Tiba Camargos deixa o CTI após duas semanas hospitalizado

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Tiba Camargos recebeu alta da CTI nesta segunda-feira, 24, após duas semanas hospitalizado. O influenciador digital sofreu um acidente ao mergulhar em um rio e bater a cabeça em uma pedra em Alegria, no Rio Grande do Sul, no dia 9 de fevereiro.

A informação foi confirmada pela mulher do influenciador, Déa Camargos, em suas redes sociais.

"O Tiba está animado, ele está com desejo de que a coisa caminhe logo. Quando eu cheguei, ele já pediu: 'Déa, eu preciso de um fisioterapeuta, eu preciso dar um andamento nos tratamentos'. Isso é muito bom", disse.

Ela revelou que o marido teve febre alta na segunda-feira, mas que os exames não apresentaram anormalidades.

Nesta quarta-feira, 26, ela voltou a dar notícias sobre o estado de saúde do marido.

"Passou o dia com febre alta e sonolento. Apesar de ter dormido um pouco melhor com o remédio de ontem, ainda está bastante cansado. Sigamos rezando por sua saúde e recuperação."

Tiba Camargos acumula mais de 500 mil seguidores nas redes sociais.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

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A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que o caminhão carregado com pedras causou o acidente que resultou na morte de 39 passageiros de um ônibus, em dezembro do ano passado, na BR-116, em Teófilo Otoni, no interior de Minas Gerais. Além do motorista, que está preso desde a tragédia, o relatório concluiu pelo indiciamento do proprietário da empresa detentora do veículo de carga. Os dois vão responder por homicídio e lesão corporal, além de outros crimes. A defesa do motorista rebate o indiciamento; a reportagem não conseguiu contato com os advogados do proprietário do caminhão.

As conclusões foram apresentadas na quarta-feira, 26, pelo chefe do 15.º Departamento de Polícia Civil, Amaury Tenório de Albuquerque. "É um conjunto de provas que apontam que foi um crime doloso", diz. Segundo ele, houve uma mudança estrutural na suspensão do caminhão para suportar mais peso que, no entanto, facilitou o deslocamento da carga que atingiu o ônibus. Havia ainda sobrepeso de 77% no carregamento.

O relatório aponta também a responsabilidade do motorista, devido à presença de substâncias proibidas - cocaína, álcool e ecstasy - no organismo, segundo o laudo pericial, além do não respeito ao limite de velocidade no trecho. "No momento do acidente, o semirreboque estava a 97 km/h. A perícia apontou que, no trecho, qualquer velocidade acima de 62 km/h de um conjunto veicular que pesava 103 toneladas, provavelmente tombaria, como aconteceu", observa.

Já a defesa do motorista rebate e diz que a decisão da Polícia Civil de MG deixou de "considerar provas objetivas e irrefutáveis, tais como que o motorista estava plenamente apto a dirigir, não estava em alta velocidade, tomou todas as cautelas para evitar a colisão". Ainda segundo os defensores, o exame toxicológico deu resultado negativo para todos os tipos de drogas e não foi levado em conta depoimento de testemunhas que ouviram o pneu do ônibus estourando e invadindo a pista contrária.

A carreta transportava duas grandes rochas de granito. Uma delas teria se deslocado, atingindo a lateral do ônibus. Segundo o policial, foi apurado que as notas fiscais e o documento de transporte da carga foram preenchidos com dados falsos. "Ele (proprietário) insere a pesagem falsa daquelas pedras, provavelmente para se furtar à fiscalização, caso ela acontecesse nas rodovias."

Os dois investigados foram indiciados por homicídio (das 39 vítimas fatais) e lesão corporal (pessoas que ficaram feridas). O motorista, Airton Bastos Alves, de 49 anos, está preso preventivamente por ter deixado o local do acidente sem prestar socorro às vítimas. Já o proprietário da empresa foi indiciado também por falsidade ideológica.

