'Nunca me fez bem o endeusamento', diz Vera Fisher sobre carreira e sucesso

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Vera Fischer falou sobre sua vida pessoal, sexualidade e carreira neste domingo, 27, durante o novo quadro do Fantástico, Pode Perguntar. O Pode Perguntar é o novo quadro de entrevistas do programa que celebra o mês de Conscientização do Autismo. Nele, profissionais com autismo entrevistam celebridades.

"Nunca me fez bem o endeusamento. Depois descobri que eu era chamada de 'deusa' por causa da novela [Mandala], da [personagem] Jocasta. Mas, para mim, tudo isso era um pouco excessivo", disse, sobre ter sido um dos ícones da televisão brasileira.

A atriz relembrou seu casamento com Felipe Camargo, colega de profissão com quem trabalhou em Mandala: "Trabalhei com tantos atores e nunca tinha me apaixonado antes. Mas ali estávamos vivendo uma tragédia grega. Não sei se dentro de mim existe a louca que se apaixona por que não pode. Mas fui pra vida real viver essa história."

"A gente teve muitas brigas por ciúme, incompreensão e também imaturidade. Mas foi um casamento bacana enquanto durou", completou.

Vera, abriu o coração sobre a carreira, na época da Boca do Lixo: "Tinha ali um escracho, umas risadas, uma coisa meio infantil, transgressora, porque estávamos em uma época no Brasil de uma ditadura ferrenha. Queríamos fazer uma coisa mais leve e ao mesmo tempo transgredir."

A atriz também falou abertamente sobre prazer sexual: "Estou com 73 anos. Faço sexo comigo mesma. Já ouviu falar em masturbação? É uma terapia maravilhosa, em que você não precisa estar nem aí para o outro. Gosto de saber de mim, de gostar de mim."

Quando perguntada sobre o maior ato de gentileza que já recebeu, ela disse: "É difícil responder isso, porque tem atos de gentileza muito preciosos. Mas vem dos meus dois filhos. A minha filha, que tem 42 anos agora, na época em que eu me drogava, ficou muito mal e muito preocupada."

"Ela armou um esquema de me mandar para a Argentina, em um lugar onde as pessoas daqui não pudessem interferir. Fui muito bem tratada lá, foi o lugar que mais aproveitei."

"Meu filho fez um bilhete quando ainda estava na escola, no primário. Ele disse assim: 'Mamãe, fique sempre linda, nunca fique na chuva para se molhar, fique sempre trabalhando e fique sempre bonita de coração'. Tenho isso emoldurado do lado da minha cama", finalizou.

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Três mulheres, de 22, 25 e 26 anos, morreram neste domingo, 9, depois de o carro onde estavam, modelo Audi Q5, perder o controle, colidir contra uma árvore e cair em um córrego na cidade de São Vicente, litoral de São Paulo. O caso aconteceu no bairro Parque Bitaru.

De acordo com o boletim de ocorrência, havia cinco pessoas no carro. Três delas - Vitória Gomes, 22 anos; Bianka de Braz Feitosa, 25; e Geovana Ramos Reis, 26 - não resistiram. O motorista, de 26 anos, identificado como o empresário Ruy Barbosa Neto, e a passageira, Nicollie Kauane de Moura, 22, tiveram ferimentos leves.

Ruy, que conduzia o veículo, se recusou a fazer o teste de etilômetro, mas, conforme o boletim de ocorrência, apresentava fala pastosa, odor etílico e confusão na hora de fornecer informações pessoais.

O empresário foi submetido a um teste de embriaguez clínico, que teve resultado positivo, informou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). Ruy foi preso e o caso foi registrado como homicídio na delegacia da cidade. A reportagem busca contato com a defesa.

Em depoimento aos policiais, Nicollie relatou que ela e o grupo estavam em uma festa em São Vicente momentos antes do acidente. Na saída, ela foi convidada pela amiga Geovana a pegar uma carona até a sua casa com Ruy, primo de Geovana. Ainda conforme relatos da sobrevivente, o rapaz estaria embriagado e dirigindo em alta velocidade.

A polícia apurou que o carro seguia pela rodovia dos Imigrantes e tentou acessar a Avenida Capitão Luiz Antônio Pimenta pela alça de acesso da entrada para São Vicente.

Neste momento, Ruy perdeu o controle da direção do veículo, passou por cima do córrego e colidiu contra uma árvore. O carro, então, tombou e permaneceu submerso.

Nicollie afirmou que, após a colisão, ela conseguiu sair do Audi com a ajuda de testemunhas que auxiliaram no resgate.

