Tudo o que você precisa saber para aproveitar o Lollapalooza 2025: horários, shows e mais

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A edição de 2025 do festival Lollapalooza ocorre neste final de semana, entre os dias 28 e 30 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O evento contará com a apresentação de nomes como Olivia Rodrigo, Alanis Morissette, Justin Timberlake, Shawn Mendes, Sepultura e Jão, além de outros grandes artistas do mundo da música.

Se você é daqueles que vai ao festival todo ano, ou se é a sua primeira vez participando de um dos maiores eventos musicais do Brasil, o Estadão separou algumas dicas para quem deseja sobreviver ao Lollapalooza. Entre uma roupa confortável, uma boa programação e muita água, confira um guia para quem quer aproveitar tudo o que o evento tem para oferecer:

Saiba como chegar e como sair:

Os portões do Lollapalooza 2025 se abrem às 11h ao longo do final de semana, com as primeiras apresentações iniciando às 12h. Se você é daqueles que gosta de aproveitar cada minuto do evento, é bom se programar para chegar cedo e evitar filas. Tome cuidado, no entanto, se você planeja ir de carro: as ruas ao redor do evento costumam ser fechadas para o trânsito, dificultando o acesso ao festival via automóvel.

Para ir até o Autódromo de Interlagos, a melhor opção é optar pelo transporte público ou pago. No final de semana do Lollapalooza, o metrô e o trem terão operação 24h, garantindo que todos cheguem em casa após o evento. A estação mais perto do evento é a estação Autódromo, localizada na Linha 9 - Esmeralda.

Além da passagem normal, a ViaMobilidade também oferece o serviço de Trem Expresso. A opção custa R$ 30 por dia e engloba a ida e a volta. O embarque é feito nas estações Pinheiros e Morumbi-Claro. A vantagem dessa opção é que o trem só faz paradas nas duas estações, possibilitando um trajeto mais rápido para o festival. O horário de embarque, no entanto, deve ser marcado com antecedência nesse site.

O festival também oferece alguns ônibus que podem ser contratados para facilitar o percurso - o Lolla Transfer e o Express. O Transfer é a opção mais cara, custando R$ 190 por dia e englobando ida e volta. Ao todo, são nove pontos de embarque ao redor da grande São Paulo. Além do conforto de um ônibus executivo, o Transfer é o único transporte que desembarca no Autódromo. Os ingressos, no entanto, devem ser comprados com antecedência nesse site. As vagas estão sujeitas à lotação do ônibus.

Já o Express é a opção mais em conta, custando entre R$ 30 e R$ 40 por dia e englobando ida e volta. Ao todo, são três pontos de embarque e desembarque ao redor da cidade de São Paulo. O Express deixa os convidados em frente ao portão de entrada do evento. Além do preço, a outra grande vantagem do transporte são os horários de saída: a cada 20 minutos entre 9h e 20h. Os ingressos podem ser comprados com antecedência nesse site.

Lembre do ingresso digital

Em 2025, os ingressos do Lollapalooza serão 100% digitais. Por isso, é importante baixar o aplicativo Quentro e ativar a entrada na plataforma. Para fazer isso, é necessário acessar o site da Ticketmaster, entrar na aba "Meus Pedidos" e indicar o e-mail para o qual você deseja que o ingresso seja enviado. Após essa etapa, é só entrar no Quentro com o mesmo e-mail e resgatar o seu ingresso.

Só será possível entrar no evento com o aplicativo. Não serão aceitos prints de telas ou impressões. Se o seu ingresso é para as áreas Lolla Lounge by Vivo e Comfort by Bradesco/Cielo, há uma etapa adicional. É necessário cadastrar a biometria facial no Quentro para obter a liberação do ingresso no aplicativo.

Leve roupas leves e tênis

Não é incomum encontrar pessoas muito bem-vestidas no Autódromo de Interlagos durante o final de semana do Lollapalooza. Separar uma roupa especial ou temática para ver o seu artista favorito é delicioso, mas deve ser feito com cuidado. Afinal, não estamos falando de um desfile de moda, mas sim de um festival de música.

