Lollapalooza: Benson Boone, do maior hit do TikTok em 2024, mostra que sabe o que é performar

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O cantor e compositor americano Benson Boone não era um headliner deste segundo dia do Lollapalooza Brasil 2025. Esse posto ficou dividido entre Alanis Morissette e Shawn Mendes.

Havia certa apreensão do que Boone poderia mostrar no palco do festival. Aos 22 anos, ele é um artista do seu tempo. Suas músicas, principalmente Beautiful Things, foi alçada como hit graças ao TikTok - aplicativo atualmente essencial para a música pop produzida no mundo todo, seja para mostrar o que for, para quem quer que seja.

Com isso, foi a música mais vendida no planeta em 2024, segundo dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica, com 2,11 bilhões de unidades.

Foi, inclusive, com Beautiful Things que Boone fez a elogiada e polêmica apresentação no Grammy Latino 2025, em fevereiro. Começou sua performance usando smoking, de uma das mesas da plateia. Teve o traje formal arrancado pela humorista Nikki Glaser e pela apresentadora Heidi Klum. Deixou, então, revelar um macacão azul, colado ao corpo. Deu um pirueta usando o piano como base na momento em que acesso o palco. No fim de sua performance, ajeitou a região genital, ao vivo, para milhões de pessoas que assistiam à cerimônia.

É isso: Performance. Em um universo pop dominado por divas, Boone sabe muito bem o que é performar. No início da noite deste sábado, no Lolla, o cantor fez sua estreia nos palcos brasileiros com de lançamento de sua primeiro álbum, Fireworks & Rollerblades, com 15 faixas.

Boone abriu o show com Sorry I'm Here for Someone Else, canção que fala de amor e de uma porção de batatas fritas. "Um, dois, três, quatro", ele canta entre a primeira e segunda estrofe da canção. Nada mais propício para a abertura de um show em um festival que tem público estimado em 100 mil pessoas.

Cry é uma canção que começa em ritmo de balada e depois ganha mais vigor quando a personagem da letra atinge, depois da desilusão a raiva. Os falsetes de Boone são bem colocados. In the Stars, música que o cantor fez para sua avó, ficou conhecida por meio das redes sociais. E Sugar Sweet, seu primeiro single, ainda de 2023.

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Imagens de drone flagraram, neste sábado, 2, densas camadas de espuma tóxica cobrindo uma grande extensão do Rio Tietê, na região de Salto, no interior de São Paulo. Autor das imagens, o fotógrafo Daniel Santos, diz que subiu o drone entre às 10 horas e o meio-dia. Ele relata que o fenômeno se repete praticamente todo ano e vem se agravando.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que intensificou as fiscalizações e aplicou multas. O governo do Estado diz que investirá R$ 20 bilhões em saneamento até 2029.

De acordo com Santos, que é morador de Salto, ele tem registrado espumas no Tietê há dez anos e o problema acontece de forma recorrente. "Nunca melhorou, mas agora parece que está pior. As pessoas que vêm visitar esta região das cachoeiras reclamam muito do cheiro. Nós, moradores, estamos até acostumados, mas os visitantes relatam irritação nos olhos e no nariz devido aos gases que saem das espumas."

De acordo com a ambientalista Malu Ribeiro, diretora de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, embora o problema das espumas seja recorrente, por causa da baixa vazão neste período do ano, o fato reflete a concentração de poluentes que o rio recebe especialmente da Região Metropolitana de São Paulo.

"Quando as águas com essa carga enorme de poluição chegam às corredeiras de Salto, formam espumas provenientes de sulfactantes, que são produtos biodegradáveis, como saponáceos, detergentes, pasta de dente e outros presentes no esgoto", diz.

Este ano, segundo ela, além da estiagem, houve um "gravíssimo problema" que foi o rompimento de uma rede de esgoto na altura da Marginal Tietê.

"A Sabesp, que é responsável pelo saneamento na região e também pelo projeto de despoluição do Tietê, de forma inadequada, lançou os efluentes da região norte da capital paulista diretamente no rio. Isso fez com que aumentasse a carga poluidora no rio justamente no período de estiagem, agravando o problema para uma cena que não deveríamos mais estar vendo diante dos avanços que foram feitos nos índices de coleta e saneamento de esgoto."

Conforme registrou o Estadão, no dia 27 de junho, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) despejou esgoto diretamente no Rio Tietê, entre as pistas local e central da Marginal, em frente à Avenida Engenheiro Caetano Alvares. A empresa disse ao jornal que "foi preciso realizar uma manobra emergencial para esvaziar a rede no trecho em obras da marginal Tietê, com o objetivo de identificar o que originou a cratera na via.

A dirigente da SOS Mata Atlântica aponta que outra falha voltou a ser registrada neste sábado em uma estação elevatória de esgoto do Rio Pinheiros, drenando efluentes diretamente para o rio, que é afluente do Tietê. Segundo ela, lançar esgoto in natura no rio é proibido pela Constituição paulista desde 1989 e fatos como estes comprometem investimento feito na despoluição do Rio Tietê nos últimos 30 anos.

A reportagem entrou em contato com a Sabesp e aguarda retorno.

O que diz o governo

O governo de São Paulo informou que o programa IntegraTietê, prevê R$ 20 bilhões de investimento em saneamento e na conexão de 2,2 milhões de domicílios à rede de esgoto até 2029. Conta ainda com um Grupo de Fiscalização Integrada das Águas do Rio Tietê (GFI-Tietê), que já percorreu 7,1 mil quilômetros do Rio e aplicou R$ 6,6 milhões em multas.

