O líder do Departamento Ambiental do BNDES, Marcus Cardoso, disse que de janeiro de 2023 até o momento atual o BNDES aprovou 14 operações de financiamento para florestas. "Mobilizamos R$ 1,9 bilhão para restauro, manejos florestal e para agrofloresta de cacau", disse Cardoso. Ele acrescentou que entre os investidores há empresas de médio porte, além das companhias grandes.
"Nesse processo, a parceria com bancos privados é muito importante", ressaltou. Cardoso acrescentou que o ProFloresta+ vai ajudar o mercado de carbono ao formar um preço público para o crédito. "O programa de compra de carbono é um leilão público de crédito de alta integridade", disse.
Ele ressaltou a forte demanda que em sido vista por parte de grandes empresas estrangeiras, como a Microsoft, mas ressaltou a importância dos players nacionais.
O especialista contou que o BNDES procurou a Petrobras e, junto com outros parceiros como o Instituto Clima e Sociedade, a Imaflora, o Mattos Filho, ente outros, desenvolveu um contrato de carbono "equilibrado". "Saiu um contrato de boa referência. Ontem foi aberto um leilão inspirado no Proinfra e será revelado o preço e terem os um contrato de referência", avaliou.
No mesmo painel, durante evento na Casa do Seguro, que ocorre às margens das discussões da COP30, o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian, afirmou que instrumentos financeiros adequados precisam avançar para o financiamento para florestas ser destravado. Um deles é a criação de seguros para a atividade de restauro florestal.
Batmanian afirmou também que é necessário refletir sobre a questão das garantias nas operações de financiamento.