Ed Motta critica tratamento desigual após Marina Lima reclamar no Lollapalooza: 'Duas medidas'

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O cantor Ed Motta usou as redes sociais para expressar sua insatisfação com o que considera um tratamento desigual por parte da mídia e do público diante de reclamações feitas por artistas no palco. O desabafo veio após Marina Lima protestar contra o volume de sua guitarra durante sua apresentação no Lollapalooza 2025, no último sábado, 29.

No festival, Marina interrompeu a apresentação para pedir ajustes no som e reclamou: "Bando de homem lerdo, aumenta essa p... Isso aqui é um festival." A fala repercutiu amplamente, mas, segundo Ed Motta, a cantora recebeu apoio e elogios, enquanto ele já foi duramente criticado por atitudes semelhantes.

O cantor reforçou que a situação é normal, já que o artista fica responsável por receber as críticas positivas e negativas de uma apresentação, mas destacou que apenas ele é alvo quando passa por uma situação similar.

"Mais um capítulo das aventuras dois pesos, duas medidas. Mais uma cantora famosa, da música brasileira enguiçou no palco, fez um comentário agressivo. Isso é uma coisa que acontece, gente. Não que isso seja normal (....) É natural esse tipo de reação. O que não é natural e é desonesto num nível fora do comum, é mais uma vez o que eu passo quando acontece alguma coisa relativa ao meu nome com a imprensa brasileira", disse o cantor.

Em novembro de 2024, no festival Rock The Mountain, Motta repreendeu um técnico de som no palco por problemas técnicos. Na ocasião, ele afirmou que o profissional estava "fora" da equipe e, mais tarde, reconheceu ter agido de forma impulsiva, atribuindo o episódio a uma falta de "inteligência emocional".

Além de Marina Lima, Ed Motta mencionou também a reação do público ao caso de Maria Bethânia, que, durante um show na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro, parou de cantar para reclamar do som e exigiu respeito da equipe técnica. A plateia aplaudiu a cantora.

Em seu desabafo, Ed Motta disse se sentir perseguido e injustiçado pela mídia brasileira. Ele afirmou que seu episódio no palco gerou críticas desproporcionais e que, enquanto artistas consagrados são exaltados por protestos semelhantes, ele continua sendo cobrado pelo erro. O cantor também mencionou sua frustração com o reconhecimento no Brasil, destacando que tem público internacional, mas deseja continuar vivendo no País.

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A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP) do Rio Grande do Norte afirmou que vai investigar a denúncia de Igor Cabral, ex-jogador de basquete que espancou a namorada com mais 60 socos dentro do elevador em Natal, sobre ele ter sido agredido na prisão.

O órgão informa que "adotou providências imediatas ao tomar conhecimento" da denúncia de que ele teria "sofrido violação à integridade física supostamente praticada por policiais penais de plantão na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, onde está custodiado".

Cabral responde por tentativa de feminicídio. Na semana passada, sua defesa havia pedido à Justiça o isolamento do detento no presídio alegando risco à "vida e a integridade física".

Segundo o governo, ele seria acompanhado para registro de ocorrência na Delegacia de Plantão da Polícia Civil e exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia. A investigação ficará a cargo da Polícia Civil.

Cabral foi preso em flagrante depois de desferir mais de 60 socos no rosto da companheira, dentro de um elevador, durante uma discussão. As cenas de violência foram gravadas pelas câmeras de vigilância do prédio.

O porteiro Manoel Anésio ligou para a polícia para denunciar as agressões que o estudante, e ex-jogador de basquete, cometia contra a namorada em um condomínio no bairro Ponta Negra, zona sul de Natal.

O porteiro afirma que se assustou com o grau da violência presenciada. "Nunca tinha visto esse tipo de coisa", disse. "Acho que qualquer um que estivesse aqui no meu lugar faria a mesma coisa(chamado à polícia)", disse.

O caso aconteceu no fim de julho. Igor Cabral teria ficado com ciúmes depois de ver algumas mensagens no celular da namorada. O rapaz jogou o celular dela na piscina e subiu ao apartamento dela para pegar os seus pertences. Ela subiu atrás, em outro elevador. Quando os dois se encontraram no mesmo andar, a discussão continuou. Com medo de ser agredida, ela permaneceu no elevador porque não há câmeras no corredor.

Durante a discussão, o agressor avançou sobre a vítima e a socou no rosto por mais de 60 vezes. O homem foi contido por moradores até a chegada da polícia, e preso na sequência em flagrante. Ela precisou ser hospitalizada e, sem conseguir falar, teve de dar depoimento à polícia por meio de bilhete escrito.

A vítima foi hospitalizada e teve de passar por cirurgia que durou mais de sete horas.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse neste domingo, 3, que está orgulhoso porque o Brasil saiu do Mapa da Fome em dois anos de meio de seu mandato. "Fico feliz, Edinho, porque no meu discurso de 2003, a coisa mais forte que eu disse foi que, se ao terminar o meu mandato, eu tivesse conquistado o direito de cada mulher, de cada homem e de cada criança, tivesse almoçado, tomado café e jantado, eu teria realizado a missão da minha vida", afirmou, dirigindo-se ao presidente eleito do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva.

Lula disse, ainda, que é muito pouco para um partido de esquerda, que deveria ter como meta buscar o socialismo, mas que como dirigente sindical aprendeu a não fazer bravatas e a prometer apenas o que pode fazer.

O presidente da República participou do 17º Encontro Nacional do PT, em Brasília.

O Brasil fará a melhor Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) já realizada e isso começa a assustar as pessoas que acham que são donas do mundo, disse o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. "Fizemos a melhor reunião do G20 já feita na história, aqui no Brasil. Fizemos a maior reunião do Brics já realizada, aqui no Brasil", afirmou ele durante o 17º Encontro Nacional do PT.

Ele acrescentou que está contente com o que tem conseguido fazer no País e rebateu críticas de que o governo não teria credibilidade. "O que nós fizemos não chegou para ninguém ainda. É muito lançamento dentro do Palácio do Planalto e pouco lançamento na rua."

O presidente afirmou que é preciso colocar a política no debate, e afirmou que o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro não fez nada no País, mas fez um debate sobre política. "Você viaja o Brasil, você não encontra nada que ele fez. Era a política. Era a luta contra o sistema", disse, ao comentar que o antigo governo fez um desmonte nas políticas sociais criadas durante as gestões do PT.

Lula falou que nem mesmo os malufistas, que apoiavam o ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, tiveram a coragem de defender a ditadura militar, e voltou a falar da campanha feita por Eduardo Bolsonaro contra o País no exterior. "Tem um cara que fazia campanha abraçado na bandeira nacional, agora está indo nos Estados Unidos se abraçar à bandeira americana para pedir para o Trump fazer taxação dos produtos brasileiros, para dar anistia para o pai dele. Mas aí é a excrescência da excrescência política."