A Cetesb acompanha os episódios de formação de espuma no Rio Tietê e intensificou as fiscalizações, tendo realizado este ano 324 coletas de amostras e 114 vistorias em estações de tratamento, indústrias e municípios que ainda não tratam esgoto.

No período, foram aplicadas penalidades que somam R$ 3,8 milhões a agentes poluidores. Além disso, o Estado trabalha na limpeza e desassoreamento do Rio, já tendo retirado desde 2023 mais de 3,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos do Tietê e seus afluentes.

Moradores e associações de São Paulo fizeram um "café-manifestação" contrário à obra de um empreendimento de alto padrão no entorno de um casarão tombado em Higienópolis na manhã deste sábado, 2. A incorporadora Helbor vai construir prédios de cerca de 20 pavimentos em área junto à antiga residência da família Rodrigues Alves, conhecida por ter sido endereço do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante a ditadura militar.

O ato ocorreu como parte de um "encontro-manifestação" marcado pelo Coletivo Pró-Higienópolis e a Associação de Proprietários, Protetores e Usuários de Imóveis Tombados (APPIT), além de outras entidades. O grupo tem criticado que a nova construção ficaria a cinco metros de distância do casarão, "ocupando quase toda a área de seu antigo jardim". Também fala na necessidade de rever o regramento do tombamento do espaço.

O empreendimento de alto padrão preservou e manterá o casarão tombado, como ocorre em outras obras do tipo, a exemplo do Shopping Higienópolis. Em nota, a Helbor destaca que o projeto é desenvolvido "com total respeito à legislação vigente, em conformidade com o Plano Diretor da cidade".

A incorporadora também ressaltou ter obtido autorização do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), ligado à Prefeitura e que delibera sobre intervenções em bens tombados na esfera municipal.

"O imóvel, que esteve abandonado por anos, foi revitalizado e agora será reintegrado à vida do bairro, oferecendo um novo espaço qualificado para os moradores e visitantes", completou. É localizado na esquina das Ruas Piauí e Itacolomi.

Nas últimas décadas, o imóvel teve o destino discutido várias vezes. Em 1990, por exemplo, foi vendido para uma construtora, o que acabou barrado na Justiça. Depois, chegou a ser discutida uma transformação em museu, o que atraiu interesse da Polícia Militar.

Em 2015, por sua vez, foi publicada uma lei que o incluiu em lista de imóveis repassados à Prefeitura para abater dívidas - que seriam destinados à moradia popular. O plano não foi adiante, contudo.

Empreendimento terá apartamentos de alto padrão

Ao todo, a Helbor tem dois empreendimentos previstos para o entorno do casarão. O principal é o Casa Piauí Higienópolis, com 40 apartamentos, de 245 m² e 251 m², com quatro suítes, além de três a quatro vagas de garagem. Na divulgação, é chamado de "alto padrão" e "exclusivo".

O casarão deverá ser preservado. A incorporadora é a mesma do caso da travessa pública que deve ser vendida pela Prefeitura de São Paulo, como mostrou o Estadão.

Os manifestantes afirmam ter reunido 200 pessoas no ato deste sábado. Eles preferem utilizar o termo "café-manifestação" em vez de protesto, pois se inspiraram em "coffee parties" realizadas no exterior, com o objetivo de discutir o futuro de Higienópolis.

Qual é a história do casarão?

O antigo casarão foi leiloado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2018, por R$ 26 milhões. O valor foi quase 75% a mais do que o lance inicial. Esteve fechado por cerca de duas décadas.

O imóvel foi residência da família do ex-presidente brasileiro Rodrigues Alves. Além disso, entre os anos 1960 e 2000, foi endereço da Polícia Federal, por onde passaram de contrabandistas a opositores da ditadura militar.

É conhecido por ter sido sede do Dops. Também foi carceragem de um dos líderes da Camorra, Francesco Toscanino, e do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto (o Lalau) - condenado por desvios na Justiça do Trabalho.

O casarão centenário é de estilo art nouveau. É tombado desde 2012 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) por ser um "exemplar de moradia abastada do início do século 20".

O corpo de uma mulher de 30 anos foi encontrado em uma das piscinas do Motel Astúrias na tarde de sexta-feira, 1º. O estabelecimento fica localizado nas imediações da Marginal Pinheiros, no distrito homônimo da zona oeste de São Paulo.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o Corpo de Bombeiros foi ao local, onde constatou a morte. O caso é investigado como "morte suspeita" pela Polícia Civil.

À polícia, os responsáveis pelo motel relataram que a vítima chegou ao local acompanhada de um homem na noite de quinta-feira, 31.

O homem teria deixado o quarto algumas horas depois, sozinho. Retornou, contudo, no dia seguinte, acompanhado de outra mulher. Nesse momento, foi abordado pela polícia e conduzido para prestar esclarecimentos no 14º DP (Pinheiros).

Em depoimento, os representantes do motel apontaram que funcionários tentaram contato com a mulher diversas vezes na sexta, após encerrar o horário da pernoite. Como não obtiveram retorno, entraram na suíte, onde encontraram o corpo da vítima.

De acordo com o portal Metrópoles, o motel tem a política de permitir a saída de um dos clientes apenas com a anuência do outro. Por isso, teria ligado para a suíte e obtido o aval da mulher. O homem teria, então, deixado o estabelecimento no mesmo automóvel em que chegou, um modelo da Mercedes Benz.

"A perícia foi solicitada e as investigações seguem em andamento", apontou a SSP em nota. O motel fica localizado na Avenida Doutora Ruth Cardoso, nas proximidades da Ponte Eusébio Matoso.

Segundo o site do estabelecimento, há piscinas em algumas suítes, nas denominadas "Mansões" e "Presidencial". Nessas opções, os valores de pernoite vão de R$ 421 a R$ 680.