Juliana Oliveira conta porque demorou a acusar Otávio Mesquita de estupro: 'foi uma violência'

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Alerta: o texto abaixo aborda temas sensíveis como estupro, violência doméstica e violência contra a mulher. Se você se identifica ou conhece alguém que está passando por esse tipo de problema, ligue 180 e denuncie.

Juliana Oliveira falou nessa terça-feira, 15, sobre a denúncia de estupro que fez contra Otávio Mesquita após um episódio que ocorreu no The Noite em 2016. A acusação foi negada pelo apresentador.

Nas redes sociais, a ex-assistente de palco do programa apresentado por Danilo Gentili no SBT comentou: "Eu não vim me pronunciar antes porque estava cuidando da minha saúde mental. Fui bastante atacada e descredibilizada aqui na internet. Estão usando muitos vídeos de alguns artistas que foram no The Noite e eu, em determinado momento, fazia o papel de fã, muitas vezes fã histérica", começou ela.

A humorista rebateu os vídeos trazidos em contraponto à denúncia: "Tinha pauta, tinha roteiro, tinha contexto, tinha consentimento". Juliana também acusou o SBT de falha no zelo "pela integridade física e moral", já que procurou o departamento de compliance do canal em setembro do ano passado para tentar resolver a situação, sem sucesso.

O Estadão procurou o SBT e o advogados de Juliana Oliveira para comentar o conteúdo do vídeo, mas até o momento, nenhuma das partes se pronunciou. O espaço segue aberto.

Já o advogado de Otávio Mesquita, Roberto Campanella, enviou uma nota. "Quanto aos últimos acontecimentos, lamentamos os ataques pessoais feitos pela Sra. Juliana, em especial aqueles contidos no vídeo recentemente por ela publicado, que serão também inseridos na ação indenizatória contra ela já proposta de modo a defender a honra e bom nome de nosso cliente."

No post de Juliana, ela também retomou o vídeo que comprova a acusação contra Mesquita: "Nesse dia, o combinado era que o Otávio Mesquita ia descer de ponta cabeça e eu ia ajudar o Danilo a desvirar ele e, na sequência, eu ia tirar o equipamento de segurança dele".

"Ele me agarrou à força, aquilo foi uma violência. Aquilo não foi consentido [...] Não foi uma brincadeira, foi uma violência. É nítido o meu desconforto no vídeo", continuou.

"Eu reclamei com o Danilo Gentili e com o diretor, com a produção. Disse que ele tinha passado do ponto. Uma forma que eles acharam para me 'blindar' foi não convidar mais o Otávio para entrevistar no The Noite".

Entretanto, a ex-assistente de palco explicou que isso não resolveu o problema. "Muitas vezes esse cara invadia o programa e a produção me escondia no banheiro. Eu era trancada no banheiro até ele sair. Isso não aconteceu uma, duas, três vezes. Aconteceu muito mais. Como se a errada, a culpada, a criminosa fosse eu".

Muitos comentários negativos e o "hate" da internet recebidos por Juliana falam da "demora" para a formalização da denúncia, já que o caso ocorreu em 2016.

Sobre isso, ela respondeu: "Eu só fui começar a entender de fato o que aconteceu comigo em 2020, quando vi o Danilo defendendo a Dani Calabresa do Marcius Melhem na internet. Eu falei assim: 'Danilo, aconteceu debaixo do seu nariz e você não fez nada. Eu tenho que ser branca, rica, eu tenho que ser o quê pra você me defender? A sua comoção é seletiva".

Ela defendeu também que, a partir do seu comentário, a diretoria do programa e o apresentador compreenderam a gravidade da situação. Juliana relata que foi instruída a conversar com a diretoria geral do SBT.

"[Mas] Foi só eu denunciar que foi se perdendo [a minha carreira]", complementa ela. Juliana foi demitida da emissora em 2024.

