'BBB 25': 6 polêmicas que marcaram o programa este ano

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Renata Saldanha venceu o Big Brother Brasil 25 com 51,90% dos votos na final exibida na noite de terça-feira, 22. A bailarina superou Guilherme e João Pedro e garantiu o prêmio de R$ 2,72 milhões, além de recompensas acumuladas ao longo da edição.

A trajetória da campeã, no entanto, coincidiu com uma temporada marcada por discussões, alianças rompidas e embates que repercutiram dentro e fora da casa. A seguir, veja seis das principais polêmicas do programa.

Briga entre Camilla, Thamiris e Vitória

O trio formado por Camilla, Thamiris e Vitória protagonizou uma das discussões mais intensas da edição. A crise começou após a formação de um dos paredões, mas já vinha sendo alimentada por desentendimentos anteriores. Um deles aconteceu durante a divisão de tarefas do mercado, quando Camilla questionou a escolha de Vitória por priorizar proteínas em vez de temperos. "Não tem nem alho pra temperar a comida. Aí fica difícil", reclamou a sister.

Mais tarde, Vitória desabafou com Diego e Daniele, dizendo que havia percebido comentários das aliadas sobre ela. "Elas estavam falando de mim", afirmou. A situação se agravou após a votação, quando Thamiris criticou diretamente o voto de Vitória em Dona Delma. "Em vez dela votar no Guilherme para me defender, ela vota na Dona Delma. Ela não pensou em mim, só nela. O tempo todo nela", declarou.

Camilla também se posicionou, dizendo que Vitória não demonstrava coerência nas decisões dentro do jogo. "Você fala uma coisa e faz outra. Isso não é coerência", disse. A discussão foi marcada por acusações sobre falta de estratégia conjunta e falhas de comunicação entre as três.

Vitória respondeu lembrando que vinha sendo alvo constante de votos: "Eu estou no Paredão toda semana", justificou. Durante a troca de acusações, Thamiris também reclamou do voto que recebeu de Guilherme e questionou a lógica por trás das alianças na casa.

Aline e Diogo discutem por lentilha

Aline e Diogo protagonizaram uma discussão por causa da quantidade de lentilha servida durante o almoço da Xepa. A policial militar se incomodou ao perceber que o ator possuía mais feijão em seu prato e sugeriu que o preparo da lentilha não havia sido suficiente para todos do grupo.

"Eu falei para você: cozinha o feijão, porque eu sei que vai ter gente que vai pegar mesmo não querendo comer tanto. Imagina se não tivesse cozinhado o feijão?", comentou Aline, ao tentar explicar que sua observação não era direcionada diretamente a Diogo e sua mãe, Vilma, responsáveis pela refeição.

Diogo não aceitou o argumento e rebateu. "Quem cozinha, sabe que o caldo seca. A lentilha, até coloquei em uma panela maior para ficar com mais caldo, mas como ficou tempo parado ali, absorvendo a água e secou um pouco. Mas a quantidade que foi feita é a mesma", disse.

A tensão aumentou quando Diogo afirmou que Aline não teria conhecimento suficiente para criticar: "Você não cozinha, você não tem propriedade para falar sobre isso. Não tem, Aline! Quem cozinha sou eu, minha mãe, Camilla..."

Aline insistiu que a discussão não era sobre o modo de preparo, mas sobre a divisão do alimento: "A lentilha é tão importante quanto, porque o feijão as pessoas estão se esquivando de comer".

Gêmeos brigam por chapéu na Festa do Líder

Em uma das festas do Líder no BBB 25, João Pedro e João Gabriel, irmãos gêmeos e participantes do programa, discutiram por causa de um chapéu entregue pela produção ao líder da semana. João Gabriel afirmou que o item era dele e se incomodou ao vê-lo nas mãos do irmão.

"Ele tinha que ter humildade de falar: 'O chapéu é seu'. Eu não me importo dele usar. Falei para ele tomar cuidado. Ele sabe que o chapéu é meu. Ele não é bobo", disse João Gabriel, em conversa com Maike. Além da disputa, ele também acusou o irmão de amassar o chapéu.

Aline e Vinícius tentaram mediar o conflito. Aline afirmou: "A festa é dele. Na sua festa, você estava de chapéu. Você vai deixar ele sem chapéu?" João Gabriel respondeu: "O problema não é ele usar. É cair no chão e estragar."

