Apenas homens concorrem à vaga de Heloisa Teixeira, pesquisadora do feminismo, na ABL

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A Academia Brasileira de Letras (ABL), irá realizar a eleição para a Cadeira n° 30 do Quadro dos Membros Efetivos, vaga aberta após a morte da acadêmica e escritora Heloisa Teixeira, ex-Buarque de Hollanda. A cerimônia ocorrerá na quinta-feira, 22, às 16h, no Petit Trianon.

A eleição será feita com urnas eletrônicas, oferecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Caso não haja necessidade de segundo escrutínio, a expectativa é de que o processo dure cerca de 30 minutos.

Arlindo Miguel, Eduardo Baccarin Costa, Paulo Henriques Britto, Paulo Renato Ceratti, Salgado Maranhão e Spencer Hartmann Júnior estão inscritos.

Conheça os candidatos

Paulo Henriques Britto é escritor, tradutor e professor de tradução, literatura e criação literária. Ele já publicou 14 livros, entre eles Nenhum Mistério, sobre o qual conversou com o Estadão.

Ele também traduziu mais de 120 livros de autores de língua inglesa.

Salgado Maranhão é um jornalista e compositor-letrista, conta com 19 livros publicados e já venceu o Prêmio Jabuti duas vezes, além de ter garantido o Pen Clube e o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Atualmente, ele é o único poeta brasileiro com cinco livros publicados nos Estados Unidos.

Arlindo Miguel começou sua carreira como escritor em 2012, com o lançamento de Direção Defensiva Para Pedestres. Desde então, lançou mais cinco livros: Cai, Indiana - Seu Povo, Sua História, O Analfabetismo Político, Meu Amigo Burro e Indiana Por Um Trilho.

Eduardo Baccarin Costa é professor, poeta, escritor e produtor cultural. Ele tem 16 livros publicados no Brasil e um romance publicado na Argentina. O escritor venceu o Concurso da Editora Leia Livros por quatro anos consecutivos, de 2018 a 2021.

Paulo Renato Ceratti é advogado e publicou cerca de três livros sobre direito.

Spencer Hartmann Júnior é doutor em neuropsiquiatria pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-doutor em ciências da saúde pela Faculdade de Medicina de São Paulo com cinco livros publicados sobre os temas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

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Um chileno de 65 anos foi preso pela Polícia Civil suspeito de praticar furtos em série no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e no Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista. A identidade dele não foi divulgada pela polícia, o que impediu o contato da reportagem com a defesa.

A prisão ocorreu no dia 25 de outubro e foi resultado da investigação de um furto a um piloto. A equipe da Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista (Deatur) identificou o suspeito e o deteve no bairro do Tatuapé, na zona leste. Os crimes eram praticados há ao menos três meses.

De acordo com as investigações, o homem é apontado como autor de pelo menos nove furtos no Aeroporto Internacional de Guarulhos e é investigado por outros três crimes semelhantes ocorridos no Aeroporto de Congonhas. O suspeito foi encaminhado à delegacia e permaneceu à disposição da Justiça.

O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) chega à Conferência das Partes (COP30), em Belém, com uma missão clara: mostrar como a filantropia brasileira vem se consolidando como força essencial na adaptação climática. Durante o evento, a organização lança dados inéditos sobre a atuação do Investimento Social Privado (ISP) na agenda climática e reforça o papel do setor na transição para uma economia mais justa e sustentável. Só em 2022, as organizações associadas ao GIFE mobilizaram recursos da ordem de R$ 5 bilhões direcionados a ações filantrópicas de impacto social.

"Este é um momento histórico que demanda a mobilização de toda a sociedade", afirma o secretário-geral do GIFE, Cassio França. "A filantropia climática avança no Brasil, construindo pontes entre agendas ambientais, sociais e econômicas e reafirmando seu papel estratégico neste processo emergencial de adaptação climática, regeneração ambiental, transição para uma economia justa e redução das desigualdades", completa.

O chamado "Roadmap Baku-Belém" - plano político e técnico que estabeleceu compromissos entre a COP29, no Azerbaijão, e a COP30, no Brasil - prevê a necessidade de US$ 1,3 trilhão em investimentos públicos e privados para apoiar as nações em desenvolvimento na implementação de suas metas climáticas até 2035.

Entretanto, o relatório Funding Trends 2024, da ClimateWorks Foundation, aponta que apenas 2% de todo o investimento filantrópico global é destinado à ação climática - um volume ainda insuficiente diante da crise crescente. No Brasil, contudo, 6% das organizações filantrópicas já investem diretamente na agenda climática, três vezes mais que a média mundial, segundo aponta o GIFE.

