'Estou vivendo um conto de fadas', diz Can Yaman, protagonista da nova série 'El Turco'

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ator Can Yaman investe seriamente em seu papel de galã turco do momento. Em entrevista coletiva na noite desta terça-feira, 25, para a divulgação da série El Turco, da qual é o protagonista, Yaman não poupou galanteios de gosto duvidoso às influenciadoras que aguardavam ansiosas para fazer selfies com ele. "Seu cabelo é lindo", disse para uma delas. "Você tem namorado?", perguntou para outra.

Para a coletiva e sessão de fotos, o ator se apresentou com calça preta, camisa da mesma cor aberta no peito, vários colares e anéis, barba feita à régua e bronzeado em dia. "Eu amo as mulheres", disse durante a entrevista. "Adoro ficar cercado por elas; não gosto quando homens me pedem selfies."

O ator, de 35 anos, está no Brasil desde o último domingo para a divulgação da nova série, disponível na plataforma Globoplay desde a última sexta-feira, 21. Em El Turco, Can Yaman interpreta o guerreiro Hasan Balaban, o turco do título, um soldado do Império Otomano que, depois de gravemente ferido na célebre batalha de Viena, de 1683, acaba sendo acolhido na remota vila de Moena, na província de Trento, nos alpes italianos, onde se torna um herói local ao lutar ao lado dos moradores contra os desmandos dos senhores feudais.

Até hoje, o vilarejo de Moena celebra anualmente, de 19 a 21 de agosto, o festival La Turchia, que faz uma homenagem à fusão das culturas italiana e turca, com desfiles, apresentações musicais e trajes tradicionais. A influência local da história é tão forte que há uma estátua do soldado na praça central do vilarejo. A série, em seis episódios, é a primeira produção turca com elenco internacional e falada em inglês.

Para interpretar o intrépido guerreiro otomano, Yaman conta que se preparou para o papel durante oito meses, ao longo dos quais praticamente teve que se tornar "um atleta", tomando aulas de artes marciais e arco e flecha.

"Eu tinha que fazer aquilo tudo; então tive oito meses para me transformar em um guerreiro", afirmou.

Nascido em Istambul, na Turquia, Can Yaman iniciou sua carreira em 2014 na série Gonul Isleri. O ator é formado em Direito pela Universidade de Yeditepe, mas optou por seguir a carreira artística, tornando-se hoje um dos principais nomes das produções turcas. Ele também foi o protagonista da série Sr. Errado, uma comédia romântica também disponível na Globoplay.

O ator está bastante ciente dos fãs clubes femininos que coleciona ao redor do mundo desde que as produções turcas começaram a ser disponibilizadas nas plataformas de streaming.

"Me sinto muito agradecido, agradeço a Deus todas as noites e todas as vezes que falo com ele", disse. "O que eu estou vivendo é surreal, é como um conto de fadas."

Segundo ele, a fama mundial pode ser algo esperado para um ator americano, mas não para um turco.

"Eu sei o quanto é improvável, como ator turco, fazer esse sucesso todo, não só no Brasil, mas também na Inglaterra, na Espanha, na Rússia, no Egito; sei que não é algo trivial, que não acontece sempre, mas muito único."

Yaman contou que cresceu assistindo novelas brasileiras com a avó, em Bodrum, uma milenar cidade portuária no Mar Egeu, e que aprendeu muito com as produções do Brasil.

"Nessa época, todas as mulheres eram obcecadas com as novelas brasileiras", afirmou. "Mas os homens turcos são mais bonitos que os brasileiros."

Em outra categoria

O espancamento cometido por Igor Cabral contra a namorada, dentro de um elevador em um prédio em Natal, no Rio Grande do Norte, no último sábado, 26, começou depois de o agressor ter visto mensagens no celular da companheira que o teriam deixado com ciúmes.

Cabral foi preso em flagrante por tentativa de feminicídio após desferir 60 socos contra a companheira e teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. A reportagem tenta contato com a defesa dele.

A vítima precisou ser hospitalizada e terá de passar por uma cirurgia de reparação no rosto.

De acordo com a delegada Victoria Lisboa, da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), Cabral teve uma crise de ciúmes depois de ver mensagens no celular da namorada.

"Eles estavam em um churrasco, em um momento de confraternização com os amigos, momento em que ele pediu para ver o celular dela", disse a delegada. "Ela mostrou o celular, falou que as mensagens não tinham nada demais - foram palavras dela -, quando ele ficou enciumado", disse a delegada

Igor Cabral, que é estudante e fez carreira como jogador de basquete, subiu até o apartamento da namorada para pegar seus pertences. A vítima subiu também, mas resolveu permanecer no elevador por segurança.