A produção resolveu o impasse ao colocar um chapéu extra na despensa da casa. João Gabriel se afastou por alguns minutos no Quarto Fantástico, mas logo retornou à festa.

Gracyanne confronta Diogo após voto em Aline

Gracyanne Barbosa criticou a postura de Diogo Almeida após ele votar em Aline Patriarca, com quem havia iniciado um envolvimento afetivo dentro do BBB 25.

O voto ocorreu durante uma formação de Paredão em que as duas duplas mais votadas pela casa precisavam escolher, em consenso, outra dupla para indicar. Diogo e Vilma, aliados dos irmãos João Pedro e João Gabriel, optaram por colocar Aline e Vinícius na berlinda, decisão que revoltou Gracyanne.

"Desde o começo, eu falei que admiro o cara e tal, mas é um escroto. Para mim, tá jogando. Ficou com ela para não ser votado", disse Gracyanne, ao comentar com os aliados. "A menina gata, gente boa e ficando com um cara escroto. O cara não defender ela e defender os Joãos? Pelo amor de Deus."

Durante uma discussão mais acalorada, ela encarou o ator e disparou: "Você não defender a mulher eu achei um b..., atitude de m..." Diogo tentou interromper: "Posso completar [minha fala]?" Gracyanne reagiu: "Eu não quero, completa aí pro pessoal."

A modelo fitness insistiu que não retirou a admiração que sentia por Diogo como pessoa, mas perdeu o respeito por ele como parceiro. "Ele saiu de um patamar de um cara f... para um cara b..., como homem. Isso não é uma atitude de homem", declarou. "Se eu fosse ela [Aline], não olhava nem na cara dele."

A discussão esquentou, e a sister Thamiris se aproximou para conter Gracyanne. A modelo negou qualquer intenção de partir para a agressão física: "Não precisa me segurar não, eu não vou bater nele, gente."

Renata e Aline discutem após dinâmica do Seu Fifi

Renata e Aline se desentenderam após a exibição do quadro RoBBB Seu Fifi, exibido durante o Sincerão. Na dinâmica, os participantes descobriram quem fez declarações sobre os colegas de confinamento. Ao saber que Aline havia citado seu nome, Renata iniciou uma discussão sobre sua suposta participação em conversas estratégicas dentro da casa.

"Eu entro no quarto para pegar minhas coisas e saio. Nunca fiquei ali para ouvir nada sobre jogo", afirmou Renata, ao negar que tivesse envolvimento com articulações. Aline contestou: "Todas as vezes que falamos sobre jogo e você estava presente, nós não mudamos o assunto. Você estava lá."

Renata insistiu que sempre evitou interferir nos diálogos sobre o jogo. "Sabe quando você entra em um ambiente e sente que as pessoas seguraram o assunto? Eu sou a primeira a sair, porque não quero ser inconveniente." Aline rebateu: "Isso não é só minha impressão. Outras pessoas também já perceberam."

A discussão continuou fora do ar, no intervalo da transmissão ao vivo. Aline mencionou que ainda processava sentimentos em relação à colega. "Se eu tenho um bloqueio em relação a você, é algo que eu preciso de tempo para tratar. Não é automático, porque eu só vou fazer isso com uma pessoa que eu realmente quero ter uma relação 100%." Renata respondeu: "Agora ficou claro que você não quer ter uma relação 100%."

Mais cedo, no Quarto Anos 50, as duas já haviam trocado farpas. Renata reclamou que os aliados de Aline mudavam de assunto ao notarem sua aproximação. "Eu já senti que, às vezes, eu entro no quarto e vocês param ou disfarçam o assunto." Aline negou a intenção: "Se fosse para mudar de assunto, seria porque nós estaríamos articulando para votar em você e, nesse momento, não é a nossa opção."

Aline ainda sugeriu que a ida de Renata ao Paredão poderia ter relação com a boa convivência de Eva, sua dupla, com os demais participantes. A fala irritou Renata, que desabafou com aliados: "A pessoa está vendo que eu estava chorando, querendo desabafar, senta na roda e fala isso? É só para terminar de chutar. Eu já estou mal."

Indicação ao Monstro gera briga entre Vitória, os gêmeos e Vinícius

A casa do BBB 25 se transformou em palco de uma discussão generalizada após João Pedro indicar Vitória Strada ao Castigo do Monstro. A atriz reagiu imediatamente e acusou o brother de usar a dinâmica como retaliação. "Você me colocou no monstro porque eu te coloquei no barrado", disse, ao relembrar que havia deixado o participante de fora da festa na dinâmica do Barrado no Baile.