Como foi o acidente

A tragédia aconteceu em 21 de dezembro de 2024, envolvendo um ônibus que seguia de São Paulo para a Bahia com 54 ocupantes, uma carreta e um carro. Ao ser atingido pela pedra que se deslocou da carreta, o ônibus pegou fogo e se incendiou. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal e de prefeituras vizinhas foram mobilizadas no socorro às vítimas.

Os corpos foram identificados por meio da análise de impressões digitais, das arcadas dentárias e exames de DNA. As vítimas do acidente, com idades entre 1 ano e dois meses e 64 anos, eram naturais principalmente da Bahia e de São Paulo, constando ainda um morador de Minas Gerais e outro da Paraíba. Durante a investigação, a polícia empregou um laser scanner 3D, tecnologia que permite simular o acidente.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) diz que a conclusão do inquérito policial atesta que não houve responsabilidade da Emtram, empresa responsável pelo ônibus, que atuava de forma regular e em conformidade com as normas de segurança. "É fundamental que haja uma fiscalização eficiente, coibindo práticas ilegais, como a fraude em documentação e o excesso de peso, que colocam em risco a vida dos usuários das rodovias", disse a conselheira Letícia Pineschi.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinou nesta quinta-feira, 27, uma portaria que estabelece o estado de emergência ambiental nas áreas vulneráveis a incêndios do País, viabilizando a contratação emergencial de brigadistas e orientando ações de prevenção com base em dados climáticos.

"É um ato declaratório, do mesmo jeito que a Agência Nacional de Águas declara que uma área está em alta escassez hídrica, média escassez hídrica e assim por diante. Com essa informação, os agentes públicos terão de tomar as medidas necessárias para poder agir em conformidade com o risco", disse a ministra.

"Muito trabalho, muita ciência, todo um processo de reestruturação do sistema de enfrentamento a essas emergências climáticas", definiu.

A portaria assinada pela ministra deve trazer prazos e informações específicas por região para detectar riscos, identificando áreas e momentos críticos para que Estados e municípios se planejem em parceria com a União e adotem medidas preventivas ao longo do ano.

"Teremos pela primeira vez um planejamento estratégico faseado ao longo do ano, considerando a evolução do clima e da gravidade do risco de incêndio", disse o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima também anunciou que irá reforçar a estrutura federal de prevenção e combate ao fogo em 2025, com 231 brigadas e 4.608 profissionais distribuídos entre Ibama e ICMBio, o que representaria um aumento de 25% em relação ao ano anterior.

De acordo com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o detalhamento maior da portaria de 2025 é resultado de um trabalho junto a cientistas para elaborar mapas de déficit de chuvas e histórico dos focos de calor para ter previsões climáticas espacializadas. Essas análises serão atualizadas no início de março e refeitas constantemente.

A coordenação desse esforço é feita pelo Prevfogo, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Ibama.

Outras ações previstas pelo Ministério:

- Recomendação ao Conselho Monetário Nacional para incluir ações de prevenção e combate a incêndio em propriedades rurais, como atividades habilitadas a receber recursos no financiamento do Plano Safra;

- aporte de R$ 30 milhões do Fundo Nacional de Meio Ambiente para os primeiros planos de manejo integrado do fogo em áreas prioritárias federais, que serão definidas nas próximas semanas;

- destinação de recursos aos Corpos de Bombeiros;

- ações de fiscalização remotas, por meio de imagens de satélite, e também notificação dos proprietários nas áreas com maior risco;

- retomada da sala de situação para preparação de ações de prevenção inicialmente no Pantanal, bioma que tem a situação mais crítica projetada.

Resolução dá prazo aos Estados para elaborarem planos de manejo do fogo

Foi anunciada ainda uma resolução vinculativa - com força de lei -, segundo a qual imóveis rurais e unidades de conservação em regiões com alto risco de incêndio ou que utilizem a queima prescrita passem a contar obrigatoriamente com planos de manejo integrado do fogo.

Recém-aprovada pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo, a norma atribui responsabilidades de prevenção, preparação e controle de incêndios entre entes federativos e privados e dá aos Estados um prazo de até dois anos para a elaboração desses planos.