"Ele entrou no elevador e pediu para ela sair. Ela, já temendo por qualquer conduta que ele poderia praticar contra ela, sabendo que no corredor não teriam câmeras para pegar o ato, permaneceu dentro do elevador, momento em que ele a agrediu", descreveu a delegada.

As imagens do elevador flagraram as agressões. Cabral avançou contra a vítima e desferiu mais de 60 socos no rosto da mulher. Ele continuou os golpes mesmo com a mulher no chão. Após o ataque, o agressor foi contido pelos moradores do prédio, que chamaram a polícia na sequência.

Cabral alega que as agressões foram motivadas por um "surto claustrofóbico" e que, antes das agressões, ele teria descoberto uma traição por parte da namorada.

Histórico de violência

Conforme a delegada Victória Lisboa, a vítima relatou em depoimento que Igor Cabral já tinha cometido outras agressões durante o relacionamento, como empurrões, e que o agressor teria incentivado a namorada a tirar a própria vida, quando ela teve demonstrações de intenções suicidas. Não havia nenhuma medida de proteção contra ele, de acordo com a delegada.

Seis a cada dez Unidades Básicas de Saúde (UBS) brasileiras - portas de entrada para os atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) - necessitam de reformas na estrutura física. A informação é do Censo Nacional das UBS, realizado pelo Ministério da Saúde.

Dos cerca de 45 mil estabelecimentos da atenção primária à saúde (APS) que participaram do levantamento, pouco mais de 27 mil (60,1%) reportaram que precisam de melhorias estruturais.

Entre os principais reparos apontados, 3.473 precisam de consertos nas paredes; 2.271, no forro; 1.974 têm problemas nas instalações hidráulicas e 2.495, nas instalações elétricas.

Para a pesquisadora da Fiocruz Ligia Giovanella, coordenadora da Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), os centros de saúde melhoraram muito ao longo dos anos, tanto no cuidado quanto na infraestrutura, mas ainda há um longo caminho pela frente. "Segundo a percepção dos gestores que participaram do Censo, ainda há grande demanda por reformas e ampliações - e esse é um dado importante."

A necessidade de melhorias se estende a todas as regiões do Brasil, mas algumas têm um perfil diferente. É o caso das localidades com unidades impactadas pelas mudanças climáticas: 18,2% das UBS afirmam ter sido afetadas por desastres ambientais, como enchentes e alagamentos. O Rio Grande do Sul é o Estado com mais centros de saúde afetados: 30,3% dos postos gaúchos em que os funcionários responderam ao questionário sofreram algum impacto.

Canoas, uma das cidades mais atingidas pelas inundações de 2024, teve 19 das suas 28 UBS danificadas. A Secretaria Municipal de Saúde informou ao Estadão que, além dos danos físicos, tem havido dificuldade na aquisição de materiais para as reformas.

Falta de equipamentos

Outro aspecto é a falta de equipamentos, especialmente na área de cardiologia. Somente 9,1% dos centros de saúde têm eletrocardiógrafos, usados para realizar eletrocardiogramas e avaliar o coração dos pacientes.

"O eletrocardiograma é fundamental para o monitoramento de pacientes com problemas cardiológicos, mas também os hipertensos e diabéticos, que são patologias que podem levar a complicações cardiológicas, e estas são demandas muito frequentes na APS", destaca Lígia.

Além disso, apenas 13,5% das UBS têm carrinho de parada cardíaca e somente 17,8% contam com desfibrilador externo automático (DEA), usado em casos de parada súbita para tentar restaurar o ritmo cardíaco por meio de choque elétrico.

Segundo Lígia, a demanda por esses equipamentos para casos de emergência e urgência é pouco frequente nas unidades básicas. Ainda assim, os três equipamentos deveriam ser universalizados nas UBS progressivamente.

Para além da saúde do coração, outro dado que chama atenção no quesito equipamentos é que somente 18% dos centros de saúde dispõem da Tabela de Snellen, o tradicional painel com letras de diferentes tamanhos usado para avaliar a acuidade visual em exames oftalmológicos, os quais devem fazer parte das rotinas na APS.

Para Lígia, o Censo mostra que é preciso equipar melhor as unidades básicas, bem como oferecer formações especificas a médicos e enfermeiros para o uso dos equipamentos.

Ela também levanta a possibilidade de telediagnósticos. "Isso aumenta a capacidade resolutiva da UBS, reduz encaminhamentos e filas na atenção especializada e melhora a qualidade do cuidado."