O local do evento é bem grande, os palcos são distantes e a travessia entre os espaços nem sempre é o trajeto mais fácil. Por isso, é importante pensar em um look que seja, acima de tudo, funcional. Um tênis confortável, uma roupa leve e peças que podem ser sujas são ótimas pedidas para quem deseja um festival sem grandes perrengues.

Prepare-se para chuva (e para o barro)

Diferentes previsões de chuva indicam uma possibilidade considerável de chuva durante os três dias do festival. As condições climáticas podem mudar, mas é sempre recomendável se preparar para o pior. Uma capa de chuva será sua melhor amiga no Lollapalooza, garantindo que você não se molhe e passe frio caso o pior aconteça. Além disso, evite tênis brancos e novos. Você provavelmente irá sujá-los. No lugar deles, opte por um tênis capaz de aguentar bastante barro - o Autódromo de Interlagos vira um lamaçal quando chove.

Planeje seu dia

Uma das partes mais legais de um festival como o Lollapalooza é quantidade de atrações musicais que ocorrem em um mesmo dia. Ao todo, são dezenas de bandas dos mais variados estilos e trajetórias tocando em um único espaço, um prato cheio para quem é fã de música. Quando a demanda é tão alta, no entanto, priorizar e se planejar se tornam essencial para quem quer curtir o máximo do evento.

Por mais rápido que você consiga se deslocar entre os palcos, há uma única verdade: você não conseguirá assistir todos os shows do festival. Portanto, elencar os shows prioritários e traçar um plano de voo para cada dia é o segredo para o sucesso. Fique atento, entretanto, aos horários e mantenha-se realista.

É preciso considerar o tempo de deslocamento entre os palcos (são quatro, ao todo: Palco Budweiser, Palco Samsung Galaxy, Palco Mike's Ice e Palco Perry's by Fiat), a demora na dispersão do público após o final de um show e o estado da grama do Autódromo de Interlagos.

Lembre-se: os concertos no Lollapalooza costumam ser pontuais. Às vezes, é mais recomendável abrir mão de um show que você não tem tanto interesse para descansar e pegar um lugar melhor no concerto do seu artista favorito.

O que levar na bolsa?

A lista do que pode e não pode levar no Lollapalooza 2025 é extensa e pode ser conferida na íntegra aqui. No entanto, existem alguns itens essenciais como: óculos escuros, capa de chuva, protetor solar, chapéu e uma canga.

Alimentos como biscoitos, torradas e barras de cereal também podem ser levados, caso estejam lacrados. Frutadas cortadas e sanduíches em embalagens transparentes, como zip lock, também são uma boa pedida.

Por fim, mas não menos importante, um carregador de celular portátil pode te salvar de muitas enrascadas. É necessário, entretanto, ficar atento. Qualquer quantidade que exceder ao limite de até cinco itens por pessoa poderão ser retidas na entrada do evento.

Como comprar alimentos no evento?

Pela primeira vez na história do Lollapalooza, as pulseiras não estarão presentes. Em 2025, os pagamentos no festival foram simplificados. Agora, se você deseja consumir algum alimento em um dos 85 pontos de alimentação do evento, basta pagar com cartão de débito ou de crédito no caixa. Não é necessário fazer nenhum tipo de depósito prévio ou recarregar algum tipo de cartão.

A exceção ocorre caso você queira comprar algo com dinheiro ou Pix. Nesse caso, será necessário comprar um cartão e carregar os créditos em um dos Caixas Cashless espalhados pelo festival. Prepare-se, no entanto, para gastar uma quantidade considerável de dinheiro na hora de se alimentar e beber. Os preços costumam ser salgados e, a depender da sua fome, é possível ultrapassar os três dígitos em gastos com alimentação.

Se hidrate e descanse

Se hidratar bem é a primeira regra do rolê. O festival conta com oito pontos de distribuição de água gratuita, então não existe sequer desculpas para não beber bastante água. Além disso, é importante aproveitar qualquer momento de calmaria para descansar. Não tenha vergonha de sentar no chão e relaxar as pernas por alguns minutos. Para melhorar a experiência, leve uma canga ou algum tecido para não sujar sua roupa ao tocar no chão. Por fim, se você vai encarar mais de um dia de festival, lembre-se que sua energia é finita. É importante aproveitar o evento, mas não vá queimar largada na sexta-feira se o seu artista favorito só se apresenta no domingo.