A plateia de Alfonso Herrera desta vez beirava a casa dos 30 anos. Apesar disso, o ex-cantor mexicano da banda RBD, bem-humorado, pediu calma às fãs, afinal, não eram mais adolescentes. A cena de tietagem aconteceu em um local inusitado: durante a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP30), nesta segunda-feira, 10.

Ativista das causas humanitárias e embaixador da Boa Vontade da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), "Poncho", como é conhecido, mediou um debate na Zona Azul da COP30 sobre soluções com refugiados, deslocados internos e migrantes.

Seis pessoas participaram do painel além de Alfonso, entre elas, a ativista do clima brasileira Naira Wayand, sobrevivente de um evento extremo na região serrana do Rio, em Petrópolis.

Com a sala lotada, Poncho repetiu os clamores dos líderes da ONU e disse que é hora de "implementar" e não de negociar. Ao fim da palestra, o ator de Rebelde e Sense8 foi abordado por um grupo animado de fãs que tentavam garantir uma foto.

Do lado de fora da sala, o ator atendeu com bom humor os fãs e pediu o celular de uma das pessoas para ele próprio tirar uma selfie com o grupo. Após a foto, o celular de uma das fãs tocou com uma ligação do namorado dela e Poncho atendeu, gerando euforia no grupo. Além das fotos, o ator distribuiu autógrafos.

Presidente do Conselho Nacional de Juventude, Nádia Garcia era uma das fãs em busca de um registro. A jovem de 29 anos participa da COP para abordar temas de interesse desse grupo da população. Ela conta que foi ao show da banda RBD há dois anos no Rio de Janeiro, mas não pôde vê-lo, já que Alfonso não participou da turnê.

"Ver que ele é uma pessoa que se preocupa com isso (o clima) e está aberto a fazer esse diálogo mostra que não somos só nós ativistas que estamos nessa luta. Também tem gente que consegue chegar em um público muito maior", disse.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nesta segunda-feira, 10, que a Unimed do Brasil assumirá a assistência dos beneficiários da Unimed Ferj, operadora que vem passando por crise financeira e que chegou a interromper o tratamento de pacientes com câncer.

De acordo com a ANS, o acordo foi fechado em reunião na sede da agência na tarde desta segunda e prevê que a mudança passará a valer no próximo dia 1º de dezembro, quando a Unimed do Brasil "vai assumir integralmente a responsabilidade pela assistência a todos os beneficiários da Unimed Ferj".

A medida foi proposta pela ANS em reunião que contou com a participação de representantes das duas operadoras, do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública Estadual do Rio de Janeiro.

Não foram divulgados mais detalhes de como acontecerá essa migração. Não se sabe ainda se os beneficiários da Ferj terão uma nova carteirinha da Unimed do Brasil nem como ficará a cobertura e a rede credenciada. Também não foram divulgadas informações sobre como fica o valor das mensalidades.

O Estadão entrou em contato com as assessorias de imprensa da Unimed do Brasil e da Unimed Ferj para buscar mais detalhes e aguarda resposta. A reportagem também pediu mais informações para a ANS e atualizará este texto quando novos detalhes forem enviados.

Em nota, o diretor-presidente da agência, Wadih Damous, afirmou que, com a assinatura desse acordo, o objetivo é "restabelecer o pleno atendimento aos beneficiários, prioridade máxima para a ANS".

Damous, que assumiu a presidência do órgão em setembro, já havia manifestado diversas vezes incômodo com a situação dos beneficiários da Unimed Ferj e vinha convocando reuniões com os envolvidos para tentar buscar uma solução. Em entrevista ao Estadão publicada em 25 de outubro, ele afirmou que a interrupção de tratamentos oncológicos era "inaceitável".

A ANS já havia instaurado, no dia 5 de setembro, um regime especial de direção técnica na operadora para acompanhar presencialmente as operações da empresa.

Na mesma época, o Procon-RJ realizou uma série de fiscalizações no Espaço Cuidar Bem, unidade própria da operadora na zona sul do Rio voltada para atendimento oncológico, e constatou "caos" no atendimento, com falta de medicamentos, ambiente mal ventilado e pacientes aguardando até quatro horas para sessões de quimioterapia.

Após a fiscalização, o Procon-RJ entrou com ação contra a Unimed Ferj e obteve uma liminar no dia 2 de setembro. A decisão determinava que a operadora retomasse em 24 horas os atendimentos oncológicos. Na nova vistoria dias depois, no entanto, o órgão diz que viu alguns avanços, mas ainda encontrou filas, escassez de medicamentos e falta de informação para os beneficiários.

A Unimed Ferj é a sexta maior operadora do Estado do Rio de Janeiro, mas tem beneficiários em todos os Estados brasileiros, de acordo com dados da ANS. Segundo estatísticas de junho, são 396 mil clientes em todo o País, sendo 10 mil deles no Estado de São Paulo.