O que aconteceu

O advogado de Juliana protocolou uma representação criminal contra Otávio Mesquita na em 27 de março, que foi encaminhada para a Justiça Criminal de Osasco, na Grande São Paulo. Na quarta-feira seguinte, 2, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) determinou que a polícia deve investigar a denúncia. Feito o inquérito, o relatório volta para o MP-SP, e é só então que uma ação penal pode ser proposta.

O caso tem relação com um episódio ocorrido em 2016 no programa The Noite, apresentado por Danilo Gentili no SBT, quando Juliana ajudava Otávio Mesquita a retirar os equipamentos de segurança - ele havia entrado em cena pendurado. Segundo ela, ele tocou em suas partes íntimas sem o consentimento dela. No vídeo, é possível ver o apresentador simulando movimentos de sexo enquanto a prende pelas pernas.

"Estou muito seguro de que o inquérito vai robustecer as provas de prática de estupro", afirmou Hédio Silva na ocasião. "Nós, inclusive, temos hoje algumas provas complementares que não tínhamos antes de o caso vir à tona, que vamos juntar."

Ao Estadão, o advogado de Otávio Mesquita, Roberto Campanella, classificou a acusação como "grave e infundada", e afirma que prestará esclarecimentos.

"Com relação às acusações feitas pela Sra. Juliana, reiteramos a ausência de qualquer notificação formal acerca do inquérito mencionado.

Aguardamos a comunicação oficial para que nos manifestemos, prestando todos os esclarecimentos necessários, inclusive de modo a indicar a ausência de regular representação dentro do prazo legal aplicável à época.

Quanto aos últimos acontecimentos, lamentamos os ataques pessoais feitos pela Sra. Juliana, em especial aqueles contidos no vídeo recentemente por ela publicado, que serão também inseridos na ação indenizatória contra ela já proposta de modo a defender a honra e bom nome de nosso cliente."

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Em outra categoria

Por Redação

A ciclista Thais Bonatti, de 30 anos, morreu neste sábado, 26, após ser atropelada na manhã de quinta-feira, 24, pelo juiz aposentado Fernando Augusto Fontes Rodrigues Júnior, de 61 anos, na cidade de Araçatuba, interior do Estado de São Paulo. A reportagem não localizou a defesa de Bonatti.

Em nota, a Santa Casa de Araçatuba, onde a vítima estava internada, informou que Thais veio a óbito à 1h27 deste sábado. Ela estava internada na UTI.

"Apesar dos esforços de todas as equipes que atuam na unidade e no Centro Cirúrgico, a vítima não resistiu à gravidade dos politraumas, fratura de pelve e de traumatismo craniano encefálico sofridos", disse o hospital. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para autópsia.

"1h30 da madrugada eu estava em casa e recebi uma ligação da Santa Casa dizendo que ela tinha morrido. Então, enquanto ele (o juiz) estava dormindo com a família dele, eu estava escolhendo o caixão para a minha irmã. Ele está solto e o sentimento é de revolta", disse William Bonatti em entrevista ao Brasil Urgente, da Band.

O que aconteceu

Na manhã da última quinta, 24, o juiz estava a bordo da sua caminhonete modelo Ford Ranger, quando parou o veículo perto de um supermercado na Avenida Waldemar Alves, no bairro Jardim Presidente.

Ele estava acompanhado de uma mulher que, no momento em que o carro estava parado, teria tentado passar para o seu colo, segundo informações do boletim de ocorrência.

O juiz aposentado, então, teria acelerado o carro e passado com a caminhonete por cima de Thais Bonatti, que estava de bicicleta perto do veículo.

A vítima foi levada em estado grave para a Santa Casa de Araçatuba, onde não resistiu e faleceu neste sábado.

De acordo com a Polícia Civil, o juiz apresentava fala desconexa, falta de coordenação motora e forte odor etílico quando foi abordado pelos policiais.

Imagens de câmeras recolhidas pela polícia mostram que uma mulher nua estava em seu colo no momento do acidente. Ela teria se vestido e deixado rapidamente o local.