Lollapalooza 2025: veja a programação por dia e horário

Sexta-feira (28)

Palco Budweiser

12h45 - 13h40 - Dead Fish

14h45 - 15h45 - Mc Kako

16h55 - 17h55 - Girl In red

19h05 - 20h05 - Empire of the Sun

21h30 - 23h - Olivia Rodrigo

Palco Samsung Galaxy

12h - 12h45 - Vencedor do concurso "Temos Vagas 89FM"

13h40 - 14h40 - Juyè

15h50 - 16h50 - Inhaler

18h - 19h - Jão

20h10 - 21h25 - Rüfüs Du Sol

Palco Mike's Ice

12h45 - 13h40 - Pluma

14h45 - 15h45 - Jovem Dionísio

16h55 - 17h55 - White Denim

19h05 - 20h05 - Nessa Barrett

21h30 - 22h30 - Caribou

Palco Perry's by Fiat

12h - 12h45 - Paula Chalup

13h - 14h - Cashu

14h15 - 15h15 - L_cio

15h30 - 16h30 - Blancah

16h45 - 17h45 - Tropkillaz

18h - 19h - DJ GBR

19h15 - 20h15 - Disco Lines

20h30 - 21h30 - JPEGMAFIA

Sábado (29)

Palco Budweiser

12h45-13h40 - Zudizilla

14h45-15h45 - Drik Barbosa

16h55-17h55 - The Marías

19h05-20h05 - Tate McRae

21h45-23h15 - Shawn Mendes

Palco Samsung Galaxy

12h - 12h45 - Picanha de Chernobill

13h40 - 14h40 - Kamau

15h50 - 16h50 - Marina Lima

18h - 19h - Benson Boone

20h10 - 21h40 - Alanis Morissette

Palco Mike's Ice

12h45 - 13h40 - Tagua Tagua

14h45 - 15h45 - Sophia Chablau

16h55 - 17h55 - Artemas

19h05 - 20h05 - Wave to Earth

21h45 - 22h45 - Teddy Swims

Palco Perry's by Fiat

12h - 12h45 - Fatsync

12h45 - 13h45 - Etta

14h - 15h - Samhara

15h15 - 16h15 - Barja

16h30 - 17h30 - Bruno Martini

17h45 - 18h45 - Zerb

19h15 - 20h15 - Kasablanca

20h30 - 21h30 - San Holo

21h45 - 22h45 - Zedd

Domingo (30)

Palco Budweiser

12h40 - 13h30 - Sofia Freire

14h30 - 15h30 - Terno Rei

16h40 - 17h40 - Michael Kiwanuka

18h50 - 19h50 - Foster The People

21h30 - 23h - Justin Timberlake

Palco Samsung Galaxy

12h - 12h40 - Giovanna Moraes

13h30 - 14h25 - Clube Dezenove

15h35 - 16h35 - Neil Frances

17h45 - 18h45 - Parcels

19h55 - 21h25 - Tool

Palco Mike's Ice

12h40 - 13h30 - Charlotte Matou um Cara

14h30 - 15h30 - Marina Peralta

16h40 - 17h40 - Ca7riel & Paco Amoroso

18h50 - 19h50 - Bush

21h30 - 22h30 - Sepultura

Palco Perry's by Fiat

12h - 12h45 - Nana Kohat

13h - 13h45 - Due

14h - 15h - Agazero

15h15 - 16h15 - Any Mello

16h30 - 17h30 - Ruback

17h45 - 18h45 - Ashibah

19h15 - 20h15 - Barry Can't Swim

20h30 - 21h30 - Blond:ish

21h45 - 22h45 - Charlotte De Witte

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A cidade de São Paulo não deve ter fortes chuvas na noite deste sábado, 8, segundo boletim divulgado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura. As chances de rajadas de vento, porém, se mantêm.

No Paraná, ao menos seis pessoas morreram e 750 ficaram feridas após a passagem de um tornado na tarde de sexta-feira, 7, na região centro-oeste do Estado.

