ainda líderes que adotam uma postura de desacreditar o aquecimento global. "É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas", disse.

O presidente citou tragédias climáticas recentes para falar sobre a necessidade de avançar na ações para responder a esses eventos. Lula mencionou o tornado que atingiu o Paraná e deixou 6 mortos. "A mudança do clima já não é uma ameaça do futuro, é uma tragédia do presente. O furacão Melissa que fustigou o Caribe, e o tornado que atingiu o estado do Paraná no sul do Brasil, deixaram vítimas fatais e um rastro de destruição".