Mas, para isso, é necessário melhorar o acesso à telessaúde. Embora 94,6% das unidades tenham acesso à internet, 29,4% delas avaliam a conexão como "ruim", com quedas e instabilidades frequentes, o que inviabiliza o pleno uso da rede.

Imunização

A questão da infraestrutura também pesa na imunização. Embora 84,7% das unidades ofereçam vacinas, apenas 79,7% contam com uma sala exclusiva para vacinação.

O número também fica abaixo do ideal quando se analisa o horário de funcionamento: somente 64,5% das UBS têm salas de vacinação abertas por pelo menos 10 turnos semanais, o equivalente a 40 horas.

Na prática, isso significa que, em 35,5% das unidades, o serviço não acompanha a recomendação do Ministério da Saúde, que estipula 8 horas diárias, ao menos cinco dias por semana.

Ainda em relação à vacinação, somente 55,3% possuem geladeira exclusiva para vacinas, e a câmara fria exclusiva para imunizantes, o padrão-ouro para armazenamento desses insumos, só existe em 38,4% dos postos de saúde.

"Precisamos ter salas de vacinação exclusivas", defende Lígia.

A especialista acrescenta que a falta de geladeiras exclusivas pode inviabilizar a vacinação. "A maioria das vacinas precisa ser mantida em temperaturas específicas", explica.

Segundo o ministério, a ausência de uma sala de vacinação não significa, necessariamente, que a unidade básica não oferte o serviço. "Algumas UBS realizam vacinação em espaços adaptados ou por meio de estratégias externas, como pontos itinerantes", diz a pasta, em nota.

Medidas

Embora a gestão da APS seja de responsabilidade dos municípios, compete ao ministério estabelecer políticas, diretrizes e financiar programas e ações.

Nesse sentido, a pasta afirma que prevê R$ 7,4 bilhões em investimentos até o fim de 2026.

"Esse Censo é importante para que a gente possa desenhar novas ações. Obviamente, teremos que pensar isso para orçamento do ano que vem, para que possamos ter ações do ministério que permitam reformas", disse o ministro Alexandre Padilha, em coletiva realizada na última semana.

De acordo com o ministério, parte do valor será destinado à distribuição de 180 mil equipamentos a mais de 5 mil municípios. "Eletrocardiógrafo com capacidade para telediagnóstico, câmara fria exclusiva para vacinas, desfibrilador externo automático (DEA), ultrassom portátil, retinógrafo para telessaúde e espirômetro digital estão entre os 18 tipos diferentes de itens a serem adquiridos."

O PAC Saúde prevê ainda a aquisição de 7 mil kits de equipamentos para teleconsulta e a construção de 2,6 mil novas UBS no País.

Bolsistas de pós-doutorado, doutorado, mestrado, iniciação científica e outras modalidades vinculados à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) terão reajustes de em torno de 4,5% a partir de sexta-feira, 1º agosto.

Para as bolsas em andamento, a Fapesp suplementará automaticamente as mensalidades restantes a partir da data de entrada em vigor da nova tabela.

Os valores de outros tipos de bolsas, como as de Capacitação Técnica, Jovem Pesquisador, Ensino Público, Pequenas Empresas e Jornalismo Científico podem ser conferidos no site da Fapesp.

A mensalidade referente a agosto tem previsão de pagamento no início de setembro, conforme Calendário de Pagamento de Bolsas no País.

Ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, a Fapesp é uma das principais agências de fomento à pesquisa científica e tecnológica do País, com orçamento anual correspondente a 1% da receita tributária estadual e autonomia garantida por lei.

As duas modalidades apoiam projetos enquadrados em seis estratégias de fomento:

Formação de Recursos Humanos para C&T - bolsas regulares para estudantes de graduação e pós-graduação, no país e no exterior;

Pesquisa para o Avanço do Conhecimento - apoio à pesquisa básica e aplicada, de curto e longo prazo;

Pesquisa em Temas Estratégicos - estímulo à formação de grupos de pesquisa sobre temas considerados estratégicos para o desenvolvimento de São Paulo e do País;

Pesquisa para Inovação - apoio à pesquisa em empresas ou em colaboração com empresas, universidades e institutos de pesquisa, com foco no desenvolvimento da inovação tecnológica;

Apoio à Infraestrutura de Pesquisa - apoio à modernização e manutenção da infraestrutura de pesquisa;

Difusão, mapeamento e avaliação de pesquisas - Iniciativas para informar os públicos de interesse da Fapesp sobre suas diretrizes de política científica, resultados e impactos sociais e econômicos do conhecimento científico produzido no Estado de São Paulo.