A previsão era de que a chuva seguisse em direção a São Paulo, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Até houve registros de fortes chuvas na capital durante a madrugada deste sábado, mas a situação não se prolongou. No fim da tarde, os termômetros marcavam 25°C, com umidade relativa em torno dos 73%, segundo o CGE.

O boletim divulgado no meio da tarde, às 15h, apontou que as instabilidades que atingiram a capital e a região metropolitana durante a madrugada já se afastaram em direção ao Sul de Minas e do Rio de Janeiro.

"Não são mais esperadas chuvas significativas ao longo do dia, mas ainda há potencial para a ocorrência de rajadas de vento de até 80km/h durante todo o dia e noite, o que vai favorecer a acentuada queda da temperatura", diz o CGE.

Climatempo alertou para ventania em São Paulo

Na sexta-feira, 7, a Climatempo alertou para o risco de ventos fortes inicialmente na Região Sul e, ao longo deste sábado, no Sudeste.

"No decorrer da tarde do sábado, o ciclone se desloca pelo oceano, indo em direção à costa de São Paulo e do Rio de Janeiro", afirmou, em nota.

Na madrugada e manhã de domingo, 9, a previsão é de que o ciclone se afaste em alto mar, na altura do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Defesa Civil emitiu alerta para os riscos de ciclone

Desde quinta-feira, 6, a Defesa Civil do Estado de São Paulo alerta para os riscos do ciclone extratropical, seguido por uma frente fria, que começou a se formar na sexta sobre o Sul.

O ciclone e a frente fria começaram a se formar a partir de uma área de baixa pressão atmosférica e ganharam força entre o Norte da Argentina e o Paraguai durante a tarde e a noite de quinta.

Os estados do Sul do País são os mais afetados, mas o fenômeno também fez o tempo ficar instável em São Paulo e outras regiões.

O Paraná viveu, nesta sexta-feira, 7, um dos eventos meteorológicos mais severos de sua história recente. Ao menos seis pessoas morreram e 773 ficaram feridas após a passagem de um tornado na região centro-oeste do Estado. Os fortes ventos deixaram um rastro de destruição na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, município de cerca de 14 mil habitantes localizado a aproximadamente 380 quilômetros de Curitiba.

O Estadão conversou com Sheila Paz, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), que detalhou as causas, a dimensão e as implicações climáticas do tornado. Ela explicou que a passagem de uma frente fria associada à formação de um ciclone na costa do Rio Grande do Sul deu origem a supercélulas de tempestade que levaram à formação do tornado.

O Simepar ainda investiga a ocorrência exata, mas a meteorologista confirma que três tornados foram registrados no Estado entre as 18h e as 20h de sexta-feira. O mais intenso atingiu Rio Bonito do Iguaçu, com ventos estimados em 250 km/h, o que corresponde à categoria F3 na escala Fujita, usada para medir a intensidade de tornados.

"É um tornado extremamente violento e devastador, o pior evento de tempestade da história recente do Paraná", afirmou Sheila, acrescentando que cerca de 80% da cidade foi afetada. Registros mostram que as rajadas provocaram destelhamento de residências, além de quedas de árvores e postes.

Apesar do impacto, Sheila explicou que tornados não são fenômenos desconhecidos na região. "Eles fazem parte da nossa climatologia. O que aconteceu foi que esse passou exatamente sobre uma cidade pequena, o que fez o estrago ser amplamente sentido", disse. Ela destacou que muitos eventos semelhantes ocorrem em áreas rurais, sem deixar registros visíveis ou danos significativos.

Segundo a meteorologista, a primavera é uma estação especialmente crítica, marcada pela passagem de frentes frias e tempestades intensas. "Nos últimos dois meses, tivemos várias tempestades severas no Paraná e em toda a região Sul. Estamos vivendo uma temporada muito movimentada", afirmou.

O que causou a formação do tornado?

Conforme o Simepar, os temporais na região estão associados a uma combinação de fenômenos que incluem o deslocamento de uma frente fria impulsionada por um sistema de baixa pressão atmosférica formado entre o Paraguai e o sul do Brasil, ao mesmo tempo que um ciclone extratropical se desloca do continente para o oceano.