João Gabriel e João Pedro, irmãos e aliados, responderam à acusação com firmeza. João Gabriel afirmou que ouviu Vitória questionar a índole dos dois. "Você questionou nossa índole. Eu não gostei. Eu não gosto", reforçou João Pedro. Vitória negou: "Eu acho vocês dois caras incríveis, com uma índole intacta. E eu não tô aqui pra questionar isso."

O tom da conversa subiu. Vitória reclamou de interrupções constantes. "Deixa eu terminar pelo menos a minha frase?", pediu, enquanto tentava se defender. A discussão se espalhou para outros participantes. Vinícius confrontou João Gabriel ao citar episódios anteriores com Aline e Renata. "Gritar com uma mulher é falta de respeito também. Se coloque no seu lugar e seja homem, rapaz."

Guilherme tentou apaziguar: "Você não é pai de ninguém, não." João Gabriel reagiu: "Eu não vim procurar pai não, meu chapa. Eu tenho meu pai lá fora." A conversa ficou mais tensa quando João Gabriel perguntou se Vinícius o havia chamado de "pomba suja". O baiano negou, mas reconheceu ter usado o termo em outro contexto. "Me desculpa pela palavra que eu falei. Assim como todo mundo já errou aqui dentro."

Vinícius destacou o que chamou de tratamento desigual dentro da casa. "Parece que o meu erro mereceu apedrejamento... e o erro de outras pessoas aqui dentro?" Renata respondeu: "Foi algo que nos machucou. Eu fiquei muito chateada."

Mais tarde, Vitória se isolou e chorou no quarto. "Só tem escuta para homem. Tenho que gritar pra ser ouvida, e mesmo assim eu não sou. Eles são muito reativos. Estou com muita raiva", desabafou.

No Quarto Nordeste, os irmãos João Pedro e João Gabriel refletiram sobre o episódio. Renata opinou: "Às vezes vocês passam dos ponto, sim." João Pedro respondeu: "Tudo bem que nós fala (sic) 'a, a, a', mas é o nosso jeito. Tudo bem que nós tem (sic) que mudar isso também."

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O governo brasileiro vai ampliar a cobertura do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Até 2026, o centro que hoje monitora 1.133 municípios passará a monitorar 1.942 cidades - com isso, a cobertura chegará a 70% da população brasileira.

O Brasil tem sido vítima de sucessivos desastres ambientais. Nos últimos anos, o País viu catástrofes como as chuvas no Rio Grande do Sul e a seca na Amazônia. Mais recentemente, na semana passada, três tornados atingiram o Paraná e deixaram seis pessoas mortas. A adaptação climática é uma das prioridades do governo brasileiro na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30).

"O convênio vai na direção de levar o que temos disponível de tecnologia para as cidades", afirmou ao Estadão a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Informações georreferenciadas

O Cemaden é o principal órgão de monitoramento de desastres do Brasil e já viveu sucessivas crises de falta de financiamento e escassez de mão de obra. Além da ampliação do Cemaden, o governo trabalha para disponibilizar os dados que hoje já existem a Estados e municípios. A ideia é que os entes usem essas informações para desenvolver políticas de adaptação à mudança do clima.

Uma proposta é criar um Sistema Nacional de Informações Georreferenciadas para fornecer os dados de forma compartilhada. Atualmente, o modelo existe apenas em três regiões metropolitanas: Belém (PA), Florianópolis (SC) e Teresina (PI). Agora, o formato será expandido para todo País.

"Vamos colocar o Cemaden, que tem estações geológicas e hidrológicas, que medem tanto a parte dos alagamentos, como também o deslizamento de barreiras, nós vamos fazer um acerto para que possa dispor dessas estações geológicas, hidrológicas, radar meteorológico, dados", afirma a ministra Luciana Santos.

Fundo de prevenção a desastres

Outra proposta que será apresentada pelo governo é a estruturação de um fundo para financiar projetos de prevenção a desastres em municípios de pequeno e médio porte, que tornem as cidades mais resilientes à mudança do clima. Ao Estadão, o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o haverá um aporte inicial de R$ 100 milhões. A ideia é mobilizar atores do setor privado para que possam contribuir.

