O Rio está pronto para Lady Gaga, diz presidente da Riotur

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A prefeitura do Rio apresentou na manhã desta sexta-feira, 25, o esquema operacional organizado para receber 1,6 milhão de pessoas nas areias de Copacabana, na Zona Sul, para o show inédito de Lady Gaga, no próximo dia 3.

A Operação Lady Gaga começa já à meia-noite do dia 2 e se estende até o domingo, dia 4, com bloqueios de acesso ao bairro e segurança reforçada. O esquema é similar ao que foi usado no ano passado, no show da Madonna, e também a cada fim de ano, na festa de Réveillon.

Conforme anunciado na entrevista coletiva realizada nesta manhã, serão 78 torres de segurança ao longo da orla, 18 câmeras com reconhecimento facial e 150 detectores de metal, além de grades instaladas em todos os pontos de bloqueio do acesso à praia. A Marinha já começou a inspecionar as embarcações de turismo e passeio que estarão localizadas em frente à praia na noite de show.

O Centro de Operações Rio (COR) vai trabalhar com 240 câmeras em todo o bairro, sendo 106 delas na Avenida Atlântica, além de outras 40 câmeras da organização do evento e quatro drones. Serão 1.310 agentes da Guarda Municipal, trabalhando na orla, com o apoio de 78 viaturas, 24 motocicletas e 9 reboques. A Polícia Militar (PM) terá viaturas posicionadas em 16 pontos da orla, do Leme ao Arpoador.

O show está previsto para começar às 21h45, mas a festa na praia começa bem antes disso, às 17h30, com a apresentação de dois DJs. Um terceiro DJ irá se apresentar após o show da cantora. O palco está instalado em frente ao hotel Copacabana Palace. Ao longo de toda a orla serão espalhadas 16 torres de delay, para aprimorar a qualidade do som. Serão instalados 550 banheiros químicos.

Serão montados três postos de saúde (na altura da Princesa Isabel, da Praça do Lido e da República do Peru). Haverá ambulâncias disponíveis em seis diferentes pontos da praia. Além disso, está prevista a instalação de postos da assistência social e atendimento à mulher.

A partir das 7h da manhã de sábado a Avenida Atlântica estará totalmente interditada para o trânsito de automóveis e a partir das 18h, os acessos ao bairro estarão também bloqueados, exceto para ônibus e táxis. Depois das 19h30 só será possível entrar em Copacabana a pé ou de metrô. As estações do metrô do bairro (Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos e Cantagalo) estarão funcionando 24h.

A liberação dos bloqueios começa na madrugada de domingo, a partir das 4h da manhã.

"Venham para o Rio", convidou o presidente da Riotur, Bernardo Fellows. "A cidade está preparada e ainda há vagas nos hotéis."

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A Polícia Federal em São Paulo prendeu em flagrante nesta terça-feira, 29, um passageiro que tentava embarcar com R$ 600 mil em espécie no Aeroporto de Congonhas.

O dinheiro foi localizado durante inspeção de segurança realizada por agentes da Aviação Civil. O passageiro não possuía comprovação da origem dos valores.

O flagrante foi registrado no plantão da Superintendência da PF em São Paulo, onde o dinheiro foi formalmente apreendido.

A PF informou que a investigação seguirá adiante para apurar 'indícios de crime contra o sistema financeiro nacional'.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse, nesta terça-feira, 29, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu um trabalho minucioso para preservar as bases do licenciamento ambiental, após a Câmara dos Deputados aprovar projeto de lei que altera o modelo atual.

"Toda estratégia do governo é tendo claro que não basta vetar - é preciso que a gente coloque algo no lugar. E esse pensar tem a ver com as alternativas que a lei faculta ao Poder Executivo. Ou você faz essa reparação por projeto de lei ou por medida provisória", afirmou Marina.