"O País dá um bom exemplo de incorporação do clima no universo filantrópico, cujo potencial de crescimento é expressivo", observa França. "Estamos alinhados com o governo brasileiro: clima tem de estar relacionado a todos os demais temas sociais, culturais e econômicos", complementa.

Durante a COP30, o GIFE coordena e participa de uma série de painéis e lançamentos. No dia 15 de novembro, promove o painel "O Papel e o Lugar da Filantropia no Financiamento Climático no Brasil", com lançamento dos dados de clima do novo Censo GIFE 2024-2025. No dia 17 de novembro, participa da ação "Dia da Filantropia: parcerias inovadoras por um futuro sustentável". No dia 18 de novembro, estará no debate "Filantropia em Ação: Acelerando Implementação e Impacto no Clima", promovido pela WINGS, parceira do GIFE. E no dia 19 de novembro, lança os dados do Relatório de Monitoramento do Compromisso Brasileiro da Filantropia sobre Mudanças Climáticas, durante o painel "Filantropia Brasileira na Ação Climática".

Capitaneado pelo GIFE, o Compromisso Brasileiro da Filantropia sobre Mudanças Climáticas é o primeiro documento desse porte em um país do Sul Global. "Além de estimular a ação climática no campo filantrópico, também estamos monitorando os avanços das fundações e dos institutos associados ao GIFE", destaca França.

Ao assinarem o Compromisso, as organizações assumem o desafio de repensar suas práticas - da gestão interna às decisões de investimento, passando pelas estratégias de financiamento, comunicação e incidência.

A mão de obra de detentos está sendo usada no trabalho de reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu, a cidade paranaense destruída por um tornado na última sexta-feira, 7. O fenômeno, com ventos de até 330 km/h, destruiu 90% das construções e deixou um saldo de 6 mortos e 750 feridos. Os encarcerados vão trabalhar na reconstrução das escolas, creches e outras estruturas de ensino atingidas pelo tornado.

Nesta segunda-feira, 10, um grupo de 14 detentos de unidades prisionais de Guarapuava já atuava na remoção de detritos e limpeza das unidades. Outros 16 presos da regional de Cascavel se juntam ao grupo nesta terça-feira, 11. O trabalho de encarcerados faz parte do programa Mãos Amigas e é acompanhado por monitores da Polícia Penal.

Construção emergencial

O governo do Paraná anunciou também a construção emergencial de 320 casas para famílias de baixa renda que tiveram perda total em seus imóveis. Segundo o governo, as moradias serão entregues gratuitamente às famílias.

A construção será feita por empresas que atuam no programa Casa Fácil do governo. As obras terão início assim que as equipes de engenharia concluírem os diagnósticos técnicos dos terrenos.

Segundo o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Jorge Lange, cada casa terá cerca de 45 metros quadrados. "Nós temos um valor de referência por metro quadrado no programa Casa Fácil e vamos definir um preço específico para essas construções. Ainda nesta semana será aberto o chamamento público das empresas interessadas, com prioridade para aquelas que apresentarem o menor prazo de entrega", afirmou Lange.

A expectativa é de que os primeiros lotes de moradias sejam concluídos em 90 dias.

Para as famílias menos vulneráveis, o governo vai liberar até R$ 50 mil para a reconstrução das casas de forma direta, com recursos de até R$ 50 milhões do Fundo Estadual de Calamidade Pública. O recurso poderá ser usado na compra de materiais de construção. As famílias que podem obter o repasse estão sendo cadastradas pela prefeitura. Os critérios para acesso serão definidos por decreto.

Conta de água com valor simbólico

Equipes do governo estadual e de 15 prefeituras da região trabalham na limpeza das ruas e remoção dos destroços para liberar o acesso a todas as regiões da cidade.

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) diz que o sistema de abastecimento foi restabelecido, mas muitos imóveis estão com as redes internas afetadas. Com isso, os caminhões-pipas continuam operando. Copos de água potável são distribuídos aos desabrigados. Nos próximos três meses, a conta de água terá o valor simbólico de R$ 1 para todos os domicílios.

A companhia de energia elétrica Copel mobiliza 200 profissionais e 20 equipes para recuperar os estragos do tornado na rede elétrica. O trabalho inclui a troca de 300 postes danificados e a reconstrução da rede elétrica destruída pelo tornado. Os pontos estratégicos, como hospitais, unidades policiais e de serviços públicos já estão com luz elétrica.