A medida é um desdobramento da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, sancionada em 31 de julho de 2024.

Segundo Capobianco, a resolução coloca "um novo modelo de atuação" para o enfrentamento do problema do fogo. Ela fixa o conteúdo mínimo, as responsabilidades e incentivos para a elaboração dos planos de manejo integrado do fogo em diferentes escalas.

MP contra grilagem está parada no Congresso

Autoridades do ministério também afirmam estar trabalhando pela aprovação da Medida Provisória 1.276 de 2024, enviada ao Congresso em novembro.

Estendendo uma previsão da Lei da Mata Atlântica aos outros biomas, a medida mantém o status de proteção anterior às queimadas, permitindo a atuação do Ibama e outros órgãos de fiscalização nessas áreas para que sejam embargadas e regeneradas.

A norma desestimularia o uso do fogo para a grilagem. Ela também permite que recursos do Fundo Nacional de Meio Ambiente sejam transferidos diretamente a Estados e municípios durante a situação de emergência, sem a necessidade de estabelecimento de convênios.

A MP aguarda a instalação de comissão e tem prazo de deliberação no Congresso até 5 de março.

O Conselho de Administração da Itaipu Binacional aprovou nesta quinta-feira, 27, um acordo judicial para a compra, em caráter emergencial, de 3 mil hectares de terras destinadas a comunidades indígenas Avá-Guarani, na região oeste do Paraná. O valor da aquisição será de até R$ 240 milhões, pagos com recursos da hidrelétrica. O acordo será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para homologação.

A medida faz parte de um processo de conciliação no STF relacionado à Ação Civil Originária (ACO) 3.555, movida pela Advocacia-Geral da União (AGU), que busca reparar danos causados às comunidades indígenas afetadas pela formação do reservatório da usina em 1982. A negociação envolve o Ministério Público Federal (MPF), a União, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Comissão Nacional de Soluções Fundiárias do Conselho Nacional de Justiça e a própria Itaipu.

Segundo nota da Itaipu, a escolha das terras que serão adquiridas caberá à Funai, em acordo com os próprios indígenas e seus representantes legais. O Incra será responsável pela avaliação dos imóveis, com apoio de servidores da Justiça Estadual e Federal, enquanto à Itaipu caberá apenas o pagamento.

"A Itaipu Binacional mantém um compromisso histórico com as comunidades indígenas do oeste do Paraná, e a decisão do Conselho de Administração é um passo para garantir a essas populações mais segurança, dignidade e qualidade de vida", afirmou em nota o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri. Ele disse esperar que a aquisição das terras ajude a pacificar a região, que tem sido palco de conflitos recentes entre indígenas e produtores rurais.

O diretor jurídico da Itaipu, Luiz Fernando Delazari, afirmou que a conciliação passou por um longo processo de negociação. "Foram mais de 20 reuniões, com a participação ativa da Itaipu, que sempre concordou com a necessidade da reparação histórica às comunidades dos povos originários da região da Usina de Itaipu", declarou em nota. "Esperamos que o STF homologue este acordo, que tem como um dos objetivos pacificar a região e evitar que mais atos de violência ocorram", acrescentou.

As terras adquiridas serão destinadas a 31 comunidades situadas nas terras indígenas Tekoha Guasu Guavira e Tekoha Guasu Okoy Jakutinga, distribuídas nos municípios de São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Santa Helena, Terra Roxa e Guaíra. Essas comunidades somam aproximadamente 5,8 mil pessoas.

O acordo também estabelece que a Itaipu deverá promover a restauração ambiental das áreas adquiridas e implementar infraestrutura essencial, como fornecimento de água potável, energia elétrica, saneamento básico, saúde e educação.

Outro ponto do acordo prevê que a União, a Funai, o Incra e a Itaipu publiquem um pedido de desculpas aos Avá-Guarani pelos impactos da construção da usina, reconhecendo a responsabilidade da empresa. Essa manifestação deverá ser publicada na internet e em jornais de circulação local e nacional.