Júnior foi conduzido à Delegacia Seccional e submetido a um exame clínico que constatou que estava "alcoolizado/embriagado" no momento do atropelamento.

A polícia deu voz de prisão a Júnior e, na sequência, a sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva (sem prazo pré-definido).

Na sexta-feira, 25, ele foi liberado após o pagamento de fiança no valor de R$ 40 mil, e vai responder em liberdade.

Histórico do juiz

Rodrigues Júnior fez sua carreira como juiz da 1.ª Vara Cível de Araçatuba, a 530 quilômetros da capital São Paulo, até se aposentar em 15 de agosto de 2019.

Segundo dados do Tribunal de Justiça de São Paulo, disponíveis no Portal da Transparência da Corte, entre janeiro e junho, ele teve rendimento bruto somado de R$ 917 mil. Com os descontos, seu contracheque líquido bateu em R$ 781 mil acumulados no período, média de R$ 130 mil por mês.

Um homem, identificado como Gustavo Rodrigues Guimarães, morreu na tarde de ontem, 25, após cair de uma altura aproximada de 50 metros na Cachoeira da Usina, na zona rural da cidade de Alto Paraíso de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros.

O acidente ocorreu enquanto ele praticava highline e atravessava uma fita suspensa sobre a queda d'água.

Segundo relatos de testemunhas, Gustavo caiu diretamente sobre as pedras à margem do poço da cachoeira. Amigos que estavam no local tentaram reanimá-lo por meio de manobras de RCP (ressuscitação cardiopulmonar), mas ele não respondeu.

O Corpo de Bombeiros de Goiás foi acionado e, ao chegar ao local, encontrou a vítima deitada na borda do poço, com sangramento intenso na região de trás da cabeça e sem sinais vitais. A equipe do Samu confirmou o óbito.

A Polícia Técnico-Científica, o Instituto Médico Legal (IML) e a Polícia Civil também foram chamados para os procedimentos legais, e o corpo foi recolhido ainda na tarde de ontem.

Nas redes sociais, Gustavo mostrava um pouco da rotina de viagens e da prática da modalidade esportiva que realizava durante o acidente. Além do highline, ele compartilhava o dia a dia trabalhando com montagens de palco e praticando malabarismo.

Amigos e familiares se mobilizam nas redes para arrecadar fundos destinados ao translado do corpo e ao custeio do sepultamento.

Um incêndio atinge uma indústria de vasilhames na tarde deste sábado, 26, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado às 14h32. A informação inicial é que não há vítimas.

"Graças a Deus não há vítimas", disse a capitã Karoline Burunsizian, porta-voz do Corpo de Bombeiros, em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band. "A brigada da empresa que estava combatendo as chamas no início falou que não há vítimas dentro, não havia funcionários. Estamos trabalhando com essa informação", continuou.

Segundo a capitã, o foco dos agentes é evitar que o fogo se alastre para outras partes do prédio. Karoline afirmou ainda que o material incendiado é uma mistura de plástico e produtos químicos.

"Nós estamos fazendo esse levantamento com a empresa. Provavelmente são vasilhames de plástico com produto químico no interior. Mas o que é exatamente [a substância] só vamos saber depois das equipes no local confirmarem", acrescentou a porta-voz.

Inicialmente, seis viaturas foram deslocadas para a rua Atleca Fratucelli Lopes, nº 189, no bairro Vila Nova Bonsucesso. Porém, na última atualização do caso, às 15h59, os Bombeiros disseram que 40 homens em 12 viaturas trabalhavam para conter as chamas.

Nas redes sociais, usuários relatam que é possível avistar a fumaça a dezenas de quilômetros de distância, como o Tucuruvi, na zona norte da capital paulista. Outros pontos mencionados são Tatuapé, Guaianases e as cidades de Cotia e Osasco.

O local do incêndio fica a pouco mais de 6 km de distância do Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde as chamas também podem ser vistas de acordo com relatos publicados nas redes sociais.

A administração do aeroporto informou que pousos e decolagens ocorrem normalmente no local.