Lollapalooza 2025: o que pode e o que não pode levar para o festival?

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O Lollapalooza 2025 ocorre neste final de semana, entre os dias 28 e 30 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Nomes como Olivia Rodrigo, Justin Timberlake e Shawn Mendes se apresentarão no festival para centenas de milhares de pessoas.

Se você é um dos fãs que planeja comparecer ao evento, é importante saber o que pode e não pode ser levado para o festival. Para entrar, é necessário ter o aplicativo Quentro baixado no celular.

Em 2025, as entradas serão 100% digitais e só poderão ser acessadas pela plataforma digital. Documentos, comprovantes de meia-entrada e um cartão de crédito ou débito também são fundamentais.

Na atual edição, os pagamentos foram simplificados. Se você deseja consumir algum alimento em um dos 85 pontos de alimentação do evento, é necessário pagar com cartão de débito ou de crédito no caixa. Para transações em dinheiro e Pix, é necessário comprar um cartão e carregar os créditos em um dos Caixas Cashless espalhados pelo festival.

O Estadão separou a lista dos objetos que podem e que não podem ser levados nos dias do festival. Confira:

O que pode levar?

- Óculos escuros, capa de chuva, protetor solar e protetor labial, chapéu ou boné, canga, mochila ou bolsa;

- Alimentos industrializados devidamente lacrados (exemplos: biscoitos, torradas, barras de cereal etc);

Frutas cortadas e acondicionadas em embalagem transparente e não rígida, do tipo "zip lock";

- Sanduíches acondicionados em embalagem transparente e não rígida, do tipo "zip lock";

- Qualquer quantidade que exceder ao limite de até cinco itens por pessoa poderão ser retidas na entrada do evento.

O que não pode levar?

- Garrafas rígidas, de qualquer gênero, tamanho ou material, exceto garrafas plásticas para consumo de água, desde que sem tampa. A tampa poderá ser retirada pela segurança na entrada ou em qualquer local do evento;

- Embalagens rígidas e com tampa (exemplo: potes de plásticos do tipo "tupperware");

- Copos térmicos, de vidro ou metal;

- Latas;

- Capacetes;

- Armas de fogo ou armas brancas de qualquer tipo (facas, soco inglês, canivetes, etc.);

- Cadeiras/banquinhos;

- Guarda-chuvas;

- Objetos pontiagudos;

- Objetos perfurantes ou cortantes (tesoura, estiletes, pinças, cortadores de unha, saca-rolhas);

- Fogos de artificio, dispositivos explosivos, sinalizadores e aparatos incendiários de qualquer espécie;

- Objetos de vidro, plástico ou metal (perfumes, cosméticos, inclusive desodorantes de qualquer tipo, pasta ou escova de dente);

- Substâncias inflamáveis, corrosivas;

- Sprays de qualquer tipo, incluindo os bloqueadores solares em spray;

- Máquinas de incapacitação neuromuscular (tasers);

- Ponteiros de laser, luzes estroboscópicas ou outros dispositivos emissores de luz;

- Bebidas (em qualquer tipo de recipiente);

- Skate, bicicleta, ou qualquer tipo de veículo motorizado, ou não;

- Isopor, cooler ou qualquer tipo de utensílio para armazenagem;

- Bastão de selfie (extensor para tirar autorretrato);

- Câmeras fotográficas ou filmadoras profissionais, ou com lente destacável;

- Objetos profissionais para captura de imagem e som, como, por exemplo: máquinas fotográficas profissionais (lente intercambiável), equipamentos de filmagem profissionais, drones ou outros objetos voadores;

- Itens que possam ser utilizados para marketing de emboscada;

- Substâncias venenosas e/ou tóxicas, incluindo drogas ilegais;

- Bandeiras ou cartazes contendo mensagens, ou símbolos com divulgações comerciais, ou ainda com referências a causas discriminatórias, ofensivas, homofóbicas, racistas ou xenófobas;

- Drones, também denominados Vant (veículo aéreo não tripulado), RPA (remotely-piloted aircraft), aeronave remotamente pilotada, e equipamentos similares;

- Alimentos que representem intuito de comercialização ou que possam representar riscos à segurança.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje uma espécie de "mapa do caminho" com estratégias para alcançar a independência econômica em relação aos combustíveis fósseis. Repetindo o discurso diplomático tradicional, ele voltou a defender uma transição "justa e planejada" para a superação da dependência do petróleo e derivados.

A fala sugere que qualquer caminho neste sentido será no longo prazo, sendo que no curto prazo o Brasil e outros países continuarão dependentes desses insumos. Esse é o argumento defendido, inclusive, pelos defensores da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Isto é, enquanto houver demanda, a oferta desses itens continuará existindo.