No Palácio do Planalto, a discussão sobre a possibilidade de veto é feita pelas pastas da Casa Civil, Meio Ambiente e Relações Institucionais. "Já existe uma decisão, de que é preciso preservar o licenciamento ambiental brasileiro, que é necessário não demolir uma das principais ferramentas de preservação ambiental no Brasil", disse Marina. "O presidente vai estar muito bem orientado para tomar a decisão. E foi ele que pediu para fazermos esse trabalho minucioso para preservar as bases do licenciamento ambiental brasileiro."

O projeto de lei do novo licenciamento ambiental foi aprovado no Congresso Nacional ainda neste mês de julho, após a Câmara dos Deputados dar aval a mudanças no texto feitas pelo Senado Federal.

Defensores do texto apontam morosidade e excesso de exigência no modelo atual. Já os críticos veem riscos ecológicos com a reforma.

Outro risco é de contestações jurídicas caso a caso, especialmente em projetos isentos de licença. Também pode parar na Justiça a definição dos parâmetros para classificar quais os empreendimentos de pequeno e médio portes, por exemplo, uma vez que cada Estado poderá adotar seus critérios.

Os ministérios do Meio Ambiente e da Casa Civil recomendarão o veto a Lula, mas ainda não há definição sobre a decisão do presidente.

Ao Estadão, Marina disse que o novo licenciamento ambiental é "extremamente duvidoso". "Os defensores do PL do Licenciamento Ambiental alegam que ele trará modernização e redução da burocracia, mas ocorrerá exatamente o contrário", afirmou a ministra. "Ao não explicitar as competências dos conselhos nacional e estaduais de meio ambiente no estabelecimento de regras para o licenciamento, o projeto abre enorme terreno para a judicialização."

Entre os pontos que podem ser apontados como inconstitucionais, segundo especialistas, estão:

- a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC), autodeclaratória e já aplicada para empreendimentos de baixo porte em alguns Estados e cidades. Agora o modelo é previsto para todo o País e inclui empreendimentos de médio porte. Mas o STF já julgou inconstitucional, em ao menos três ações, a dispensa de licença para empreendimentos de médio impacto.

- dispensa da licença para boa parte das atividades de agronegócio e infraestrutura.

- a nova lei só prevê consulta à Funai em terras indígenas ou quilombolas homologadas, o que pode ser visto como uma violação ao direito constitucional desses grupos.

Matteos França Campos, 32 anos, preso acusado de matar a mãe, a professora Soraya Tatiana Bomfim França, 56, foi transferido de presídio na segunda-feira, 28. Ele estava no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte, e foi encaminhado para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves.

Ao Estadão, Gabriel Arruda, advogado de defesa do assassino confesso da mãe, disse que a transferência ocorreu devido à superlotação do Ceresp e também porque Matteos teria sido ameaçado de morte por alguns presidiários.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informou "que as transferências de presos fazem parte da rotina de gestão do sistema prisional e que detalhes não são informados, por razões de segurança".

Matteos foi preso na última sexta-feira, cinco dias após o corpo da mãe ter sido encontrado coberto por um lençol e com sinais de violência sexual, perto de um viaduto em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, o filho fez uma simulação de crime sexual para não ser associado ao assassinato da mãe. O próprio Matteos havia registrado boletim de ocorrência após, segundo ele, a mãe não visualizar suas mensagens.

No último domingo, 27, após audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva de Matteos. A decisão foi da juíza Juliana Beretta Kirche. Os detalhes da decisão da magistrada não foram divulgados. Foi ela também a responsável por oficiar a transferência de presídio de Matteos.

Ainda de acordo com o advogado de Matteos, ele está aguardando a finalização do inquérito policial, que deve levar cerca de 30 dias, e, com base na conclusão, começará a preparar a defesa do cliente.

"A defesa reitera sua confiança nas instituições democráticas e no Poder Judiciário como garantidores da verdade processual e da justiça, convicta de que, ao final, a apuração ocorrerá de forma imparcial, justa e conforme os ditames legais", disse Arruda.