"Observamos o avanço de uma frente fria associada a um ciclone bem estruturado entre o litoral gaúcho e o Atlântico. À frente dessa frente fria, se formaram células de tempestade que evoluíram para supercélulas. Dentro delas, houve a formação dos tornados", explicou Sheila.

O evento desta semana foi agravado por um ambiente atmosférico altamente instável, com "grande corredor de umidade e temperaturas elevadas" no interior do Estado, favorecendo o surgimento de supercélulas. "O ciclone trouxe umidade e energia em excesso e, quando encontrou calor no interior, criou as condições ideais para a formação desses sistemas", explicou.

Diferença entre tornado, ciclone e furacão

Um dos principais pontos de confusão entre o público é a diferença entre tornado, ciclone e furacão. Sheila explica que são fenômenos distintos, tanto em escala quanto em duração.

"O furacão é um sistema gigantesco, com centenas de quilômetros de extensão, formado sobre oceanos tropicais. Ele mantém ventos muito fortes por horas ou dias, como o furacão Melissa, que passou pela Jamaica recentemente", afirmou.

"Já o tornado tem dezenas de metros de diâmetro, forma-se dentro de uma supercélula e dura poucos segundos ou minutos. No caso do Paraná, a destruição observada ocorreu em cerca de 30 segundos."

O ciclone, por sua vez, é uma área de baixa pressão atmosférica, e pode ser o ponto de partida para uma frente fria e tempestades severas, como as que atingiram o Paraná. "O ciclone que se formou na costa do Rio Grande do Sul ajudou a organizar a frente fria, que por sua vez criou o ambiente propício às supercélulas. Dentro delas, surgiram os tornados", explicou.

Sheila lembra que o Brasil só registrou um furacão verdadeiro em sua história: o Furacão Catarina, em 2004, que atingiu o litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. "Furacões não pertencem à nossa climatologia, mas supercélulas e tornados sim", explicou.

Mudanças climáticas

Embora tornados façam parte da climatologia do Sul, Sheila reconhece que há sinais de mudança. "Os estudos mais recentes indicam aumento da intensidade e da frequência. Esses fenômenos sempre existiram, mas hoje acontecem com mais força e são registrados com mais facilidade. Essa chavinha já virou."

Para a meteorologista, a situação observada no Paraná se soma a um quadro mais amplo de eventos extremos na região. "O que vimos no Rio Grande do Sul no ano passado mostra que o clima está mudando. Temos tempestades mais severas, mais destrutivas, e isso exige preparo e investimento em monitoramento", disse.

A meteorologista reforça que, diante de um cenário climático mais severo, a educação da população e o fortalecimento dos sistemas de alerta são fundamentais. "É essencial que as pessoas saibam como agir diante de uma tempestade. Alertas precisam chegar com antecedência e a população precisa entender a gravidade desses eventos. Só assim conseguiremos reduzir o impacto humano e material."

O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), assinou neste sábado, 8, um acordo de cooperação técnica com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, para realizar um intercâmbio de projetos de sustentabilidade e urbanismo em meio aos trabalhos da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP30, na capital paraense.

A cerimônia foi realizada na sede da prefeitura de Belém. Depois da assinatura, a prefeita de Paris foi levada para conhecer um museu que funciona no local.

"A prefeita é uma referência no que diz respeito a cidades caminháveis, cidades arborizadas e resilientes, e uma referência também em urbanismo sustentável, então para nós é um motivo de satisfação e um momento em que Belém dá uma grande virada de chave e entra no mapa do planeta, tendo hoje essa oportunidade de assinar esse termo de cooperação técnica que vai fazer com que nossa cidade possa se capacitar ainda mais para os desafios pós Cop30", afirmou o prefeito.

Anne Hidalgo lembrou que Belém era conhecida como a Paris da América Latina e ressaltou a arquitetura e a riqueza cultural da cidade. No final do século 19, em uma época de prosperidade econômica por causa do ciclo da borracha, Belém ganhou esse apelido devido à realização de reformas inspiradas na capital francesa.