O ministro se reuniu com representantes da União Europeia para pedir apoio à iniciativa em favor das cidades brasileiras. O governo ainda não tem clareza sobre o funcionamento do mecanismo, que pode inclusive ser incorporado ao "Fundo de Apoio à Infraestrutura para Recuperação e Adaptação a Eventos Climáticos Extremos (Fierce)". "O que a gente tem percebido é que os projetos, quando chegam para nós, não são projetos consistentes. A gente precisa financiar isso. Mas não adianta só arrumar o financiamento tem que também ajudar na montagem desses projetos", disse Jader Filho ao Estadão.

Inovação agrícola

Nesta segunda-feira, 10, um pacote de inovação agrícola também será anunciado com recursos bilionários do setor privado para impulsionar adaptação à mudança do clima. A definição da meta global de Adaptação é um dos itens de agenda da COP-30. A expectativa é de que os países concordem em estabelecer indicadores para mensurar a adaptação em todo o mundo. No momento, cerca de cem indicadores, que passam por áreas como saúde, educação, entre outras, estão sobre a mesa dos negociadores.

Assim como em outras áreas de negociação, o tópico mais sensível é a definição do financiamento para colocar em prática as medidas de adaptação. O governo brasileiro acompanha o tema com atenção sobretudo devido aos últimos desastres no País.

Em entrevista ao Estadão, o presidente da COP-30, André Corrêa do Lado, afirmou que "gostaria muito que essa COP fosse lembrada como uma COP de adaptação."

A psicóloga Giovanna Ribeiro da Rocha, de 23 anos, única sobrevivente de um acidente grave em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, foi encontrada pela Polícia Militar em estado de choque. O veículo em que ela estava despencou de uma altura de 10 metros de uma alça de acesso do Rodoanel na noite de domingo, 9.

De acordo com a secretaria municipal de São Bernardo do Campo, Giovana está internada, mas seu estado de saúde é estável e não foram identificadas fraturas. Quatro pessoas morreram. Dentre elas, o namorado da jovem e motorista do carro.

Segundo Giovanna, Henrique Antonini Mariotto, perdeu o controle do veículo, bateu na barreira de concreto e caiu na rodovia. Dentro do carro também estavam a biomédica Vitória Sampaio, de 22 anos, a terapeuta ocupacional Júlia Gasparino Pereira da Silva, de 22 anos e a esteticista Eduarda Aiko Shintaku Iwai, de 21 anos.

Após o acidente, ela e Julia conseguiram sair do veículo. No entanto, correu para longe e não viu o que aconteceu com a amiga. Dentro do veículo os policiais localizaram os corpos de Henrique, Vitoria e Eduarda. Henrique e Vitória foram encontrados mortos nas ferragens. Eduarda Aiko foi socorrida com vida para o hospital de urgências, e faleceu na unidade de saúde.

O corpo de Julia Gasparino Pereira da Silva foi localizado na faixa de rolamento da via, também em óbito. Ela foi atropelada após o acidente. À polícia, a condutora do outro veículo envolvido disse que trafegava pelo Rodoanel quando viu o veículo acidentado e um corpo estirado no meio da pista. Ela declarou que não teve tempo de desviar e acabou passando com o veículo por cima do corpo que, segundo ela, já estava sem vida.

Após a perícia, os veículos foram removidos para a base da polícia militar, localizada no KM 68 do Rodoanel, permanecendo à disposição dos proprietários.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje uma espécie de "mapa do caminho" com estratégias para alcançar a independência econômica em relação aos combustíveis fósseis. Repetindo o discurso diplomático tradicional, ele voltou a defender uma transição "justa e planejada" para a superação da dependência do petróleo e derivados.

A fala sugere que qualquer caminho neste sentido será no longo prazo, sendo que no curto prazo o Brasil e outros países continuarão dependentes desses insumos. Esse é o argumento defendido, inclusive, pelos defensores da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Isto é, enquanto houver demanda, a oferta desses itens continuará existindo.

"Espero que a serenidade da floresta inspire em todos nós a clareza de pensamento necessária para ver o que precisa ser feito", declarou Lula em seu discurso de abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Lula também comentou sobre o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) - iniciativa financeira que buscará a conservação e restauração de florestas tropicais em diversos países. O presidente ressaltou que o mecanismo angariou em um só dia cerca de US$ 5,5 bilhões