"Espero que a serenidade da floresta inspire em todos nós a clareza de pensamento necessária para ver o que precisa ser feito", declarou Lula em seu discurso de abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Lula também comentou sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) - iniciativa financeira que buscará a conservação e restauração de florestas tropicais em diversos países. O presidente ressaltou que o mecanismo angariou em um só dia cerca de US$ 5,5 bilhões

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu há pouco um dos argumentos centrais na defesa do financiamento climático, ao defender o desvio do fluxo de recursos para ações socioambientais, em detrimento de gastos com guerras. Lula participa neste momento da cerimônia de abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

"Se os homens que fazem guerra estivessem aqui, eles veriam que é mais barato ajudar o clima do que fazer guerra", declarou. Antes da fala do presidente brasileiro, o secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Simon Stiell, usou seu discurso de abertura para traçar as vantagens econômicas para a transição para o desenvolvimento sustentável.

Lula reconheceu que seria mais fácil realizar a COP em uma cidade sem problemas do ponto de vista logístico, mas alegou que a Conferência em Belém estaria sendo proeza. Lula pediu ainda para os delegados e outros participantes aproveitarem a cultura da cidade. "Trazer a COP para o coração da Amazônia foi uma tarefa árdua, mas necessária", declarou.

O governo está refutando os argumentos sobre a possível falta de estrutura da capital paraense para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. "Quando se tem disposição política, compromisso com a verdade, não tem nada impossível para o homem", afirmou Lula.

Os países reunidos a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) precisam antecipar a meta do Acordo de Paris de net zero (saldo zero entre emissões e captações de gases de efeito estufa) "Tem que mudar a meta do Acordo de Paris", afirmou Carlos Nobre, professor da cátedra clima e sustentabilidade e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Estamos muito perto de chegar ao 1,5º grau Celsius de aquecimento global. Se mantivermos a direção de zerar as emissões líquidas só em 2050, vamos passar de 2º graus Celsius", afirmou, acrescentando que alguns estudos mostram o risco de a temperatura média global do planeta aumentar em 2,5º graus Celsius.

Além do derretimento de geleiras, extinção de 18% a 25% da biodiversidade dos oceanos, um aquecimento mais alto vai aumentar o já "risco gigantesco de epidemias, como já vimos na Amazônia em 2024", segundo Nobre. "Se continuarmos a perturbar a natureza desse jeito, vamos ver mais epidemias e pandemias. No ano passado, a região da Amazônia já viu epidemias da febre mayaro e da febre oropouche", afirmou Nobre, único cientista brasileiro a participar da coalizão de universidades e organizações científicas chamada Planetary Science. A coalizão tem um estande na zona azul da COP30 com uma programação de painéis nas duas semanas.

O cientista afirmou também que ele participou de um estudo que mostra que o Brasil tem total condição de zerar as emissões líquidas dez anos antes da meta, em 2040. O estudo foi lançado na Academia Brasileira de Ciências na última quarta-feira e vai ser apresentado no estande da Planetary Science na COP30. "O Brasil tem um plano geral para reduzir desmatamento, tem condições de fazer a transição energética para não usar mais combustível fóssil depois de 2040 e também de migrar para uma agropecuária com menos emissões, que chamamos de regenerativa", afirmou Nobre.

O cientista também destacou a oportunidade que o Brasil em restauração florestal. Ele citou que há iniciativas públicas e privadas nessa área e apontou a importância das empresas nessa frente. "O setor privado tem que acelerar os projetos de restauração florestal", afirmou Nobre. Ele pontuou que há dois problemas nesse setor. Um deles é o desafio gigante de produzir ou coletar as 20 bilhões de mudas e sementes para restaurar 240.000 quilômetros quadrados.

O outro problema é financiamento. Nesse ponto, Nobre elogiou a iniciativa do Fundo Florestas Para Sempre (TFFF), mecanismo financeiro proposto na COP28 em Dubai e lançado oficialmente na cúpula de líderes em Belém, na semana passada. O fundo, que já conta com mais de US$ 5,5 bilhões, irá remunerar os países em desenvolvimento que comprovarem a conservação das suas florestas tropicais úmidas. "O TFFF é ideia muito boa e a primeira vez que vai se pagar por serviço ecossistêmico na história", afirmou Nobre.

O cientista defendeu o aumento do financiamento da adaptação, um tema que perpassa o conceito da justiça climática. "O tema da justiça climática é de total urgência. Temos mais de 2 bilhões de pessoas muito vulneráveis a todos esses eventos extremos que já estão acontecendo. Elas não estão preparadas para esses eventos extremos. Então, é preciso megainvestimento em adaptação, é preciso retirar essas pessoas das áreas de risco. No Brasil, são milhões de pessoas", disse Nobre.

Esperança

Nobre demonstrou grande preocupação com o fato de o número de países que apresentaram as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) ainda estar baixo. No domingo, o número estava em 109.

Ele lembrou que, nas últimas quatro COPs, mais de 190 países submeteram as metas nacionais. "É uma preocupação se o número de países que apresentaram NDC não chegar a 190", disse.

"Temos de ter uma esperança enorme que a COP30 seja tão importante quanto a COP que fechou o Acordo de Paris. Os países aqui presentes precisam entender a gravidade da situação, acelerar as ações e parar com os combustíveis fósseis o mais rapidamente possível", comentou Nobre.

Ele destacou que os preços da energia renovável caíram e, em alguns casos, chegam a ser mais baratos que os fósseis. "A transição energética é totalmente factível", disse.